Câncer de bexiga músculo-invasivo Limírio Leal da Fonseca Filho HSPE-SP HIAE • Cistectomia radical + linfadenectomia pelvica é padrão ouro no tratamento dos tumores infiltrativos da bexiga • Sobrevida 10 anos – 50 a 59% • Morbi-mortalidade importante – 28 a 64% • Busca por novos tratamentos neoadjuvantes/adjuvantes Reflexão peritoneal HSPE-SP Cistectomia radical Aberta Laparoscópica Robótica Cistectomia extraperitoneal Cistectomia LINFADENECTOMIA NO CARCINOMA UROTELIAL INVASIVO DA BEXIGA bifurcação da ilíaca comum LFN padrão LFN estendida Linfadenectomia pélvica HSPE-SP Linfadenectomia no carcinoma urotelial invasivo da bexiga •≈ 25% de LN + na cistectomia – exames de imagem incertos •Estadio cirúrgico mais preciso = – melhor prognóstico – maior sobrevida pela remoção de micrometástases – indicação precoce de terapia adjuvante Nº de linfonodos removidos e sobrevida após cistectomia 100 Sobrevida câncer específica (%) 90 80 LN removidos ≥12 n=613 70 60 LN removidos <12 n=113 50 P<0.0001 40 30 3 anos 20 10 LN removidos ≥12 7 anos 78.1% LN removidos <12 59.2% 10 anos 71.8% 63.6% 44.9% 44.9 % 0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 Anos após cistectomia radical Herr Urology 61:105, 2003 Herr, H. W. et al. J Clin Oncol; 22:2781-2789 2004 RELAÇÃO ENTRE A DENSIDADE LINFONODAL E SOBREVIDA APÓS CISTECTOMIA E LINFADENECTOMIA EXTENDIDA Sobrevida Densidade linfonodal 5 anos 10 anos <20% 44% 43% P< 0.001 >20% 17% 17% Densidade linfonodal: relação entre o número de linfonodos positivos e o número total de linfonodos ressecados LINFADENECTOMIA NO CARCINOMA UROTELIAL DA BEXIGA Conclusões •Procedimento estendido = maior sobrevida •Margem e maior no de linfonodos removidos = maior sobrevida •Equipe mais experiente = maior sobrevida Resultados da cistectomia University of South California e International Bladder Cancer Consortium USC x International consortium International consortium USC Livre de doença 0.90 0.80 0.70 0.60 0.50 0.40 0.30 0.20 0.10 0.00 0 9064 pacientes 1.00 0.90 0.80 0.70 0.60 0.50 0.40 0.30 0.20 0.10 0.00 P<0.001 0 Livre de doença 1.00 5 Orgão confinado (n=633) Orgão confinado (n=633) Extravesical (n=228) Extravesical (n=228) Linfonodo (+) (n=265) P<0.001Linfonodo (+) (n=265) 5 10 Anos após cistectomia 10 Anos após cistectomia1126 pacientes 15 Quimioterapia adjuvante: Quando? Nomogramas mais eficientes ? • Estádio patológico >pT2 – Doença extravesical e linfonodos acometidos • Componentes histológicos de alto risco – Invasão linfovascular – Presença de células em anéis de sinete CONCLUSÕES Cistectomia radical permanece “Gold standard” • • • • • Melhor sobrevida Menor recidiva local Menor incidência de metástases Morbidade e mortalidade melhoraram Derivação ortotópica e cirurgia minimamente invasiva melhoram a aceitação Equipe multidisciplinar OBRIGADO Cistectomias radicais Experiência da USC SLD Livre de doença 1.00 0.90 Po, Pis, Pa (n= 62) P1 (n=94) T1 (n=289) 0.80 0.70 0.60 P2, P3a, P3b, P4, Ln+ (n=109) 0.50 0.40 0.30 0.20 0.10 0.00 0 5 10 15 Anos após cistectomia J.Clin.Oncol. 19:666, 2001 Câncer de Bexiga Experiência da USC SLD por estádio 1.00 0.90 Orgão confinado (n=633) Livre de doença 0.80 0.70 Extravesical (n=228) 0.60 0.50 0.40 0.30 Linfonodo (+) (n=265) 0.20 P<0.001 0.10 0.00 0 5 10 15 Anos após cistectomia J.Clin.Oncol. 