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A IMPORTÂNCIA DA LINGÜÍSTICA NA FORMAÇÃO DO
PROFESSOR ALFABETIZADOR
Marta Virgínea Machado Klein1
RESUMO: Demonstra que o alfabetizador é um profissional do ensino de línguas, por
isso necessita conhecer a estrutura e o funcionamento da língua em questão, bem como
os mecanismos, que permitem sua aquisição. Supõe-se que o professor alfabetizador,
munido de embasamento teórico-lingüístico, será capaz de trabalhar mais facilmente
as questões tão polêmicas que afetam as escolas em relação aos termos: "o certo" e
"o errado" e valorizar o código oral como mediação necessária para à aquisição da
escrita.
Palavras-chave: Alfabetização - formação do docente; embasamento teóricolingüístico; "o certo", "o errado"; valorização da oralidade.
¹ Mestre em Educação pela Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologia – Lisboa –
Portugal. Professora da Faculdade de Educação, Administração e Tecnologia de Ibaiti-PR e da Faculdade de
Ciências de Wenceslau Braz - PR. Coordena do setor de Infra- estrutura do 32° Núcleo Regional de Educação.
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ABSTRACT
It demonstrates that an alfabetizador is a professional of language teaching that's why
needs to know the structure and the operation of the language in subject, as well as the
mechanisms, that allow its acquisition. It is supposed that the alfabetizador teacher,
movide with theoritical linguistic knowlegde, he will be capable to work the matters
easily, so polemic that affect schools in relation to the terms: "the right" and "the
wrong" and to value the oral code as necessary mediation for to the acquisition of the
writing.
Key-words: Literacy - the teacher's formation; theoretical linguistic knowlegde;
"the right", "the wrong"; valorization of the oralidade.
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1 INTRODUÇÃO
Nenhuma língua consegue manter-se rigorosamente a mesma numa
grande extensão territorial, evoluem com o tempo, transformam-se e vão adquirindo
peculiaridades próprias em função do seu uso por comunidades específicas. Todas as
variedades, do ponto de vista estrutural lingüístico, são perfeitas e completas em si.
A Língua Portuguesa no Brasil, apresenta uma grande gama de
variações: uma pessoa de classe alta não fala como uma de classe baixa; um baiano
não fala como um gaúcho; os dialetos rurais diferenciam-se dos dialetos falados em
áreas urbanas pelos grupos sociais com alto nível de instrução.
Essas considerações apresentadas fazem despertar para a importância do
embasamento lingüístico na formação do professor alfabetizador, para que este não
venha adotar critérios como: "o certo", "o errado" para os diferentes dialetos
apresentados por seus alfabetizandos. Segundo CAGLIARI (1991, p.82), " 'o certo' e 'o
errado', são conceitos pouco honestos que a sociedade usa para marcar os indivíduos e
classes sociais pelo modo de falar (...). Essa atitude da sociedade revela seus
preconceitos, pois marca as diferenças lingüísticas com marcas de prestígio e estigma".
Sendo a alfabetização uma atividade pedagógica, inserida no
processo/aprendizagem de línguas, que tem por objetivo munir o alfabetizando com
mais um instrumento de comunicação verbal, a escrita, parece-nos improcedente um
professor alfabetizador não ter conhecimento das variações lingüísticas.
O professor que alfabetiza é um professor que ensina uma língua. "Como
pode-se ensinar uma língua sem conhecer sua estrutura e o seu funcionamento, bem
como os mecanismos que permitem sua aquisição?" (ROULET apud POERCH; 1990,
p.10).
É importante já de início ressaltar que não se tem a pretensão de
considerar a lingüística como salvação para a alfabetização, mas sim de salientar que
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um professor que obtém esta formação, terá mais facilidade para aperfeiçoar o seu
trabalho. Segundo (1990, p.11)," muitas dificuldades de leitura e de escrita que
atrapalham o aluno ao longo de todo o ensino fundamental e, às vezes, mais adiante,
podem ser dirimidas por um professor lingüísticamente preparado".
