Linguística IV 1 Cérebro • O cérebro é o principal órgão e centro do sistema nervoso. • O cérebro humano contém cerca de 100 bilhões de neurônios, ligados por mais de 10,000 conexões sinápticas cada. • O córtex cerebral está dividido em mais de quarenta áreas funcionalmente distintas. Cada uma delas controla uma atividade específica. 2 Consciência A palavra consciência, de origem latina, é composta pelo prefixo “con” (com) + “scientia” (conhecimento, ciência). Consciência o ato de ter conhecimento. Dicionário Aurélio 1. Filos. Atributo altamente desenvolvido na espécie humana e que se define por uma oposição básica: é o atributo pelo qual o homem toma em relação ao mundo (e, posteriormente, em relação aos chamados estados interiores, subjetivos) aquela distância em que se cria a possibilidade de níveis mais altos de integração. 2. Faculdade de estabelecer julgamentos morais dos atos realizados 3. Conhecimento imediato da sua própria atividade psíquica ou física 3 Algumas Considerações “O cérebro de cada ser humano é especial e corresponde a uma consciência individual única”. Antigamente, considerava-se que o lar da consciência era o coração. Com a evolução da ciência, os estudiosos e neurocientistas acreditam que é no cérebro que está a “voz de nossa razão”. 4 Consciência é uma qualidade psíquica, isto é, que pertence à esfera da psique humana, por isso diz-se também que ela é um atributo do espírito, da mente, ou do pensamento humano. 5 Consciência Cérebro Consciência Consciência Cérebro Cérebro ONDE ESTÁ, DE FATO, A CONSCIÊNCIA? A CONSCIÊNCIA ESTÁ NO CÉREBRO? QUAL A RELAÇÃO ENTRE CÉREBRO E CONSCIÊNCIA? 6 • A consciência pode sobreviver a morte cerebral? • Como a consciência é ativada? • Pode existir atividade consciente sem atividade cerebral? • O que acontece com a consciência quando uma pessoa NÃO recebe estímulos externos? 7 Alterações da Consciência • Sono : é um comportamento e uma fase normal e necessária. Tem duas etapas distintas: Sono REM: Rapid Eye Movement - durante essa fase é feita a separação do comum do importante. Sono NÃO-REM: ocupa cerca de 75% do tempo do sono. Sono mais profundo. • Sonho: vivências predominantemente visuais, classificadas por Freud como um fenômeno psicológico "rico e revelador de desejos e temores" 8 ONDE ESTÁ A CONSCIÊNCIA DURANTE O SONO? SONHOS E CONSCIÊNCIA 9 Inconsciente A consciência precisa de contato com o mundo O inconsciente não representa aquilo que a consciência não é, mas aquilo que forçosamente lhe escapa. 10 ALGUNS FILOSÓFOS • Pascal (1623-1662): "O coração tem razões que a própria razão desconhece". • Malebranche (1638.1677): "A consciência que temos de nós mesmos nos mostra apenas a mínima parte do nosso ser". • Leibniz (1646-1716): "Nossas idéias claras são como ilhas que emergem de um oceano de idéias obscuras". • Goethe (1749-1832): o homem não pode ficar muito tempo em estado consciente; ele deve recolher-se no inconsciente, pois lá estão suas raízes. 11 • Fechner (1801-1887): O espírito é como um iceberg, cuja parte maior está debaixo de água e que é movimentado por correntes ocultas e pelos ventos da consciência. • Nietzsche (1844.1899): Todo alargamento do saber se faz tornando consciente o inconsciente. Todas as nossas motivações conscientes são fenômenos superficiais: atrás do eu está o conflito dos instintos e de nossos humores. 12 O QUE DESCARTES TEM A VER COM ESSE ASSUNTO???? 13 Dualismo Cartesiano “Cogito, ergo sum” Penso, logo existo. Mente – res cogitans (substância pensante). Corpo - res extensa (que ocupa lugar no espaço). (...) de um lado tenho uma idéia clara e distinta de mim mesmo, na medida de que sou apenas uma coisa que pensa e não extensa, e que, do outro, tenho uma idéia distinta do corpo, na medida de que ele é apenas uma coisa extensa e que não pensa, é certo que esse eu, ou seja, a minha alma, pela qual sou o que sou, é inteira e verdadeiramente distinta de meu corpo e pode ser ou existir sem ele. 14 Onde colocar os processos mentais inconscientes, se tudo o que não é consciência (res cogitans) se reduz a uma realidade material (res extensa)? 15 E FREUD ? 16 Em 1925, com já 69 anos de idade, escreve: "A maioria esmagadora dos filósofos vê como mental apenas os fenômenos da consciência”. “É verdade que a filosofia repetidamente tratou do problema do inconsciente, mas com poucas exceções, os filósofos assumiram uma ou outra das duas posições seguintes: ou o seu inconsciente foi algo de místico, intangível e indemonstrável, cuja relação com a mente permaneceu obscura, ou identificaram o mental com o consciente e passaram a deduzir dessa definição aquilo que é inconsciente não pode ser mental nem assunto de psicologia”. 17 “De um ponto de vista topográfico, o inconsciente é o latente, o que não se encontra na consciência, mas que pode tornar-se consciente. De um ponto de vista dinâmico, o inconsciente é o recalcado, o que não pode estar na consciência. Finalmente, do ponto de vista sistemático, o inconsciente é o outro". 18 Mas o que é esta outra coisa? Na realidade, o termo inconsciente (Unbewust), com suas ambiguidades e imprecisões, persistirá (sem resposta). 19 Utilizando a imagem do iceberg de Fechner, podemos dizer que o consciente é apenas a parte emergente. Existe todo um contexto submerso sobre o qual não podemos AFIRMAR muito. 20 REFERÊNCIAS A consciência não está no cérebro. Disponível em: http://sempreconsciente.blogspot.com/2010/04/consciencia-nao-estano-cerebro.html - Acessado em 17/09/10. Consciência. Disponível em: http://pt.wikipedia.org/wiki/Consci%C3%AAncia - Acessado em 17/09/10. MATTEO, Vincenzo Di. Do inconsciente ao ID: gênese de uma idéia. Disponível em: http://www.ufpe.br/filosofia/arquivos/Do%20inconsciente%20ao%20id.p df - Acessado em 17/09/10. NOGUEIRA, Pablo. Penso, logo...sei lá! Editora Globo: Revista Galileu, junho de 2007. p. 75-81. WEAVER, Eduardo. O cérebro, a inteligência e a consciência. Disponível em: http://oxigenio2.magaweb.com.br/index.php?id=69 21