Estudo e desenvolvimento de formulações para tratamento e/ou prevenção de estrias 1 Dandolini , 2 Lima . Bruna Werner Fabiana Vieira 1 Acadêmica, 2 Professora orientadora do PUIC – Curso Farmácia – Universidade do Sul de Santa Catarina – UNISUL Campus Tubarão. 1.Introdução O presente projeto visou pesquisar ativos que promovessem a melhora da aparência da pele acometida por estrias, bem como seus adjuvantes e veículos que pudessem ser empregados na preparação do produto, com o intuito de se obter uma formulação estável e efetiva no tratamento e/ou prevenção de estrias. Há uma grande incidência de estrias em ambos os sexos, principalmente nas mulheres. Raras ou numerosas dispõem-se paralelamente umas as outras e perpendicularmente as linhas de fenda da pele, indicando um desequilíbrio elástico localizado, caracterizando, portanto, uma lesão da pele. (GUIRRO, 2002). Variação do pH X tempo Creme A3 Variação do ph X tempo Creme A2 7 Série1 6 Série2 5,5 2.1 Objetivo Geral Estudo de formulações para aplicação no tratamento de estrias e avaliação da estabilidade destes produtos 2.2 Objetivos Específicos • Revisão bibliográfica dos ativos para tratamento de estrias e outras matérias primas envolvidas na formulação • Propor formulações com base na pesquisa bibliográfica • Produzir as formulações sugeridas • Submeter as formulações aos testes de estabilidade preliminar e acelerada • Propor alterações necessárias 3.Material e Métodos 3.1Amostragem As análises de pH foram realizadas em réplica. 3.2Teste preliminar As amostras foram sujeitas as condições de estresse, visando acelerar o surgimento de possíveis sinais de instabilidade. Esta passou por um ciclo de variações de temperatura, onde foi adotado ciclo de 24 (vinte e quatro) horas a 45º (quarenta e cinco) +/- 2ºC (dois), e 24 (vinte e quatro) horas –5 (cinco) +/- 2ºC (dois), durante doze dias (seis ciclos). Além do teste dos ciclos uma amostra foi subjugada à estufa, temperatura ambiente, ao freezer e a geladeira, num período de 15 (quinze) dias. Com os testes foram observadas alterações nas características do produto, como: separação de fases, pH, viscosidade e características organolépticas. (ANVISA, 2004, p. 17-19; BABY et al, 2004, 132-134). 3.3Teste acelerado As amostras que permaneceram estáveis no teste preliminar foram automaticamente submetidas à continuação dos testes com duração de 90 dias. As amostras foram submetidas à estufa ( 45º (quarenta e cinco) +/- 2ºC (dois)), a geladeira (5o (cinco) ± 2oC (dois)), e uma amostra foi subjugada a temperatura ambiente, por um período de 90 (noventa) dias. Com os testes foram observadas alterações nas características do produto, como: separação de fases, pH, viscosidade e características organolépticas. (ANVISA, 2004, p. 17-19; BABY et al, 2004, 132-134). Série3 5 4,5 T1 T24 T7 T15 T30 T60 pH pH 2.Objetivos 6,5 3 2,9 2,8 2,7 2,6 2,5 2,4 2,3 2,2 2,1 T90 Série1 Série2 Série3 T0 T24 T7 T15 T30 T60 T90 Tempo Tem po 5.CONCLUSÃO Temperaturas elevadas aceleram reações físicas (precipitação, separação de fases, cristalização) e químicas (pH, oxidação, hidrolise, interação entre ingredientes da fórmula), ocasionando alterações em atividade de componentes, viscosidade, aspecto, cor e odor do produto. (ANVISA, 2004). Por fim, das formulações testadas observou-se alterações em temperaturas mais elevadas e decorridos algum tempo, que podem não comprometer a eficácia final do produto, podendo ser um produto promissor futuramente para quem sabe, atuar no mercado. Os cremes A2 e A3 apresentaram melhores resultados do que o creme A1, menores alterações e, portanto poderiam ser submetidos a estudos por um tempo maior ou mudanças na formulação, para que pudesse ser realizado novo teste, com novos ativos e até mesmo maiores cuidados no preparo e desenvolvimento do mesmo. 3.4Equipamentos Agitador Heidolph®; Balança analítica Ohaus®; Centrifuga Fanen® baby 1; Cronômetro Technos®; Estufa Fanen®; Picnômetro de Metal; Potenciômetro Tecnal®, pHmeter Tec-2; Refrigerador Eletrolux® R270;Termômetro Incoterm® 4.Resultados Os cremes foram produzidos através de três formulações: Primeira formulação (A1): Gel creme com aristoflex 1,5%, EDTA Dissódico 0,05%, metilparabeno0,15%, propilparabeno 0,05%, triglicérides caprílico 2,5%, BHT (Butihidroxitolueno)0,05%, álcool cetílico 5,5%, estearato de octila4%, polawax 12%, phenova0,15%, propilenoglico 3% e água deionizada 100%. Os ativos incluídos nessa formulação foram, ácido glicólico10%, tretinoína 0,1%. Segunda formulação (A2): Gel creme com natrosol 10%, propilparabeno 0,05%, metilparabeno 0,15%, vaselina liquida 0,5%, álcool cetílico 2%, polawax 16%, triglicérides caprílico 3,5%, BHT0,05%, propilenoglicol 3%, EDTA Dissódico 0,05%, água deionizada 100%, imadazolidinil uréia 0,1% e ciclometicone 1%. Os ativos utilizados foram, vitamina A 0,5%, Vitamina E 1%, Vitamina C talasferada 2% e óleo de semente de uva 5%, ácido hialurônico 3% e essência de pêra Terceira formulação (A3): Gel creme com natrosol 10%, propilparabeno 0,05%, metilparabeno 0,15%, vaselina liquida 0,5%, álcool cetílico 2%, polawax 16%, triglicérides caprílico 3,5%, BHT0,05%, propilenoglicol 3%, EDTA Dissódico 0,05%, água deionizada 100%, imadazolidinil uréia 0,1% e ciclometicone 1%.Os ativos usados foram ácido glicólico 10%, Vitamina A 0,1%. 6.Referências ANVISA, 2004. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Guia de estabilidade de produtos cosméticos. 1. ed. Brasília, p.47. BABY, André R. et al. Estabilidade de produtos de aplicação tópica: ensaios aplicados aos produtos cosméticos e dermatológicos emulsionados. Internacional Journal Pharmaceutical compounding. Ed. Brasileira. São Paulo, v. 6, n. 3, p. 130-139, mai./jun. 2004. GUIRRO, Elaine Caldeira. GUIRRO, Rinaldo Roberto. Fisioterapia dermato-funcional: fundamentos, recursos, patologias. 3. ed. Barueri: Manole, 2002. p.391-392. LEONARDI, Gislaine Ricci. Estabilidade Física. Cosmetologia Aplicada. 1. ed. Med farma, 2004. p. 106-117. SILVA, Elton, Ida Camarico Soares. Emulsões. Cosmetics & Toiletries. São Paulo, v.8, p. 38-49, out 1996 SILVA, Elton, Ida Camarico Soares. Tecnologia de emulsões. Cosmetics & Toiletries. São Paulo, v.8, p. 37-45, out 1996.