Ana Julia Perrotti-Garcia
PROFT em Revista
ISBN 978-85-65097-00-0
Anais do Simpósio Profissão Tradutor 2010
Vol. 1, Nº 1 Outubro de 2011
Ana Julia Perrotti-Garcia
DEZ MENTIRAS QUE OS CLIENTES CONTAM, E
POR QUE O TRADUTOR NÃO DEVE ACREDITAR
NELAS
RESUMO
Doutoranda em Língua Inglesa – DLM FFLCH USP
Mestre em Linguística Aplicada – LAEL PUC SP
Especialista em Tradução – Cetrad CITRAT USP
Não ter patrão, não ter horário fixo, poder
trabalhar em casa... esse é o sonho de muita gente, e a
realidade de tantas outras. Entretanto, trabalhar
como
tradutor
freelancer
é
uma
arte.
Exige
organização, método e muita disciplina. Além disso,
é preciso ter uma boa dose de perspicácia, para
perceber quando o cliente está tentando "passar a
perna" ou levar vantagens. Muitas vezes, a relação
cliente-tradutor
é
pacífica,
civilizada
e
ética,
entretanto, infelizmente, em alguns casos as coisas
não correm conforme o esperado. O tradutor, seja
iniciante ou bastante experiente, precisa estar atento
durante todo o processo de negociação (desde o
momento de fornecer um orçamento até a entrega do
trabalho,
sua
remuneração
e
eventuais
desdobramentos). No presente estudo veremos quais
são as 10 mentiras mais comumente relatadas por
tradutores de diversos idiomas, residentes no Brasil e
mesmo no exterior, tratando com clientes de todos os
tipos (corporativos, pessoa física, agências, etc.).
Ana Julia Perrotti-Garcia
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Anais do Simpósio Profissão Tradutor 2010
Dez Mentiras que os Clientes Contam, e por que o Tradutor não Deve Acreditar Nelas
Introdução
Este tema há muito vem atraindo a atenção dos colegas. Em Janeiro de 2008, o
tema foi apresentado na forma de palestra, durante o oitavo Encontro de Férias da SBS. O
sucesso foi tão grande que, em maio daquele mesmo ano, o assunto virou tópico central de
um e-talk. Desde então, em diversas ocasiões, alunos e profissionais comentavam sobre
aquela palestra. Por essa razão, resolvemos apresentá-la novamente, agora atualizada e
mais aprofundada.
Muitas vezes o tradutor que trabalha como freelancer é obrigado a assumir o papel
de secretário, contador, gerente, assessor de marketing e advogado de si mesmo, além é
claro das funções usuais de tradução, revisão, digitação, diagramação, entre outras. Essa
atuação “multitarefas” em algumas ocasiões faz com que o profissional seja obrigado a
enfrentar situações de contato direto com o cliente, as quais podem ser bastante
desgastantes.
Os principais pontos de atrito costumam estar relacionados, primeiramente, a preços
e/ou prazos, e em segundo lugar (mas muitas vezes por questões relacionadas aos pontos
citados anteriormente) por causa do conteúdo da tradução em si (“erros” ou questões
polêmicas relativas a palavras ou termos).
Atuando no mercado de tradução há bem mais de uma década, sempre como
freelancer, e tendo como clientes tanto agências de tradução, clientes diretos, universidades,
bancos editoras quanto grandes empresas, acabamos acumulando alguma experiência, que
somamos aos tantos “causos” que vamos ouvindo de colegas. E assim surgiu este texto.
Mentiras que parecem verdade, verdades que parecem mentira
Dizem que o maior problema dos relacionamentos humanos não é quando estamos
diante de alguém que sempre mente, mas sim quando temos de nos relacionar com uma
pessoa que cicla entre verdades e mentiras. Nesses casos, muitas vezes, o problema é
determinar o que é verdade, e o que é mentira. Ou seja, em quais afirmações devemos
acreditar e quais devemos suspeitar que sejam falsas.
