FORMAÇÃO DE
PROFESSORES
DO ENSINO
MÉDIO
Avaliação no ensino médio
ETAPA I – CADERNO VI
Autores
Ocimar Munhoz Alavarse – Coordenador do
Grupo de Estudos e Pesquisas em
Avaliação Educacional (GEPAVE) FEUSP
Gabriel Gabrowski – Pesquisador no Grupo
de Pesquisa Educação, Formação e
Diversidade – Feevale
Mas, afinal, para que avaliamos jovens que
têm direito constitucional de frequentar o
ensino médio? Qual seria a relação da
avaliação com a função social da escola
básica? Qual seria a vinculação da
avaliação com que o que se aprende e se
ensina no ensino médio?(p.8)
Seria porque queremos e
trabalhamos por uma
educação de qualidade?
[…] para Amaral (2011), não podemos falar
de “qualidade”, mas sim de “qualidades”,
ou seja, não existe uma qualidade
absoluta, pois a qualidade depende dos
interesses de quem participa da
discussão. Existe uma qualidade do ponto
de vista do estudante, dos professores, do
meio acadêmico, do mercado de trabalho,
da sociedade, etc.
(p.9 e 10)
Avaliação no plano das políticas
públicas
[…] prática da avaliação, como recurso para
compreensão do fenômeno educacional,
deve estar salientada na perspectiva de
um ensino médio integral voltado para a
construção da autonomia, da cidadania,
da solidariedade, da identidade nacional e
da responsabilidade social. (p.10)
Avaliação em termos educacionais
[…] uma prática social carregada de
valores, extremamente complexa, tanto
epistemológica, técnica, ética bem como
politicamente. É condição que seja
integrada à proposta político-pedagógica
[…], no caso, o ensino médio, e coerente
com a concepção de formação que
propomos aos nossos jovens […],
alinhada com os objetivos de uma
formação integral. (p.10)
Avaliação no âmbito da literatura
da área
[…] julgamento de algo, mais precisamente
de um objeto de avaliação, baseado em
alguns critérios, com determinadas
implicações para o processo pedagógico,
mas sem estabelecer identidade. Como
face mais conhecida, encontramos, tanto
nas práticas escolares quanto na
literatura, o que se denominou de
avaliação da aprendizagem […] (p.10 e 11)
Tipos de avaliação
• Avaliação da aprendizagem
• Avaliação institucional
• Avaliação externa
Avaliação da aprendizagem
• […]. Que os professores desenvolvem em seu
dia a dia, com foco no que os alunos já
aprenderam (p.16)
• […] integrada ao conjunto de atividades
curriculares, ainda que não deva ser confunfida
com o currículo. (p.19)
• […] possibilita evidenciar os domínios e lacunas
dos alunos, mas não necessariamente suas
causas . (p.26)
Avaliação da aprendizagem
• Posssui três momentos:
• inicial (diagnóstica): refletir sobre a
programação das atividades
• intermediário (formativa): favorecer a revisão de
estratégias de ensino e eventuais ajustes nas
atividades planejadas
• final (somativa): julgar o aprendizado […], o
ganho de cada aluno, turma e escola […].
(p.18 e 19)
Avaliação da aprendizagem
[…] consolidar uma nova cultura de
avaliação associada ao sucesso de todos
os alunos, vinculada ao trabalho coletivo e
ancorada em técnicas, instrumentos e
procedimentos pelos quais cada aluno
seja avaliado em relação a si mesmo e,
simultaneamente, em relação aos
colegas, fixados os critérios de um
resultado satisfatório para todos. (p.20)
Diferentes instrumentos…
Sugestão Reflexão e Ação 02…
p.28
UPDATE: Olhem abaixo o texto de um aluno de Kubitschek que está circulando no
Facebook e julguem vocês mesmos o nível de educação que ele está transmitindo. E
como sua incitação ao pensamento FUNCIONOU. Faço questão de colocar na
íntegra:
“Olá pessoal. Sou um dos alunos do CEM 03 de Taguatinga, onde a prova foi
aplicada. E queria dizer que é extremamente divertido ver a reação do público
controlado pela mídia. Pessoas abaixo dizendo que ele é um cretino, babaca, só
tem o diploma na parede… Que “esse é o motivo da educação estar tão ruim”.
Acontece que esta foi uma das 12 questões da prova bimestral de filosofia, onde o
professor colocou esta questão (nº 11) por motivos que ele mesmo explicou na
entrevista.
