RELATÓRIO PRELIMINAR VII Seminário Nacional do Programa Nacional de Crédito Fundiário O VII Seminário Nacional de Crédito Fundiário, realizado nos dias 09, 10 e 11 de abril, em Pirenópolis – GO registrou momento de comemoração pelos 10 anos do Programa, revelando a evolução dessa importante política de desenvolvimento rural. Estiveram presentes beneficiários, entidades representativas dos trabalhadores e trabalhadoras rurais e da agricultura familiar, representantes da CONTAG, FETRAF, PJR, CEDRS, DFDAs/MDA, UTEs, Secretários de Agricultura Estaduais, entidades prestadoras de ATER, agentes financeiros, além de técnicos e gestores do DCF e SRA. O VII Seminário propôs como objetivos principais: a) Construir estratégias para ampliar o índice de sucesso da formalização das renegociações; b) Aprimorar o acompanhamento dos projetos em andamento; e c) Alavancar a retomada das contratações. Primeiramente, estes temas foram discutidos em 3(três) grupos distintos: MSTTR-AF, entidades de ATER e UTEs, que avaliaram a efetividade de suas ações em prol dos resultados a serem alcançados, buscaram apontar os gargalos enfrentados, assim como, elaboraram propostas de superação dos entraves e aprimoramentos dos procedimentos implementados. Os grupos também debateram temas específicos voltados a estabelecer metas e estratégias para o PNCF como elaboração de um plano de estruturação das UTEs, definição de indicadores de monitoramento e avaliação do desempenho da ATER e, ainda, ampliação, qualificação e formalização das ações do MSTTR-AF no PNCF. Posteriormente, aos trabalhos realizados em grupos, os resultados e propostas foram levados à plenária geral, composta por aproximadamente 200 participantes, dos 21 estados de atuação do PNCF, onde novamente foram discutidos para nivelamento das informações e pactuação das propostas, contando ainda com a participação dos representantes do Banco do Brasil e do Banco do Nordeste do Brasil. Complementarmente, ocorreram também mais 3(três) painéis, que levaram à discussão em plenária outros temas relevantes ao desenvolvimento do PNCF: Sucessão rural – proposta de capacitação especializada em agricultura familiar por meio de curso de formação superior para jovens beneficiários e filhos dos beneficiários do PNCF; Linha de Financiamento para Cooperativas de crédito e produção agrícola (PNCF-COP) - propostas de uma nova linha de financiamento para agricultores familiares cooperados do SICOOB; e Inserção da produção nos mercados institucionais – ampliar o acesso de beneficiários do PNCF à políticas como PAA e PNAE. 1 PRINCIPAIS PACTUAÇÕES 1. Atendimento a 13 mil famílias para as novas contratações em 2014, como meta do Plano Operativo Anual Brasil (POA- Brasil); 2. Intensificar esforço conjunto na articulação e mobilização para a aprovação do Projeto de Lei (PLP) 362 em tramitação na Câmara dos Deputados, que permitirá importantes avanços para os agricultores no PNCF; 3. Criação de um grupo de Grupo de Trabalho Permanente Nacional, voltado à gestão e aprimoramento do PNCF, que deverá reunir os agentes financeiros, UTEs e Movimentos de Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais e da Agricultura Familiar (MSTTR-AF), para monitoramento e providências para agilizar os processos de renegociação, retomada das contratações e acompanhamento dos projetos em andamento; 4. Criação de um grupo de Grupo de Trabalho Permanente nos Estados, voltado à gestão e aprimoramento do PNCF, que deverá reunir mensalmente os agentes financeiros, UTEs, DFDAs do MDA e Movimentos de Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais e da Agricultura Familiar (MSTTR-AF), para monitoramento e providências para agilizar os processos de renegociação, retomada das contratações e acompanhamento dos projetos em andamento; 5. Encaminhar proposta de prorrogação do prazo para formalização das renegociações ao Conselho Monetário Nacional; 6. Celebração de Acordo de Cooperação Técnica com o MSTTR-AF, com o objetivo de formalizar a atuação dessas organizações, por meio de um instrumento legalizado, que regulamente os papeis e garanta a realização das atividades voltadas à difusão, mobilização, qualificação da demanda, capacitação inicial e emissão de elegibilidade. 