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FACULDADES INTEGRADAS DE ITARARÉ – FAFIT
ANTONIO JOSÉ SANTOS GENEROSO
SISTEMAS DE NUMERAÇÃO DAS ANTIGAS CIVILIZAÇÕES
ITARARÉ-SP
2011
1
ANTONIO JOSÉ SANTOS GENEROSO
SISTEMAS DE NUMERAÇÃO DAS ANTIGAS CIVILIZAÇÕES
Trabalho
de
conclusão
de
curso
apresentado como requisito parcial para a
aprovação do curso de Licenciatura Plena
em Matemática das Faculdades Integradas
de Itararé – FAFIT.
Prof. Orientador: Paulo Henrique C. A. da
Cruz
ITARARÉ-SP
2011
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FOLHA DE APROVAÇÃO
ANTONIO JOSÉ SANTOS GENEROSO
SISTEMAS DE NUMERAÇÃO DAS ANTIGAS CIVILIZAÇÕES
Trabalho de Conclusão de Curso
apresentado como requisito final para
obtenção do grau de Licenciatura em
Matemática das Faculdades Integradas de
Itararé - FAFIT, pela seguinte banca
examinadora:
BANCA EXAMINADORA
_____________________________________
Prof. Paulo Henrique C. A. da Cruz
Orientador
_____________________________________
Prof. João Carlos Tavares
____________________________________
Prof. Cristina Margareth Weiss Ferreira
Itararé, 21 de maio de 2011.
3
Dedico primeiramente a Deus pelo
dom da vida.
Aos meus pais pelo apoio que me
deram durante toda a minha vida.
A todas as pessoas que me ajudaram
neste caminho até o término deste
Trabalho.
4
AGRADECIMENTOS
Agradeço primeiramente a Deus, por tudo o que sou, o que tenho e o que
espero, pois sem a sua ajuda, nada seria possível, pois não estaríamos aqui
reunidos, e nem com saúde e alegria para desfrutar dos bons e importantes
momentos da vida.
Aos meus pais, Antonio Sidnei e Marinéia, pelo esforço, dedicação e
compreensão, incentivo, cooperação e apoio em todos os momentos desta e de
outras caminhadas, que me proporcionaram uma boa infância e vida acadêmica, me
ajudaram a formar os fundamentos do meu caráter e me apoiaram quando precisei
deles. Muito obrigado por serem a minha referência de tantas maneiras e estarem
sempre presentes na minha vida de uma forma indispensável.
Ao meu irmão Luís Fernando, além de ter me ajudado durante o curso,
compartilhou comigo os momentos de tristezas e também de alegrias, nesta etapa,
em que, com a graça de Deus, está tudo bem.
Ao meu professor e orientador deste Trabalho de Conclusão de Curso, Paulo
Henrique, pela paciência, ajuda e compreensão durante o longo caminho desde o
início até chegar neste momento.
Aos meus amigos, que me deram dicas e incentivo durante a realização deste
trabalho.
5
“Homens que lutam um dia e são bons.
Há outros que lutam um ano e são melhores.
Há os que lutam muitos anos e são muito bons.
Porém, há os que lutam toda a vida.
Esses são os imprescindíveis."
Bertolt Brecht.
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RESUMO
Este trabalho sobre os Sistemas Numéricos das Antigas Civilizações foi
desenvolvido através de pesquisa bibliográfica com relação à História da
Matemática, pois sobre os símbolos numéricos dos povos antigos como os egípcios,
mesopotâmicos, gregos, maias, chineses, romanos e indianos, que se fundamenta o
saber e desvendar de como e de onde surgiram os símbolos numéricos que são
usados hoje, ou seja, de qual forma os caracteres usados pelos povos antigos,
assim como suas bases de contagens proporcionaram a escrita numérica atual por
meio de algarismos hindu-arábicos.
PALAVRAS CHAVE: Sistemas, Numéricos, Civilizações, Símbolos, História e
Matemática.
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LISTA DE FIGURAS
FIGURA 1: Comparação Entre as Numerações de Diferentes Povos Antigos. .. 12
FIGURA 2: Comparação de Numerações dos Povos Antigos. ............................ 12
FIGURA 3: Mapa do Antigo Egito. .......................................................................... 13
FIGURA 4: Números Egípcios. ............................................................................... 14
FIGURA 5: Números Egípcios Extensos. .............................................................. 14
FIGURA 6: Mapa da Mêsopotâmia. ........................................................................ 17
FIGURA 7: Números Mesopotâmicos. ................................................................... 20
FIGURA 8: Representação do Número 100. .......................................................... 20
FIGURA 9: Representação do 10 x 100 = 1000. .................................................... 21
FIGURA 10: Representação do 1(60)² + 0(60) + 2 = 3602. .................................... 21
FIGURA 11: Mapa da Grécia Antiga. ...................................................................... 22
FIGURA 12: Números Gregos. ............................................................................... 23
FIGURA 13: Mapa de Onde a Civilização Maia Habitava. ..................................... 24
FIGURA 14: Numeração Maia. ................................................................................ 25
FIGURA 15: Numeração Maia. ................................................................................ 26
FIGURA 16: Números Maias ................................................................................... 26
FIGURA 17: Exemplificação Maia de Números. .................................................... 27
FIGURA 18: Números Maias. .................................................................................. 27
FIGURA 19: Números Longos pelo Sistema Maia. ............................................... 28
FIGURA 20: Mapa da Civilização Chinesa. ............................................................ 29
FIGURA 21: Numeração Chinesa. .......................................................................... 31
FIGURA 22: Numeração Chinesa. .......................................................................... 31
FIGURA 23: Mapa do Império Romano. ................................................................. 32
FIGURA 24: Números Romanos. ............................................................................ 33
FIGURA 25: Modificação de Símbolos, o Surgimento do L que Vale 50. ........... 33
8
FIGURA 26: Números Romanos Grandes. ............................................................ 34
FIGURA 27: Números Hindus (Indianos). .............................................................. 36
FIGURA 28: Evolução dos Números Indianos Até Chegar nos Dias Atuais. ..... 39
FIGURA 29: Evolução dos Números Hindus Até Chegar nos Dias Atuais. ........ 39
FIGURA 30: Evolução dos Números Indo-Arábicos. ............................................ 40
FIGURA 31: Evolução dos Números Indo-Arábicos. ............................................ 40
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SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO ......................................................................................................10
2. SISTEMAS NUMÉRICOS DAS ANTIGAS CIVILIZAÇÕES ................................ 11
2.1 SISTEMA NUMÉRICO EGÍPCIO ....................................................................... 13
2.2 SISTEMA NUMÉRICO MESOPOTÂMICO (BABILÔNICO) ............................... 17
2.3 SISTEMA NUMÉRICO GREGO ......................................................................... 21
2.4 A NUMERAÇÃO DOS MAIAS ........................................................................... 23
2.5 NUMERAÇÃO CHINESA ................................................................................... 28
2.6 NÚMEROS ROMANOS (ALGARISMOS ROMANOS) ....................................... 32
2.7 SISTEMA NUMÉRICO INDIANO (HINDU) ........................................................ 35
3. SISTEMA DE NUMERAÇÃO INDO-ARÁBICO .................................................. 38
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................. 41
REFERÊNCIAS ....................................................................................................... 43
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1. INTRODUÇÃO
Durante a história, muitos povos e civilizações criaram e tiveram suas escritas
e costumes, mas a dúvida persiste de quem foi a alavanca, ou a iniciativa de ter sido
o pioneiro da criação da numeração. Logicamente que cada povo teve sim a sua
contribuição relevante na forma de fazer contagens, e isso às vezes sem querer,
durante séculos, passava para outras civilizações que implementavam o jeito de
contar, até chegar nos dias de hoje.
