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ANÁLISE DO COMPORTAMENTO DA RECEITA DO SETOR DE SERVIÇOS
(MARÇO - 2015)
BRASIL: Receita de Serviços Apresenta Variação Positiva
Segundo a Pesquisa Mensal de Serviços (PMS 1 ) divulgada pelo Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE), o setor serviços registrou no Brasil crescimento nominal de
6,1%, na comparação com igual mês do ano anterior. Esse valor foi superior às taxas de
fevereiro (0,9% revisado) e janeiro (1,8%). A taxa acumulada no ano atingiu 2,9% e em doze
meses, 4,6%.
Há um ano e meio, a receita nominal de serviços crescia a taxas de dois dígitos. Com a
mudança no cenário da economia, como a cautela das famílias ao consumir, a demanda
reduzida da indústria e do comércio, impactaram diretamente a receita da atividade de serviços.
O quadro atual é de desaquecimento da economia.
A tabela abaixo mostra, resumidamente, os indicadores da receita de serviços para o Brasil,
no mês de março de 2015.
Tab.1 Brasil: Variação da Receita Nominal de Serviços (Março 2015)
Período
Receita Nominal
Março 2015/ Março 2014
6,1%
Acumulado em 2015
2,9%
Acumulado em 12 meses
4,6%
Fonte: PMS - Pesquisa Mensal de Serviços/IBGE, março/2015.
Se compararmos as taxas do primeiro trimester de 2015 com as do primeiro trimestre de 2014,
veremos que em 2015 a taxa trimestral foi menor. Ou seja, o crescimento nominal do setor de
serviços no 1º trimestre de 2015, atingiu o menor patamar da série trimestral, as menores
variações registradas nos meses de janeiro e fevereiro contribuíram para esse resultado. Ver
a tabela 2.
Tab.2 Brasil: Taxa Trimestral (%) 2014-2015
Primeiro Trimestre de 2014
Primeiro Trimestre de 2015
8,7%
2,9%
Fonte: PMS - Pesquisa Mensal de Serviços/IBGE, março/2015.
Lembramos que os serviços respondem por aproximadamente dois terços da renda gerada
pela economia brasileira. Diante do quadro desfavorável, a Pesquisa Mensal de Serviços,
embora não inclua todos os setores investigados no Produto Interno Bruto (PIB), traz
sinalizações que permitem ficar alerta e observar a tendência, pois o setor tem um peso grande
na composição do PIB.
A PMS investiga as empresas de serviços que possuam 20 ou mais Pessoas Ocupadas, cuja receita provenha, predominantemente da
atividade de prestação de serviços e estar sediada no território nacional. A PMS investiga a receita bruta de serviços, Total e por Unidade
da Federação, definida como a receita proveniente das atividades de prestação de serviços, sem dedução de impostos e contribuições
incidentes, abatimentos e descontos incondicionais. Não estão incluídas as receitas financeiras e não-operacionais
1
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O RECORTE REGIONAL DA PESQUISA MENSAL DE SERVIÇOS
Do ponto de vista regional, no mês de março de 2015, das 27 Unidades da Federação, apenas
seis apresentaram variações negativas, na comparação com igual mês do ano anterior.
Os estados que apresentaram as maiores variações positivas foram: São Paulo (8,9%), Mato
Grosso do Sul (8,4%), Rondônia (8,3%) e Pará (8,0%). O gráfico 1 ilustra a taxa de variação
de receita do setor de serviços para as unidades da federação.
Gráfico 1. Brasil: Taxa de variação da Receita
do Setor de Serviços, por Unidade da Federação (Março-2015)
Unidades da Federação
Brasil: Taxa de Variação da Receita Nominal do Setor
de Serviços, por Unidade da Federação (Março-2015)
- 9,5
- 15,0
- 10,0
São Paulo
Mato Grosso do Sul
Rondônia
Pará
Santa Catarina
Paraná
BRASIL
Ceará
Rio de Janeiro
Espírito Santo
Goiás
Bahia
Pernambuco
Minas Gerais
Rio Grande do Sul
Sergipe
Distrito Federal
Amazonas
Paraíba
Rio Grande do Norte
Tocantins
Alagoas
- 0,8 Piauí
Amapá
- 4,6
Roraima
- 5,5
Acre
- 5,9
Mato Grosso
- 6,3
Maranhão
- 5,0
8,9
8,4
8,3
8,0
7,6
7,0
6,1
5,4
4,8
4,5
4,3
4,1
4,0
3,7
3,6
2,8
2,0
1,8
1,4
1,2
0,6
0,5
0,0
5,0
Variação (%)
Fonte: PMS - Pesquisa Mensal de Serviços/IBGE, Março2015.
