Novos Agentes Anticoagulantes- Como Usar? VI Board Review Reijâne Alves de Assis 23 de junho de 2012 Conflitos de interesse: Nada a declarar Novos anticoagulantes Relevância do tema Profilaxia nos procedimentos ortopédicos Prevenção de fenômenos tromboembólicos na fibrilação atrial Tratamento da trombose venosa e tromboembolismo pulmonar Síndrome coronariana aguda Interações com dieta e medicamentos Reversão no pré operatório/procedimentos Abordagem nas situações de urgências Introdução Warfarina droga utilizada em >2 milhões nos EUA e >1 milhão UK EUA >300.000 novos usuários/ano FA projeção EUA 2050 >2,5 milhões TEP 70 casos/100.000 habitantes Pós procedimentos ortopédicos (joelho e quadril) ausência de profilaxia 40-60% de eventos trombóticos Bassand JP. Europace (2012) 14:312-324 Altman R, Vidal HO. Thrombosis Journal (2011) 9:12 (1-8) Nutescu E et al. J. Thromb Thrombolysis (2011) 31:326-343 AVK 15% dos eventos adversos relacionadas a medicações 2007 29.000 eventos hemorrágicos/ano admissão hospitalar FA 86% descritos como alto risco trombótico 55% somente em uso de AVK Bassand JP. Europace (2012) 14:312-324 Altman R, Vidal HO. Thrombosis Journal (2011) 9:12 (1-8) Nutescu E et al. J. Thromb Thrombolysis (2011) 31:326-343 Anticoagulante ideal Favaloro E and Lippi G. Clin Chem Lab Med (2011) 49(5):755-757 Brenner B and Hoffman R. Blood Reviews (2011) 215-221 Características dos novos anticoagulantes Ansell J. Hematology (2010) ASH-Educational Book 221-226 Douketis JD. Pol Arch Medicine Wewn (2011) 121(3):73-80 2,5 mg 2 x 5 mg 2 x 2 horas antes de algumas medicações Ingerir com alimento melhora a absorção Nutescu E et al. J. Thromb Thrombolysis (2011) 31:326-343 Douketis JD. Pol Arch Medicine Wewn (2011) 121(3):73-80 Profilaxia cirurgia ortopédica Huo MH. Thrombosis and Haemostasis (2011)Jul;106(1):45-57 Dabigatran – profilaxia THR e TKR RE-NOVATE RE-MODEL Huisman M. Eur Orthop Traumatol (2011) 2: 7-14 Huo MH. Thrombosis and Haemostasis (2011)Jul;106(1):45-57 Huisman M. Eur Orthop Traumatol (2011) 2: 7-14 Eventos hemorrágicos – Rivaroxaban Huisman M. Eur Orthop Traumatol (2011) 2: 7-14 TKR TKR Huo MH. Thrombosis and Haemostasis (2011)Jul;106(1):45-57 Huisman M. Eur Orthop Traumatol (2011) 2: 7-14 Eventos hemorrágicos-Apixaban TKR 10-14 d TKR 10-14 d Huo MH. Thrombosis and Haemostasis (2011)Jul;106(1):45-57 Huisman M. Eur Orthop Traumatol (2011) 2: 7-14 Rivaroxaban parece ser superior a dabigatran na prevenção de eventos trombóticos, as custas de maior risco hemorrágico Individualizar o paciente: Se for paciente com risco hemorrágico – preferir dabigatran Se for paciente com risco trombótico – preferir rivaroxaban Custos são semelhantes – Canadá optou pela rivaroxaban /FDA não aprovou Rivaroxaban pela maior taxa de sangramento Equivalência terapêutica semelhante Loke YK and Kwok CS. Journal of Clinical Pharmacy and Therapeutics (2011) 36:111-124 Trkulja V and Kolandzic R. Croat Med J. (2010) 51:113-123 Fibrilação atrial O’Dell KM et al, Clinical Therapeutics, 2012 in press Fibrilação atrial ESC Working Group on Thrombosis. Journal of the American College of Cardiology (2012) 59:1423-25 22% AVC s e TVE 13% AVCI ou não esp. 55% AVC H IAM: RR = 0.96 (0.73-1.26) Miller SC et al. American Journal of Cardiology (2012) – in press sangr. maiores 51% HIC Sangr. TGI Miller SC et al. American Journal of Cardiology (2012) – in press Desvantagens Dabigatran (Rivaroxaban*) 2 dose diárias aderência é fundamental Maiores taxas de abandono dispepsia Maior taxa de IAM causa? Ausência de antidotos * Não há como controlar : paciente realmente esta usando? Toxico? * Cuidado com clearance renal Maiores taxas de hemorragias * Instabilidade da droga quando aberta Conhecer as interações com outras medicações é fundamental * Ponte em procedimentos é necessário? * Custo * Desvantagens da Warfarina Necessário controle para que INR 2-3 atingido somente em 55-60% dos pacientes Janela terapêutica estreita Inicio de ação é lento 3-6 dias pra atingir nível terapêtico Muitas interações drogas e dieta Polimorfismos gênicos Preparo de cirurgias (ponte) trabalhosa Meia vida longa Necessário laboratórios adequados para controles confiáveis (point of care) Idade é fator de risco de isolado maior risco de hemorragias Altman R, Vidal HO. Thrombosis Journal (2011) 9:12 (1-8) Vantagens Dabigatran, Rivaroxaban e Apixaban Dose fixa Não necessita de controles laboratoriais Poucas interações drogas Sem interferência de dieta Vantagens Warfarin Efetividade já bem estabelecida Adequada eficácia/segurança (> 50 anos de convivência) Pode ser rapidamente revertida em situações de urgência Pouquíssimos efeitos adversos Altman R, Vidal HO. Thrombosis Journal (2011) 9:12 (1-8) Tratamento e prevenção de TEV agudo/TEP Penaloza A et al. Curr Opin Crit Care (2012) 18:000-000 Tratamento de TEV aguda (TEP- 21%) / TEP +TVP- 9,5% N:2564 ∆ T: 6 meses TTR: 60% * Maior indice de descontinuação – dabigatran – dispepsia (9.0 x 6.8%) Não inferioridade Tratamento do TEV Rivatoxaban 15mg 2 x dia fase aguda 3 sem 20mg 1 xdia N: 3449 X Avaliaçao eventos em Heparina + AVK 3, 6 e 12 meses Pacientes com cancer: Rivaroxaban: 6,6% x AVK: 5,22% Não inferioridade NEJM (2010)363:2499-510 Eventos cardiovasculares RE-COVER Study Dabigatran 150mg 2x d x AVK Iniciados 5-10 dias Heparina NEJM (2009)361:2342-52 EINSTEIN-DVT Study TVP : 2,4 % vs 2,1% (HR: 1.10 CI:0.65 -1.84) Sangramento maior: 1,6% vs 1,9% Sangramento menor: 3,6% vs 8,8% <5% pctes câncer Recorrência: 2,1% x 3,0% (HR: 0.68 CI: 0.44– 1.04; p<0.001)) Sangram. maior e menor: 8,1% x 8,1% (HR: 0,97 CI:0.76-1.22; p=0.03) Todas causas de mortalidade: 2.2% x 2.9% (HR 0.67, CI: 0.44 – 1.02) 0.7% x 0.8% (HR 0.79, CI: 0.36 – 1.71) Ansell J. Hematology: 221. Education Program ASH 2010 EINSTEIN-PE Study Rivatoxaban 15mg 2 x dia 3 sem 20mg 1 xdia X Heparina + AVK NEJM (2012) 366:1287-1297 EINSTEIN - Extension Rivaroxaban 20mg/dia x Placebo NEJM (2012) 366:1287-1297 Tratamento de TEP fase aguda com ou sem TVP N: 4832 Avaliação eventos em 3, 6 e 12 meses Recorrência de TEV sintomático Cancer : 4,7 x 4,5% Descontinuidade: 10,7 x 12,3% Não inferioridade potencial para melhor risco/beneficio Recorrência: 2,1% x 1,8% (HR: 1.12 CI:0.75-1.68) Sangramento maior: 1,1% x 2,2% (HR: 0.49 CI:0.31-0.79; p=0.003) 6-12 meses pós tto fase aguda → manter anticoagulaçao por mais 6-12 meses TVE recorrente: 1,3% vs 7,1% (HR:0.18 CI 0.09-0.39; p<0.001) N: 602 (Rivaroxaban) N: 594 (placebo) Sangramento maior: 0,7% X 0% (p=0.11) Todos os sangramentos: 6-1,2% (HR: 5.19 CI 2.3-11.7; p<0.001) RRR: 82% Ansell J. Hematology: 221. Education Program ASH 2010 Síndrome Coronariana Aguda HR:0.53 (0.33-0.84) Tx sangram TGI e epistaxe Não houve diferença eficácia HR:0.99 (0.69-.1.42) 2-4 x mais sangramento Tx de sangramento significativa ESC Working Group on Thrombosis. Journal of the American College of Cardiology (2012) 59:1423-25 Pasugrel e Ticagrelor reducão eventos isquemicos (ticagrelor menor mortalidade) risco de sangramento (30%) comparado 3-4 x anti Xa Cuidados no uso dos novos anticoagulantes Não usar em conjunto com quinidina Reduzir dose quando usar verapamil