Ao fazer um estudo cronológico da matemática em seu melhoramento e
desenvolvimento para atingir a resposta do questionamento anterior, começa a ser
desvendado o grande mistério. Vale ressaltar que voltando no túnel do tempo, e
aprofundando ainda mais os estudos matemáticos, descobriremos a criação de
diversas fórmulas por parte das civilizações pré-helênica: a egípcia e a
mesopotâmica. Além do fato de que o homem pré-histórico se virava para adquirir as
idéias e conceitos de número, forma e grandeza.
A incerteza é com a questão de que a matemática sempre existiu, porém,
aguardava o seu descobrimento, e a dúvida sobre o surgimento da numeração,
quando e como foi, torna ainda mais interessante o estudo profundo da origem da
matemática. Tanto que em milênios antes de Cristo, na Idade da Pedra (5.000.000
a.C. – 3.000 a.C.), o homem primitivo se virava para sobreviver. Com o tempo, a
contagem evoluiu extensamente para a realização de cálculos mais compridos,
complexos e detalhados, sendo que chegou a algum instante/momento que a
contagem simples não era eficiente o bastante, então acabou se tornando
sistematizado. Diversos povos que contribuíram de seus modos com a numeração
na história dos números já desapareceram com o passar dos tempos. Homens do
tempo da pedra, da caverna, e séculos depois, os egípcios, gregos, mesopotâmicos,
maias, romanos e outros. Praticamente todos os reinos, aldeias e tribos com seus
seguintes costumes, tradições e tipos de contagens que estas civilizações citadas
acima e outras, por conseguinte criavam e implantavam, acabaram extintas, por
causa de seguidas guerras entre eles.
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2. SISTEMAS NUMÉRICOS DAS ANTIGAS CIVILIZAÇÕES
Alguns alunos em geral quando ouvem falar da palavra Matemática, se
“arrepiam” de medo, mas o assunto História da Matemática carrega curiosidades
consigo mesmo, o nome já diz tudo, a história desta ciência existe há milênios o que
faz muitos serem curiosos e quererem investigar como ela surgiu, onde, quando, e
quem contribuiu, e outras dúvidas. A dificuldade está na questão de decifrar os
símbolos estranhos, exemplificando, alguns deles cuneiformes, outros com um
monte de rabiscos, outros hieróglifos (forma de figuras), e iniciar as contagens como
adição e subtração, dependendo do alfabeto numérico e da conta. Assim sendo, é
imprescindível e fundamental a compreensão dos diversos ideogramas criados pelas
grandes civilizações através dos tempos, os formatos dos ideogramas de cada povo
até atingir o ápice da numeração utilizada hoje que facilitou e trouxe praticidade de
fazer as contas fundamentais, transações comerciais, trocas de mercadorias
(escambo), compra, venda, obtenção de lucro etc.
Continuando o assunto sobre numeração, Howard Eves (2004) afirmou que,
dependendo de cada povo, a base era significativa, cada um com sua forma de
contagem. Algumas civilizações adotavam base decimal (10), outra a sexagesimal
(60), outra vigesimal (20), quinária (5) e até de base 12 etc. Sendo que muitos
símbolos para representar um único número era um desafio enorme. Exemplo disto
é o povo egípcio, eles tinham grandes dificuldades de escrever e representar os
números grandes, até para realizar as operações aritméticas da adição e subtração,
levavam muito tempo. Outras civilizações que ajudaram de suas maneiras com a
simbologia matemática além da egípcia, foram a babilônica, grega, maia, chinesa, a
indiana e a romana, entre outras. Nas Figuras 1 e 2, há uma comparação dos
sistemas de numeração antigos:
12
FIGURA 1: Comparação Entre as Numerações de Diferentes Povos Antigos.
FONTE: Site Matemáticaverso Worldpress, [20--?].
A seguir, uma exemplificação de cada civilização e seus números:
FIGURA 2: Comparação de Numerações dos Povos Antigos.
FONTE: Portal Fascínio pela Matemática, 2011.
13
2.1. SISTEMA NUMÉRICO EGÍPCIO
Sem dúvidas, a civilização egípcia é uma das mais antigas que já existiu. Os
símbolos egípcios são fascinantes, cada grafia tinha um significado de uma figura da
natureza, e as dificuldades e riquezas de detalhes que tinham quando desenhavam.
Os egípcios então registravam quantidades usando símbolos relacionados
(hieroglíficos) às imagens familiares. A escrita egípcia era em hieróglifos (escrita
com figuras) para fazer textos e contas. Era um sistema com símbolos próprios da
cultura egípcia, símbolos pelo qual só tinham significado para este povo.
Esta civilização enfrentou inúmeras dificuldades para fazer cálculos muito
extensos, e até para desenhar os ideogramas era um trabalho árduo para os
mesmos. Percebe-se que eles não usavam números maiores que o bilhão, o trilhão
etc. Assim, os egípcios não necessitavam realizar contas tão gigantescas e
complicadas pelo fato de naquele tempo não se exigir tanto como hoje. Sem dúvida
nenhuma, esta civilização com seu esforço contribuiu bastante até chegarmos
atualmente com o sistema numérico padrão que usamos nos dias atuais.
Conforme Boyer (1996) descreve, cerca de 6000 anos atrás já estava em uso
no vale do extenso Rio Nilo (Figura 3) uma forma primitiva de escrita que evoluiu
para uma forma linear de símbolos mais simples. Além disso, a numeração
hieroglífica com escala de 10, foi decifrada facilmente, datando de 5000 anos atrás.
Percebe-se que a antiguíssima civilização egípcia dependia muito do delta do
extenso rio Nilo, no nordeste da África para se desenvolver.
FIGURA 3: Mapa do Antigo Egito.
FONTE: Portal Invivo Fiocruz, 2005.
14
De acordo com Howard Eves (2004, p.30):
Os hieróglifos egípcios, cujo emprego remonta a cerca do ano
3400 a.C. e usados principalmente para fazer inscrições em
pedras, fornecem um exemplo de sistema de agrupamentos
simples. Embora os hieróglifos fossem usados às vezes para
escrever em outros materiais que não pedras, os egípcios cedo
desenvolveram duas formas de escrita consideravelmente mais
rápidas para trabalhos em papiro, madeira e cerâmica.
Os egípcios registravam tudo que podiam. A observação relevante deles em
relação à astronomia propiciou criarem um calendário solar que facilitou
administrarem melhor suas atividades diárias. Exceto na pedra, os hieróglifos foram
escritos em materiais diversos como papiro, cerâmica e madeira. Os egípcios
criaram duas formas rápidas e consideráveis para a realização de trabalhos com
estes 3 materiais citados acima. Além disso, criaram símbolos para 7 númeroschave, que nem sempre eram colocados em ordem conforme se observa na Figura
4:
FIGURA 4: Números Egípcios.