Não ter patrão, não ter horário fixo, poder trabalhar em casa... esse é o sonho de
muita gente, e a realidade de tantas outras. Entretanto, trabalhar como tradutor freelancer é
uma arte. Exige organização, método e muita disciplina. Além disso, é preciso ter uma boa
dose de perspicácia, para perceber quando o cliente está tentando "passar a perna" ou levar
vantagens.
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Muitas vezes, a relação cliente-tradutor é pacífica, civilizada e ética, entretanto,
infelizmente, em alguns casos as coisas não correm conforme o esperado. O tradutor, seja
iniciante ou bastante experiente, precisa estar atento durante todo o processo de negociação
(desde o momento de fornecer um orçamento até a entrega do trabalho, sua remuneração e
eventuais desdobramentos). Então vejamos quais são as 10 mentiras mais comumente
relatadas por tradutores de diversos idiomas, residentes no Brasil e mesmo no exterior,
tratando com clientes de todos os tipos (clientes corporativos, pessoas físicas, agências,
etc.).
Lembrando que, embora estes exemplos sejam provenientes de experiências
autênticas, eventuais exemplos dados são todos fictícios, e qualquer semelhança com fatos
ou pessoas reais será mera coincidência.
1) “Desta vez não dá para pagar muito, mas na próxima pagaremos melhor”
Acenar com remuneração mais alta é uma maneira que alguns clientes têm de criar
a famosa “cortina de fumaça”, que faz o tradutor pensar o quanto irá ganhar no futuro, e
assim aceitar uma remuneração mais baixa no momento atual. Infelizmente, na maioria das
vezes, a “próxima vez” não chega nunca. Pelo contrário, por ter aceito um valor mais baixo,
o tradutor fica moralmente obrigado a seguir o “valor usual” que o cliente diz existir para
esse tipo de trabalho.
Em geral os clientes têm uma tabela pré-definida, e os valores não mudam de uma
hora para outra. Assim, dizer que agora pagarão pouco, para “depois” pagarem mais, na
maioria dos casos pode ser entendido como “agora pagaremos pouco e depois acharemos
outra pessoa que aceite receber esse mesmo pouco”.
Como dissemos, a “próxima vez” geralmente nunca chegará. Assim, o melhor é
evitar que essa situação ocorra. Procure desenvolver uma tabela própria, baseada na sua
produtividade, no grau de complexidade do trabalho, prazos, assunto do texto, tipo de
arquivo, entre outros. Essa tabela pode ter valores flexíveis, mas você deve procurar ser fiel
a ela e rigoroso em seu cumprimento.
2) “Nós nunca pagamos um centavo antes de receber toda a tradução pronta”
Será mesmo? Em alguns casos, até pode ser verdade, mas na maioria das vezes o
cliente está querendo ter garantia 100%, deixando ao tradutor um risco 100%. Ou seja,
depois de entregar o trabalho, o que resta ao tradutor é esperar pela “aprovação” do cliente
e pela “generosidade” de pagar quando e quanto quiser. Esta é, no mínimo, uma situação
bastante desfavorável para o tradutor.
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Dez Mentiras que os Clientes Contam, e por que o Tradutor não Deve Acreditar Nelas
Em geral, quando trabalhamos para clientes desconhecidos, ou se o projeto for
muito grande ou exigir a contratação de terceiros ou parceiros, é comum pedir um “sinal”, ou
seja, uma porcentagem do pagamento antecipado. Se não conhecer o cliente, peça um sinal
de 50%, assim riscos e segurança serão divididos entre as duas partes em negociação.
3) “Este trabalho será ótimo para o seu CV! Depois desse você vai conseguir
muitos outros”
A frase acima em geral é seguida ou precedida de um pedido de fiado ou de
descontos extremos. Entretanto, é bom ter em mente que o tradutor não consegue novos
trabalhos apenas em função de trabalhos anteriores. Novos trabalhos surgem, em geral, por
indicação de clientes pagantes satisfeitos, que indicam outros clientes pagantes. Diz o
folclore que muitas atrizes fazem cirurgias plásticas gratuitas, pois o resultado final serve de
“cartão de visitas” para o cirurgião que as operou. Acredito que seja a essa situação que os
clientes tentam aludir, quando fazem esse tipo de proposta para os tradutores. Mas não é
preciso pensar muito para perceber que a realidade do mundo televisivo é bem diferente da
realidade dos livros, folhetos e mesmo romances que traduzimos.
