ATENÇÃO FARMACÊUTICA
NAS DISLIPIDEMIAS
Profa. Dr. Patrícia Pereira
Junho 2009
1
Metabolismo
Lipídico
2
Aspectos Gerais
• Lipídeos:
– Ácidos graxos
• Cadeias saturadas, mono ou poliinsaturadas
– Triglicerídeos
• Forma de armazenamento
– Fosfolipídios
• Constituintes estruturais de membrana
– Colesterol
• Precursor de hormônios esteróides, ácidos biliares,
vitamina D, constituinte de membrana
3
Lipoproteínas: estrutura e função
• Responsáveis pelo transporte dos lipídeos no Plasma
• Estrutura básica:
núcleo apolar:
triglicerídes +
ésteres de colesterol
Fosfolipídio
Colesterol
não esterificado
superfície polar
Apoproteína
4
Lipoproteínas: estrutura e função
• Classes:
– Quilomícrons
• Maiores e menos densas, ricas em triglicerídeos, de
origem intestinal
– VLDL
• Densidade muito baixa, origem hepática;
– LDL
• Densidade baixa, ricas em colesterol
– HDL
• Densidade alta, mais pobre em col.
– IDL, Lp(a)
5
Via Metabólica: lipídeos
• Papel do HDL-C
6
Aterogênese
1. Depósito de LDL Colesterol no endotélio vascular +
Disfunção endotelial causada por fatores de risco;
2. Expressão de moléculas de adesão e entrada de
monócitos no espaço intimal;
3. Englobamento de LDL oxidadas: formação de células
espumosas;
4. Liberação
de
mediadores
inflamatórios,
com
amplificação do processo;
5. Formação da placa de ateroma.
7
Aterogênese
As partículas de LDL se depositam entre as células endoteliais e a
camada de lâmina elástica do endotélio vascular. Uma parte dos
lipídios das LDLs se oxidam atraindo os macrófagos. Estes as
fagocitam, originando as células esponjosas.
8
Aterogênese
Espécies ativas do
oxigênio
H2O2, etc.
Vitaminas
E, C, A
LDL
-
+
LDL oxidada
Macrófago
Os macrófagos captam a LDL
oxidada formando as células
Célula Espumosa
esponjosas
9
Aterogênese
As células endoteliais da parede da artéria são injuriadas, ou
mecanicamente ou por citotoxicidade pelas LDLs oxidadas ou pelas
células esponjosas, causando exposição da área afetada e agregação
plaquetária. Ocorre proliferação e migração das células musculares lisas.
10
Aterogênese
Os tracilgliceróis e colesterol intracelular são liberados e se acumulam.
Ocorre a secreção de material fibroso que forma uma capa. As células
começam a morrer.
11
Aterogênese
Com o avanço da lesão, o tecido morre. Ocorre calcificação. A ruptura e a
hemorragia da placa nos vasos coronários, causam a formação do trombo, que
reduzem o calibre dos vasos criando a estenose. A oclusão dos vasos provoca o
infarto ou derrame.
