Alexandre Damasceno, Fernando Lovisotto e Marcelo Rabbat ALM 2016 – Alocação de Ativos O Ambiente desafiador para os fundos de pensão 2015/2016 • Elevadas Metas Atuariais em 2015 e em 2016... • Projeção FOCUS do Banco Central para o IPCA em 2015 é de 9,53%; • Somente 8% da série histórica considerada (desde 2000) apresentou IPCA maior ou igual ao atual. Fonte: IBGE • Juro Real Brasileiro • A taxa de juros no Brasil sofreu uma queda estrutural nos últimos anos. • Manterá essa trajetória de queda ou voltará a abrir a níveis já vistos? Cenário para trajetória de queda: ― Excesso de liquidez global; ― Mundo com baixa inflação e baixa taxa de juros; ― Taxa de juros no Brasil é muito atrativa. Cenário para trajetória de alta: ― Recuperação dos Estados Unidos e elevação da taxa de juros em 2015; ― Piora dos fundamentos brasileiros: necessidade de ajuste fiscal, crescimento muito baixo e piora dos indicadores de solvência; ― Economia com inflação alta e pouco crescimento; ― Queda nos preços das commodities brasileiras influenciando no câmbio e juros. • Títulos Públicos atrelados à inflação: NTN-B • Taxas atualmente encontram-se em patamares elevados (vide tabela abaixo); • O cenário atual sugere que as taxas podem permanecer em patamares elevados e que a volatilidade poderá afetar negativamente a marcação a mercado dos títulos. Fonte: Anbima Fonte: IBGE • A Importância da Diversificação • Os ativos têm retornos e correlações flutuantes em diferentes horizontes de tempo Maior Retorno Matriz de rentabilidade de diferentes classes de ativos (%, nominal, R$) • Diversificação – As Classes de Ativos • ALM - Asset Liability Management (Gestão de Ativos e Passivos) => define a alocação alvo nas classes de ativos/fatores de risco para fazer frente ao passivo. O ALM é essencial para a gestão do risco de descasamento entre ativos e passivos das EFPCs. • É fundamental que a EFPC realize uma sólida avaliação atuarial considerando uma base de dados cadastrais atualizada com disciplina e planejamento. CDI Inflação Renda Variável ALM Real Estate Private Equity • Geração de Alpha • Quais classes de ativos podem gerar alpha para a fundação? Renda Variável • Investimento no Exterior • Crédito • Private Equity (atenção a curva J) • Real Estate • Infraestrutura • Estudo de Caso Renda Variável • Ibovespa em Dólar – Ciclo de baixa pode estar próximo do fim. Ibovespa em US$ Fonte: Bloomberg • É possível observar um recente aumento no nível de volatilidade do mercado americano medido pelo VIX. VIX Fonte: Bloomberg • O Histograma abaixo apresenta a distribuição de frequência dos retornos de 3 anos do Ibovespa no intervalo de 1994 a 2015 (retornos acumulados foram calculados como uma média móvel com janela de três anos). • Exemplo: 32 casos tiveram entre 40% e 60% de retorno acumulado de 3 anos. • A linha vermelha representa o ponto em jan/2015, com retorno acumulado de - 25,63% nos últimos três anos. Fonte: Economática e Vinci Partners Obs: Dados Mensais, data base:Jan/2015 Total de Casos: 86 • O Histograma abaixo apresenta a distribuição de frequência dos retornos de 3 anos do IBRX no intervalo de 1996 a 2015. • A linha vermelha representa o ponto em jan/2015, com retorno de -8,38 nos últimos 3 anos. • Através da análise de ambos os histogramas (Ibovespa e IBRX) percebe-se que estamos em um dos piores momentos dos últimos anos no mercado de renda variável. Fonte: Economática e Vinci Partners Obs: Dados Mensais, data base:Jan/2015 Total de Casos: 188 • O investimento nas diferentes estratégias de renda variável tende a gerar alpha no médiolongo prazo, compensando a maior volatilidade dessa classe de ativos. • As principais estratégias são: Long-only: fundos onde os gestores devem investir pelo menos dois terços do patrimônio em ações - estratégia mais tradicional do segmento de renda variável (FIA convencional); Long Biased: são fundos que fazem na maior parte de seu patrimônio operações de compra de ações (Long), mas que podem assumir uma parcela de posições vendidas e até ganhar com a queda da bolsa; Dividendos: fundos que buscam aplicar em ações de empresas com histórico consistente de distribuição de resultados através do pagamento de dividendos; Small caps / Valor: fundos que buscam a obtenção e maximização de ganhos de capital e a elevação da liquidez das posições formadas, através do acompanhamento e participação contínuos das atividades das companhias alvo, incentivando