CURSO DE ANÁLISE ICONOGRÁFICA E DE TEXTOS SOBRE HISTÓRIA Teacher: Léo ANÁLISE ICONOGRÁFICA • PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS: – As imagens são consideradas como documentos e devem ser lidas como qualquer outro; – As informações podem ser percebidas a partir de uma análise geral ou outra mais específica; – Pinturas, desenhos ou charges podem representar períodos dos mais variados; – Fotografias representam períodos mais definidos; – Jamais esquecer de analisar a fonte que é referência da imagem. ANÁLISE GERAL DE UMA IMAGEM 1. Deve-se tentar perceber se é possível reconhecer o período que se pretende representar na imagem; 2. Se isso não for possível deve-se reconhecer a ideia geral que ela pretende demonstrar; 3. Se ainda não for possível deve-se recorrer à análise da sua fonte. Imagem da Revolução Francesa: Internet ANÁLISE ESPECÍFICA DE UMA IMAGEM 1. É Foto, Pintura ou Charge? 2. Analise a cena representada pela imagem; 3. Procure resumir o que ocorre nesta cena; 4. Observe os detalhes e procure estipular o período que ela representa - * É claro, se isso não estiver informado na fonte; ANÁLISE ESPECÍFICA DE UMA IMAGEM 1. Repita a mesma análise feita na imagem anterior: 2. É Foto, Pintura ou Charge? 3. Analise a cena representada pela imagem; 4. Procure resumir o que ocorre nesta cena; 5. Observe os detalhes e procure estipular o período que ela representa - * É claro, se isso não estiver informado na fonte; As imagens representam que acontecimento histórico? Fotografia de um campo de concentração nazista Comemoração do final da 2ª Guerra nos EUA PRATICANDO: Pintura da época da Revolução Industrial – Êxodo Rural PRATICANDO: Charge de 1939 representando o Pacto Germano-Soviético de Não Agressão PRATICANDO: Imagem do Século XIX – 2ª Revolução Industrial – Disputas entre Proletários e Proprietários ANÁLISE DE TEXTOS SOBRE HISTÓRIA • PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS: – Os documentos escritos demonstram de diversas formas a ideia principal a ser entendida; – Pode ser de forma direta, a partir de um exemplo ou um posicionamento político, por exemplo; – De forma irônica, demonstrando inconformidade com algo que no texto aparece “exaltado”; – Nas entrelinhas, ou seja, desenvolve-se um discurso pretendendo expor determinada questão, contudo a exposição é feita de forma sutil, com dicas quase imperceptíveis. ANÁLISE DE TEXTOS SOBRE HISTÓRIA Missão Civilizadora Os glorificadores da expansão conseguiram fazer triunfar a ideia, hoje ainda viva em vários setores da vida econômica, de que a expansão ultramarina era o objeto final da política, tendo sido os ingleses, entre outros, os primeiros a associar os benefícios do imperialismo ao triunfo da civilização, esse grande feito dos “povos superiores”. No momento em que os avanços da ciência e o sucesso do darwinismo asseguravam aos mais dotados a tarefa de espalhar pelo mundo os benefícios do progresso, os ingleses se julgavam necessariamente destinados, em essência, a realizar essa tarefa. “Eu acredito nesta raça”, dizia Joseph Chamberlain em 1895. Graças ao seu avanço, ao seu Savoir-Faire, os ingleses se encarregavam de civilizar o mundo, “este fardo do homem branco”. Os franceses, movidos pela doutrina das Luzes e pelo brilho da Revolução de 1789, julgavam sobretudo estar cumprindo uma missão libertadora (...). Ademais, ao considerarem os indígenas como crianças, eram levados por suas convicções, republicanas ou não, a julgar que, educando-os, eles se civilizariam. Portanto, resistir-lhes era dar provas da selvageria. Ora, essa ideia de civilização não era neutra. A história e o direito ocidental haviam codificado os fundamentos dela: princípio e formas da propriedade, modalidades de transmissão das heranças, legislação aduaneira, liberdade dos mares etc. Assim, um conceito cultural, a civilização, e um sistema de valores tinham uma função econômica precisa. Aqueles que não se conformassem a essas regras de direito tornavam-se delinquentes, criminosos, e, portanto, passíveis de punição. FERRO, Marc (Org.). O Livro Negro do Colonialismo. Rio de Janeiro: Ediouro, 2004. p. 22-3. ANÁLISE DE TEXTOS SOBRE HISTÓRIA • A que período histórico o texto se refere direta e indiretamente? • Quais as bases sociais que sustentavam as teorias expostas no texto? • O que pode-se entender sobre o pensamento do período em relação à superioridade racial? ANÁLISE DE TEXTOS SOBRE HISTÓRIA • A tradição religiosa e a autoridade política serão assim os dois alvos fundamentais dos seus ataques. Ataca a superstição, a crença nos milagres e o antropoformismo na representação de Deus, mas não nega em absoluto sua existência. Ao contrário, reconhece-a como necessária, como princípio explicativo último de todo o universo. VOLTAIRE • [...] cheguei ao fim de meu discurso sobre o governo civil e eclesiástico, ocasionado pelas desordens dos tempos presentes [...] sem outro objetivo senão colocar diante dos olhos dos homens a mútua relação entre proteção e obediência, de que a condição de natureza humana e as leis divinas [...] exigem cumprimento inviolável. THOMAS HOBBES • [...] sobre a natureza do pacto fundamental de todo governo, limito-me, seguindo a opinião comum a considerar aqui o estabelecimento do corpo político como um verdadeiro contrato entre o povo