Mas não é aí onde quero chegar, e sim no fato de que o público, controlado pela
mídia, tende a ver somente o que é exposto e julgar indiscriminadamente sem antes
avaliar a situação como um todo. Isso entra em um dos assuntos que nos foram
explicados pelo professor recentemente, sobre Kohlberg. A matéria dada pelo
professor Antônio tratava a respeito da Teoria do Desenvolvimento Moral. [...]
[...] Eu não vou explicar isso aqui, pois se acham-se no direito de julgarem um
professor de filosofia, creio eu que devem ter conhecimento a respeito do assunto.
No entanto, um dos tópicos foi o dilema de Heinz, proposto por Kohlberg. Ele diz
que Heinz estava com a esposa doente, e o remédio que a salvaria custava mil
dólares. Como não podia comprá-lo do farmacêutico que detinha a fórmula, após
esgotadas as tentativas de obtê-lo de modo honesto, roubou-o. Kohlberg pergunta
se o marido fez bem ou não em ter roubado, e analisa as respostas dadas,
identificando o nível moral do entrevistado através destas. (texto retirado do livro
Filosofando, ARRUDA, Maria Lúcia de; e MARTINS, Maria Helena Pires, com
adaptações). O que acontece nesta situação é o mesmo. É possível “analisar” as
diversas respostas do público em relação à questão da prova e identificar seus
níveis morais. “Não devia ter colocado a questão na prova pois é um professor e
isso é errado.” (nível convencional, terceiro estágio – pertencimento ao grupo).
Quando suas respostas a isso, como adultos, deveriam estar no nível pósconvencional, destacando o conflito entre a ética profissional e o direito que cada
pessoa tem de exercer a própria vida, ou no sexto estágio do nível pósconvencional. [...]
[...] Mas, infelizmente, como diz Kohlberg, nem todos os adultos atingem
este nível, devido à educação e vida que recebem, em condições diferentes.
Se chegou a ler até aqui, gostaria de ressaltar apenas algumas
informações importantes sobre o conteúdo da prova. As demais 9 questões
da prova tratavam de ética, moral, valores, e níveis de moralidade. Caso
tenham alguma dúvida, podem pedir à direção da escola para liberar o
resto do conteúdo da prova. Estes conteúdos que citei acima, foram todos
tratados e explicados em sala pelo professor, conteúdos que também estão
presentes no livro que nos foi dado pela escola e no componente curricular
da terceira série do Ensino Médio. Então, para aqueles que gostam de
dizer que o professor é incompetente por causa de uma única questão e
que não estamos aprendendo nada em sala, saibam que estamos sim
aprendendo, e não somente um ou dois alunos, mas a grande maioria.
[...] E, para finalizar, posso dizer que apenas me sinto mal por vocês
adultos que ainda se encontram no Estágio Intuitivo ou Simbólico de
Piaget. Esse é aquele estágio em que a criança possui uma inteligência
egocêntrica, sendo assim ela sente, pensa e age a partir de si mesma e não
se coloca no lugar do outro. Digo isso porque, ao invés de avaliarem a
situação corretamente, baseado em todo o contexto do ocorrido,
simplesmente julgam o professor por sua questão sem avaliar o contexto
todo, como se fossem perfeitos ou pudessem fazer melhor. Acontece que,
olha só para o que estão fazendo: criticando, atrás de uma tela de
computador, usando de argumentos incoerentes, palavras ofensivas e tudo
o mais. Acham mesmo que pessoas nesse nível são capacitadas pra julgar
a ética e moral dos outros?
Obrigado pela atenção, e BEIJINHO NO OMBRO PRO RECALQUE
PASSAR LONGE.
Gabriel Guilherme, 3º G #39 CEM 03 de Taguatinga.
Publicado em 10 de abril de 2014
Trecho disponível em: http://socialistamorena.cartacapital.com.br/kubitschek-o-provocador-aescola-publica-e-tao-mal-considerada-quanto-valesca-e-o-funk/
Diferentes instrumentos…
- Mapas conceituais no Ensino de Física – Proposta de
uma professora PDE 2013 –
http://prezi.com/ojchkmnorjgv/contribuicoes-do-uso-dolaboratorio-no-processo-ensino-apren/
(diagnóstica, formativa e somativa)
- Rubricas http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/seminariop
de/avaliacao.html (critérios estabelecidos
colaborativamente)
Avaliação institucional
• […] toma a escola como objeto de avaliação,
especialmente como se vislumbra em seu
projeto político-pedagógico.