Por este motivo é que, partindo de uma revisão de literatura, propõe-se
através deste estudo, reforçar a idéia já preconizada por alguns autores, sobre a
importância da aplicação dos dados da lingüística no processo de alfabetização.
2 DESENVOLVIMENTO
Com o desenvolvimento das teorias lingüísticas, reconhece-se a
necessidade de renovar os métodos de ensino da língua consagrados por séculos de
experiências. A maioria dos alfabetizadores, com certeza sentem necessidade de
mudanças, mas tornam-se resistentes à elas, por não estarem preparados para
ensinarem uma língua, ou seja, o objeto em estudo: a linguagem, a língua e seus signos
(gráficos e fônicos), utilizados na comunicação e expressão da mensagem e com os
quais se quer que o aluno se comunique e se expresse.
Não se pode deixar de considerar que a língua como todos os produtos
culturais humanos, constitui um sistema. GONÇALVES (1977, p.17), afirma que:
Os elementos que integram uma língua não são independentes, nem incoerentes e não devem
ser estudados isoladamente. Seus elementos são solidários, formam um todo organizado, um
conjunto de unidades que mantêm entre si relações tais, que cada uma se define pela totalidade
das relações que mantêm com as outras. A língua é, pois, um sistema estruturado, cujas partes
são interdependentes e harmônicas.
Quando se trata das capacidades essenciais para alfabetização, é
fundamental que o agente alfabetizador conheça como a mensagem lingüística possui
diversos tipos de estruturação e saiba como eles se inter-relacionam: "nível figurativo
(fonético-fonológico), nível semiológico (sintático-semântico) e nível comunicativo
(textual-transfrasal)". (POERCH, 1990, p.18).
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Há uma distinção inicial a ser feita quanto ao nível fonético-fonológico.
Pertence à fonética o estudo dos sons da fala - vocálicos ou consonantais - que são
produzidos pelo aparelho fonador e são analisados em termos de ponto de articulação,
desta forma a fonética procura analisar e descrever a fala das pessoas da maneira como
ela ocorre nas mais variadas situações da vida. A fonologia preocupa-se com os sons
da língua, os sons que tem capacidade de alterar significado de uma seqüência sonora,
ou seja, ocupa-se dos aspectos interpretativos dos sons.
"O nível sintático-semântico caracteriza-se pelo fato de uma unidade de
expressão associar-se a uma unidade de conteúdo. As unidades mínimas de conteúdo –
o moema – são analisados em sema e agrupados em campos lexicais e em campos
semânticos. Nesta estrutura lexical analisam-se os processos de denotação, conotação,
de sinomínia e de antononímia". (id).
Os aspectos sintáticos mais importantes são os que explicam o uso da
construção de frase, composto de sujeito + verbo + objeto + advérbio. Constituíndo,
assim, uma estrutura frasal - "orações, sintagmas e palavras -, os que relacionam com
a estrutura vocabular – raiz, radical, afixos -, os que se relacionam com os tipos de
dependência que os elementos mantêm entre si e com o todo – interdependências,
determinações e constelações -, os que se relacionam com os processos de estruturação
– geração e transformação, derivação e afixação, atualização e expansão." (id).
No nível textual, analisam-se os constituintes da mensagem, sua
articulação, seus significados, não apenas aspectos semânticos literários, mas tudo que
a lingüística pode utilizar em termos de som, significado para analisar um texto.
Surgindo, assim, os diversos tipos de discurso - "narrativo, descritivo, dissertativoexpositivo e dissertativo argumentativo". (id)
Quando o professor conhece essas estruturas e sabe como aplicá-las à
alfabetização, tem melhores condições de detectar as dificuldades de seus alunos,
permitindo assim, à adoção de procedimentos mais adequados para vencê-las.
Mas, não são só esses embasamentos apresentados que serão o suficiente,
é importante também, que o alfabetizador leve em conta as variações dialetais que seus
alunos apresentam: históricas, geográficas, sociais e estilísticas. O docente precisa
conhecer o maior número possível de falares regionais, apresentados pela língua, a
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qual vai ensinar, para poder entender a realidade lingüística de uma classe, da qual,
com certeza fazem parte alunos procedentes de regiões diversas.