e amiodarona (150mg/d) EA: Dispepsia -Ac tartárico Protetor gástrico (IBP) retarda a absorção, evitar uso com AAS e outros AINES Principal causa de descontinuação 92-95% ligada às proteínas plasmáticas (albumina) – não dialisável Não usar junto com Azolicos, inibidores de protease (Ritonavir) Usar com cautela em conjunto com: Barbituricos, fenitoina, carbamazepina, Erva de St John’s, rifampicina Uso com AINES , estatina, opióide: aumenta risco hemorrágico Alterações Laboratoriais Dabigatran Alarga TTPa Altos níveis pode deixar TTPA incoagulável TTPa normal exclui ACO significativa Pouco impacto sobre INR TT pode ser uma forma de mensurar o uso deste novo ACO ** ECT – Ecarin clotting time ** Mostram um certa linearidade na curva dose-resposta ACT (Activated clotting time) Rivaroxaban Prolonga INR Alarga TTPa somente em baixas concentrações Tromboelastografia não é util Anti Xa – indica atividade mas não tem linearidade Veneno vibora de Russel (dRV-VT) – pode ser usado pois tem relação linear com efeito da droga Teste de geração de trombina Little JW. (Oral Surg Oral Med Oral Pathol Oral Radiol 2012; in press O’Dell KM et al, Clinical Therapeutics, 2012 in press Transição AVK para Dabigatran ou Rivaroxaban INR deve estar abaixo de 2,0 -2,3 iniciar Ganetsky M et al. J. Med Toxicol. (2011) 7:281-287 Schulman S and Crowther MA. Blood (2012) 119: 3016-3023 Nutescu E et al. J Thromb Thrombolysis (2011) 31: 326-343 Nutescu E et al. J Thromb Thrombolysis (2011) 31: 326-343 Novos anticoagulantes orais Douketis JD. Pol Arch Med Wewn. 2011;121 (3): 73-80 Schulman S et al. Blood , 2012; 119: 3016-3023 Rivaroxaban Golembiewski J. Journal of PeriAnesthesia Nursing, Vol 27, No 2 (April), 2012: pp 123-126 Reversão em casos de sangramento ou cirurgias de urgência Ausência de antídoto específico Sem teste laboratorial adequado para monitorar nível Toxicidade x adesão Pode ser possível com: CCP ativado – FEIBA Fator VII recombinante PFC – não é efetivo Antifibrinolítico Desmopressina – estudos mostraram efetividade em reverter efeitos da hirudina Diálise: Dabigatran, mas não Rivaroxaban Plasmaferese - ?? Dabigatran Usar carvão ativado e lavagem gástrica Diálise – 35% da droga circula ligada às proteínas plasmáticas Uso de Fator rVIIa CPP em altas doses (alguns trabalhos citam CPP ativado) Dabigatran x complexo protrombínico ativado Schulman S et al. Blood , 2012; 119: 3016-3023 Rivaroxaban x complexo protrombínico ativado Schulman S et al. Blood , 2012; 119: 3016-3023 Kaatz S et al. Am. J. Hematol (2012) 87:S141-145 Dzik WS. Transfusion (2012) 52:45S-55S Kaatz S et al. Am. J. Hematol (2012) 87:S141-145 Perspectivas Tecarfarin novo AVK Não é metabolizado pelo CYP 450 e sim por esterases reduz inúmeras interações com drogas e polimorfismos gênicos Expectativa TTR seja maior redução dos controles laboratoriais Estudo fase IIa 60 pacientes com FA (TTR warfarin 59% 71% (p=0.0009) EMBRACE AC: 612 FA TTR: Tercafarin 74 vs 73,2% Warfarin) falha em demonstrar superioridade Ansell J. Hematology: 221. Education Program ASH 2010 Pacientes que tem seus níveis de anticoagulação estáveis Não aderentes perde-se a oportunidade de reeducação do paciente não são necessárias consultas médicas e o medico não tem como comprovar falha de compliance Dupla antiagregação ou maior risco hemorrágico Renais e hepatopatas crônicos Portadores de válvula mecânica ainda não há estudos comprovando a eficácia nestas situações INDIVIDUALIZAÇÃO DO TRATAMENTO Ansell J. Hematology: 221. Education Program ASH 2010 OBRIGADA! [email protected] [email protected]