HISTÓRIA DO BRASIL
DITADURA MILITAR
01 de Abril de 1964 –
Lideradas pela alta oficialidade das
Forças Armadas e com amplo apoio
da população, as tropas do Exército
depunha o Presidente João Goulart
instalando no Brasil um regime militar
que perduraria por 21 anos.
A ditadura apresentava-se como um produto da prepotência de
militares, golpismo dos velhos políticos de direita, mas
também como a opção de uma classe, a burguesia,
inclinada a dar um basta no projeto populista.
A instalação da Ditadura Militar –
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Os primeiros atos do governo não deixam
dúvidas sobre as reais intenções militares
e perpetração no poder e combate às
oposições.
425 sindicatos sob intervenção, greves
proibidas, universidades infiltradas de
policiais, incêndio do prédio da UNE e
proibição da funcionalidade legal da
entidade, prisões de líderes políticos
ligados aos populistas e comunistas;
Prédio da UNE incendiado
A instalação da Ditadura Militar
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O CGT (Comando Geral dos Trabalhadores) – a mais
importante central sindical da época – e as Ligas
Camponesas – vigorosas associações de
camponeses nordestinos que lideravam a luta pela
reforma agrária, foram extintas;
Criou-se o SNI – Serviço Nacional de Informação –
órgão de espionagem interna e detecção de
opositores ao regime. O comando das forças
Armadas decreta o AI-1, transferindo o poder aos
militares, tornando o Mal. Castello Branco o primeiro
presidente da Ditadura Militar.
O Mal. Castello Branco
4. Reação contrária à permanência
dos militares no poder.
Articulação
da sociedade civil, com
um crescente movimento democrático
de resistência ao regime, organizado
principalmente
pelos
artistas,
intelectuais, jornalistas e estudantes;
Abaixo a Ditadura!
Reação contrária à permanência dos
militares no poder.
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Causas: frustração das importantes lideranças políticas
civis que haviam enxergado no golpe uma chance de
chegar ao poder, descontentes com a exagerada
permanência dos militares no comando político do país;
efeitos da política econômica adotada pelo regime que, para
conter a inflação, estabelecia um forte arrocho salarial e
uma política recessiva responsável por milhares de
falências, em especial de pequenas e médias empresas.
Assim, esses grupos inicialmente simpáticos ao movimento
militar, negavam agora seu apoio e passavam a criticar o
regime;
Derrota do governo nas eleições para governadores dos
estados em 1965, com ampla vitória da oposição,
principalmente no RJ e MG, provocando a reação imediata
do regime;
Reação contrária à permanência dos
militares no poder.
Decreta-se o AI-2, que extingui os partidos
políticos e instalava-se o bipartidarismo –
ARENA (Aliança Renovadora Nacional) x
MDB (Movimento Democrático Brasileiro)
e impunha a eleição indireta para
Presidente;
 O AI-3 estendia as eleições indiretas para
os governadores dos estados e os
prefeitos das capitais seriam nomeados
pelos governadores;
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Reação contrária à permanência dos
militares no poder.
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Em 1967, Castello Branco entrega nova Constituição,
reafirmando o autoritarismo dos Atos Institucionais e criava
Lei de Imprensa, que restringia ainda mais a liberdade de
expressão dos meios de comunicação e a Lei de Segurança
Nacional, que legitimava a prisão de todos os opositores
que “comprometiam a segurança da Nação”;
Continuidade da reação civil, mesmo com os grupos
populares agindo na ilegalidade: Forma-se a Frente Ampla,
que reunia todos os golpistas frustrados e inimigos
políticos do regime (Lacerda, Jango, Adhemar de Barros e
Juscelino); greves operárias em Osasco (SP) e Contagem
(MG); a oposição popular tinha à frente os estudantes
elevando progressivamente o ritmo das lutas antiditatoriais.
5. General
Costa e Silva
(1967/1969).
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Crescimento vigoroso das lutas
democráticas populares;
General Costa e Silva
(1967/1969).
General Costa e Silva
(1967/1969).
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Início do modelo econômico que provocou a
queda da inflação, determinou a volta do
crescimento da economia, tendo como
carros-chefes o setor industrial e a
construção civil – até 1973 teríamos o
milagre econômico, que buscava aplacar a
ira da classe média contra o regime;
Morre em 1969, quando uma Junta Militar o
substitui pelo Gal. Emílio Garrastazu Médici.
6. 1968:
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O ano que não terminou.
