www.smpct.org.br Jornada de atualização em Pneumologia Patos de Minas – Abril de 2014 DPOC – Ano em revisão Flavio Mendonça Andrade da Silva CRM- MG 22534 [email protected] [email protected] www.goldcopd.com www.ammg.org.br- biblioteca virtual - PMID 24507959 Arch Bronconeumol. 2014;50(Supl 1):1-16 Doença pulmonar obstrutiva crônica DPOC Definição: A DPOC é uma doença comum, evitável e tratável caracterizada por obstrução persistente ao fluxo aéreo que é geralmente progressiva e associada com uma resposta inflamatória crônica nas vias aéreas e dos pulmões decorrente da inalação de partículas ou gases nocivos. As exacerbações e comorbidades contribuem para gravidade geral da enfermidade em pacientes individuais. Clin Chest Med 35 (2014) 1–6 Fenótipos Arch Bronconeumol. 2014;50(Supl 1):1-16 CHEST 2014; 145(2):297–304 Platino - n: 5044 DPOC e asma - n: 767 DPOC: VEF1/CVF pós-bd < 0,7 Asma: Sibilos último ano e resposta BD VEF1 > 200 ml e 12 % Asma e DPOC:Os 2 critérios CHEST 2014; 145(2):297–304 CHEST 2014; 145(2):297–304 CHEST 2014; 145(2):297–304 Conclusão: possivelmente este fenótipo, Overlap DPOC-asma, está associada com o aumento da severidade da doença e pior estado de saúde. Respiratory Medicine (2013) 107, 724e731 n -331 Observacional G1- 43.2% G2- 44,7% G3 - 12,1% Respiratory Medicine (2013) 107, 724e731 Respiratory Medicine (2013) 107, 724e731 } Respiratory Medicine (2013) 107, 724e731 Conclusão: Pacientes com enfisema pulmonar normalmente mostram uma pior função pulmonar e uma maior dispneia. Existe um maior número de comorbidades no grupo 2 (bronquite crônica). Estes subgrupos podem necessitar de estratégias específicas abandonando um tratamento homogêneo para a DPOC. Comorbidades na DPOC Guía Española de la EPOC (GesEPOC) Arch Bronconeumol. 2014;50(Supl 1):1-16 Comorbidades na DPOC Guía Española de la EPOC (GesEPOC) Arch Bronconeumol. 2014;50(Supl 1):1-16 Comorbidades na DPOC Guía Española de la EPOC (GesEPOC) Arch Bronconeumol. 2014;50(Supl 1):1-16 Am J Respir Crit Care Med Vol 187, pp 823–831,Apr 15, 2013 A prevalência da bronquiectasia é elevada em pacientes com DPOC moderada a grave e tem sido associada com as exacerbações e colonização bacteriana. Objetivo: Avaliar o valor prognóstico da bronquiectasia em pacientes com DPOC moderada a grave. Am J Respir Crit Care Med Vol 187, pp 823–831, Apr 15, 2013 Am J Respir Crit Care Med Vol 187, pp 823–831, Apr 15, 2013 Conclusões: bronquiectasias foi associada a um aumento do risco de mortalidade independente por todas as causas em pacientes com DPOC moderada e grave. UPDATED 2014 Com a TC na avaliação de pacientes com DPOC a bronquiectasia tem sido mais diagnosticada e está relacionada a um aumento de exacerbações e mortalidade O tratamento da DPOC em pacientes com bronquiectasia deve ser tratada como de costume, embora alguns pacientes possam necessitar de antibioticoterapia mais agressiva e prolongada. ADIS DRUG EVALUATION , 16 May 2013 International Journal of COPD 2014 :9 215–228 n-449 n-226 n-223 International Journal of COPD 2014 :9 215–228 Pulmonary Pharmacology & Therapeutics 23 (2010) 438-44 CHEST 2012; 141(3):745–752 n CHEST 2012; 141(3):745–752 n Eur Respir J 2012; 40: 830–836 n-828 ≥ 1 internação hospitalar 4 (C) UPDATED 2014 2o+ (D) Risco 3 Classificação GOLD 2 Risco Exacerbações da DPOC (A) 1 (B) 1 mMRC0-1 ou CAT<10 Sem internação hospitalar 0 mMRC=2+ ou CAT=>10 Exacerbções por año mMRC CAT A Baixo risco, menos sintomas GOLD 1-2 ≤1 0-1 <10 B Baixo risco, mais sintomas GOLD 1-2 ≤1 2+ ≥ 10 C Alto risco, menos sintomas GOLD 3-4 2+ 0-1 <10 D Alto risco, mais sintomas GOLD 3-4 2+ 2+ ≥ 10 Tipo Características Classificação espirométrica Legenda de medicamentos • SABA – Beta-agonista de curta duração • SAMA – Anti-colinérgico de curta duração • LABA – Beta-Agonista de longa duração • LAMA- Anti-colinérgico de longa duração • ICS – Corticosteroides inalatórios. • PDE-4 inib.