FONTE: Site Pessoal Sercomtel, março/2005.
A seguir, uma exemplificação de um longo número egípcio:
FIGURA 5: Números Egípcios Extensos.
FONTE: Blog Riwersun, 2010.
15
Todas as formas dos símbolos tinham uma explicação e importância para a
vida deles, só não imaginavam que trariam complicações para a grande maioria. Só
com o tempo e a prática, os egípcios assimilavam e memorizavam os símbolos com
cada número a que representavam.
Segundo o portal Sistema (2003):
O papiro Ahmes é um antigo manual de matemática. Contém
80 problemas, todos resolvido. A maioria envolvendo assuntos
do dia-a-dia, como o preço do pão, a armazenagem de grãos
de trigo, a alimentação do gado. Observando e estudando
como eram efetuados os cálculos no Papiro Ahmes, não foi
difícil aos cientistas compreender o sistema de numeração
egípcio. Além disso, a decifração dos hieróglifos – inscrições
sagradas das tumbas e monumentos do Egito – no século XVIII
também foi muito útil. O sistema de numeração egípcio
baseava-se em sete números-chave: 1 10 100 1.000 10.000
100.000 1.000.000 Os egípcios usavam símbolos para
representar esses números. Um traço vertical representava 1
unidade: Um osso de calcanhar invertido representava o
número 10: Um laço valia 100 unidades: Uma flor de lótus valia
1.000: Um dedo dobrado valia 10.000: Com um girino os
egípcios representavam 100.000 unidades: Uma figura
ajoelhada, talvez representando um deus, valia 1.000.000.
A explicação acima demonstra que como a numeração egípcia é
representada através de figuras conhecidas deles, os calculistas do Egito antigo
dependiam da memorização para fazer os cálculos. Alguns caracteres são
esquisitos dependendo do ponto de vista da pessoa que o observa, com a prática,
aprendiam de certa forma que se tornava fácil a memorização de cada símbolo. A
prova de tudo isso são os papiros, pois eram materiais duráveis que serviam para se
escrever ou marcar as contagens realizadas na antiguidade.
Segundo Eves (2004) estas tabelas representam e exemplificam o sistema de
agrupamento simples, com grandes chances de ser o tipo de sistema mais antigo de
todos. Desta forma, a mais antiga é a escrita cursiva (hierática) que eram usadas
pelos sacerdotes, pelo qual é derivada da hieroglífica. Desta escrita, originou a
demótica, praticada pelo uso geral. Estas duas formas não fazem parte do sistema
de agrupamentos simples. Fazia-se uso do processo aditivo, a soma dos símbolos
originais, sem preocupação com a posição dos símbolos, num sistema não
posicional, ou seja, a ordem dos ideogramas não importava como também não
16
alterava o resultado final. Vale ressaltar que os egípcios não tinham representação
para o número zero e qualquer um dos números eram representados através do uso
destes símbolos aditivamente, e conforme a necessidade, repetindo-lhes. Eves
(2004) afirma que os cidadãos do Egito na época tinham o hábito de escrever os
números da direita para a esquerda, sendo que o sistema de numeração egípcio era
cifrado.
Carl B. Boyer (1996, p.9) declara:
Os homens da Idade da Pedra não usavam frações, mas com o
advento de culturas mais avançadas durante a Idade do Bronze
parece ter surgido a necessidade do conceito de fração e de
notação para frações. As inscrições hieroglíficas egípcias têm
uma notação especial para frações unitárias, isto é, com
numerador um.
E Boyer (1996) afirmou que os Papiros de Ahmes, Rhind e Moscou são as
principais fontes de informações sobre os egípcios, mesmo antiguíssimas,
permaneceram uniforme durante sua longa história, sendo que estes Papiros
surgiram mil anos antes de ter surgido a matemática grega de tão velhos que são.
Conforme Maria Elisa Esteves Lopes Galvão (2008, p.73):
A Matemática no Egito não alcançou, em sofisticação, o nível
da Mesopotâmia, embora fosse fortemente influenciada pela
demanda da agrimensura e da engenharia práticas. Os
egípcios desenvolveram um sistema numérico aditivo;
multiplicações e divisões eram feitas com o auxílio de tábuas
de duplicação adequadamente elaboradas para esse fim.
Trabalhavam com frações unitárias, desenvolvendo técnica de
decomposição cuja explicação motiva várias teorias até os dias
de hoje.
Mesmo a matemática do Egito não ter sido do mesmo nível da Babilônia, a
simbologia egípcia adotada é tão simples de entender, que os alunos não
apresentam tanta dificuldade em traduzir os números egípcios para o nosso sistema
nos exercícios resolvidos por eles mesmos. Prestando a atenção no posicionamento
das figuras, a leitura e interpretação facilitam a conversão e o entendimento do
significado dos caracteres do Egito antigo.
17
2.2. SISTEMA NUMÉRICO MESOPOTÂMICO (BABILÔNICO)
A Mesopotâmia compreendia o território da região do atual Iraque, área
circunvizinha, localizado nos vales do Rio Tigre e Eufrates, no continente asiático,
informação esta que pode ser confirmada pela visualização do mapa na Figura 6:
FIGURA 6: Mapa da Mêsopotâmia.
FONTE: Portal Invivo Fiocruz, 2005.
Esta civilização mesopotâmica também contribuiu bastante na escrita, seus
registros tinham símbolos até fáceis de serem decifrados, e o sistema de contagem
também.
Boyer (1996) opinou que antes do 4º milênio a.C. no vale mesopotâmico já
havia uma forma primitiva de escrita em documentos cuneiformes com grande
durabilidade, e as inúmeras tabletas, muito resistente onde eram registradas as
escritas cuneiformes (escritas e numeração babilônicas) sobreviveram até nos dias
de hoje, e diversas delas com data de 4000 anos atrás.
Segundo Galvão (2008), os povos mais antigos que habitaram a
Mesopotâmia e que deixaram registros numéricos foi cerca de mais de 4000 anos
a.C. O Código de Hammurabi foi registrado em granito, sendo um dos primeiros
registros que se tem dos babilônicos.
De acordo com Maria Elisa Esteves Lopes Galvão (2008, p.37):
18
Os primeiros tabletes e pequenos objetos geométricos de argila
de que temos conhecimento e que nos dão informações sobre
a escrita e os registros matemáticos da Suméria são datados
do quarto milênio a.C., sendo, no entanto, alguns deles, de até
8000 a.C.
Acrescenta-se que os habitantes da Mesopotâmia foram um dos inventores
da escrita. No império da Babilônia, eles apresentavam uma atividade comercial
altamente desenvolvida e, através disso, mantinham inúmeras relações comerciais
com outros povos da época, até pela necessidade, por exemplo, de se ter e/ou
receber os produtos/mantimentos em mãos e que no solo de sua região não
produzia tudo que necessitavam, portanto, as relações comerciais eram inevitáveis
para satisfazer suas vontades e necessidades.
