Ensino de Química e Inclusão – EQI
XI Encontro de Educação em Química da Bahia (EDUQUI)
O Ensino de Química para Alunos Surdos
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Wermerson Meira Silva *(PQ), Neemias Gomes Santana(PQ) , Ademir de Jesus Silva Júnior (PQ)
[email protected]
1-Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia-Departamento de Estudos Básicos e Instrumentais-DEBI.
2-Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia-Departamento de Estudos Linguísticos e Literários-DELL.
Palavras Chave: Surdos, Química, Libras.
Introdução
A LIBRAS é a Língua Brasileira de Sinais e, como
toda língua natural humana, terá sua singularidade
em nível de desenvolvimento mental, de maturação
e de regras sociais.
Sendo a LIBRAS reconhecida pelos linguistas como
uma língua natural humana, podemos afirmar que
esse reconhecimento se dá devido à Língua
Brasileira de Sinais se desenvolver por meio dos
mesmos processos que qualquer outra língua
humana (Quadros e Karnopp 2004).
Mas as pesquisas sobre a Linguística das Línguas
de Sinais, ainda são recentes, se iniciaram em 1960
com William Stokoe, nos Estados Unidos e continua
sendo pesquisada em todas as esferas teóricas
também por pesquisadores brasileiros.
O objetivo deste trabalho é construir um banco de
dados terminológicos com termos técnicos
específicos da área da Química e contribuir com os
sinais-termos em LIBRAS para uso em sala de aula
entre alunos surdos e tradutores intérpretes de
LIBRAS.
Resultados e Discussão
Pensando na proposta de criação de um banco de
dados terminológicos, propusemos um laboratório
de LIBRAS para a criação dos termos linguísticos
da disciplina de Química. A Universidade Estadual
do Sudoeste da Bahia, conta com um projeto de
extensão que é o Centro de Aprendizagem em
Língua Brasileira de Sinais – CALIBRAS. Este
centro tem como a priori, fazer a inclusão
educacional com qualidade, quebrando as barreiras
de comunicação entre os alunos surdos, tradutores
e intérpretes de LIBRAS e professores das
disciplinas. Nesse projeto temos alunos graduandos
em Química do 3º e 7º Semestre da Universidade
Estadual do Sudoeste da Bahia - UESB, campus
Itapetinga, para corroborar com o laboratório em
Química e contribuir para a criação dos termos da
área de Química em LIBRAS. As instituições
entrevistadas mostraram apreciação com respeito
ao projeto, felizes para a obtenção dos termos de
Química em LIBRAS, para facilitar a sua tradução e
interpretação em LIBRAS e a compreensão dos
alunos surdos.
Através das pesquisas o gráfico a seguir representa
uma equiparação nas dificuldades encontradas por
parte dos Professores, Alunos Surdos, Tradutores e
intérpretes de LIBRAS (TILIBRAS), relacionadas à
escassez de sinais-termos na LIBRAS da disciplina
Química.
1º ao 3º Ano do Ensino
Médio
Professores
Alunos Surdos
TILIBRAS
Gráfico: Equiparação das dificuldades encontradas.
Conclusões
Com as observações das aulas de Química e a
aplicação dos questionários, pode-se perceber que
não podemos falar de inclusão se os alunos surdos
que estão inseridos em sala de aula não tem
conhecimento da disciplina. Simplesmente é uma
Integração, mas não inclusão educacional. Então
todo o conteúdo passado pelo professor para o
intérprete não tem chegado aos alunos surdos
porque os mesmos desconhecem os termos em
LIBRAS.
Agradecimentos
Agradeço aos professores, alunos surdos e aos
tradutores e intérpretes de LIBRAS das instituições
entrevistadas. Os alunos do 3º e 7º semestre do
curso de Licenciatura em Química da Universidade
Estadual do Sudoeste da Bahia - UESB, Campus
Itapetinga.
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BRASIL. Lei nº 10.436, que dispões sobre a Língua Brasileira de Sinais.
QUADROS, R.M & KARNOPP, L.B; Língua de sinais brasileira:
estudos lingüísticos; Ed. Artmed Porto Alegre, 2004, 221p.
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