Segundo SOARES (1994, p.40), "embora um grupo de pessoas que
utilizam a mesma língua, constitua uma comunidade lingüística, isto não significa
que essa língua seja homogênea e uniforme. A diferença geográfica e social entre
segmentos de uma mesma comunidade lingüística, resulta em um correspondente
processo de diferenciação lingüística, que pode dar-se nos níveis fonológicos, léxicos e
gramaticais".
Essas diferenciações sociais, em função das características do grupo a
que pertence o falante, ou das circunstâncias em que se dá a comunicação, leva a
variedades dialetais, que podem ocorrer em grupos caracterizados pela idade, sexo,
níveis da fala ou ainda por registro formal ou coloquial.
O professor alfabetizador precisa ter conhecimento destas variações, e
também que a língua portuguesa, como qualquer língua, tem o certo e o errado,
somente em relação à sua estrutura. Com relação ao seu uso pelas comunidades
falantes, não existe "o certo", "o errado", lingüísticamente, mas apenas "o diferente",
este último deve ser o termo adotado pelos professores que ensinam língua materna,
porque com certeza, recebem alunos de comunidade lingüística diferente.
Chega-se agora a um ponto muito importante, o respeito que a escola
deve ter aos dialetos de seus alunos, de acordo com CAGLIARI (1990, p.82-83),
"a escola deve respeitar os dialetos, entendê-los e até mesmo ensinar como essas
variedades funcionam, comparando-as entre si, ensinando como usar as variedades
lingüísticas, sobretudo o dialeto padrão (...). A escola desta forma não só ensina
português, como desempenha um papel imprescindível de promover socialmente os
menos favorecidos pela sociedade".
Conduzindo os alunos ao conhecimento dessas variações lingüísticas,
estará contribuindo para que ele compreenda o seu mundo e o dos outros, colocando
por terra o mito de que a cultura, a sabedoria, só está com quem fala o dialeto padrão.
Mas, para que isso aconteça, é necessário um conhecimento lingüístico profundo, por
parte do professor, e que este ensine a verdade lingüística a seus alunos. Sendo assim,
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com o passar do tempo, certamente, a sociedade mudará seu modo de ver as diferenças
lingüísticas da comunidade em que vive.
A formação lingüística traz também uma contribuição muito importante,
ao despertar nos alfabetizadores a valorização do código oral como mediação
necessária para que seus alfabetizandos adquiram de forma mais fácil e agradável a
habilidade de escrever.
As crianças
mostram uma habilidade surpreendente para falar com
fluência a língua usada na sua comunidade, por isso é que o processo de aprendizagem
deve firmar-se na linguagem que as crianças dominam, e nascer com fortes marcas da
oralidade, de acordo com LIMA (2000, p.64), "não devemos mitificar o processo
aprendizagem, nem transformá-lo em um penoso ritual de alfabetização nas primeiras
séries. Ela deve vir a seu tempo, juntamente com o conjunto de atividades
interessantes e necessários para a criança neste período".
A aprendizagem não é um resultado apenas das ações pedagógicas
especialmente planejadas, pois a partir do momento em que o ser humano nasce, ele
começa a aprender espontaneamente, apenas pelo simples fato de conviver com outros
seres em ambientes sociais diversificados.
FERREIRO apud POERCH, (1990, p.122), diz que "as crianças todas
não esperam ter seis anos e um professor à sua frente para começar a aprender. Nessa
idade as crianças já procuram respostas para problemas muito mais difíceis e abstratos
no intuito de compreender o mundo que as rodeiam, constróem objetos complexos de
conhecimento, incluindo a aquisição da linguagem escrita".
