ID561 Impacto da força muscular periférica na decanulação de pacientes críticos internados em uma unidade de terapia intensiva Email: [email protected] Roberta Félix Garrett de Melo, Cibelle Andrade Lima, Tiago Branco Siqueira, Érica da Fonseca Travassos, Catarine Maria Gomes Macedo, Flávio Maciel Dias de Andrade, Eduardo Eriko Tenório de França Contextualização: A traqueostomia é provavelmente o procedimento cirúrgico mais comum realizado em pacientes na unidade de terapia intensiva (UTI) com objetivo de facilitar o desmame do suporte ventilatório. Diretrizes baseadas em evidências têm confirmado o benefício de protocolos de desmame da traqueostomia e a participação dos fisioterapeutas neste processo, porém não existe consenso quanto aos critérios para decanulação. Objetivo: Avaliar a influência da força muscular periférica e outros índices sobre o sucesso na decanulação. Métodos: Este estudo trata-se de uma análise retrospectiva por meio de levantamento de prontuário de pacientes internados na UTI do Hospital Agamenon Magalhães durante o período de março de 2007 a agosto de 2009. Resultados: Foram estudados 1541 pacientes, dos quais, 143 realizaram a traqueostomia, mas apenas 57 pacientes preencheram os critérios de inclusão para serem decanulados, sendo que destes 46 evoluíram com sucesso e 11 com insucesso, considerado a necessidade de retorno a via aérea artificial no período de duas semanas. A força muscular periférica obtida através do MRC foi significativamente menor no grupo insucesso comparada ao sucesso (28,33 ± 15,31 vs 41,11 ± 11,52; p=0,04). Já os leucócitos foram maiores no grupo insucesso (14070 ± 3073 vs 10520 ± 3402 células/L ; p=0,00). Conclusão: Nosso estudo mostrou que a força muscular periférica e a contagem dos leucócitos no dia da decanulação influenciaram no sucesso de remoção do traqueóstomo. Estudos futuros são sugeridos de forma a estratificar o valor acima do qual o MRC pode predizer o sucesso na decanulação. Palavras-chave: Traqueostomia; ventilação mecânica; decanulação. Rev Bras Fisioter. 2010;14(Supl 1): 502