Infelizmente, a maioria dos trabalhos que fazemos não é exposta no horário nobre
dos grandes canais de televisão, assim, trabalhar de graça ou a preços aviltantes só irá
beneficiar o cliente, e raramente servirá de “cartão de visita” a quem quer que seja.
Monte seu CV (ou portfolio) com base em trabalhos bem feitos, entregues dentro do
prazo e cobrados segundo uma tabela com preços justos. Se precisar fazer algum trabalho
não remunerado, apenas para ganhar experiência, opte por uma instituição educativa ou
religiosa de sua confiança, por uma ONG séria e com ideais que se afinizem com seu
posicionamento de vida, ou algo assim.
4) “Tenho um tradutor que faz por muito menos”
Muitas vezes, ao passar o orçamento, o tradutor tem que encarar uma fase de
negociações que pode ser rápida e produtiva, ou lenta e penosa. Tudo vai depender do tipo
de cliente com quem estiver negociando.
Alguns clientes costumam fazer o chamado “leilão ao contrário”, e ficam “jogando”
com os tradutores, até conseguir descontos ou determinar quem cobra menos.
A verdade é: se houvesse mesmo alguém que fizesse por menos, e com igual
qualidade, o cliente nem perderia tempo continuando a negociar com você. Se fosse
verdade, ele já teria ido procurar esse tradutor fictício.
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Portanto, até pode haver alguém que cobre menos, mas certamente o cliente acha
que você é melhor, e somente está tentando ver se consegue um “descontinho”. Se achar
que vale a pena, e houver espaço para isso, ofereça um desconto – afinal, em uma
negociação, ambos os lados precisam ter um grau de flexibilidade – mas esse desconto
deve ser fruto de reflexão e estratégia de negociação, e não o resultado de coação ou de um
tipo de chantagem emocional à qual você tenha sido submetido.
5) “A verba aprovada para esse projeto é pequena”
Tal situação pode até ser real em alguns casos, mas em geral a verba existe, e o
cliente está apenas tentando conseguir economizar um pouco, para relocar a verba para
outra parte do projeto.
Pense bem antes de aceitar trabalhar por valores muito baixos (por vezes até
irrisórios), achando que está sendo “generoso”, e depois descobrir que outras pessoas no
mesmo projeto estão recebendo o valor justo ou até mais, para trabalhar muito menos ou
com algo que você considere que não seja prioridade.
Procure obter informações mais detalhadas sobre esse cliente, os projetos que ele
desenvolve e veja se realmente não há espaço para aprovar o orçamento com um valor
maior.
Em alguns casos, quando você aceita participar de uma parceria, em que todos os
profissionais estão fazendo concessões, os lucros podem advir de outras atividades, da
divulgação do seu trabalho, de novas oportunidades, mas isso só é válido quando tais
condições forem aplicadas a todos os elementos da equipe e não apenas a alguns poucos
abnegados.
6) “Houve muita reclamação sobre seu trabalho, não podemos pagar o
combinado, pois o cliente final não nos pagou”
Alguns clientes podem alegar que houve uma reclamação. Nesses casos, em geral
o cliente usa essa estratégia para tentar ganhar tempo ou pagar menos, pois muitas vezes
está de “caixa baixo” e quer conseguir um desconto ou mesmo pretende dar uma “canseira”
para pagar. Não há o que temer desde que você esteja consciente de que fez um trabalho
adequado e que ofereceu ao cliente o melhor resultado possível.
Analise friamente: quando um trabalho gera reclamações reais, o cliente tem a
documentação referente às reclamações (relatórios ou e-mails comprobatórios) e, portanto,
poderá enviar esse material a você. Assim, se houver dúvidas, peça que enviem por escrito
quais são os problemas que seu texto apresentou, para que você possa responder (também
por escrito) a cada um dos itens que provocaram a suposta reclamação.