De acordo com Howard Eves (2004, p.31):
Os babilônicos antigos, carecendo de papiros e tendo pouco
acesso a pedras convenientes, recorreram principalmente à
argila como material de escrita. As inscrições eram impressas
em tábuas de argila úmidas com estilos cujas extremidades
podem ter sido triângulo isósceles penetrantes. Inclinando-se
ligeiramente o estilo da posição vertical, podia-se pressionar a
argila ou com o ângulo do vértice ou com um dos ângulos da
base do triângulo, produzindo-se assim duas formas de
caracteres assemelhadas a cunhas (cuneiformes). As tábuas
eram então cozidas num forno até endurecer, obtendo-se
assim registros permanentes. Em tábuas cuneiformes do
período 2000 a.C. a 200 a.C. os números menores do que 60
se expressavam por um sistema de agrupamentos simples de
base 10.
Com o crescente desenvolvimento da civilização mesopotâmica então surgiu
a real importância e necessidade de se fazer registros escritos. Parece até que eles
já haviam previsto que em milênios à frente, leríamos seus registros. O ideograma
dos babilônicos como foi citado acima, era redigido em placas feitas de argila, e a
escrita deles tinha o nome de cuneiforme (forma de cunha). O registro destas placas
de argila foram muito bem conservadas o que permitiu a descoberta de como este
povo se comunicava pela escrita e como calculava.
Ainda Boyer (1996) disse que se fizer uma comparação com os documentos
históricos registrados dos egípcios e dos mesopotâmicos, verifica-se que as tabletas
de barro mole e argila eram mais seguras, ou seja, bem menos vulneráveis aos
estragos que o tempo faz, em relação aos papiros egípcios. Além da quantidade de
19
registros babilônicos (tabletas) existirem hoje em uma escala de quantia muito maior
do que os papiros do Egito. Ainda mencionou que o antigo uso da escrita
mesopotâmica é registrado por centenas de duradouras tabletas feitas de barro que
datam a mais de 5000 anos atrás.
Howard Eves (2004) afirmou que a base sexagesimal (base 60) foi utilizada
pelos mesopotâmicos, sendo que ainda é empregado hoje em medidas de ângulos
(em graus), e na medida do tempo (horas, minutos e segundos). Para representar as
quantidades precisas, o que realmente era relevante para o comércio, os babilônicos
também utilizavam símbolos, um sistema que formava uma numeração de grupos de
base 10 e de 60.
Este sistema também é chamado de um tipo de sistema de agrupamento
multiplicativo, de numeração posicional (na qual a posição dos símbolos tem
importância). Por exemplo, um símbolo básico representado por um numeral
aplicado é na verdade um múltiplo de uma potência de uma base. Desde que, o
símbolo básico esteja na posição correta de potência. Este sistema babilônico
também é misto, ou seja, os números maiores que 60 que eram registrados como o
princípio posicional, os números que correspondem o grupo básico eram escritos
como sistema de agrupamento simples decimal.
De acordo com Galvão (2008), os números múltiplos de 10 até o 60 recebiam
nomes especiais, sendo que as potências de 10 também tinham nomenclaturas
desta espécie. É desconhecido o motivo de a base sexagesimal ter sido escolhida
por esta civilização, mas fica a suposição de que eram consideradas as razões na
qual eram ligadas à Astronomia, e ao mesmo tempo, relacionadas ao ano de 360
dias dividido em 6 períodos de duração de 60 dias. Outra hipótese, é a de que o 60
tem muitos divisores, entre eles o: 1, 2, 3, 4, 5, 6, 10, 12, 15, 20, 30 e 60.
Boyer (1996) ressaltou que a numeração cuneiforme babilônica somente para
os menores inteiros, tinha as mesmas linhas que a hieroglífica egípcia, ou seja, com
repetições dos símbolos de unidades e dezenas. Existe material relativo abundante
sobre a matemática na Mesopotâmia através das tabletas que já foram citadas
anteriormente. O problema era a ausência de um símbolo para representar o zero
(vazio). Mas em alguns casos, deixavam alguns espaços vazios para representar o
vazio, já que não tinham a grafia para ele. Eis na Figura 7 a representação de alguns
números:
20
FIGURA 7: Números Mesopotâmicos.
FONTE: Portal Invivo Fiocruz, 2005.
O problema dos caracteres numéricos dos Mesopotâmicos era que os
símbolos eram praticamente idênticos, com 2 tipos diferentes: um tipo era no sentido
horizontal, e o outro vertical, e dependendo do número registrado, a ordem e a
posição de cada tinha importância. Outro problema é o caractere do 1 e o do 60 que
são iguais, mas a diferença está no posicionamento. Este povo foi um dos primeiros
a utilizarem o ábaco (que é um antigo instrumento para realizar cálculos, sendo
formado por uma moldura com bastões ou até arames paralelos no sentido vertical).
A idéia da criação de uma simbologia para representar o vazio foi de um grau
altamente relevante, pois a partir da visualização e uso do zero nas contagens
necessárias, conseguiam melhorar seus raciocínios apressando efetivamente nas
negociações de produtos naquele tempo.
Abaixo, exemplificações de alguns números enormes que os mesopotâmicos
registraram:
FIGURA 8: Representação do Número 100.
FONTE: Blog da Profª Alenice, 2011
21
FIGURA 9: Representação do 10 x 100 = 1000.
FONTE: Blog da Profª Alenice, 2011
FIGURA 10: Representação do 1(60)² + 0(60) + 2 = 3602.
FONTE: Blog da Profª Alenice, 2011
2.3. SISTEMA NUMÉRICO GREGO
A destacada, conhecida e importantíssima civilização grega (helênica) é
considerada como uma das mais importantes e influentes da história humana. Na
escola também aprendemos que eles foram os responsáveis pelo desenvolvimento
de algumas ciências, como a medicina e a matemática, portanto, é normal
estudarmos até os dias atuais sobre filósofos e matemáticos gregos, entre eles:
Pitágoras, Aristóteles, Ptolomeu, Euclides, Sócrates, Platão, Herão, Arquimedes,
Tales, Apolônio, entre outros.
Segundo Carl. B. Boyer (1996, p.30) declarou:
Os estudiosos egípcios e babilônios continuaram a produzir
textos em papiro e cuneiforme durante muitos séculos após
800 a.C.; mas enquanto isso uma nova civilização se preparava
rapidamente para assumir a hegemonia cultural, não só na
região mediterrânea mas, finalmente, também nos principais
vales fluviais.
Depois desta era citada acima, a civilização grega começou a destacar e
crescer constantemente o seu domínio na região do mar Mediterrâneo, impondo sua
história, arte e cultura aos povos vizinhos. Conforme se observa na Figura 11:
22
FIGURA 11: Mapa da Grécia Antiga.
FONTE: Portal Igm Mat João Afonso, 2004.
Os ideogramas gregos até hoje fascinam pelas suas formas e detalhes,
continuam famosos e importantes atualmente, pois algumas de suas letras são
usadas na matemática e na física em grande parte das nações. A civilização grega é
também uma das pioneiras sobre a explicação de fatos ocorridos na natureza. Ela é
rica em história, foi uma das que mais contribuíram para a evolução da humanidade
e dos números também, graças aos ideogramas deles que outros povos foram
desenvolvendo a numeração até chegar aos números usados atualmente em todo o
mundo.
Lembrando que Galvão (2008) afirmou que na antiguidade, os gregos usavam
um sistema aditivo que foi descoberto por registros de inscrições de meados de um
milênio a.C.