- Inibidores fosfodiasterase 4 Conduta na DPOC Estável: Terapêutica Farmacológica UPDATED 2014 PRIMEIRA ESCOLHA GOLD 4 ICS + LABA ou LAMA GOLD 3 GOLD 2 D ICS + LABA ou LAMA A >2 ≥1 internação hospitalar B SAMA prn ou SABA prn GOLD 1 mMRC 0-1 CAT < 10 LABA ou LAMA mMRC > 2 CAT > 10 Recomendações GOLD - 2011 1 0 sem internação hospitalar Exacerbações por dia C Conduta na DPOC Estável: Terapêutica Farmacológica SEGUNDA ESCOLHA C D GOLD 4 LAMA e LABA GOLD 3 GOLD 2 GOLD 1 ICS e LAMA ou ICS + LABA e LAMA ou ICS + LABA e PDE4-inib ou LAMA e LABA ou LAMA e PDE4-inib. A >2 ≥1 internação hospitalar B LAMA ou LABA ou SABA e SAMA LAMA e LABA 1 sem internação hospitalar 0 mMRC 0-1 CAT < 10 mMRC > 2 CAT > 10 Recomendações GOLD - 2011 Exacerbações por dia UPDATED 2014 Conduta na DPOC Estável: Terapêutica Farmacológica ESCOLHAS ALTERNATIVAS C GOLD 4 D PDE4-inib. SABA e/ou SAMA Teofilina Carbocisteiína SABA e/ou SAMA Teofilina >2 ≥1 internação hospitalar GOLD 3 A B GOLD 2 Teofilina SABA e/ou SAMA Teofilina GOLD 1 1 0 mMRC 0-1 CAT < 10 mMRC > 2 CAT > 10 sem internação hospitalar Exacerbações por dia UPDATED 2014 Exacerbação Exacerbação aguda da DPOC é fator de risco para deterioração e aumento da mortalidade sendo que 25 a 30 % dos pacientes apresentam exacerbações em 01 ano. Atuais recomendações de corticóide sistêmico é de 07 a 14 dias entretanto a duração e dose ideal são desconhecidas Objetivos: Investigar se um tratamento de 05 dias com corticóide sistêmico (40 mg/dia de prednisolona/prednisona) no tratamento da exacerbação da DPOC é não inferior ao tratamento convencional (14 dias) em relação a resultados clínicos e redução a exposição a corticóides Participantes JAMA. 2013;309(21):2223-2231 Resultados: Tempo até nova exacerbação 35,9% 36,8% JAMA. 2013;309(21):2223-2231 Resultados: Sobrevida global em 06 meses dos pacientes com DPOC JAMA. 2013;309(21):2223-2231 Resultados: Desfechos secundários JAMA. 2013;309(21):2223-2231 Conclusões: O tratamento com corticóide sistêmico por 05 dias não é inferior a um curso de 14 dias no que se refere a nova exacerbação em 06 meses de seguimento Não houve diferença significativas entre os dois grupos quanto ao VEF1, necessidade de ventilação mecânica, tempo de internação hospitalar e efeitos adversos (hipertensão e hiperglicemia) O curso menor de 05 dias de corticóide resultou em uma significativa redução de exposição aos corticóides Estes achados suportam o uso do corticoide sistêmico por 05 dias para tratar uma exacerbação aguda da DPOC JAMA. 2013;309(21):2223-2231 Manejo da exacerbação UPDATED 2014 • Corticóide- Encurtam o tempo de recuperação, melhoram a função pulmonar e hipoxemia arterial (evidencia A) e reduzem o risco de nova exacerbação precoce, falência do tratamento e tempo de internação. • Uma dose de 40 mg de prednisona por dia durante 5 dias, é recomendado (Evidência B) • Terapia com prednisolona oral é preferencial Edwards L, et al. Thorax 2013;68:338–343. N -116 Maio 2009 – Dez 2011 Pacientes graves e muito graves Admissões hospitalares: Magnesio -43/48 Placebo - 65/61 Conclusão: Sulfato de Magnésio nebulizado adjuvante ao salbutamol no tratamento da exacerbações da DPOC não tem efeito sobre FEV1. Respir Res 2013 Jul 18;14:75. Respir Res 2013 Jul 18;14:75. Conclusão: Pacientes com DPOC que apresentam EP têm um risco aumentado de recorrência de EP e EP fatal em comparação com aqueles que apresentam com TVP sozinho. A terapia mais eficiente é necessário neste subtipo de pacientes. Os pacientes hospitalizados por causa de exacerbações da DPOC estão em maior risco trombose venosa profunda e de embolia pulmonar medidas tromboprofiláticas deve ser reforçada. MUITO OBRIGADO