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Evidentemente que, em alguns casos, as reclamações realmente existem. Nessas
circunstâncias é preciso ser bastante criterioso, e analisar friamente cada um dos problemas
apontados, explicando seu ponto de vista e, se for o caso, concordando ou refutando cada
uma das alegações.
Uma boa opção, para prevenir desgaste emocional e prejuízos financeiros, é pedir
um sinal antes de começar o trabalho, principalmente de clientes desconhecidos, que não
tenham empresa, ou que tenham encontrado você pela Internet (ou seja, que não foram
indicados por outro colega).
Se o cliente insistir em dizer que houve reclamações, exija que ele mostre por
escrito quais são os “problemas” encontrados, quem os apontou e quais seriam, na opinião
desse revisor, as soluções melhores. Essa atitude costuma bastar para separar as
simulações das reclamações reais (que serão raríssimas, se você trabalhar direito, fizer
pesquisas, fundamentando suas opções em estudo e reflexão).
7) “O projeto não foi cancelado, somente adiado. Continuaremos dentro de um
mês ou dois”
A frase acima costuma vir precedida ou seguida de um pedido de adiamento na
remuneração do tradutor. Em geral é dito que, “quando o projeto recomeçar, você receberá
tudo, esta parte que já fez e o restante que virá, no valor atualizado”.
Então, vejamos, imagine a seguinte situação: vou a um restaurante, almoço e digo
ao garçom: “Amigo, a comida estava ótima. Comi demais, preciso andar um pouco para
fazer a digestão e volto mais tarde para comer a sobremesa e, ao voltar, pago tudo, inclusive
com 10% e mais alguma coisinha de caixinha para você”.
O que você acha que o garçom diria? Não precisa dizer mais nada, não?
Para vacinar-se contra esses problemas, em projetos grandes, combine de ir
recebendo mensalmente, ou quinzenalmente, dependendo do volume de trabalho. Assim,
acaba pesando menos para quem paga, e ficando mais fácil de controlar para quem recebe.
Para que os pagamentos sejam mais justos para ambos os lados, você pode
combinar de ir fazendo a cobrança proporcional ao trabalho realizado naquele período.
Desse modo, inclusive, você irá ter mais facilidade para arcar com os encargos
correspondentes ao trabalho, pois irá pagando os colaboradores envolvidos no projeto e os
impostos referentes ao valor que foi efetivamente pago.
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8) “Pagaremos depois que o material for para a gráfica”
Muitas pessoas não imaginam quanto tempo pode transcorrer entre o momento em
que o tradutor entrega um material traduzido e o dia em que o cliente manda esse material
para a gráfica. Você consegue imaginar? Dias, meses e, em alguns casos, anos. Sim, anos.
Há casos de textos traduzidos que acabam perdendo o interesse (por razões
mercadológicas) e nunca são impressos. Já pensou se você tiver que esperar tanto tempo
para receber?
Em projetos grandes, depois de ser entregue pelo tradutor, o texto passa por
revisores de ortografia e gramática, revisores técnicos (para textos científicos e técnicos em
geral), localizadores (que adaptam o texto à realidade da cultura de chegada), e só depois
vai para a gráfica. Além disso, no processo de impressão, há mais alguns passos
(preparação de texto, edição, formatação, etc.), que muitas vezes também podem adiar
ainda mais a “impressão”.
Lembre-se, você não é sócio do seu cliente, nem irá receber uma porcentagem dos
lucros que ele vier a ter com os textos traduzidos, portanto também não deve agir como
parceiro, atrasando seu recebimento por causa de outros profissionais que você sequer
conhece ou sabe se realmente existem.
Para
imunizar-se
contra
essa
possível
situação
desagradável,
combine
antecipadamente os prazos de pagamento, e determine se tais prazos passam a contar a
partir do momento em que você entregou o texto traduzido, ou se há um período entre o
recebimento da tradução e o início da contagem do prazo para pagamento.