Boyer (1996) opinou que o mundo grego por muitos séculos obteve seu
grande centro entre os mares Egeu e Jônio, entretanto, a civilização Helênica
crescia muito. Em meados de 600 a.C. podiam ser encontradas colônias gregas a
beira das margens do mar Mediterrâneo e o mar Negro. A partir daí, a matemática
grega ganhou um enorme impulso.
Howard Eves (2004, p.35) afirmou:
O sistema de numeração grego, conhecido como jônico ou
alfabético, cujas origens situam-se já por volta do ano 450 a.C.,
é um exemplo desse sistema cifrado. Ele é decimal e emprega
23
27 caracteres – as 24 letras do alfabeto grego mais três outras
obsoletas: digamma, koppa e sampi. Embora se usassem
letras maiúsculas (as minúsculas só muito mais tarde vieram a
substituí-las), o sistema será ilustrado aqui com letras
minúsculas.
A Figura 12 identifica a relação das letras gregas com os números gregos:
FIGURA 12: Números Gregos.
FONTE: Portal Invivo Fiocruz, 2005.
Logicamente, os números também eram utilizados por esta antiga civilização.
Eles eram representados pelo próprio alfabeto grego e naquela época, os gregos
fizeram algumas modificações no sistema de numeração que utilizavam, no qual os
números eram representados pelas letras iniciais de seus nomes, o que se torna
mais interessante estudá-los.
2.4. A NUMERAÇÃO DOS MAIAS
Os maias eram tribos que viveram na região da América Central e América do
Norte há muitos anos atrás. (povo que habitou onde hoje é a região da península de
Yucatán [sul do atual México]).
24
FIGURA 13: Mapa de Onde a Civilização Maia Habitava.
FONTE: Portal Invivo Fiocruz, 2005.
Essa civilização apresentava inúmeras curiosidades sobre o movimento dos
astros, planetas e estrelas. Este povo gostava de fazer pesquisas sobre astronomia
pelo que conseguiam observar no céu.
De acordo com Carl B. Boyer (1996, p.146):
Os maias do Yucatán, em sua representação de intervalos de
tempo entre datas do calendário, usavam numeração
posicional, em geral com vinte como base primária e com cinco
como base auxiliar (correspondendo ao uso babilônico de
sessenta e dez respectivamente). Como o sistema se destinava
primariamente a contar dias num calendário de 360 dias num
ano, a terceira posição usualmente não representava múltiplos
de (20) (20). No entanto, para além desse ponto a base vinte
novamente prevalecia. Com essa notação posicional os maias
indicavam posições vazias por meio de um símbolo, que
aparecia em formas variadas, semelhante a um olho meioaberto.
Com o conhecimento adquirido em astronomia, os maias desenvolveram
calendários muito precisos. Exemplificando, para a medição do tempo, eles faziam
medidas do tempo a partir de seus 20 dedos, com meses de 20 dias.
Assim, percebe-se que no seu cotidiano, este povo realizava cálculos
constantemente com uso da base vigesimal. A comprovação de tal fato foi a
descoberta de um sistema numérico escrito. O aprendizado sobre números os
ajudava em assuntos astronômicos, mas também, na administração de todo o
império, como por exemplo, para a realização da cobrança de impostos nas tribos.
25
Esta civilização mesoamericana e também pré-colombiana tinha seu sistema
numérico chamado Glifos, na qual apresentava combinações de ideogramas e
símbolos fonéticos. Há duas formas de representação dos números.
A representação dos maias apresentava figuras semelhantes a espécies de
“carrancas” (que são uma escultura com formas humanas ou animais) e/ou cabeças
de divindades (Figura 14).
FIGURA 14: Numeração Maia.
FONTE: Portal Invivo Fiocruz, 2005.
Na outra forma a ser demonstrada na Figura 11, eram combinados apenas 3
símbolos: um ponto, uma barra horizontal e uma concha. Cada ponto era
representado por uma unidade, a barra representava 5 unidades e a concha era o
número 0. Lembrando que o zero é a grande surpresa deste sistema de numeração,
não se sabe se esta idéia do vazio foi por causa dos mesopotâmicos, mas foi de
grande valia. Ele facilitava as operações matemáticas e auxiliava no posicionamento
da numeração maia. Deve-se ressaltar que a civilização maia foi uma das primeiras
que utilizaram o número 0 em suas contagens e escritas e curiosamente esta
numeração, que se iniciou de forma remota e nem tão conhecida, se desenvolveu
mesmo assim. Nos números maias importava muito a ordem como os símbolos
apareciam. Eles eram escritos na vertical, de cima para baixo. Era formada por
grupos de 20. O seu sistema de numeração apresenta 3 símbolos básicos.
26
FIGURA 15: Numeração Maia.
FONTE: Portal Invivo Fiocruz, 2005.
E Howard Eves (2004, p. 37) concluiu:
Muito interessante é o sistema de numeração maia. De origem
remota e desconhecida, foi descoberto pelas expedições
espanholas a Yucatán no início do século XVI. Esse sistema é
essencialmente vigesimal, mas seu segundo grupo vale
(18)(20) = 360 em vez de 20² = 400. Os grupos de ordem
superior são da forma (18)(20n). A explicação para essa
discrepância provavelmente reside no fato de o ano maia
consistir em 360 dias.
Alguns exemplos:
FIGURA 16: Números Maias
FONTE: Portal do Professor, 2008-2011.
27
FIGURA 17: Exemplificação Maia de Números.
FONTE: Blog Lovers of Math, 2008.
Observa-se que os números maiores do que o 20 importava muito o
posicionamento dos símbolos maias, sendo que era um sistema que considerava o
valor da posição do número. Explicando as figuras à diante, a casa de baixo, a
concha que representa o zero, obviamente mantém o valor do zero, e na casa de
cima, o ponto que tem o valor 1 desta vez pela sua posição é multiplicado por 20.
Se existisse um número na terceira casa, seria multiplicado por 20 x 20 que
resultaria em 400. Falando de base vigesimal, os maias utilizavam um calendário
que tinha 18 meses de 20 dias, totalizando 360 dias e mais 5 dias até o final do ano,
e sendo dias de mau agouro.
A potência de base vigesimal corresponde ao fator multiplicativo para cada
casa, ou seja, para eles a base 20 era multiplicada por uma potência de 20,
lembrando que da terceira casa em diante, o múltiplo é o 360. Vejamos outros
exemplos:
FIGURA 18: Números Maias.
FONTE: Blog Lovers of Math, 2008.
28
FIGURA 19: Números Longos pelo Sistema Maia.
FONTE: Blog Lovers of Math, 2008.
2.5. NUMERAÇÃO CHINESA
A China se destaca por sua longa existência, um país milenar, onde possui
documentos datados desde antes de Cristo. Faz parte do grupo das mais antigas
civilizações do planeta que se tem registro. Até hoje preservam sua simbologia, os
kanjis chineses com mais de 4000 ideogramas usados para representar números e
palavras.