É necessário dar mais valor à linguagem que a criança construiu antes da
fase escolar, pois a vida de uma língua está na fala. Infelizmente muitos
alfabetizadores preocupados com as normas estabelecidas pela sociedade como
pronúncia "correta" das palavras, ignoram as variantes dialetais, impõem mesmo sem
perceber a norma da fala da classe dominante, esquecem do grande papel da oralidade,
gerando constrangimento em seus alunos, fazendo com que eles se calem.
MORAES (1990, p.109), analisa uma questão inusitada do lingüísta
italiano Maurizio Gnerre, em seu artigo Alfabetização, interpretação e mediação:
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Não estamos super valorizando a leitura e a escrita, em detrimento da cultura oral? Gnerre
reflete sobre o encontro dos alfabetizadores e alfabetizandos, as diferentes hipóteses que cada
um traz para o encontro e a inevitável interpretação recíproca. Ele chama alfabetizadores e
alfabetizandos a refletirem sobre a natureza e a função da escrita e lembra a riqueza da
oralidade. A questão central do processo de alfabetização, situa-se na mediação da fala e a
escrita, na familiaridade com as história contadas, tanto quanto uma página escrita. Para ele o
aprendizado da escrita é, na maioria das vezes, massificador e escravizante, enquanto a
expressão oral é personalizada, diversificada, criativa.
Para que esse aprendizado da escrita não seja escravizante é necessário
que o alfabetizador promova uma correlação entre o código oral e escrito, sustentando
o aprendizado na linguagem que seus alunos dominam, ou seja, naquela que
adquiriram antes da fase escolar.
Segundo FERREIRO, (1985, p.64): "Estamos tão acostumados a
considerar a aprendizagem da leitura e da escrita como um processo de aprendizagem
escolar, que se torna difícil reconhecermos que o desenvolvimento da leitura e da
escrita começa muito antes da escolarização. Os educadores são os que têm mais
dificuldade em aceitar isto".
Essas dificuldades precisam ser rompidas pelos alfabetizadores, para
conseguirem enxergar, que é na oralidade e na leitura que seu aluno trouxe para
escola, que as primeiras palavras, as primeiras frases ganham significado, por menores
e mais fragmentárias que sejam.
É necessário ter consciência de que a escrita deve funcionar como um
sistema de representação da linguagem oral, este é o momento de passagem da
realidade do aluno para a escrita, é uma mediação necessária, porque permite o
desenvolvimento da confiança na oralidade, "prestigiando a arte verbal, para evitar a
fetichização da escrita". (FRANCHI 1998, p221).
O docente deve ter muito cuidado ao utilizar qualquer prática
pedagógica, principalmente com aquelas que são dadas de formas repetitivas, fora de
um contexto, ou até mesmo, sem nenhuma associação, com uma significação.
Segundo LIMA (2000, p.64):
Em geral, a leitura ou a alfabetização é vista como um momento especial de
conhecimento específico, para qual se volta toda a ação pedagógica. Por
percebendo a seqüência natural desta assimilação e desconhecendo
desenvolvimento da criança, elas impõem 'métodos' e exaustivas repetições
revelarem inúteis, terminam por ser extremamente violentas para as crianças.
aquisição de um
outro lado, não
as etapas de
que, além de se
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Quando os conteúdos apresentados pela escola, são seqüenciados e
organizados de acordo com o nível mental da criança e oriundos do meio em que vive,
ou seja, das suas experiências, criam maior interesse, por parte delas, não só em
participar das atividades, mas também em estar sempre aberta para aprender mais.
A escola legitimou um processo de escrita e de leitura, pertencentes
somente a ela, padronizou um dialeto restrito à sala de aula, é aí que o alfabetizador
precisa tomar muito cuidado, pois é com o uso sistemático do dialeto artificial que a
aprendizagem pode ser vazada.
Um exemplo disto é o diálogo seguinte, que reflete a artificialidade do
discurso escolar, (MORAES, 1990, p.113):
P: E isto aqui o que é?
A: Iscada.
P: Iscada não. Iscada não existe. Iscada é uma maneira errada da gente dizer, que a gente
precisa corrigir.
E a seguir a professora alerta o aluno que sai porta afora:
'Cuidado com a iscada'.
