O tribunal de
OSÍRIS E MAET
Ana Cristina Sousa, Mário Sousa Cunha, Teresa Gomes
O tribunal de
OSÍRIS E MAET
Papiro de Hunefer, Tebas, Império Novo, XIX dinastia, c. 1285 a. C.; papiro pintado; alt. 39 cm. Londres, Museu Britânico,
EA 9901/3. Passagem 125 do Livro dos Mortos. SCHULZ, Regine; SEIDEL, Mathias, 2001 – Egito. O Mundo dos Faraós.
Colónia: Konemann, p. 350-351.
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O tribunal de Osíris
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O tribunal de Osíris
O defunto, Hunefer, é
conduzido pelo deus
Anúbis à balança da
deusa Maet.
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O tribunal de Osíris
Anúbis (representado com corpo de chacal
ou por homem com cabeça de chacal) era
o deus ligado ao embalsamamento,
mumificação, protetor dos mortos e
dos espaços funerários.
"Nós, os Chacais, sacerdotes de Anúbis,
somos os guardiães dos seus túmulos
gloriosos ou sepulturas humildes.
Somos os guardiães dos mortos. Somos
os servos de Anúbis.” Livro dos Mortos.
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O tribunal de Osíris
A balança de Maet, deusa da
ordem cósmica e equilíbrio
universais. Também
simbolizava a justiça e a
verdade. Era dever do faraó
manter a ordem e o
equilíbrio de Maet, para
impedir o regresso da
desordem, da injustiça e da
mentira. Quando morria
também ele devia responder
perante o tribunal de Osíris e
de Maet.
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O tribunal de Osíris
O coração do defunto era
colocado num dos pratos da
balança; tinha de proclamar
a sua inocência e declarar
que tinha seguido o caminho
da virtude durante a sua
passagem pela Terra.
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O tribunal de Osíris
A pena de avestruz da deusa
Maet era colocada num dos
pratos da balança. Se as
declarações do defunto
fossem verdadeiras o seu
coração não pesaria mais do
que a pena, símbolo da
verdade, e seria então
considerado puro.
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O tribunal de Osíris
Anúbis presidia à cerimónia
da “pesagem do coração”,
verificando o bom
funcionamento da balança.
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O tribunal de Osíris
No caso de a pesagem não
ser favorável ao defunto, o
seu coração seria devorado
pelo monstro Ammut
(cabeça de crocodilo, corpo
de leão e hipopótamo). Para
os egípcios, o “inferno”
resumia-se a Ammut, que
destruía as almas dos
pecadores que não agiram
de maneira correta em vida,
fazendo-as desaparecer
definitivamente.
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O tribunal de Osíris
Tot, escrivão do tribunal,
deus patrono da escrita e dos
escribas, era responsável
pela elaboração do relatório
final da pesagem do coração
do defunto, registando os
movimentos da balança. O
deus representava a
inteligência divina, sempre
presente e omnisciente,
sendo representado como
um homem com cabeça de
íbis.
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O tribunal de Osíris
Depois do veredito favorável
anunciado pelo deus Tot, o
defunto era conduzido pelo
deus Hórus ao santuário de
Osíris.
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O tribunal de Osíris
Hórus, o deus representado
com corpo de homem e
cabeça de falcão ou
simplesmente o deus falcão.
Na religião egípcia era
considerado o deus protetor
da monarquia, símbolo da
união entre o Alto e o Baixo
Egipto, o vencedor de Set, da
desordem e da injustiça.
Neste tribunal Hórus
conduzia o morto até seu
pai, Osíris.
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O tribunal de Osíris
Em frente a Osíris, e
pousados sobre uma flor
de lótus, encontram-se os
quatro filhos de Hórus, os
deuses que protegiam os
órgãos internos do defunto:
fígado, estômago, pulmões
e intestinos.
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O tribunal de Osíris
Osíris, juiz supremo do
tribunal, confirmava o
veredito anunciado pelo
deus Tot e permitia a entrada
do defunto no seu reino.
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O tribunal de Osíris
Ísis e Neftis assistem ao
tribunal. No Antigo Egito,
Ísis representava o modelo
de uma mulher perfeita,
filha, irmã, esposa, rainha e
mãe dedicada.
Neftis era também irmã de
Osíris, Ísis e Set, sendo
igualmente esposa deste
último. Estava associada
ao culto dos mortos o que
explica a sua presença
no julgamento.
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O tribunal de
OSÍRIS E MAET
Papiro de Hunefer, Tebas, Império Novo, XIX dinastia, c. 1285 a. C.; papiro pintado; alt. 39 cm. Londres, Museu Britânico,
EA 9901/3. Passagem 125 do Livro dos Mortos. SCHULZ, Regine; SEIDEL, Mathias, 2001 – Egito. O Mundo dos Faraós.
Colónia: Konemann, p. 350-351.
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