Conforme Eves (2004) descreve as civilizações da China antiga ao longo dos
rios Yang-Tze e Howang Ho provavelmente sejam posteriores à civilização egípcia
que viviam às margens do extenso rio Nilo e à babilônica que habitavam ao longo
dos rios Tigres e Eufrates. Mas há muito pouco material de natureza primária. Os
antigos daquela época fizeram muitos de seus registros em bambus. Por
conseqüência, muito do que se conhece sobre a matemática chinesa é baseada em
informações orais e interpretações posteriores aos textos originais.
No início a nação era restrita a um grupo de cidades situadas a margem do rio
Amarelo (Huang He). Depois estas cidades se unificariam, formando o já conhecido
e respeitado Império Chinês.
Boyer (1996, p.133) chegou à seguinte afirmação:
29
As civilizações da China e da Índia são muito mais antigas que
as da Grécia e Roma, porém não mais que as dos vales do Nilo
e Mesopotâmia. As civilizações das margens dos rios Iang-Tse
e Amarelo são de época comparável à do Nilo ou de entre os
rios Tigre e Eufrates.
Nesta mesma época foi adotado um sistema de escrita comum. E os números
já existiam também por lá, afinal, eram muito úteis no cotidiano deste grande império
que surgia naquela época. A Figura 20 apresenta onde a civilização chinesa vivia:
FIGURA 20: Mapa da Civilização Chinesa.
FONTE: Wikipedia, [20--?].
Percebemos que os chineses viviam em um longo e vasto território, assim
como se mantém até hoje, onde podiam implantar seus costumes, tradições,
ensinamentos, trocar e negociar mercadorias, mantimentos, aumentar seus
territórios através de conquistas de terras etc. Falando do sistema numérico chinês,
é muito interessante de se estudar, desvendar e entender, destacando seus
caracteres detalhados e complicados de se compreender numa primeira
observação. O que se sabe é o fato de que os chineses utilizavam muito o ábaco em
suas contagens. Esta grande ferramenta contribuiu bastante para o avanço da
contagem.
Boyer (1996) falou que não há provas de que a China tenha tido algum
contato com indianos, com gregos ou babilônios. Porém, como os chineses nunca
haviam feitos cálculos com base hexagesimal como os babilônios, então a
numeração chinesa sempre permaneceu decimal, com notações bem diferentes de
30
outros povos. Mesmo que tenha tido relações com outros povoados, os chineses
não deixaram ser influenciados por outras civilizações. E desde os tempos
primitivos, foram usados 2 sistemas de notação: o do princípio multiplicativo, e em
outro, usava-se uma notação posicional.
Conforme Howard Eves (2004, p.34):
O sistema de numeração chinês-japonês tradicional é um
exemplo de sistema de agrupamentos multiplicativo de base
10. Carecendo de um material de escrita como o papel, os
chineses e japoneses antigos registravam seus achados em
lâminas de bambu.
Como citado anteriormente, o povo chinês na época tinha consciência de que
onde registravam suas escritas e que números iriam durar por muito tempo.
Howard Eves (2004, p.242) escreveu isso:
Esse sistema de numeração posicional constitui-se no sistema
de numeração mais avançado do mundo de então, tendo
desempenhado um papel importante no caráter da matemática
chinesa antiga, que girava em torno de cálculos. As operações
aritméticas elementares eram efetuadas em tábuas de contar.
O familiar ábaco chinês, o suan pan, que consiste em contas
móveis ao longo de varas ou arames paralelos por sobre o
tabuleiro, descende dessa forma primitiva de calcular.
A numeração chinesa é de forma decimal e multiplicativa, ou seja, os
números representados em unidades milhar, centenas, e dezenas, eram
multiplicados pela unidade para se chegar ao número em questão. Muitas vezes,
eram escritos em forma vertical.
Na época os algarismos chineses foram baseados em um sistema gráfico
com formas abstratas. Por exemplo: um traço horizontal simboliza a unidade, dois
destes representa o número 2, por conseguinte o 3 é da mesma forma, mas a partir
do número 4 o conceito muda. Na numeração tradicional chinesa, as dezenas,
centenas, milhares e dezenas de milhares são expressadas mediante o sistema de
agrupamento multiplicativo de base 10. Exemplificando: para representar o valor 20,
os chineses tinham que escrever lado a lado o símbolo do 2 junto com o do 10, que
ao multiplicá-los o resultado é o 20. A Figura 21 a seguir mostra os caracteres
chineses e a tradução ao lado para os números usados no mundo atualmente:
31
FIGURA 21: Numeração Chinesa.
FONTE: Site G-Sat, [20--?].
A seguir são mostrados os números dos chineses na Figura 22:
FIGURA 22: Numeração Chinesa.
FONTE: Portal Invivo Fiocruz, 2005.
Como exemplo, para representar o número 3546 pelo sistema decimal
multiplicativo tem-se o seguinte:
32
三
千
五
百
四
十
六
É desconhecido o fato se eles se inspiraram nos babilônios, mas que a
numeração chinesa já continha o símbolo para o número zero, diferenciando ainda
mais de outras civilizações, entretanto, a simbologia só apareceu bem mais tarde.
2.6. NÚMEROS ROMANOS (ALGARISMOS ROMANOS)
Todos que estudam já ouviram falar do Império Romano, os registros deste
são antigos e lembrados até os dias atuais para comparação com os números
ocidentais usados atualmente.
Na Figura 23 o mapa, em verde, representa a região onde os Romanos
reinavam:
FIGURA 23: Mapa do Império Romano.
FONTE: Portal Invivo Fiocruz, 2005.
Percebe-se que este Império era grandioso e por ter se expandido muito era
eficiente. Dominaram parte da Europa, Ásia e África. Seu reinado era respeitado. A
33
contagem também fazia parte da vida da suntuosa civilização romana. O idioma
falado pelos romanos era o latim, e passou a ser adotado por muitas regiões do seu
império que na qual dominavam. Por este motivo os tradicionais números romanos
foram adotados e difundidos por muitos povos de regiões perto dali, e enfim são
presentes ainda nos dias atuais.
Na numeração romana eram utilizadas letras para simbolizar as quantidades,
são essas a seguir: I, V, X, L, C, D e M. Estes símbolos na verdade, foram derivados
de símbolos mais antigos de outras civilizações, o que comprova a ligações entre
eles.
As formas que deram a origem aos números romanos são os seguintes:
FIGURA 24: Números Romanos.
FONTE: Portal Invivo Fiocruz, 2005.
Assim pode-se exemplificar a forma que surgiu o L que representa o número
50:
FIGURA 25: Modificação de Símbolos, o Surgimento do L que Vale 50.
FONTE: Portal Invivo Fiocruz, 2005.
Howard Eves (2004, p.38-39) escreveu:
Pequenas pranchas, carregando uma fina camada de cera,
juntamente com um estilo, compuseram o material de escrita
dos romanos de cerca de dois milênios atrás. Antes e durante o
Império Romano usaram-se freqüentemente tabuleiros de areia
para cálculos simples e para traçados de figuras geométricas.
E, obviamente, muito cedo se usaram pedras e argila para
registros escritos. O meio de contornar essas dificuldades
intelectuais e materiais foi a invenção do ábaco (do grego abax,
“tabuleiro de areia”), que pode ser considerado o mais antigo
instrumento de computação mecânico usado pelo homem.