19:666, 2001 International Bladder Cancer Consortium • 9064 pacientes de 15 intituições • Radical cistectomia (monoterapia) sem tratamento anterior • Maioria OC cura com cistectomia • 70% 5 anos PLP para doença extra-vesical • Cerca de 1/3 com LN + J Clin Oncol 2006; 24:3967 LINFADENECTOMIA NO CARCINOMA UROTELIAL DA BEXIGA •Não existem trabalhos prospectivos e randomizados que comparem as diferentes técnicas de linfadenectomia pélvica. •A incidência de LN + durante a cistectomia varia de 18% a 28%. •A linfadenectomia aumenta a sobrevida de pacientes selecionados e melhora a estratificação terapêutica pós-operatória. •A retirada de > 12 gânglios é recomendável. •Recomenda-se enviar cada bloco linfonodal separado para estudo anatomopatológico porque aumenta o nº de gânglios examinados. •A densidade de gânglios positivos parece ser melhor preditor de sobrevida livre de doença do que o sistema TNM. Postoperative Nomogram Predicting Risk of Recurrence After Radical Cystectomy for Bladder Cancer International Bladder Cancer Nomogram Consortium TOTAL 9064 6748 1306 320 690 International Bladder Cancer Nomogram Consortium, J Clin Oncol. 2006 ;24:3967 Livre de recidiva International Bladder Cancer Nomogram Consortium 30 meses International Bladder Cancer Nomogram Consortium, J Clin Oncol. 2006 ;24:3967 Nomograma pós cistectomia 70 anos, sem tratamento prévio Cistectomia 60 dias após Dx Patologia: pT2N0, TCC alto grau 75 a 80 % PFP J Clin Oncol 2006; 24:3967 Risco percentual de linfonodos metastáticos Câncer de bexiga (por estádio) Autor n P1 P2 P3 P4 Ghoneim 1026 6% 16% 42% 36% Leissner 447 12% 20% 49% 75% Stein 1054 7% 22% 44% 42% Quimioterapia neoadjuvante • Meta-analysis de 10 estudos randomizados (2688 patientes) 13% reduçao do risco de morte 5% benefício absoluto aos 5 anos Sobrevida global aumentou de 45% para 50% ABC Meta-analysis Collaboration. Lancet 2003;361:1927 CONCLUSÕES -2 • QT peri-operatória aumenta a sobrevida • Técnica cirúrgica é importante no aumento de sobrevida – Margem e a extensão da linfadenectomia • Técnicas de preservação são para casos muito selecionados e de menor risco • QT intra-arterial com diálise promissor • Estes pacientes devem estar preparados para eventual cistectomia • Nenhum estudo comparativo de qualidade de vida entre cistectomia e preservação Obrigado Cistectomia Radical • 5 anos de sibrevida 65 a 82 % para T2 e T3a • Preservação do FVN e plexus hipogastricopara preservar potência e continênicia Cochrane Database Syst Rev. 2002;(1):CD002079. Surgery versus radiotherapy for muscle invasive bladder cancer Shelley MD, Barber J, Wilt T, Mason MD. Estudos randomizados de quimioterapia neoadjuvante Volume 349:859-866 August 28, 2003 Number 9 Neoadjuvant Chemotherapy plus Cystectomy Compared with Cystectomy Alone for Locally Advanced Bladder Cancer H. Barton Grossman, M.D., Ronald B. Natale, M.D., Catherine M. Tangen, Dr.P.H., V.O. Speights, D.O., Nicholas J. Vogelzang, M.D., Donald L. Trump, M.D., Ralph W. deVere White, M.D., Michael F. Sarosdy, M.D., David P. Wood, Jr., M.D., Derek Raghavan, M.D., Ph.D., and E. David Crawford, M.D. Este é o estudo da SWOG, o primeiro a mostrar vantagem de sobrevida com QT neoadjuvante International Bladder Cancer Consortium TOTAL 9064 6748 306 320 J Clin Oncol 2006; 24:3967 688 Qual é a expectativa do paciente com câncer de bexiga invasivo? Conduto ileal 1-Cura do câncer Neobexiga ortotópica 2- Boa qualidade de vida pós cirúrgica NEOBEXIGA ORTOTÓPICA Seleção do paciente Reserva renal suficiente (Creatinina < 2,5 mg/dl) Risco cirúrgico adequado Risco de recidiva uretral baixo Boa habilidade manual e intelectual Função hepática normal Atenção para os antecedentes cirúrgicos Ressecções intestinais anteriores amplas Radioterapia pélvica prévia HSPE-SP RESERVATÓRIO ORTOTÓPICO Segmento ileal HSPE-SP RESERVATÓRIO ORTOTÓPICO Anastomose uretra-reservatório Uretra Reservatório HSPE-SP Resultados da cistectomia radical + linfadenectomia Estadio Recurrence-Free /Overall Survival Organ-confined 62% (<pT2pNo) 73% non-organ-confined 49% (>pT2pNo) 56% Positiv lymph nodes 24% (pT1-4, pN+) 33% Madersbacher et al JCO 2003;21:690 5 anos Experiência da USC Mortalidade peri-operatoria: 2.5% Estadio 5 anos SLD 10 anos SLD T0 92% 86% T1 83% 78% T2 89% 87% T3a 78% 76% T3b 62% 61% T4 50% 45% N+ - 0-30% 68% 66% Total Necessidade de terapia complementar