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Placa de Ateroma
Acumulo de lipídios modificados
Ativação das células endoteliais
Migração das células inflamatórias
Ativação das células inflamatórias
Recrutamento das células musculares lisas
Proliferação e síntese da matriz
Formação da capa fibrosa
Ruptura da placa
Agregação das plaquetas
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Trombose
Placa de Ateroma
• Fatores que desestabilizam a placa
–
–
–
–
Cigarro
Álcool
Radicais Livres
Pressão Arterial elevada
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Conseqüências da Aterosclerose
Doença Arterial Coronária (DAC)
• Angina de peito
• Insuficiência Cardíaca
• Arritmias
• Infarto agudo do miocárdio (IAM)
Acidente Vascular Cerebral (AVC)
Doença Vascular Periférica
15
Aterosclerose







Principal causa de morte em todo o mundo
Evolução lenta
Vários fatores aceleram sua evolução - fatores
de risco
Os sintomas aparecem geralmente apenas
quando ocorre importante obstrução do vaso
Não existe terapêutica curativa
A abordagem consiste na identificação e
correção dos fatores de risco
O tratamento invasivo é feito apenas quando a
obstrução é severa, pois ele não impede a
progressão da doença
16
Mortalidade por D.A.C
Brasil/ Europa
1984-87 faixa etária 35 a 64 anos
óbitos/100.000 habitantes
Porto Alegre
♂ 402,2 ♀ 123,8
Curitiba
♂ 389,3 ♀ 135,4
São Paulo
♂ 306,2 ♀ 107,7
Hungria
♂ 445,8 ♀ 131,4
Holanda
♂ 266,8 ♀ 61,4
Itália
♂ 139,3 ♀ 36,4
17
Giannini SD Aterosclerose e dislipidemia: São Paulo 1998
Mortalidade por D.A.C



A mortalidade na primeira metade da
década de 90 foi de 30%*
O Brasil gastou em 1997 R$100.000.000,00
0,012 do PIB com as internações por
DAC ( SUS)**
O custo destes atendimentos é 3 vezes
maior que a média .**
*Chor D. et al. Arq Bras. Cardiol 1995; 64 15-9
**Laurenti R et al Arq Bras Cardiol 2000; 74 483-87
18
Relação: Colesterol x Mortalidade
19
Doença Arterial Coronariana
Fatores de Risco Coronariano Clássicos
Hist. Familiar
HDL baixo
TG elevados
Idade
LDL elevado
Aterosclerose
Fumo
Novos Fatores e
Marcadores de Risco
Homocisteína / Lp(a)
Fibrinogênio / PCR(as)
Dieta gordurosa
Hipertensão
Diabetes (RI)
Obesidade
DAC
Evento Coronariano
Fatores
Trombogênicos
20
Valores de referência para diagnóstico das
Dislipidemias em adultos >20 anos
21
Dislipidemias
Hipercolesterolemia isolada
Elevação isolada do CT,
geralmente aumento do LDLC
Hipertrigliceridemia isolada
Elevação isolada dos TG, por
aumento do VLDL e/ou QM
Hiperlipidemia Mista
Valores aumentados de CT e
TG
HDL-C Baixo
c/ ou s/ aumento de LDL ou
TG
Dislipidemias primárias
Causas genéticas
Dislipidemias Secundárias
Apresenta causa secundária
Classificação
Laboratorial
Classificação
Etiológica
22
Dislipidemias Secundárias
• Três grupos:
• Dislipidemia secundária a doença
• Dislipidemia secundária a medicamentos
• Dislipidemia secundária a hábitos de vida
inadequados
23
Dislipidemias Secundárias
24
Dislipidemias Secundárias
25
Dislipidemias Secundárias
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Determinações Laboratoriais
• Perfil Lipídico
– Colesterol Total (CT)
– Triglicerídeos (TG)
– HDL-C
– LDL-C
•
•
•
•
Lipoproteína(a) – Lp(a)
Homocisteína (HCY)
Proteína C reativa de alta sensibilidade (PCR-as)
Fibrinogênio
27
Determinações Laboratoriais
• Lipoproteína(a) – Lp(a)
– Associada à ocorrência de eventos cardiovasculares;
– Não há provas de que a diminuição dos níveis diminui o risco de
aterosclerose
• Homocisteína (HCY)
– Aminoácido formado do metabolismo da metionina
– Elevações associadas à disfunção endotelial, trombose e maior
gravidade de aterosclerose
– Não há evidências de que níveis elevados sejam fator de risco isolado
• Proteína C reativa de alta sensibilidade (PCR-as)
– Marcador do processo inflamatório em indivíduos sadios
– Não se aplica a fumantes, diabéticos, portadores de osteoartrose,
mulheres sob TRH, no uso de AINES ou em infecções.