• […] ao incoporar resultados da avaliação da
aprendizagem, volta-se, entre outras
possibilidades, para a própria proposta
curricular […] organizadas para contribuir com o
aprendizado de seus alunos.
• […] deve ser desenvolvida com a participação
de alunos, professores e equipes de gestão. (p.16)
Avaliação institucional
[…] a avaliação do ensino médio não
necessariamente deve seguir o modelo
que considera apenas o desempenho de
seus alunos em avaliações externas, mas
também, procurar outros aspectos, entre
os quais se encontram as taxas de
aprovação, reprovação e abandono
apuradas ao final de cada período letivo.
Ou as taxas de distorção idade-série e as
taxas líquidas e bruta de matrícula. (p.29)
Avaliação institucional
[…] suscitarmos um olhar que problematize
tais dados e pelo menos em parte, que
busque possíveis vínculos com a
avaliação da aprendizagem. (p.38)
Avaliação externa
[…] resultados provenientes de provas
padronizadas, em que são apresentadas
tarefas (itens) baseadas em matrizes de
avaliação construídas em torno de
habilidades e competências que os alunos
deveriam desenvolver em determinados
momentos do processo de escolarização.
(p.16 e 17)
Sistema de Avaliação da Educação
Básica (Saeb)
•Avaliação Nacional da Educação Básica – Aneb: amostral, alunos das redes públicas e
privadas do país, em áreas urbanas e rurais, matriculados na 4ª série/5ºano e
8ªsérie/9ºano do Ensino Fundamental e no 3º ano do Ensino Médio, tendo como principal
objetivo avaliar a qualidade, a equidade e a eficiência da educação brasileira.
•Avaliação Nacional do Rendimento Escolar - Anresc (também denominada "Prova
Brasil"): censitária envolvendo os alunos da 4ª série/5ºano e 8ªsérie/9ºano do Ensino
Fundamental das escolas públicas das redes municipais, estaduais e federal, com o
objetivo de avaliar a qualidade do ensino ministrado nas escolas públicas. Escolas que
possuem, no mínimo, 20 alunos matriculados nas séries/anos avaliados, sendo os
resultados disponibilizados por escola e por ente federativo.
•A Avaliação Nacional da Alfabetização – ANA : censitária envolvendo os alunos do 3º
ano do Ensino Fundamental das escolas públicas, com o objetivo principal de avaliar os
níveis de alfabetização e letramento em Língua Portuguesa, alfabetização Matemática e
condições de oferta do Ciclo de Alfabetização das redes públicas.
Avaliação externa
• Exame Nacional do Ensino Médio (Enem);
• Exame Nacional de Certificação de
Competências na Educação de Jovens e
Adultos (Encceja);
• Sistema de Avaliação da Educação Básica
(Saeb);
• Sistema de Avaliação da Educação Básica do
Paraná (Saep);
(p.16, 44)
Avaliação externa
[…] os resultados das avaliações externas
podem e devem ser utilizados como parte
do processo de avaliação do projeto
educacional de cada escola e, por isso,
vêm alimentar sua avaliação
institucional.(p.17)
Avaliação interna, externa e
institucional
Considerando a importância e a
possibilidade de articular as avaliações
externas com os resultados internos das
escolas, à avaliação institucional aparece
como um processo que poderia
materializar essas preocupações. Nesse
sentido, a avaliação institucional das
escolas deve pautar-se, segundo Dias
Sobrinho (2002), por um conjunto de
princípios, tais como:
(p.49)
Avaliação interna, externa e
institucional
(p.49 e 50)
Sugestões de subsídios complementares ao
tema da avaliação educacional
•
Leitura Obrigatória
– DCNEM – Resolução N.2 de 30 de janeiro de 2012 http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_docman&task=doc_download&gi
d=9864&Itemid=
– Parecer CNE/CEB N. 5/2011 http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_docman&task=doc_download&gi
d=8016&Itemid=
•
Carta de Campinas – Disponível em:
http://www.cedes.unicamp.br/CartadeCampinas.pdf
•
Página do SAEP – Disponível em:
www.educadores.diaadia.pr.gov.br/arquivos/File/saep/index.html
•
WebQuest – Avaliação Externa – Disponível em:
http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/seminariopde/index.html
http://observatorioensinomedio.wordpress.com/
http://www.emdialogo.uff.br/
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