ARTE BARROCA Enquanto no Renascimento as qualidades de moderação, economia formal, austeridade, equilíbrio e harmonia eram as mais buscadas, o tratamento barroco de temas idênticos mostrava maior dinamismo, contrastes mais fortes, maior dramaticidade, exuberância e realismo e uma tendência ao decorativo, além de manifestar uma tensão entre o gosto pela materialidade opulenta e as demandas de uma vida espiritual. A arte barroca desenvolveu-se no século XVII. É preciso buscar suas origens em fatos do século XVI. O mais importante deles foi sem dúvida a Reforma Protestante. No século XVI a Igreja Católica organizou a Contra Reforma com o Concílio de Trento. Outra vez a arte é vista como um meio de propagar o catolicismo e ampliar sua influência. O juízo Final Origens Originou-se na Itália, e espalhou-se por outros países até chegar à América. Não se desenvolveu de maneira homogênea. Houve grandes diferenças entre os artistas e entre as obras produzidas nos diferentes países. Características Romperam o equilíbrio entre o sentimento e a razão ou entre a arte e a ciência dos artistas renascentistas; Na arte barroca, predominam as emoções e não o racionalismo. A pintura barroca na Itália Pontos principais. Disposição dos elementos dos quadros, que sempre forma uma composição em diagonal. As cenas representadas envolvem-se em acentuado contraste de claro-escuro, o que intensifica a expressão de sentimentos. É realista, mas a realidade não é só a vida de reis e rainhas de cortes luxuosas, mas também a do povo simples. Pintores Barrocos Italianos: Tintoretto (1515-1549) Caravaggio (1573-1610) Andrea Pozzo (1642- 1709) Tintoretto (15151549) Pintou temas religiosos , mitológicos e retratos, sempre com duas características marcantes: O corpo das figuras são mais expressivos do que os seus rostos; a luz e a cor têm grande intensidade. Para ele, um quadro devia ser visto inicialmente como um grande conjunto e só depois percebido nos detalhes que o artista procurou trabalhar. Cristo em Casa de Marta e Maria A Anunciação Vênus e Vulcano Jacopo Soranzo Caravaggio (15731610) Caravaggio não se interessou pela beleza clássica que encantou o Renascimento. Procurava seus modelos entre os vendedores, os músicos ambulantes, os ciganos, entre as pessoas do povo. Para ele não havia a identificação entre beleza e a classe aristocrática. A melhor característica da pintura de Caravaggio é o modo como ele usa a luz: Ela não aparece como reflexo da luz solar, mas é criada intencionalmente pelo artista, para dirigir a atenção do observador. Isso foi tão fundamental na sua obra que ele e conhecido como fundador do estilo luminista. Vocação de São Mateus A Dúvida de Tomé A Ceia em Emaúz Conversão de São Paulo Andrea Pozzo (1642-1709) A pintura barroca desenvolveu-se também nos tetos de igrejas e de palácios. Essa pintura, de efeito sobretudo decorativo, realizou audaciosas composições de perspectiva. Igreja de Santo Inácio A falsa cúpula de S. Francisco Xavier Teto da igreja jesuíta de Viena, com destaque para a falsa cúpula ESPANHA: El Greco (1541- 1614) Velázquez (15991660) El Greco (15411614) El Greco nasceu na ilha de Creta. Seu nome verdadeiro era Domenikos Theotokopoulos. O nome El Greco apresenta o artigo El do espanhol, o substantivo Greco do italiano, e significa O Grego, indicando sua procedência grega. As obras de El Greco trazem uma característica que marca sua pintura: a verticalidade das figuras. As figuras esguias e alongadas de El Greco superam a visão humanista dos artistas do Renascimento italiano e recuperam o caráter espiritualizado dos mosaicos e ícones bizantinos. Espólio O Enterro do Conde de Orgaz A Ressurreição de Cristo São Martinho e o mendigo Velázquez (15991660) Além de retratar as pessoas da corte espanhola do século XVII, Velázquez procurou registrar em seus quadros também os tipos populares do seu país, documentando o dia a dia do povo espanhol. Soube trabalhar a luz para contrastá-la com áreas de sombra. Em Velázquez a luz tem uma função diferente: ela estabelece um clima mais intimista para as cenas retratadas. A Velha Cozinheira O Aguadeiro de Sevilha As Meninas Conde-Duque de Olivares O Barroco nos Países Baixos Desenvolveu-se em duas grandes direções, sobretudo na pintura: Na Bélgica, esse estilo manteve como característica as linhas movimentadas e a forte expressão emocional. Já na Holanda, pintura desenvolveu uma tendência mais descritiva, cujos temas preferidos foram as cenas da vida doméstica e social, trabalhadas com minucioso realismo. Principais Pintores Bélgica Rubens (1577-1640) Holanda Rembrandt (1606-1669) Vermeer (1632-1675) Frans Hals (1581-1666) Rubens (15771640) A cor sempre foi o elemento mais importante em sua pintura. Em seus quadros, é geralmente no vestuário que se localizam as cores quentes - o vermelho, o verde e o amarelo -, que contrabalançam a luminosidade da pele clara das figuras humanas. Além de um colorista vibrante, Rubens se notabilizou por criar cenas que sugerem um intenso movimento. O Rapto da Filha de Leucipo O jardim do Amor Helena Fourment com seu Filho Francis Frans Hals (1581-1666) A obra de Hals passou por uma evolução no domínio do uso da luz e da sombra. De início predominam os contrastes violentos, depois surgem os tons suavemente graduados e, por fim, um equilíbrio seguro da iluminação. Do conjunto de sua obra fazem parte inúmeros retratos que registram a fisionomia e os hábitos dos burgueses da Holanda do século XVII. O Alegre Bebedor O Retrato de Isaac