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Determinações Laboratoriais
• Determinações da coleta:
– Estilo de vida habitual nas últimas três semanas
– Jejum de 12-24hs, imprescindível para valores de TG e HDL-C
– Evitar exercício três horas antes da coleta
– Durante a coleta o paciente deve estar sentado e deve-se evitar a
estase venosa
– Esperar até três semanas em caso de doenças leves, mudanças
dietéticas recentes
– Esperar até três meses em caso de doença grave ou
procedimento cirúrgico
– Suspender medicamentos não imprescindíveis
– Pacientes sob tratamento não devem suspender a medicação
nem a dieta;
29
Estratificação do Risco
• A estratificação é feita com base no risco absoluto;
• O LDL-C é considerado fator causal e
independente de aterosclerose e sobre o qual se
deve agir a fim de diminuir a morbi-mortalidade;
• O poder preditor de risco e a meta lipídica
adotada para prevenção varia de acordo com os
fatores de risco presentes;
30
Estratificação do Risco
Prevenção Primária
Modificação dos fatores de risco para retardar ou evitar o
aparecimento da doença aterosclerótica
Prevenção secundária
Terapêutica para reduzir os eventos e diminuir a mortalidade
em pacientes com doença aterosclerótica
Controle dos fatores de risco
Terapêutica para evitar a ruptura da placa
31
Estratificação do Risco
Prevenção Primária (níveis)
I - de baixo risco (<10% em 10 anos)
II - de médio risco (10-20% em 10 anos)
III - de alto risco (>20% em 10 anos)
Prevenção secundária
Diabéticos
Portadores de Aterosclerose
32
Estratificação do Risco
I - Baixo Risco
Risco absoluto <10% em 10 anos
Indivíduos com 1 FR (exceto DM), além de LDL-C >160
mg/dL
Não recomendado uso da tabela de risco
Recomendações
LDL-C <130mg/dL, tolera-se até 160mg/dL
CT<200mg/dL; HDL-C>40mg/dL; TG<150mg/dL
33
Estratificação do Risco
34
Estratificação do Risco
I - Médio Risco
Risco absoluto 10%-20% em 10 anos
Indivíduos com 2 FR (exceto DM), além de LDL-C >160
mg/dL
Recomendado uso da tabela de risco
Recomendações
LDL-C <130mg/dL
CT<200mg/dL; HDL-C>40mg/dL; TG<150mg/dL
35
Estratificação do Risco
36
Estratificação do Risco
37
Estratificação do Risco
38
Escore de Risco de Framingham
39
Escore de Risco de Framingham
40
Terapêutica
• Mudança no Estilo de Vida
• Medicamentos
41
Mudança do Estilo de Vida (MEV)
A. Terapia Nutricional
A. Dieta para Hipercolesterolemia
B. Dieta para Hipertrigliceridemia
B. Exercício Físico
C. Tabagismo
42
Mudança do Estilo de Vida (MEV)
•
Colesterol Alimentar
–
–
–
–
Influencia diretamente os níveis de colesterol
Encontrado apenas em alimentos de origem animal
Possui menor efeito sobre a colesterolemia, se
comparado à gordura saturada
Para reduzir, restringir:
•
•
•
•
•
Consumo de vísceras (fígado, miolos, miúdos)
Leite integral e seus derivados
Biscoitos amanteigados, croissants, folhados
Sorvetes cremosos, embutidos, frios, pele de aves,
Frutos do mar, gema de ovo (225mg/unidade).
43
Mudança do Estilo de Vida (MEV)
•
Ácidos Graxos Saturados
–
–
–
–
Elevam a colesterolemia por reduzirem receptores
celulares B-E, inibindo a remoção do LDL-C pelo
fígado
Permite, ainda, maior entrada de colesterol nas
partículas LDL
Principal causa alimentar de elevação do colesterol
plasmático
Para reduzir, restringir:
•
•
Gordura animal (Carnes gordurosas, leites e derivados)
Polpa de coco, óleo de dendê e coco no preparo de
alimentos
44
Mudança do Estilo de Vida (MEV)
•
Ácidos Graxos Insaturados
–
–
Ômega-6 (linoléico e araquidônico); ômega-9 (oléico) e
ômega-3 (-linoléico, eicosapentaenóico-EPA,
docohexaenóico-DHA)
Substituição dos ácidos graxos saturados por ácidos graxos
poliinsaturados reduz o CT e o LDL-C:
•
•
–
–
–
Menor produção e maior remoção de LDL
Diminuição da proporção de colesterol no LDL-C
Possuem o inconveniente de baixarem o HDL-C e induzir
maior oxidação lipídica
Ômega-3 diminui o TG por diminuir a secreção hepática do
VLDL;
Fontes:
•
Óleos vegetais, oliva, canola, azeitona, abacate, castanhas,
nozes, amêndoas, peixes de água fria
45
Mudança do Estilo de Vida (MEV)
•
Ácidos graxos trans
–
–
–
–
Sintetizados durante a hidrogenação dos óleos
vegetais na produção das margarinas
Pela semelhança estrutural com ácidos saturados,
provoca elevação da colesterolemia com aumento
do LDL-C e redução do HDL-C
Quanto mais dura a margarina, maior concentração
de gordura trans
Outras fontes: óleos e gorduras hidrogenadas,
shortenings (gorduras industriais presentes em
sorvetes, chocolates, pães recheados, molhos para
salada, maionese, cremes para sobremesa e óleos
para fritura industrial)
46
Mudança do Estilo de Vida (MEV)
•
Fibras
–
–
–
–
–
Carboidratos complexos, não absorvidos pelo
intestino, com ação reguladora da função gastrointestinal
Podem ser solúveis ou insolúveis (em água)
As fibras solúveis reduzem o tempo de transito
intestinal e ajudam na remoção do colesterol, a
saber: Pectina (frutas), gomas (aveia, cevada,
feijão, grão de bico, lentilha, ervilhas).