a adoção de práticas de governança corporativa alinhadas com as boas práticas de mercado e impulsionando seus resultados. • Continuamos acreditando que a Seleção de Ativos será fundamental para os próximos anos. Fonte: Vinci Partners • Desempenho da carteira - Exemplo Fonte: Vinci Partners • Proteção contra Eventos de Stress - Exemplo Racional de investimento: Comprar proteção contra uma queda expressiva da bolsa Operação: 2 de janeiro de 2013: compra de put spreads de IBOV com strikes 55.000 x 50.000, sendo que o Ibovespa no dia estava em 62.550 pontos 12 de junho de 2013: O IBOV chegou a 49.180 e as opções multiplicaram seus valores por 10 vezes Fonte: Vinci Partners Estudo de Caso Investimento no Exterior • • As principais vantagens oferecidas pelos Investimentos no Exterior são: Diversificação de riscos (baixa correlação entre o mercado brasileiro e os do exterior); Exposição cambial; Acesso a setores não representados no Brasil, ou com baixa presença; Diferencial de spread bonds no exterior com os bonds nacionais. OBS: Uma das principais limitações ao investimento no exterior por parte das EFPC é o limite de 25% do patrimônio de um fundo de alocação no exterior. • O mercado de renda variável brasileiro vem perdendo correlação com o mercado americano. Fonte: Bloomberg • O componente responsável pela valorização dos investimentos em Renda Variável no Exterior foi o câmbio e não a valorização dos ativos (nos últimos 12M). Fonte: Bloomberg • O mesmo movimento se observa ao longo de 2015. Fonte: Bloomberg • O dólar parece estar revertendo a tendência de queda dos últimos 30 anos e se fortalecendo contra uma cesta de moedas. Fonte: Bloomberg • Desvalorização do Real frente ao Dólar foi mais acentuada. • A alta correlação entre o dólar e o CDS Brasil demonstra que o câmbio está sob forte influência do aumento do risco país. Fonte: Bloomberg • O retorno do dólar e do MSCI World possuem correlação linear negativa. 𝜌 = -74% Fonte: Bloomberg • O mesmo se observa para o S&P500. 𝜌 = -67% Fonte: Bloomberg • Comparação Estados Unidos S&P 1000 Index - Setores PIB - Setores Outros; 5,8% Consumo Básico; 4,0% Energia; 3,1% Governo 11,5% Financeiro; 17,0% Telecom; 0,3% Utilities (Regulados); 4,8% Telecom; 2,6% Financeiro; 25,9% Indústria de Base; 6,0% Tecnologia e Informação; 12,8% Energia; 4,0% Consumo Básico; 4,8% Saúde 10,4% Utilities (Regulados); 1,3% Tecnologia e Informação; 16,1% Consumo; 14,0% Indústria; 15,4% Indústria; 13,1% Indústria de Base 5,2% Consumo; 15,0% Saúde; 6,8% Fonte: Bloomberg, BEA, Credit Suisse • Comparação Brasil Ibovespa - Setores PIB - Setores Consumo Básico; 6% Educação e Saúde 3% Educação e Saúde 17% Consumo Básico 20% Financeiro 33% Indústria de Base; 4% Utilities (Regulados); 2% Outros; 17% Indústria; 22% Indústria de Base 24% Tecnologia, Mídia e Telecom 7% Consumo; 12% Indústria 4% Consumo 4% Fonte: Bloomberg, BEA, Credit Suisse Financeiro; 17% Utilities (Regulados) 5% Tecnologia, Mídia e Telecom 4% • A escolha das estratégias de renda variável no exterior é importante! Fonte: Bloomberg • Bonds de Empresas Brasileiras no Exterior Rating Rating (1) Global Nacional (2) Petrobras BB AA Eletrobras BB+ AABanco do Brasil BBBAAA CEF BBBAAA BNDES BBBAAA Banco Itau BB+ AAA Gerdau BBBAAA Vale BBB+ AAA Votorantim BBBAAA BRF BBB AAA Fibria BBBAA+ Embraer BBBN/A Cielo BBB AAA BM&FBovespa BBBN/A Bradesco BB+ AAA Media Ponderada da Carteira Emissor Vencimento V. Emissão (USD mm) mar/24 out/21 out/22 nov/22 set/23 mai/23 abr/24 jan/22 jun/24 mai/24 mai/24 jun/25 nov/22 jul/20 mar/22 Duration (4) 2.500 1.750 1.925 500 1.750 1.870 1.166 2.250 400 750 600 1.000 870 612 1.100 6,7 5,1 4,9 4,5 6,7 6,4 6,7 5,7 7,0 7,2 7,0 8,0 6,4 4,3 5,5 6,0 Yield (5) 10,5% 11,1% 9,5% 8,1% 8,1% 7,2% 8,5% 6,4% 7,3% 5,5% 5,5% 5,7% 6,3% 5,7% 7,0% 8,6% (1) Rating das respectivas emissões em escala global por S&P. Moody´s ou Fitch (2) Rating dos respectivos emissores em escala nacional por S&P, Moody’s ou Fitch (3) Preço Indicativo no mercado secundário em 01/10/2015 (4) Duration do bond, ajustado pelo prazo de exercício da opção de recompra pelo emissor, quando aplicável (5) Taxa de retorno indicativa em USD (Yield-to-Worst): pior entre o Yield –to-Maturity e o Yied-to-Call , no caso de bonds com opção de recompra (6) Volume médio de negociações diárias nos últimos 3 meses (fonte: Bloomberg) ADTV (6) (USD mm) 73,7 8,2 8,2 2,8 4,9 6,6 3,6 31,3 1,8 2,6 5,6 2,6 1,5 0,7 1,1