Este diálogo pode levar a criança a ler no discurso da professora mensagens como esta: A
escola é um lugar em que as coisas que existem, não existem.
O discurso, na escola, utilizado pela maioria dos alfabetizadores,
estabelece significados ameaçadores e irônicos aos seus alfabetizandos, reprimindo,
assim a curiosidade infantil, a criança passa a ter medo de comunicar-se, por um lado
para não falar "errado", por um outro, porque recebe ordens imperativas do professor,
que precisa manter a disciplina na sala. Com isso, os alunos vão adquirindo
mecanicamente os signos gráficos, isto é, sem contextualização alguma, preparando-se
assim, para desempenhar o papel do servidor obediente e dócil, estabelecida pela
sociedade e aplicada pela escola.
Portanto, para que o professor alfabetizador não venha fazer parte deste
sistema de repressão, é necessário que ele, além de munir-se dos embasamentos
lingüísticos, tenha como lema os termos cunhados por Paulo Freire em seu livro
Pedagogia do Oprimido (1987) "... a alfabetização deve cuidar de libertar o homem de
suas alienações, a que a consciência dominadora o submete, não utilizar a idéia de
'educação para domesticação', mas uma educação 'para libertação'..."
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3 VISÕES CONCLUSIVAS
O presente artigo partiu do pressuposto de que o alfabetizador é um
profissional de língua, por isso, além de dominar as técnicas pedagógicas, deve possuir
sólidos conhecimentos de lingüística.
Apresentam-se neste estudo alguns embasamentos teórico-lingüísticos
relevantes para o conhecimento do alfabetizador, nos três níveis de estruturação da
linguagem: nível figurativo, nível semiológico e nível comunicativo, pois estes
oferecem ao professor melhores condições de detectar as dificuldades de seus alunos e
meios para trabalhá-los.
Considera-se também muito importante que o professor tenha
conhecimento das variações lingüísticas, para saber como trabalhar em meio à grande
variedade de dialetos de seus alunos, promovendo-os assim socialmente e cultural.
Dá-se um enfoque especial à valorização do código oral como mediação
necessária para à aquisição da habilidade da escrita, pois o processo de alfabetização
não deve limitar-se a exercícios de "grafias", mas deve ser um espaço aberto para as
crianças atuarem sobre a sua própria linguagem e sobre as formas socializadas de sua
representação.
Portanto, observa-se a importância do preparo lingüístico do professor
alfabetizador, pois este quando munido da lingüística, com certeza, sobrepõe-se ao
alfabetizador tradicional, porque incentivando a oralidade de seus alunos e criando
neles o respeito pelos diferentes dialetos existentes em uma língua, produz um ensino
mais adequado à realidade de seus alfabetizandos, promovendo uma melhor
aprendizagem.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
CAGLIARI, L. C. (1991). Alfabetização e Lingüística, São Paulo: Editora Scipione.
ENCICLOPÈDIA BRITÂNICA DO BRASIL, BARSA.(1997) p.447, v.6.
FERREIRO, E. (1985). Reflexões sobre Alfabetização. 23ª ed. São Paulo: Cortez.
FREIRE P. (1987). Pedagogia do Oprimido. Rio de Janeiro: Paz e Terra.
GONÇALVES, A. J. (1977) Lexicologia e Ensino do Léxico. Brasília: Editora
Thesaurus, Dissertação de Mestrado.
LIMA, F. S. O. (2000) Pré-escola e Alfabetização. (Uma Proposta Baseada em P.
Freire e J. Piaget). Editora Vozes, 13ª ed., Petrópolis.
POERSCH; TASCA (org.). (1990). Suportes Lingüísticos para Alfabetização. (Série
a Linguagem na Escola). 2ª ed. Porto Alegre.
SAGRA. SERBINO, R. V.; et al (org.). (1998). Formação de Professores. São Paulo:
Editora UNESP. (Seminários e Debates UNESP).
SOARES, M. (1996). Linguagem e Escola - Uma Perspectiva Social. 14ª ed. São
Paulo: Àtica.
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