As insolúveis não atuam sobre a colesterolemia mas
produzem saciedade (trigo, grãos, hortaliças).
Recomendação: 20 a 30 g/dia, sendo 25% (6g) de
fibra solúvel
47
Mudança do Estilo de Vida (MEV)
•
Antioxidantes
–
–
–
Flavonóides, vitaminas C e E e carotenóides;
Recomendação: Não há evidências de que
vitaminas antioxidantes previnam manifestações
clínicas da aterosclerose, portanto essas não são
recomendadas
Uma alimentação rica em frutas e vegetais
certamente fornecerá doses apropriadas dessas
substâncias o que contribuirá para a manutenção da
saúde
48
Mudança do Estilo de Vida (MEV)
49
Mudança do Estilo de Vida (MEV)
•
Álcool
– Não se recomenda o consumo de álcool
para prevenção da aterosclerose
50
Mudança do Estilo de Vida (MEV)
• Dieta para Hipertrigliceridemia
– Pacientes com níveis muito elevados de TG e
quilomicronemia devem reduzir a ingestão de gordura total
da dieta
– Na Hipertrigliceridemia secundária ao diabetes ou
obesidade recomenda-se redução da ingesta calórica,
restrição de carboidratos e compensação do diabetes
– Recomenda-se restrição total de álcool
51
Mudança do Estilo de Vida (MEV)
• Exercício Físico
– Recomendação: sessões de em média 40min de atividade
física aeróbica, 3 a 6 vezes por semana
– Atividades de aquecimento, alongamento e desaquecimento
– Incluir componente que aprimore força e flexibilidade
52
Mudança do Estilo de Vida (MEV)
• Tabagismo
– Fator de risco independente para aterosclerose
– Recomenda-se abordagem cognitivo-comportamental:
• Detecção de situações de risco de recaídas
• Desenvolvimento de estratégias de enfrentamento
– Farmacoterapia pode ser um apoio
– Adesivos de nicotina, goma de mascar;
• Bupropriona
• Nortriptilina
53
Tratamento Farmacológico
•
•
•
•
•
•
•
Estatinas
Fibratos
Resinas de Troca Iônica
Ezetimiba
Ácido nicotínico
Ômega-3
Orlistat
54
Tratamento Farmacológico
• Vastatinas
• Medicamentos de escolha para se reduzir o LDL-C
em adultos. Deve-se usar a dose necessária ao
alcance da meta terapêutica, respeitando-se a
ocorrência de efeitos indesejáveis
• Fibratos
• Indicados no tratamento da hipertrigliceridemia
endógena quando houver falha das MEV ou quando
esta for muito elevada (>500mg/dL).