34
Sem sombra de dúvidas, além do método de contagem dos romanos serem
simples de se compreender, o ábaco facilitou e ajudou a entenderem mais
precisamente os cálculos numéricos a serem feitos em seus cotidianos, e com este,
diminuir a necessidade de registrar ideogramas em pranchas, tabletas etc. Tiveram
sim sua parte de contribuição onde simplificaram em comparação aos outros
ideogramas criados anteriormente e/ou na mesma época, tipo assim, neste sistema
era até então mais rápido e simples de realizar as contagens, lembrando que outra
explicação é o fato de que naquele tempo não se usava nem praticava números
muitíssimos grandes e nem o zero.
Maria Elisa Esteves Lopes Galvão (2008, p.23):
Os Romanos, como é bem conhecido, também se valiam das
letras do alfabeto para representar os números, num sistema
de representação para 1-5-10 (I, V e X) seguidos das potências
de 10-100, 1000 com o 500 intermediário, correspondentes às
letras C, M e D, respectivamente. O sistema, como o sistema
grego, é parcialmente aditivo, ou seja, as quantidades
correspondentes aos símbolos devem ser somadas para que
se chegue ao valor representado. No entanto, em agumas
representações, deve-se efetuar uma subtração, como ocorre,
por exemplo, em IV e XC que representam 4 e 90,
respectivamente.
Os romanos usavam um traço horizontal por cima das letras para que
acontecesse a multiplicação por 1000, tornando-se mais fácil representar números
maiores do que 4000. Vide o exemplo:
FIGURA 26: Números Romanos Grandes.
FONTE: Portal Invivo Fiocruz, 2005.
Howard Eves (2004, p.32) afirmou:
Como um exemplo final de um sistema de agrupamentos
simples, ainda de base 10, figuram os familiares numerais
35
romanos. Neste caso os símbolos básicos I, X, C, M para 1, 10,
10² e 10³ são acrescidos de V, L, D para 5, 50 e 500.
Interessante este sistema numérico é que sendo decimal a contagem era
fácel de ser interpretada, assim como traduzi-la e decifrá-la em comparação aos
números utilizados atualmente. Na verdade, os números romanos são um dos mais
fáceis de serem compreendidos, e na prática são mencionados e usados nas
escolas. Determinado número caso alguém queira saber como fica a tradução em
romanos, tem que ser utilizado o princípio subtrativo, na qual um caractere de uma
unidade menor é colocado à esquerda do caractere de uma unidade maior, por
exemplo, o número 4 em romanos é I(1) + V(5), que se entende por: 5 – 1 = 4,
portanto a resposta é IV.
2.7. SISTEMA NUMÉRICO INDIANO (HINDU)
A numeração indiana desde princípio é uma das mais parecidas com os
números utilizados em todo o planeta atualmente. Torna-se claro que a contagem foi
facilitada através da descoberta do sistema hindu de realizar contagens. Este
sistema numérico, não utilizava figuras ou letras para representar números.
Inicialmente era formado por 9 símbolos, que eram representados pelos algarismos
do 1 ao 9.
Boyer (1996) deixou claro que a civilização hindu é muito mais antiga que a
da grega e romana, entretanto, não mais que a egípcia e mesopotâmica.
Boyer (1996, p.145) disse:
Deve-se notar que a referência a nove símbolos, em vez de
dez, significa que os hindus ainda não tinham dado o segundo
passo na transição para o moderno sistema de numeração – a
introdução de uma notação para uma posição vazia, isto é, um
símbolo zero. Não se sabe sequer se o número zero (diferente
do símbolo para a posição vazia) surgiu em conjunção com os
outros nove numerais hindus. É bem possível que o zero seja
originário do mundo grego, talvez de Alexandria, e que tivesse
sido transmitido à Índia depois que o sistema decimal
posicional já estava estabelecido lá.
36
Primeiramente os hindus não usavam o zero devido a dificuldade nas
contagens sem o zero, e tempos mais tarde, a idéia do vazio impulsionou-lhes até
criarem um símbolo para representá-lo graficamente, e então foi registrado o
caractere 0, sendo um importante descobrimento na época. Depois da criação da
representação para o zero, a contagem era em grupos de dez, desde que mantendo
a posição dos números, tornando o sistema indiano tão importante, que facilitava os
cálculos pela simplicidade da numeração.
A civilização hindu usou um sistema decimal (com base 10) e que também é
posicional (na qual importa a ordem de colocação dos algarismos, mantendo-os no
lugar exato). É formado por 10 caracteres diferentes contendo o símbolo para o
zero. Por exemplo, se pegarmos o número 8, sendo este fazendo parte de outros
números: 80, 800, 8000 etc. A Figura 27 é uma amostra da numeração hindu:
FIGURA 27: Números Hindus (Indianos).
FONTE: Portal Invivo Fiocruz, 2005.
Observando o trecho a seguir do Portal Klick Educação (2006):
No século IX, viveu um matemático e astrônomo árabe
chamado Mohammed ibm-Musa al-Khowarizmi. Ele escreveu o
livro Sobre a Arte Hindu de Calcular, no qual explicava com
detalhes o sistema numeral hindu. Traduzido para o latim, esse
livro foi muito utilizado na Europa por quem queria aprender a
nova numeração, que ficou conhecida como "a numeração de
al-Khowarizmi". Com o tempo, o nome do matemático foi
modificado para Algorismi. Em português, deu origem à palavra
algarismo. (2000-2006, não paginado).
Destaca-se sua publicação do livro “Sobre a arte hindu de calcular” com o
grande intuito de querer promover e contar para o mundo todo esta novidade genial
e importante. Através deste livro, os matemáticos de todo o planeta souberam sobre
os estudos deste sábio e intelectual árabe. Os símbolos 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9 e 0
foram conhecidos graças ao matemático Al-Khowarizmi. A descoberta pela
necessidade e importância de se ter uma representação para o zero facilitou cada
37
vez mais as negociações, compras, trocas, contagens de mercadorias e produtos e
tudo mais entre regiões diversificadas.
De acordo com Carl B. Boyer (1996. p.146):
Embora as formas hindus medievais dos dez numerais sejam
bastante diferentes das em uso hoje, os princípios do sistema
estavam firmados. A nova numeração, que chamamos em
geral o sistema hindu, é apenas uma nova combinação dos três
princípios básicos, todos de origem antiga: 1) base decimal; 2)
uma notação posicional; e 3) uma forma cifrada para cada um
dos dez numerais. Nenhum desses se deveu originalmente aos
hindus, mas presumivelmente foi devido a eles que os três
foram ligados pela primeira vez para formar o moderno sistema
de numeração.
Por fim destaca-se a participação e contribuição deles para a história da
matemática, especialmente pelo seu sistema numérico. Este sistema de numeração
foi o que mais se aproximou dos números de algarismos de 1 ao 9, na qual são os
que estão em uso nos dias atuais.