Abrahamsz Oficiais da Guarda Civil de Santo Adriano em Haarlem Rembrandt (16061669) Rembrandt, foi um dos grandes mestres do estilo luminista. O que dirige nossa atenção nos quadros deste pintor não ê propriamente o contraste entre luz e sombra, mas a gradação da claridade, os meios-tons, as penumbras que envolvem áreas de luminosidade mais intensa. Mulher no Banho A Ronda Noturna A Aula de Anatomia do Dr. Joan Deyman Os Negociantes de Tecidos Vermeer (16321675) Diferentemente de Rembrandt, Vermeer trabalha os tons em plena claridade. Seus temas são sempre os da vida burguesa da Holanda seiscentista. Seus quadros, como A Leiteira, A Pequena Rua, Mulher à Janela e A Rendeira, documentam com uma beleza delicada os momentos simples da vida cotidiana. A Leiteira Moça com Brinco de Pérola O concerto A alcoviteira A Pequena Rua Mulher com a Balança Mulher Lendo uma Carta Art Noveau O art nouveau (arte nova) foi um movimento que surgiu na Europa, entre 1890 e 1910. Essencialmente decorativo, voltado ao design e à arquitetura, influenciou também o universo das artes plásticas. Recebeu nomes diferentes nos diversos países onde se manifestou: style nouille (estilo macarrônico) na França; style coup de fouet (estilo golpe de chicote) na Bélgica; modern style (estilo moderno) na Inglaterra; jugendstil (estilo da juventude) na Alemanha; style liberty (estilo livre) na Itália. O art noveau preocupava-se com a originalidade da forma, tinha relação direta com a Segunda Revolução Industrial e com a exploração de novos materiais, como o ferro e o vidro (principais elementos dos edifícios que passaram a ser construídos segundo a nova estética), e os avanços tecnológicos na área gráfica, como a técnica da litografia colorida, que teve grande influência nos cartazes: Impressionismo O Impressionismo foi um movimento artístico que revolucionou profundamente a pintura e deu início às grandes tendências da arte do século XX. Havia algumas considerações gerais, muito mais práticas do que teóricas, que os artistas seguiam em seus procedimentos técnicos para obter os resultados que caracterizaram a pintura impressionista. Principais características da pintura: a) A pintura deve registrar as tonalidades que os objetos adquirem ao refletir a luz solar num determinado momento, pois as cores da natureza se modificam constantemente, dependendo da incidência da luz do sol. b) As figuras não devem ter contornos nítidos, pois a linha é uma abstração do ser humano para representar imagens. c) As sombras devem ser luminosas e coloridas, tal como é a impressão visual que nos causam, e não escuras ou pretas, como os pintores costumavam representá-las no passado. d) Os contrastes de luz e sombra devem ser obtidos de acordo com a lei das cores complementares. Assim, um amarelo próximo a um violeta produz uma impressão de luz e de sombra muito mais real do que o claro-escuro tão valorizado pelos pintores barrocos. e) As cores e tonalidades não devem ser obtidas pela mistura das tintas na paleta do pintor. Pelo contrário, devem ser puras e dissociadas nos quadros em pequenas pinceladas. É o observador que, ao admirar a pintura, combina as várias cores, obtendo o resultado final. A mistura deixa, portanto, de ser técnica para se óptica. Neo-Impressionismo O Neo-Impressionismo foi um desenvolvimento do Impressionismo e também uma reação a ele - que buscava fundamentalmente trabalhar com a cor e a luz a partir de conhecimentos científicos, como a ótica e as cores em progresso, baseados em autores como Eugène Chevreul e David Sutter e Charles Henry. Nesse ponto, diferencia-se, portanto do Impressionismo, mais baseado na espontaneidade. Georges Seurat O pontilhismo, ou divisionismo, como preferiam nomear uma das técnicas bases do movimento estudava a decomposição de cores naturais nos matizes (nuanças) que as compunham. Obra da artista Letícia Gomes Pós-Impressionismo Foram chamados pós-impressionistas alguns artistas que não mais seguiam os preceitos originais do impressionismo. Para eles, o impressionismo era superficial e retratava apenas cenas passageiras, sem dar muita importância nem aos sentimentos, nem aos acontecimentos políticos e sociais. Outros ainda sentiam-se insatisfeitos e limitados com a técnica impressionista. Paul Cézanne (1839-1906) = estudava as formas geométricas. Com o tempo abandonou as ideias de representar o movimento (característica do impressionismo) e resolveu reconstruir a sensação da estrutura, densidade e peso dos objetos. Tentava simplificar as formas da natureza e reduzi-las a cilindros, esferas e cones. Via uma árvore, por exemplo, como um grande cilindro (tronco) e uma elipse (copa). "Natureza-morta com prato com cerejas" era um dos favoritos de Cézanne. É o resultado de muitos ensaios e estudos seus, realizados pelo artista contra as regras acadêmicas. Destaque para a disposição do prato com cerejas em relação ao restante da composição. Cézanne Van Gogh Expressionismo O expressionismo é um movimento artístico que procura a expressão dos sentimentos e das emoções do autor, não tanto a representação objetiva da realidade. Este movimento revela o lado pessimista da vida, desencadeado pelas circunstâncias históricas de determinado momento. A face oculta da modernização, o isolamento, a alienação, a massificação se fizeram presentes nas grandes cidades e os artistas acharam que deveriam captar os sentimentos mais profundos do ser humano, assim, o principal motor deste movimento é a angústia existencial. “O grito” Edvard Munch