Atenção, clientes no exterior ( ou empresas multinacionais com filosofia “global
“) costumam demorar mais para pagar, verifique esses prazos antes de iniciar o trabalho,
para não ter surpresas depois.
9) “Precisamos que o texto seja entregue „sujo‟, apenas para termos controle
na revisão”
Esta frase é usada para o caso de tradutores que trabalham com CAT tools
(ferramentas de tradução, do tipo memória de tradução, como Wordfast, Déjà Vu, SLD
Trados, Transit, etc.). Muitos tradutores realmente pedem o arquivo contendo o texto original
e a tradução (“sujo”) para poderem ter mais facilidade de revisão. Mas há casos de
“colecionadores de memórias”, gente que distribui “testes” para tradutores desavisados, e
pede para que o texto venha “sujo”. Depois essas pessoas inescrupulosas (e violadoras do
direito de propriedade intelectual) “limpam” o texto em um arquivo, e passam a usar as
memórias para outras traduções, ou para criar um banco de dados maior.
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Claro que esse tipo de conduta desleal e antiética não é a regra, mas pode
acontecer e o tradutor deve estar bem atento a essa violação de direitos.
Se possível, entregue o texto limpo, ou seja, entregue um arquivo contendo somente
a tradução, e não entregue suas memórias para clientes, a menos que não haja outro jeito.
Como sempre, o ideal é combinar essas coisas antecipadamente, para que você
possa ponderar sobre as condições exigidas, e decidir se quer ou não fazer o trabalho
cedendo a essas exigências.
10) “Estamos com problemas financeiros. Passe o trabalho para nós e, quando
estivermos em melhor situação, te pagamos.”
Faça a si mesmo as seguintes perguntas: Você é uma empresa financeira? Você é
sócio do cliente? Se ao invés de estar com problemas financeiros, ele tivesse um lucro
enorme, você acha que ele iria chamar o tradutor para compartilhar com ele essa renda
extra? Então, porque você haveria de ser chamado a ajudar nos momentos difíceis?
Somente ajude um cliente por razões pessoais, humanitárias ou de foro íntimo – se
a pessoa for sua amiga, conhecida de longa data, se for um trabalhador incansável que
precisa do texto para continuar trabalhando, e ganhar dinheiro para te pagar, algo assim
nesse nível.
Principalmente para clientes novos, e trabalhos grandes, procure saber das
condições financeiras da empresa (uma pesquisa rápida do nome da firma ou dos sócios
pelo Google ou por outro motor de buscas na web em geral fornece informações bastante
esclarecedoras); converse com outros tradutores, para entender há quanto tempo perdura
essa “situação momentânea”. Outra opção interessante é pedir que seja emitido um cheque,
ainda que pré-datado, no valor da tradução, para que você tenha alguma garantia.
Como sempre dizemos, muitas coisas podem ter toda a cara de mentira, e serem
verdades, e outras podem parecer 100% seguras, e acabarem se mostrando uma “canoa
furada”. Como saber? Uma regra básica é NÃO TENHA PRESSA DE NEGOCIAR. Peça
para ver o material a ser traduzido, pergunte de prazos de pagamento, forneça seu
orçamento e faça toda a negociação por escrito, para que as condições fiquem
documentadas.
Cumpra sua parte, faça a tradução da maneira mais perfeita possível, pesquise em
fontes confiáveis e arquive sempre as referências e links consultados, cumpra prazos e
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assim você terá todo o direito de exigir que seu cliente aja de modo igualmente ético e
pontual.
Referências
10 Mentiras que os Clientes Contam, e por que o Tradutor Não Deve Acreditar Nelas SBS e-talk.
Disponível em <http://www.sbs.com.br/virtual/etalk/comentarios.asp?cod=1056>. Acesso em 23.set.2011
Dez Mentiras que os Clientes Contam, e por que o Tradutor Não Deve Acreditar Nelas. Encontro de
Férias da SBS 2008.
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