e os chefes que ele escolhe; contrato pelo qual as duas partes se obrigam à observância das leis nele estipuladas e que formam os laços da sua união ROUSSEAU Algumas Questões: Analise o documento sobre as eleições no Brasil. K. Lixto. D. Quixote, 20/02/1918. A charge critica o sistema eleitoral no período da(o) (a) República Velha, quando o voto era aberto e não havia Justiça Eleitoral. (b) Estado Novo, quando o autoritarismo de Vargas manipulou o eleitorado. (c) Segunda República, quando as eleições diretas para presidente, através do voto “a cabresto”, elegeram Vargas. (d) República do Café-com-Leite, dominada pelas oligarquias paulista e mineira, que usavam o voto censitário para se alternarem no poder. (e) Primeira República, quando o PSD e a UDN se valiam da violência e fraudes para alcançar o poder. (f) I.R. A VERDADE ELEITORAL A moralidade política não permitirá que a Verdade saia nua das urnas. O documento retrata uma circunstância das relações entre Estado e trabalhador, no período histórico correspondente à (ao) (a) último governo de Vargas, quando foi eleito através do voto direto. (b) Estado Novo, momento ditatorial do governo Vargas. (c) Ditadura Militar, que perseguiu os sindicalistas. (d) República Velha, quando a questão operária era “caso de polícia”. (e) governo do general Eurico Gaspar Dutra, representante das forças conservadoras, eleito pelo PSD. (f) I.R. Analise a imagem. É correto afirmar que a imagem representa a) uma cena do cotidiano dos hititas, na pesagem de mercadorias comercializadas com o povo egípcio. b) acontecimentos do sonho de Moisés, de libertação do povo hebreu, quando era prisioneiro do faraó egípcio. c) o início do mundo para os antigos egípcios, quando Nut, deusa do céu e das estrelas, anuncia sua vitória diante de Chu, deus do Ar. d) o livro dos mortos dos egípcios, com Osíris à direita e Anúbis ao centro, pesando o coração de um morto para avaliar sua vida. e)deuses egípcios da época da antiga dinastia ptolomaica: Amóm-Rá à direita, Thot acima e Set e Aton ao centro. "Depois que a maré da imigração reencetada, alcançando a enchente, nos primeiros anos do século XVIII, calculava-se com razoável grau de possibilidade, em 1709, que havia umas trinta mil pessoas ocupadas com atividades mineradoras, agrícolas e comerciais, em Minas Gerais. (...) Pequenas granjas e fazendas depressa se foram instalando ao longo das estradas, e mais atenção mereceu o plantio de hortaliças, milho, e a criação de rebanhos nas vizinhanças dos principais campos auríferos que se iam, lentamente, transformando em vilas. Muita gente, de fato, considerou mais lucrativo plantar a fim de fornecer alimento aos mineiros, do que se entregar ela própria à mineração, já que os preços permaneciam muito altos". (Charles R. Boxer. A idade de ouro do Brasil: dores de crescimento de uma sociedade colonial. São Paulo: Companhia Editora Nacional, 1969, p.71.) De acordo com o texto, pode-se afirmar que: a) A Coroa Portuguesa obteve êxito em sua política de proibição do desenvolvimento de outra atividade, que não a mineração, em Minas Gerais. b) As crises de fome foram uma característica da capitania de Minas Gerais ao longo de todo o século XVIII. c) O abastecimento das áreas mineradoras era feito, com exclusividade, pelas capitanias do Sul e do Nordeste da Colônia. d) Desde o princípio da ocupação das minas as atividades agrícolas se desenvolveram lado a lado com a mineração. e) Todas as alternativas estão certas. f) I. R. Texto 1: “ [...] César a cada passo citava estes versos de Eurípedes que ele mesmo os traduziu assim : ‘Caso se há de violentar a justiça, é para reinar que se deve violentála. Nos demais casos pratica-se a virtude.’ [...] Caio Ópio [...] publicou um livro em que dizia: ‘César não é o pai do filho, como diz Cleópatra’. [...] E de forma que ninguém duvidava de que ele [César] se abrasasse no fogo infame da sodomia e do adultério, Cúrio pai chamou-lhe, em um de seus discursos, ‘o marido de todas as mulheres e a mulher de todos os maridos’.” SUETÔNIO. (Cerca de 69 d.C. - cerca de 122). A vida dos doze Césares. São Paulo: Martin Claret, 2004. Texto 2 : “[...] As injúrias devem ser feitas todas de uma vez, a fim de que, tomando-se-lhes menos gosto, ofendam menos. E os benefícios devem ser realizados pouco a pouco, para que sejam melhor saboreados.” MAQUIAVEL, Nicolau (1469-1527). O Príncipe. Rio de Janeiro: Tecnoprint, s/d. Analisando os textos, percebe-se que pertencem a duas conjunturas históricas, a (a) do Egito Antigo, pois faz referência a sua mais importante rainha, e a do Iluminismo italiano, de cujo projeto republicano Maquiavel é um dos principais representantes. (b) da Monarquia romana, na Antigüidade Clássica, e a do final da Idade Média, quando os pensadores políticos propugnaram a centralização do poder. (c) da Antigüidade Clássica greco-romana e a do Renascimento cultural efetivado após a Unificação italiana. Tanto Suetônio quanto Maquiavel favoreceram o desenvolvimento do pensamento democrático. (d) da Antiga República romana, com os ideais igualitários de César e a do dogmatismo católico, expresso por Maquiavel durante o Renascimento. (e) da Roma Antiga e, no início da Idade Moderna, a do Renascimento, havendo, em ambas, uma legitimação do poder despótico. (f) I.R. A inveja mata !