Encerramento de Safra São Martinho e Socicana organizaram reunião de fim de safra em Guariba Ometto vai para Conselho de Administração do Grupo e anuncia novo diretor Agroindustrial da Usina. A Usina São Martinho e a Socicana organizaram no dia 2 de dezembro a reunião de encerramento de safra, com a presença de fornecedores, familiares, equipe técnica, diretoria da Usina e da Associação. No evento, o diretor Marcelo Ometto apresentou o resultado da safra 2006/2007. A moagem alcançou 6,735 milhões de toneladas. Foram produzidas 499.750 toneladas de açúcar (9,995 milhões de sacas de 50 kg) e 286 milhões de litros de álcool. “Temos aqui mais de 90% de nossos fornecedores representados hoje e quero parabenizá-los pelo trabalho”, afirmou. Marcelo ressaltou a necessidade da entrega de cana linear. “Preciso que comecem a entrega antes. Dessa forma, a usina também conseguirá atender melhor a todos. Temos um modelo em que todos vão ganhar.” O diretor afirmou que em abril é necessário ter safra, assim produzir álcool e atender a demanda da frota nacional. O presidente da Socicana Ismael Perina Júnior defendeu a distribuição linear da entrega. “Se isso não 12 - Revista Coplana - Novembro / Dezembro 2006 ocorrer, o remédio será mais amargo. Todos temos que colaborar com a usina e batalhar para preservar a qualidade da matéria-prima, que foi uma conquista. Preci- samos do apoio de vocês para mostrar que aqui somos diferentes e vamos dar nossa parcela de colaboração.” Ometto transmitiu uma mensagem de confiança na parceria com os fornecedores. “A São Martinho acredita no que faz, no mercado e na competitividade. Temos o projeto de aumentar a produtividade. Vamos baixar custos e melhorar os resultados. O mercado existe, mas é necessário ter produção e produtividade.” Encerramento de Safra Durante o encontro, Marcelo Ometto anunciou o novo diretor Agroindustrial da São Martinho Agenor Cunha Pavan, que atua na empresa há 20 anos. Marcelo vai assumir cargo no Conselho de Administração do Grupo Ometto, que detém, além da São Martinho, as usinas Iracema e Boa Vista. “Este é um processo de continuidade e evolução. Agradeço o relacionamento que tive com todos ao longo de 22 anos. Confiamos nesse trabalho e todos podem confiar na São Martinho.” Pavan falou sobre a transição. “Essa não é a primeira e não será a última mudança. Ética, confiança e respeito são os valores que norteiam nosso relacionamento. A São Martinho não perde sua essência. A mudança ocorre no sentido de dar continuidade e, se possível, aprimorar.” O presidente da Socicana Ismael Perina Júnior e o vice Roberto Cestari ressaltaram a competência de Ometto à frente da Usina. Em relação ao novo diretor, reafirmaram o compromisso da entidade para a evolução do setor produtivo. Produção e mercados Durante o evento, o diretor do depto. da Canade-Açúcar e Agroenergia (ministério da Agricultura) falou sobre os cenários da produção de açúcar, álcool e mercados. Ângelo Bressan Filho destacou o pioneirismo brasileiro na produção de carros flex fuel. “Houve uma revolução na indústria automobilística. Estamos num estágio superior, em relação ao mundo. Nos próximos anos, 50% da frota brasileira será de carros flex. Rogério Mian - Agência UDOP de Notícias Marcelo anuncia o novo diretor Agroindustrial Em 2003 a frota flex era de 48 mil veículos. O número pulou para 328 mil em 2004, 854 mil em 2005 e ultrapassou 1,1 milhão em 2006. A produção de combustível a partir da biomassa não pára mais, o que reflete o crescimento do plantio de cana no Estado de São Paulo e outras regiões brasileiras. O especialista afirmou que o mundo todo quer usar álcool, entretanto os países estão também interessados em produzir o combustível. Lembrou que os chineses têm projeto de plantar cana no Maranhão, por exemplo. Dessa forma, a necessidade da organização do setor é um aspecto relevante. O mercado sempre apresenta um risco associado, pois a produção se dá em degraus. A demanda não aumenta em virtude do crescimento da produção, mas em função da abertura de novos mercados. Bressan afirma que é imprescindível o diálogo entre o setor, além da distribuição dos frutos desse trabalho entre os elos da cadeia produtiva. Outro desafio enfrentado é a taxa de câmbio, que penaliza as exportações, mesmo com bons preços em dólar. O mercado interno sente o reflexo, pois os preços internacionais influenciam os preços domésticos. Por outro lado, bons preços no mercado internacional levam ao aumento de concorrentes em outros países, atraídos pelos resultados, o que provoca o aumento da oferta. Nesse complexo jogo de xadrez, a palavra chave é organização, conceito e prática defendidos na Socicana, em parceria com a Coplana e Coopecredi. Revista Coplana - 13