Popularização do movimento hippie e da luta
contra as injustiças sociais lideradas pelos
jovens do mundo inteiro; combate ao
racismo, críticas à Guerra do Vietnã, contra a
repressão sexual e o controle da mulher
pelos homens;
No Brasil, os universitários lutavam contra
as formas arcaicas de ensino e a falta de
liberdade de expressão imposta pelo regime,
com a manutenção da UNE agindo na
clandestinidade;
6. 1968:
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O ano que não terminou.
28 de março de 1968 – radicalização do
movimento estudantil: incidente no
restaurante Calabouço, decorrente da
intervenção da polícia numa manifestação
contra o aumento do preço e qualidade da
comida servida no restaurante estudantil,
que culminou com a morte do secundarista
Edson Luis, mobilizando milhares de
pessoas ás ruas e enfrentamentos
estudantis com a polícia pelo país inteiro;
6. 1968:
O ano que não terminou.
6. 1968:
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O ano que não terminou.
A marcha dos Cem Mil e a repressão no
XXX Congresso da UNE em Ibiúna, com
mais de 700 estudantes presos.
6. 1968:
O ano que não terminou.
A “dura” ainda mais dura. Reação
militar. Governo Médici 19691974
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Médici decreta o AI-5, que lhe concedia poderes ilimitados para
cassar mandatos e suspender direitos políticos, demitir ou
aposentar funcionários públicos, intervir nos estados e
municípios e fechar provisoriamente o Congresso Nacional;
inaugura uma época de perseguições, cassações, demissões,
a imprensa sofre rigorosa censura, espalha-se a tortura e o
silêncio forçado, consolidando a ditadura através de crimes
políticos e sociais cometidos de forma escancarada e impune.
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A resposta indignada dos setores mais combativos dos
movimentos populares contra a opressão, que só podiam atuar
sob a condição de movimento clandestino, radicalizava a luta
através da luta armada.
8. A
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Luta Armada
Acreditavam que a ditadura estivesse isolada
e, que o exemplo de um punhado de
revolucionários heróicos o povo se
levantaria pelo restabelecimento da
democracia e pela instalação do socialismo;
MR-8 e vanguarda Popular Revolucionária –
maiores representantes da luta armada na
guerrilha urbana; financiamento dos grupos
através de assalto a bancos e a grandes
empresários;
8. A
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Luta Armada
Tinha pouco apoio popular, por conta da forte
propaganda militar que os acusava de terrorismo,
devido aos assaltos e seqüestros de chefes de
estado que eram trocados por presos políticos;
Carlos Marighela, principal líder da guerrilha urbana,
seria morto fuzilado numa emboscada montada por
policiais no centro do Rio de Janeiro; Carlos
Lamarca, ex-capitão do Exército que havia fugido do
quartel de Quitaúna em Osasco com grande
quantidade de armas tornou-se figura destacada do
movimento armado, e seria morto no sertão da
Bahia; em 1975, a ditadura havia conseguido acabar
com a luta armada no país;
8. A
Luta Armada
8. A Luta Armada

O Ai-5 impõe o exílio para banir os
inimigos da nação e cria o DOPS e DOICODI, órgãos responsáveis pela prisão,
torturas, mortes e desaparecimento de
centenas de presos políticos; institui a
prisão perpétua e a pena de morte no
Brasil.
9. Médici
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e o Milagre Econômico.
Altas taxas de crescimento econômico, crescimento
do PIB a 10% ao ano, grande oferta de capital
estrangeiro; o Brasil surgia como um pais atrativo,
em crescimento, o que trouxe muitos investimentos
diretos e empréstimos públicos;
Incentivo ao consumo de produtos industriais,
descaso com os investimentos em saúde pública,
educação e habitação popular, em favor da
construção de obras faraônicas que favoreciam as
grandes empreiteiras. Política do ministro Delfim
Netto: era preciso fazer o bolo crescer para depois
reparti-lo com os pobres; a dívida externa saltou de
2,5 bilhões de dólares do governo Jango para 100
bilhões no governo Figueiredo.
Propaganda e patriotismo no
regime.
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Impulso do crescimento econômico e
tentativa de camuflar as atrocidades do
regime: propaganda ufanista, valorização
dos símbolos nacionais, música, patriotismo,
segurança nacional e desenvolvimento;
O Brasil e a Copa do Mundo de 70: Ninguém
segura este país, Ame-o ou deixe-o!
Perseguição cultural ao Cinema Novo, Teatro
de Arena, Festivais da Canção,
universidades infiltradas por policiais,
professores cassados, estudantes presos e
mortos, ensino público sucateado.
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