10,0
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SERGIPE : Receita de Serviços Apresenta Crescimento em Março/2015
Em Sergipe, a receita nominal do setor de serviços apresentou crescimento de 2,8% no mês
de março de 2015 na comparação com igual mês do ano anterior. Esse crescimento recuperou
os dois meses anteriores, quando apresentaram resultados negativos. No ano, a receita de
serviços acumula um saldo negativo de -0,2%. A receita de serviços do mês de março ajudou
ao resultado acumulado no ano a ter um saldo menos impactante. Em doze meses a receita
de serviços apresenta um saldo positivo de 2%. O gráfico 2 ilustra a variação da receita de
serviços mensal, no ano e em 12 meses.
Gráfico 2. Sergipe: Variação Mensal da Receita Nominal de Serviços
4,0
Sergipe: Variação Nominal da Receita de Serviços
1° Trimestre, no Ano e em Doze Meses
2,8
3,0
2
Variação (%)
2,0
1,0
0,0
- 1,0
jan/15
fev/15
- 0,1
mar/15
No Ano
-0,2
Em Doze Meses
- 2,0
- 3,0
- 4,0
- 3,2
Fonte: PMS - Pesquisa Mensal de Serviços/IBGE, março/2015.
Para ilustrar de forma comparativa o comportamento da variação da receita de serviços em
Sergipe e ter uma compreensão melhor da receita do setor, elaboramos um gráfico com as
informações do período de 2013-2015, nos meses de março. O gráfico 3 abaixo mostra que o
mês de março deste ano apresentou crescimento superior ao mês de março de 2014, ou seja,
a receita de serviços de 2015 obteve um resultado melhor que o ano anterior. Ver o gráfico 3.
Gráfico 3. Sergipe: Comparativo da Receita Nominal de Serviços
4
3,5
Sergipe: Comparativo da Receita Nominal de Serviços
(Mar-2013/2014/2015)
3,7
Variação (%)
3
2,8
2,5
2
1,5
1,3
1
0,5
0
Mar-2013
Mar-2014
Mar-2015
Fonte: PMS - Pesquisa Mensal de Serviços/IBGE, março/2015.
Como foi mencionado na análise anterior, o ano de 2015 vai ser difícil. O setor de serviços
representa 66,91% do PIB sergipano, e, apesar de gerar inúmeros empregos, é importante
acompanhar todos os seus indicadores para anteciparmos ações para recuperação do setor.
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NORDESTE: Receita de Serviços Apresenta Resultados Positivos na Maioria dos
Estados
A PMS de março revelou que somente dois estados da região apresentaram variações
negativas, Maranhão (-9,5%) e Piauí (-0,8%). Os estados que apresentaram as maiores
variações positivas foram Ceará (5,4%), Bahia (4,1%) e Pernambuco (4,0%). Sergipe
apresentou o quarto melhor resultado entre os estados.
O segmento que apresentou maior queda na receita foi o de Serviços de informação e
comunicação (Serviços de TIC, Serviços audiovisuais, de edição e agências de notícias). As
melhores receitas do setor de serviços foram nos segmentos de: Serviços prestados às
famílias – serviços de alimentação e alojamentos (hotéis, pousadas, restaurantes) –; Outros
serviços; e Transportes e correio – aquaviários, terrestres aéreo e armazenagem e serviços
auxiliares dos transportes e correio.
O gráfico abaixo ilustra o comportamento da variação da receita de serviços do mês de
março/2015 para os estados do Nordeste.
Gráfico 4. Nordeste: Variação da Receita Nominal de Serviços (Março-2015)
8,0
Nordeste: Variação da Receita Nominal de Serviços
(Março-2015)
5,4
6,0
Variação (%)
4,1
4,0
4,0
1,2
2,0
1,4
2,8
0,5
0,0
- 2,0
- 0,8
- 4,0
- 6,0
- 8,0
- 10,0
- 12,0
- 9,5
Fonte: PMS - Pesquisa Mensal de Serviços/IBGE, março/2015.
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