55
Tratamento Farmacológico
Vastatinas – Mecanismo de Ação
56
Tratamento Farmacológico
 lovastatina e sinvastatina são pró-fármacos lactônicos inativos
sendo hidrolisados no trato gastrintestinal aos derivados betahidroxila ativos
 pravastatina possui um anel de lactona aberto e ativo
57
Tratamento Farmacológico
 atorvastatina, fluvastatina e a rosuvastatina são congêneres que
contém flúor e são ativos quando administrados
58
Tratamento Farmacológico
• Estatinas
59
Tratamento Farmacológico
• Fibratos
Aumentam a
atividade da lipase
lipoprotéica,
diminuindo os
níveis de TG e
VLDL, ao
aumentar sua
eliminação
60
Tratamento Farmacológico
• Fibratos
61
Tratamento Farmacológico
• Fibratos
62
Tratamento Farmacológico
• Resinas de troca iônica
• Capturam o colesterol na luz intestinal diminuindo sua
absorção e interrompendo a circulação entero-hepática
• Não reduzem a absorção dos triglicerídeos podendo,
inclusive aumenta-la, sobretudo em pacientes com
hipertrigliceridemia
• Reduzem o LDL-C de forma dose-dependente
• Colestiramina (Questran Light®)
• Colestipol
63
Tratamento Farmacológico
64
Tratamento Farmacológico
• Resinas de troca iônica
65
Tratamento Farmacológico
• Resinas de troca iônica
66
Tratamento Farmacológico
• Ácido Nicotínico
• Reduz nos hepatócitos a mobilização celular de ácidos
graxos, reduzindo a síntese e acoplamento dos TG às apo
B-100;
• Aumenta a degradação celular hepática de VLDL e LDL,
reduzindo a concentração plasmática de VLDL-C e LDL-C
• Diminui o LDL-C de 5-25%, aumenta o HDL em 15-35% e
diminui os TG em 20-50%.
• Dose: 2 a 6 g/dia conforme o efeito ou tolerância;
67
Tratamento Farmacológico
• Ácido Nicotínico
• Efeitos adversos: Rubor facial, hiperglicemia,
hiperuricemia e alterações no trânsito intestinal
•Interações: potencializa a hipotensão ortostática
causada por antihipertensivos, diminui a efetividade de
hipoglicemiantes
• Alternativa aos fibratos e estatinas ou em associação
com
esses
fármacos
em
portadores
de
hipercolesterolemia, hipertrigliceridemia ou dislipidemia
mista;
68
Tratamento Farmacológico
• Ômega-3
• Diminuem a produção de VLDL no fígado
• Tem atividade antitrombótica e, por isso, interage com
anticoagulantes aumentando o risco de hemorragias;
• Dose mínima de 4g/dia
• Podem ser usados como adjuvantes aos fibratos nas
hipertrigliceridemias ou como alternativa em pacientes
intolerantes;
Composição:
Cada cáps.: ácido eicosapentaenóico (EPA)
180mg, ácido docosaexaenóico (DHA)
120mg, tocoferol 2mg por 1.000mg.
69
Tratamento Farmacológico
• Orlistat
• Inibidor das lipases intestinais. Atua ligando-se
covalentemente aos sítios catalíticos das lipases gástrica
e pancreática.
• Diminui a absorção de triglicerídeos ingeridos em 30%
• Dose recomendada de 360 mg/dia
• Não se conhece definitivamente o papel do seu uso na
prevenção da aterosclerose
70
Tratamento Farmacológico
• Ácido Acetil Salicílico
• Nas doses de >100mg/dia deve ser prescrito para indivíduos
que se encontrem sob alto risco de eventos cardiovasculares
(prevenção secundária, diabéticos ou risco absoluto >20% em 10
anos)
• Inibidores da ECA
• Devem ser prescritos para indivíduos em prevenção secundária,
principalmente os que apresentam disfunção ventricular esquerda
ou para diabéticos que apresentem algum FR associado ou
nefropatia
• Beta-bloqueadores
• Diminuem o risco de reinfarto e mortalidade em indivíduos que
sofreram infarte. Devem ser prescritos para indivíduos que 71
sofreram IAM.
Dislipidemias em grupos especiais
• Idosos (>70 anos)
– Atenção especial às dislipidemias secundárias
– Estatinas mostram alta eficácia nessa faixa etária
– Prevenção primária, dados ainda não disponíveis
72
Dislipidemias em grupos especiais
• Mulheres pós-menopausa
– Não há indicação de TRH com objetivo de prevenir eventos
clínicos relacionados à aterosclerose
– Em mulheres sob TRH por indicação ginecológica não
indicação cardiológica de suspensão do uso
– As estatinas são o tratamento de escolha em mulheres sob
risco
73
OBRIGADA!
Profa. Dr. Patrícia Pereira
Universidade Luterana do Brasil
[email protected]
74
Download

Patrícia Pereira - af nas dislipidemias