7. As UTEs deverão apresentar um Plano de Reestruturação para operacionalização do PNCF nos respectivos Estados; 8. Definir Indicadores de Monitoramento e Avaliação de desempenho da Rede de ATER, considerando três dimensões: a) desempenho das entidades em relação ao cumprimento dos contratos de Chamadas Públicas e de SICs/SIBs; b) desempenho das famílias atendidas; e c) capacidade operacional das entidades de ATER; Detalhamos a seguir as Propostas em relação às temáticas, acolhidas nos debates em plenária: RENEGOCIAÇÕES Os participantes do seminário realizaram um balanço das renegociações, apontando para um grande êxito na adesão ao processo de renegociação por meio da grande mobilização e divulgação por parte MSTTR-AF, UTEs, entidades de ATER e MDA alcançando 70% dos projetos 2 inadimplentes. O desafio que esta presente é superar os gargalos para assegurar e ampliar as formalizações das renegociações. Com base neste debate foram consolidadas as seguintes propostas: 1. Prorrogação do prazo de formalização, observada manifestação dos bancos, UTEs e MDA dos prazos necessários, considerada sua capacidade operacional; 2. Permitir a inclusão na renegociação das parcelas vincendas até a nova data de formalização; 3. Prorrogar prazo para recepção de documentos pelos agentes financeiros nos casos de renegociação de contratos coletivos que estejam tramitando nas UTEs; 4. Realizar reuniões periódicas nas esferas estaduais e nacional com a participação dos agentes financeiros, UTE e MSTTR-AF; 5. Reforçar e fortalecer o papel dos diversos atores no processo de renegociação; 6. Repasse de informações periódicas pelos agentes financeiros e UTEs; 7. Diagnósticos dos beneficiários que não aderiram e/ou recolheram os 5%; 8. Propor mudança legal para permitir que a formalização da renegociação ocorra apenas pela assinatura do representante legal da associação/cooperativa; 9. Propor mudança legal para que a situação cadastral não seja considerada para fins de formalização de renegociação; 10. Os agentes financeiros priorizarem as renegociações do FTRA; 11. Realizar novas Chamadas de ATER; 12. Criar canal institucional de informação em tempo real sobre tramitação, pendências e diligências de processos de renegociação entre agente financeiro, UTE, MDA e entre UTE, MDA com MSTTR-AF; 13. Definir procedimentos de recursos para ajuste das situações identificadas nos processos de renegociação em andamento; 14. Promover estudos de casos para subsidiar a interpretação dos normativos; 15. Instituir boleto/carnê para pagamento das parcelas; 16. Descontar no valor da dívida a parte referente às áreas de Reserva Legal. PROJETOS EM ANDAMENTOS Os debates em grupo e na plenária identificaram importante avanço no acompanhamento as famílias com o crescimento do atendimento da ATER pelo Crédito Fundiário. O desafio é continuar acompanhando as famílias e construir estratégias para melhorar a atuação das UTEs no aprofundamento e aprimoramento dos projetos em andamento com ênfase no acesso as Politicas Publicas. Com base neste debate foram consolidadas as seguintes propostas: 1. Grupo de Trabalho Permanente de Gestão e aprimoramento do PNCF, para superação de problemas relativos ao monitoramento e consolidação de projetos em andamento; 3 2. Estabelecer calendário de reuniões com pauta ordinária entre MSTTR-AF, UTEs e agentes financeiros; 3. Estabelecer calendário de encontros regionais com os beneficiários do PNCF; 4. Definir setores/equipes especializadas nas UTEs para operacionalização do PNCF; 5. As Delegacias do MDA devem assumir a articulação institucional das políticas publicas para o PNCF; 6. Retomar os debates com os Governos Estaduais para viabilizar o cumprimento das obrigações estabelecidas no Termo de Cooperação Técnica, dentre as quais a estruturação da UTE; 7. Disponibilização para os beneficiários de ATER especializado, como advogado e contador; 8. Capacitação e nivelamento das UTEs, ATER e MSTTR-AF; 9. Unificar os Sistemas de Informações Gerencias do PNCF, permitindo o acompanhamento das propostas, das contratações e do andamento dos projetos; 10. Construir parâmetros técnicos de acompanhamento e monitoramento dos serviços de ATER; 11. Estabelecer calendário de visitas da ATER; 12. Ampliar a ATER para atendimento dos passivos; 13. Reformulação do PRONAF priorizando o aumento do teto de financiamento e do valor de pagamento da ATER; 14. Implementar as políticas do PNAE e PAA como instrumento de comercialização da produção por meio de realização das videoconferências; 15. Articular com os parceiros nos estados o acesso às políticas públicas para que o beneficiário mantenha a situação de adimplência. 