Exemplo 1
O que pode mudar na aposentadoria
Exemplo 2
Uma mulher começou a trabalhar aos 24 anos e decide
se aposentar aos 55 anos de idade e 31 de contribuição.
O benefício integral a que teria direito, considerando-se a
média das maiores contribuições, seria de R$ 1 mil.
Um homem começou a trabalhar aos 16 anos e decide se
aposentar aos 51 anos, com 35 de contribuição. O valor do
benefício integral a que ele teria direito, considerando-se a
média das maiores contribuições, seria de R$ 1 mil.
Pelas regras atuais:
Pelas regras atuais:
Esse trabalhador teria um fator previdenciário de
0,629. Ou seja, ele receberia de aposentadoria
R$ 629 – uma perda de 37,1%.
Essa trabalhadora teria um fator previdenciário de 0,748.
Ou seja, levando-se em consideração um valor hipotético
de R$ 1 mil para o benefício integral, ela receberia de
aposentadoria R$ 748 - uma perda de 25,2%.
Para alcançar os R$ 1 mil, ele teria de trabalhar
mais oito anos, chegando a 59 anos de idade e 43
anos de contribuição.
Para alcançar os R$ 1 mil, ela teria de trabalhar mais
cinco anos, chegando a 60 anos de idade e 36 anos de
contribuição.
Todos os anos, porém, o IBGE atualiza a
expectativa de vida. Como ela é crescente, por conta
dessa atualização anual o mesmo trabalhador só
conseguiria ter direito ao benefício integral aos 60
anos de idade e 44 de contribuição.
Pela proposta
de Paulo Paim:
Com a sugestão de extinção do
fator previdenciário, ao alcançar os
35 anos de contribuição esse trabalhador já tem direito a se aposentar
com o benefício integral.
Como a expectativa de vida também aumenta, a mesma
trabalhadora só conseguiria ter direito ao benefício integral
com mais nove meses de trabalho, quando estaria prestes a
completar 61 anos de idade e 37 de contribuição.
Pela proposta de
Paulo Paim:
Pela proposta
de Pepe Vargas:
Pela proposta
de Pepe Vargas:
A soma dos 35 anos de contribuição com os 51 anos de idade totaliza
86. Como não foi atingida a soma de
95, o cálculo do benefício será feito
pelo fator previdenciário. Ele receberá
R$ 629.
A soma dos 31 anos de contribuição
com os 55 anos de idade totaliza 86. Como a proposta requer uma soma mínima
de 85 para as mulheres, a contribuinte
teria direito automático à aposentadoria
Para ter direito ao benefício integral, o contribuinte teria de trabalhar mais quatro
anos e meio. Com 55,5 anos de idade e 39,5 anos de contribuição, receberia de
aposentadoria os hipotéticos R$ 1 mil.
Ao alcançar os 35 anos de contribuição, esse trabalhador também teria congelada a atualização da expectativa de vida. Ou seja, não há riscos de aumento do
período extra de trabalho a cada ano.
Com a extinção do fator
previdenciário, ao alcançar os
30 anos de contribuição essa
trabalhadora já tem direito a
se aposentar com o benefício
integral.
Nesse caso, o fator seria de 1,119. Ou seja, ela receberia R$ 1.119, valor superior aos hipotéticos R$ 1 mil do benefício integral.
Ao alcançar os 30 anos de contribuição, ela também teria congelada a atualização da expectativa de vida. Ou seja, não há riscos de aumento do período extra
de trabalho a cada ano.
outros exemplos pela proposta de Pepe Vargas
Um homem que começou a trabalhar aos 20 anos e decide se aposentar aos 55:
A soma dos 35 anos de contribuição com os 55 anos de idade totaliza 90. Como
faltam 5 para atingir a soma de 95 proposta, ele precisaria trabalhar mais 2,5 anos
para receber o benefício integral.
Uma mulher que começou a trabalhar aos 25 anos e decide se aposentar aos 49:
A soma dos 25 anos de contribuição com os 49 anos de idade totaliza 73. Como
faltam 12 para atingir a soma de 85 proposta, ela precisaria trabalhar mais 6 anos
para receber o benefício integral.
Um homem que começou a trabalhar aos 25 anos e decide se aposentar aos 62:
A soma dos 37 anos de contribuição com os 62 anos de idade totaliza 99. Como
ultrapassou a soma de 95, ele teria direito a um benefício um pouco acima do integral.
Um mulher que começou a trabalhar aos 21 anos e decide se aposentar aos 53:
A soma dos 32 anos de contribuição com os 53 anos de idade totaliza 85. A trabalhadora teria direito ao benefício integral.
Especialistas indicam os pontos positivos e negativos das propostas em discussão:
Raul Velloso, economista
Regras atuais
Bom
Ruim
Desestimula as aposentadorias precoces e garante saúde
fiscal à Previdência, diminuindo o valor dos benefícios e garantindo maior período de contribuição para o trabalhador.
Diminui o valor pago aos aposentados.
Proposta do senador
Paulo Paim (PT)
Proposta do deputado
Pepe Vargas (PT)
Restabelece o pagamento do benefício integral
a todos que se aposentam pelo tempo de contribuição.
É uma sugestão intermediária, que diminui o
tempo de trabalho do contribuinte para obter o benefício integral.
Ao extinguir o fator e mudar a fórmula de cálculo
do benefício, aumenta as despesas da Previdência
e incentiva os pedidos de aposentadoria.
Diminui a arrecadação da Previdência e o tempo
de contribuição dos trabalhadores.
José Cechin, ex-ministro da Previdência
Bom
O fator torna a aposentadoria meritória. Quem se aposenta mais cedo, recebe menos, mas por mais tempo.
Ruim
A taxa de juros que remunera as contribuições mais antigas é pequena, de 2,5% a 4,5%.
Agrada a todos os trabalhadores e é ótima para
o senador Paulo Paim, que aumenta sua base de
eleitores.
Aumenta, em média, em 40% o valor dos benefícios, provoca uma onda de pedidos de aposentadorias precoces e obriga a manutenção das atuais
alíquotas de contribuição, consideradas as mais
altas do mundo.
Mantém o fator previdenciário e reajusta o
valor dos benefícios, dinamizando a economia.
Ao aumentar o valor médio dos benefícios, amplia os gastos da Previdência.
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O que pode mudar na aposentadoria