Entendendo os usuários Por quê nós devemos compreender os usuários? • A interação com a tecnologia é cognitiva • Nós devemos considerar os processos cognitivos envolvidos e as limitações cognitivas dos usuários • É interessante ter o conhecimento sobre o que os usuários esperam ou não da interface • Identificar e explicar a natureza dos problemas que os usuários encontram • Teorias de apoio, ferramentas de modelagem, guias e métodos podem conduzir o design para melhores produtos interativos Entender os outros... Conversar com os outros... Induzir ou convencer os outros... Perceber... Pensar... Lembrar... Aprender... Planejar uma refeição... Organizar uma viagem... Escrever, pintar, compor... Imaginar... Tomar decisões... Resolver problemas... Principais aspectos cognitivos • Atenção • Percepção e reconhecimento • Memória • Ler, falar e escutar • Solução de problemas, planejamento, raciocínio lógico, tomada de decisão, aprendizado Atenção • Faça com que a informação fique saliente quando for necessária em um dado momento da realização de uma tarefa • Utilize técnicas como gráficos animados, cores, sublinhado, ordenação de itens, seqüenciamento de informações diferentes e espaçamento de itens • Evite entulhar a interface com muita informação, o que deve ser aplicado especialmente ao uso de cores, sons e gráficos, o que acaba por distrair e incomodar o usuário • As interfaces simples são muito mais fáceis de se utilizar porque o usuário descobre facilmente como interagir com ela Exemplos de sobrecarga gráfica Exemplos de sobrecarga gráfica Percepção e reconhecimento • Como a informação é adquirida e transformada em experiências • É um processo complexo que envolve outros processos cognitivos, como a memória, a atenção e a linguagem – O texto deve ser legível – Os ícones devem ser fáceis de serem interpretados e encontrados Qual dos botões abaixo é o mais fácil de ser lido e por quê? What is the time? What is the time? What is the time? What is the time? What is the time? Memória • Envolve a codificação e a recuperação do conhecimento; implica em recordar vários tipos de conhecimentos que nos permitem agir adequadamente • Nós não conseguimos lembrar de tudo; nós fazemos uma filtragem e processamos as informações • O contexto é importante e afeta a nossa memória • Nós reconhecemos coisas muito melhor do que lembramos delas – Interfaces gráficas são infinitamente melhores que interfaces baseadas em linhas de comando • É melhor lembrar imagens do que palavras – O uso de ícones é melhor do que o simples de um menu com palavras O problema do número mágico “72” • Refere-se a teoria de George Miller sobre a quantidade de informações que uma pessoa pode se lembrar de imediato • A capacidade de memória imediata das pessoas é muito limitada (“memória cache”) • Muitos projetistas foram levados a acreditar que esta teoria era a base absoluta para o desenvolvimento de novas interfaces Os designers passaram a… • Construir apenas 7 opções em um menu • Mostrar apenas 7 ícones em uma barra de ferramenta • Elaborar listas com no máximo 7 bullets • Mostrar apenas 7 items em um menu pull down • Organizar um website com no máximo 7 botões no topo da página – Mas está errado!!! Por quê? Por quê? • Aplicação inapropriada da teoria • As pessoas podem percorrer as listas, tabelas e menus para encontrar o que procuram • As pessoas não precisam necessariamente recuperar as informações da memória, mas podem reconhecer o que estão vendo • Muitas vezes um menor número de itens define um melhor design • Tudo depende da situação específica de cada tarefa e do “status” do software no momento Aplicação mais apropriada da recuperação de dados de memória • Gerenciamento de arquivos e sua recuperação é um problema para a maioria dos usuários; • Pesquisa na recuperação de dados de memória é extremamente útil • A memória envolve 2 processos – recuperação direta da informação (lembrar) e busca / reconhecimento da informação • O gerenciamento de arquivos em um sistema computacional deve contemplar os dois processos de recuperação de dados de memória Gerenciamento de arquivos • Deve facilitar as estratégias de memória existentes e ajudar o usuário na recuperação dessas informações • Deve ajudar o usuário de forma a proporcionar diversas formas de armazenamento e recuperação de dados – Armazenar arquivos com a utilização de cores, flags, imagens, hipertexto, etc Modelos mentais • Os usuários desenvolvem um entendimento do sistema aprendendo e usando este • O conhecimento freqüentemente é descrito em termos de um modelo mental – Como usar o sistema (o que fazer em seguida) – O que fazer em situações não familiares ou inesperadas (como o sistema funciona) • Pessoas fazem inferências usando modelos mentais de como realizar suas tarefas Modelos mentais • Craik (1943) descreveu os modelos mentais como construções internas de algum aspecto do mundo exterior permitindo fazer predicções • Envolve processos conscientes e incoscientes, onde imagens e analogias são ativadas • Modelos aprofundados e superficiais (por exemplo, como a bicicleta funciona e como se equilibrar em duas rodas) Raciocínio e modelos mentais (a) Você entra em um prédio e dirige-se ao elevador. Enquanto aguarda junto com outras pessoas, você vê que a luz indicativa do botão para subir está acesa. Você aperta novamente o botão? Por quê? E quando você estiver esperando novamente o elevador no andar, para retornar ao térreo, você aperta tanto o botão para subir como para descer? • Você chega em casa com fome e vai esquentar aquele pedaço de pizza que estava na geladeira. Você coloca o botão do forno na temperatura máxima? Por quê? Modelos mentais • Muitas pessoas acabam desenvolvendo modelos mentais errados (Kempton, 1996) • Por quê? – Teoria do princípio do “mais e mais” é generalizada para diversas coisas – Um termostato é baseado no modelo de chave liga-desliga Modelos mentais • Isso também é válido para que as pessoas construam modelos mentais de como o computador funciona: – Pobres de interface, freqüentemente incompletos, confusos, baseados em analogias inapropriadas e superstições (Norman, 1983). Exemplo: o que fazer quando o computador trava? Como é para você? • O seu modelo mental – Quão exato ele é? – Quão similar ao mundo real ele é? – Quão detalhado ele é? • Payne (1991) realizou um estudo e descobriu que as pessoas freqüentemente recorrem a analogias para explicar como as coisas funcionam Cognição externa • Refere-se como nós interagimos com as representações externas (mapas, anotações e diagramas) • Quais são os beneficios cognitivos e quais são os processos envolvidos • Considerar como é possível extender a nossa cognição • Como podemos desenvolver representações em aplicações baseadas em computador que possam ajudar cada vez mais? Externalizando para reduzir a carga de memória • Diários, lembretes, calendários, notas, listas de compra, listas de tarefas: escrever ajuda-nos a lembrar • Post-its, pilhas, e-mails assinalados ou destacados: marcação de prioridades do que fazer • Representações externas: – Lembra-nos que nós precisamos fazer alguma coisa (comprar um presente para o Dia das Mães, por exemplo) – Lembra-nos o que fazer (por exemplo: levar flores, chocolate, etc) – Lembra-nos quando fazer (domingo, Dia das Mães) Sobrecarga computacional • O uso de uma ferramenta junto com uma representação externa para executar um cálculo (por exemplo, lápis e papel) • Tente executar as contas abaixo (a) de cabeça (b) com a ajuda de papel e caneta (c) com uma calculadora – 234 x 456 =?? – CCXXXIV x CCCCXXXXXVI = ??? • Qual é mais fácil e por que já que ambas representam contas idênticas? Anotação e traçado cognitivo • Anotação envolve modificar as representações existentes fazendo-se marcas (sublinhar, assinalar, etc) • O traçado cognitivo envolve externamente a manipulação em ordens ou estruturas diferentes (jogar cartas, xadrez, etc) Implicação do design • Forneça as representações externas na interface de forma a reduzir a carga de memória e facilitar o processamento das tarefas A visualização da informação através de gráficos e interface gráfica, permite a interpretação melhor de uma grande massa de dados e a rápida tomada de decisões O design da informação baseado na nossa compreensão dos usuários • Como nós podemos usar o nosso conhecimento sobre os usuários para desenvolver o projeto de um sistema? • Forneça a orientação e as ferramentas – Projete os princípios e conceitos – Defina regras • Forneça ferramentas analiticas – Métodos para avaliar a usabilidade Modelos mentais e o design do sistema • A noção de modelos mentais foi usada como base para os modelos cenceituais • A suposição é que se você pode compreender como as pessoas desenvolvem os seus modelos mentais, você pode ajudá-las a desenvolver um modelo mental mais apropriado a funcionalidade do sistema • Por exemplo, um princípio de design é tentar fazer com que o sistema seja “transparente”, assim as pessoas podem compreende-lo melhor e saber o que fazer e como operá-lo O princípio da transparência no design • Não deve ser entendido de forma tão literal • fornece um feedback útil • fácil para entender • intuitivo de se usar • claro e fácil de seguir instruções • help on line apropriado • orientação sensível ao contexto e ajuda de como proceder em caso de falhas Pontos chaves • A cognição envolve muitos processos, incluindo a atenção, a memória, a percepção e o aprendizado • A forma com que uma interface é projetada pode afetar a forma de como os usuários podem perceber, atender, aprender, e recordar como utilizar a aplicação para realizar as suas tarefas • A estrutura conceitual de modelos mentais e a cognição externa fornecem maneiras de entender de como e porque as pessoas interagem com os sistemas e, desta forma, nos leva a considerar como melhorar o design de sistemas e produtos