16. Permitir o acesso ao PNHR aos beneficiários do PNCF na modalidade construção nos casos em que ficar tecnicamente comprovada à impossibilidade de reforma, mesmo que o beneficiário já tenha recebido recursos para habitação; 17. Permitir o atendimento pelo PNHR para beneficiários do PNCF inscritos no CAD-MUT; 18. Georreferenciar as unidades do PNCF; 19. Capacitação dos técnicos do MSTTR-AF para atuar na execução, monitoramento e avaliação do programa e dos serviços de ATER; 20. Reestruturar o formato das chamadas de ATER para melhor adequá-las as características e necessidades do programa; 21. Estabelecer parcerias com os CEFFAS e Universidades para formação dos beneficiários jovens e núcleos familiares; 22. Ampliar as relações de parcerias com os órgãos públicos, como a Defensoria Publica e outros. 4 RETOMADA DAS CONTRATAÇÕES Consolidou-se a meta do Plano Operativo Anual Brasil com o atendimento a 13 mil famílias. Com base neste debate foram consolidadas as seguintes propostas: 1. Grupo de Trabalho Permanente de Gestão e aprimoramento do PNCF, para pactuar assuntos relacionados à retomada de contratação; 2. Retomar os debates com os Governos Estaduais para viabilizar o cumprimento das obrigações estabelecidas no Acordo de Cooperação Técnica, dentre as quais a retomada das contratações; 3. Convênio especifico com as Federações para consolidação do público de juventude e mulheres, com enfoque no acompanhamento e a inclusão ao processo produtivo; 4. Debate de uma matriz metodológica para capacitação inicial com o nivelamento e troca de experiências dos parceiros; 5. Capacitação inicial ser realizada de fato por representantes dos movimentos sindicais; 6. Participação da ATER desde a capacitação inicial dos beneficiários do PNCF 7. Nivelamento dos MSTTR-AF no tocante as ações de capacitação inicial; 8. Maior empoderamento por parte dos dirigentes dos STTR-AF com relação aos procedimentos para capacitação inicial; 9. Criar e fortalecer relações entre instituições do poder público com fins de nivelamento de informações sobre o PNCF nas diversas esferas; 10. Ampliar a abordagem da ATER para atuação social; 11. Priorizar a discussão do PNCF como instrumento organizador da juventude; 12. ATER gratuita; 13. Aprovar o PL 362 para um novo aprimoramento do programa; 14. Potencializar a formação de rede de cooperativas para comercialização; 15. Estabelecer mecanismos para efetivação do pagamento da remuneração da capacitação inicial; 16. Realizar ampla divulgação das novas medidas nos estados e intensificar a capacitação da rede de apoio; 17. Buscar outros agentes financeiros para operacionalizar o programa, como cooperativas de credito; 18. Intensificar as ações para qualificar as propostas de financiamento; 19. Fortalecer a parceria entre as entidades da rede de apoio e o MSTTR-AF para a realização da capacitação inicial; 20. DCF e UTE devem realizar ações junto às instituições credenciadas no sistema SIATER para que passem a atuar no PNCF; 21. DCF deve rever junto ao GT de ATER o atual modelo de contrato de ATER para execução de SIB e SIC, tornando mais adequado a realidade do programa; 22. Envolver a rede de ATER para participação no CEDRS; 23. Retomar reuniões com os Conselhos visando fortalecer a rede de ATER; 5 24. Articular e estabelecer novas linhas de credito para o PNCF; 25. Vincular a apresentação do PAT para após a contratação; 26. Promover reuniões com as corregedorias estaduais para tratar da relação com os cartórios; 27. Reforçar o conjunto de articulações entre parceiros com bancos e cartórios; 28. Aperfeiçoar os processos de capacitação da rede de parceiros; 29. Realizar seminários do PNCF nos territórios; 30. O MDA promover a integração junto ao INCRA em relação ao SIPRA; 31. Aumento do Teto do PNCF; 32. Rever a declaração de elegibilidade da proposta no Sistema SIG/CF, quanto ao comprovante de residência do beneficiário; 33. Definir procedimento para minimizar o vencimento de certidões; 34. Instituir o PNCF como meta dos agentes financeiros; 35. Definir prazo limite para tramitação das propostas nas diversas etapas; 36. Criar um canal institucional de comunicação em tempo real sobre o andamento, pendências e diligencias na tramitação de propostas; 37. Instituir trava no sistema SIG/CF visando a melhoria na qualidade das propostas; 38. Promover alteração visando dispensar a procuração em caso de assinatura a rogo; 39. Promover estudos de caso de capacitação inicial e tramitação de propostas; 40. Incluir no SIG CF o registro de ATER; 41. Promover seminários estaduais para nivelar a relação com a CSO/BB Brasília e parceiros do programa; 42. Promover oficina com os estados e agentes financeiros envolvidos na liberação de saldo de SIC/acordo de empréstimo; 43. Unificar os sistemas SIG/CF acompanhamento dos projetos. e SIMON visando facilitar e dar agilidade ao 6