38
3. SISTEMA DE NUMERAÇÃO INDO-ARÁBICO
O moderno sistema numérico Indo-Arábico exemplifica os ideogramas
praticados hoje em todo o planeta, ou seja, são os números globais e/ou universais
em que praticamente quase o mundo inteiro conhece e ainda usa. Realmente várias
civilizações, principalmente a indiana e a árabe, tinham forte vocação em criar e
expandir seus conhecimentos numéricos de contagens. Segundo Howard Eves
(2004, p.40):
O sistema de numeração indo-arábico tem esse nome devido
aos hindus, que o inventaram, e devido aos árabes, que o
transmitiram para a Europa Ocidental. Os mais antigos
exemplos de nossos atuais símbolos numéricos encontram-se
em algumas colunas de pedra erigidas na Índia por volta do
ano 250 a.C. pelo rei Açoka. Outros exemplos primitivos na
Índia, se corretamente interpretados, encontram-se em
registros talhados por volta do ano 100 a.C. nas paredes de
uma caverna numa colina perto de Poona e em algumas
inscrições de por volta do ano 200 d.C., gravadas nas cavernas
de Nasik. Essas primeiras amostras não contêm nenhum zero
e não utilizam a notação posicional. Contudo, a idéia de valor
posicional e um zero devem ter sido introduzidos na Índia
algum tempo antes do ano 800 d.C., pois o matemático persa
Al-Khowârizmî descreveu de maneira completa o sistema hindu
num livro do ano 825 d.C.
Os símbolos inventados pelos indianos e posteriormente divulgados pelos
árabes são realmente os números que todos utilizam atualmente. Por isso, eles são
chamados de sistema indo-arábico de numeração. Se formos fazer uma
comparação com a numerologia egípcia e babilônica, a hindu é bem mais nova,
porém, com grafia mais fácil de ser interpretada e entendida. Embora não se tenha
uma explicação de datas de quando os caracteres numéricos foram introduzidos no
velho continente (Europa). Mas certamente é graças aos indianos e árabes que a
forma de contagem e das grafias dos numerais atuais praticados no planeta, tornouse um avanço considerável e de muita relevância para a matemática.
Nas Figuras 28 e 29 têm-se as representações da evolução da escrita
numérica dos algarismos indo-arábicos:
39
FIGURA 28: Evolução dos Números Indianos Até Chegar nos Dias Atuais.
FONTE: Site Matemática Society, [20--?].
FIGURA 29: Evolução dos Números Hindus Até Chegar nos Dias Atuais.
FONTE: Portal Invivo Fiocruz, 2005.
A evolução dos algarismos indo-arábicos ao longo do tempo também pode
ser representada na Figura 30:
40
FIGURA 30: Evolução dos Números Indo-Arábicos.
FONTE: Site pt.enc.tfode, [20--?].
A seguir na Figura 31, os detalhes que também deram origem as atuais
formas dos números Indo-Arábicos conhecidos em todo o globo:
FIGURA 31: Evolução dos Números Indo-Arábicos.
FONTE: Site 100% Matemática 5º ano, 2010.
41
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Este Trabalho de Conclusão de Curso sobre os Sistemas Numéricos das
Antigas Civilizações foi feito através de pesquisa bibliográfica com relação à história
dos símbolos numéricos dos povos antigos egípcio, mesopotâmico, grego, maia,
chinês, romano e indiano, na qual explica o desenvolvimento do sistema de registro
numérico até o usado atualmente.
Foi observado que no decorrer desse trabalho, que este tema desperta muita
curiosidade em se conhecer como as antigas civilizações lidavam em seus
cotidianos com os números, e de como o surgimento dos símbolos numéricos
facilitou o registro dos cálculos e operações.
Pode-se dizer que os egípcios apresentaram dificuldades em calcular com
seus algarismos, uma vez que cada símbolo representava um número. Não muito
tempo depois, os babilônicos criaram apenas dois símbolos diferentes para a
representação dos números introduzindo algo de posicional ao sistema. Além disso,
é usado o sistema sexagesimal com escrita ao estilo cuneiforme, ou seja, mais
facilidade e rapidez nas contagens do que em relação aos egípcios.
Já os gregos, introduziram as letras do próprio alfabeto na representação dos
números. Isso facilitou o registro das operações, uma vez que ficava mais fácil
memorizar.
Os maias introduziram a idéia do vazio, registrando-o com um caractere. Na
sua base vigesimal, o sistema numérico possuía três diferentes algarismos: o ponto,
a barra e a concha. O processo de contagem era mais eficaz em relação aos
sistemas egípcios, babilônicos e gregos.
Ressalta-se que os chineses usavam um sistema multiplicativo que não
demandava tantos símbolos, mas seus kanjis eram de escrita complicada de ser
decifrada, pelo qual não permitiu sua ampla divulgação pelo mundo.
O Império Romano utilizava 7 letras do alfabeto para representar a sua
simbologia numérica, com base de potência 10, eles eram multiplicados e em outros
casos, até subtraídos um do outro dependendo do número em questão que fosse
escrito. Estes caracteres foram derivados de símbolos mais antigos de outras
civilizações.
42
O sistema hindu trouxe à tona a importância da posição dos números aliado
com o principio multiplicativo, na qual sua numeração era representada por 10
algarismos distintos. Os árabes são os responsáveis por divulgarem esta numeração
pela Europa ocidental, o que de fato alavancou o reconhecimento deste sistema o
que fez denominá-lo de sistema indo-arábico.
O sistema de numeração indo-arábico é multiplicativo e posicional, valendo
destacar a simplicidade dos 10 algarismos diferentes (0,1, 2,3, 4, 5, 6, 7, 8, 9). Este
sistema é um aperfeiçoamento de algumas características dos sistemas de
numeração anteriores.
Neste sentido, a contribuição para o processo de ensino-aprendizagem da
disciplina de matemática ocorre na aproximação da forma de se registrar o número
com a história da humanidade, proporcionando um diálogo sobre a História da
Matemática que instiga o discente em sua curiosidade sobre os números, de tal
forma a fundamentar a concepção dos alunos do porquê que eles utilizam os
algarismos 0, 1, 2, 3 etc.
43
REFERÊNCIAS
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Ltda, 1996.
CONTADOR, PAULO ROBERTO MARTINS. Matemática, uma breve história, 3
ed. vol. 1. São Paulo: Livraria da Física, 2008.
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em: <http://catiaosorio.wordpress.com/2009/11/14/sistemas-de-numeracao/>.
Acesso em 16/04/2011.
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CIVILIZAÇÕES [20--?]. Disponível em:
<http://matemativerso.wordpress.com/2010/01/>. Acesso em 23/04/2011.
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Unicamp, 2004.
EVOLUÇÃO DOS NÚMEROS INDO-ARÁBICOS [20--?]. Disponível em:
<http://pt.enc.tfode.com/Algarismo_indo-ar%C3%A1bico>. Acesso em 01/03/2011.
EVOLUÇÃO DOS NÚMEROS INDO-ARÁBICOS (2010). Disponível em:
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EVOLUÇÃO DOS NÚMEROS INDIANOS ATÉ CHEGAR NOS DIAS ATUAIS [20--?].
Disponível em:
<http://www.matematicasociety.hpg.ig.com.br/sistema_de_numeracao.htm>. Acesso
em 01/03/2011.
44
EVOLUÇÃO DOS NÚMEROS INDO-ARÁBICOS (2010). Disponível em:
<http://cemporcentomat5.blogspot.com/2009/10/sistema-de-numeracaodecimal.html>. Acesso em 30/04/2011.
GALVÃO, MARIA ELISA ESTEVES LOPES. História da Matemática: dos números
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MAPA E NÚMEROS MESOPOTÂMICOS (2005). Disponível em:
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