Capacitação em Vigilância
Epidemiológica da Dengue:
Investigação de Óbitos e
Diagnóstico Diferencial
9 a 11 de Novembro
2010
Copim/Divep
Aspecto Importante do
Diagnóstico Diferencial
A análise do quadro clínico-epidemiológico em
sua totalidade para o diagnóstico mais
acurado:
 Idade;
 Situação do ano;
 Situação Epidemiológica;
 Anamnese;
 Exame físico
 Exames laboratoriais
Aspecto Importante do
Diagnóstico Diferencial
Anamnese:
Antecedentes (exantemas prévios, história
vacinal, exposição – contatos, período de
incubação)
Período prodrômico (duração, febre,
manifestações: respiratórias, gastrintestinais,
neurológicas, entre outras)
Exantema (tipo, progressão, distribuição,
descamação, prurido)
Rubéola



Doença exantemática
aguda de etiologia viral,
que apresenta alta
contagiosidade;
Agente etiológico: RNA
vírus do gênero Rubivírus,
família Togaviridae
Reservatório: homem
(único hospedeiro)
Apresentação clínica




Clinicamente é caracterizada por
exantema máculo-papular e puntiforme
difuso, iniciando na face, couro
cabeludo e pescoço e se alastrando
posteriormente para tronco e
membros
Período Prodrômico: febre baixa,
cefaléia,anorexia, coriza, conjuntivite,
linfadenopatia retro-auricular, cervical
posterior e suboccipital.
Artralgia, sinovites, mialgia e neurite
periférica.
As formas inaparentes
(assintomáticas) são frequentes: entre
30 a 50% dos casos
RUBÉOLA EM ADULTO
Exantema discreto
Gânglios
Modo de Transmissão

•
•
•
•
•
Doença de transmissão respiratória: a transmissão se dá por meio das
secreções nasofaríngeas de pessoas infectadas;
Contato íntimo e prolongado com doente (Pessoa-Pessoa).
Trato respiratório alto.
Incubação 14 a 21 dias após contato.
Período de transmissibilidade: sete dias antes do rash cutâneo e sete
dias após.
Transmissão vertical – Transplacentária.
RUBÉOLA
P. Incubação
P. Prodrômico
• 14 - 21 dias • Em geral não
observado
P. Exantemático
P. Convalescença
• 5 – 10 dias
• Exantema róseo
• Linfadenopatia Máculo – papular
(retroauricular, e Punctiforme
cervical e
• Distribuição
occipital) 5 – 10 crânio - caudal
dias antes do
• Febre
exantema
Período de maior
contagiosidade
Complicações
• Aborto
• Natimorto
• SRC (surdez,
mal formações
cardíacas,
lesões oculares)
Suscetibilidade e Imunidade do
Sarampo e Rubéola




Suscetibilidade: variável, características geográficas e programas
de vacinação; 10% dos adultos são suscetíveis nas áreas com
acesso à vacina.
Grupos de maior risco: não vacinados; homens e mulheres de 20
a 39 anos; viajantes; profissionais do sexo; migrantes;
profissionais de turismos, entre outros;
Imunidade ativa: resposta imunológica duradoura após a infecção
natural (identificação dos anticorpos IgM e IgG no soro,
predominantementee anticorpos IgA nas secreções nasais);
Imunidade passiva: imunização confere sólida imunidade
(soroconversão de 90 a 95% em crianças maiores de 1 ano de
idade).
Aspectos Epidemiológicos das Doenças
Exantemáticas (sarampo e rubéola)




Eliminação em curso: intensificação das ações de vigilância e
controle;
Interrupção da transmissão endêmica do vírus da rubéola na região
das Américas (redução da incidência de 98% entre 1998 e 2006);
Interrupção da transmissão endêmica do vírus do sarampo no ano
2000;
Fortalecimento da vigilância da rubéola através da integração com a
vigilância do sarampo (Plano de Eliminação do sarampo -1999),
proporcionando o melhor conhecimento da magnitude da doença
como problema de saúde pública;
Eliminação da rubéola e da SRC no Brasil
É a interrupção da transmissão endêmica do vírus da
rubéola por mais de 12 meses e zero casos de SRC
associados à transmissão endêmica no país.
RUBÉOLA
Definição de Caso e Surto

Caso Suspeito
Toda pessoa que apresente febre, exantema maculopapular, acompanhado
de linfadenopatia retroauricular, occipital e cervical, independente da
idade e situação vacinal anterior;

Caso Importado
Todo caso suspeito que tenha história de viagem para fora do país, nos
últimos 30 dias, ou que tenha história de contato com alguém que viajou
para fora do país , no mesmo período;

Caso Confirmado
Caso suspeito que atenda a um ou mais dos seguintes critérios:
♠Laboratorial: anticorpos IgM reagente para a rubéola e a análise
clínica e epidemiológica indica a confirmação de rubéola
♠ Vínculo Epidemiológico: contato com caso de rubéola confirmado
por laboratório

Surto
Ocorrência de 01 ou mais casos de rubéola confirmados por laboratório.
SARAMPO

Doença transmissível extremamente contagiosa

Vírus RNA da família Paramyxoviridae, gênero
Morbillivirus

Reservatório e fonte de infecção : HOMEM

Acomete fundamentalmente adultos jovens e lactentes
não imunizados e desnutridos.

Tropismo pelas Vias Aéreas Superiores e Sistema
Retículo - Endotelial
Sarampo - Clínica
Conjuntivite
FEBRE
Fotofobia
Coriza
Exantema
Máculo-papular
TOSSE
SARAMPO
Sarampo
P. Incubação
• 7 - 18 dias
P. Prodrômico
P. Exantemático
• 2 - 4 dias
• 5 – 6 dias
• Febre elevada
• Exantema
Máculo – papular
• Tosse irritativa
• Coriza
• Febre (3 dias)
P. Convalescença
Complicações
• Pneumonia
• Conjuntivite
• Encefalite
• Koplik
• Otite Média
• Diarréia
Período de maior
contagiosidade
SARAMPO
Definição de Caso e Surto

Caso Suspeito
Toda pessoa que apresente febre, exantema maculopapular, acompanhado
de tosse e/ou, coriza e/ou conjuntivite, independente da idade e situação
vacinal anterior;

Caso Importado
Todo caso suspeito que tenha história de viagem para fora do país, nos
últimos 30 dias, ou que tenha história de contato com alguém que viajou
para fora do país , no mesmo período;

Caso Confirmado
Caso suspeito que atenda a um ou mais dos seguintes critérios:
♠Laboratorial: anticorpos IgM reagente para o sarampo e a análise
clínica e epidemiológica indica a confirmação de rubéola
♠ Vínculo Epidemiológico: contato com caso de sarampo
confirmado por laboratório

Surto
Ocorrência de 01 ou mais casos de rubéola confirmados por laboratório.
Definição de Caso Suspeito de Doença Exantemática
(sarampo ou rubéola)
Suspeitar
Notificar a Secretaria Municipal de Saúde
Investigação Epidemiológica
Se durante a investigação detectar que o paciente viajou para o exterior nos
últimos 30 dias ou teve contato com alguém que viajou ao exterior
Coletar urina e secreção de nasofaringe (SNF)
Notificar a SES e SVS/MS
Imediatamente
Investigar em até 48 horas
Imediato
Vacinação de
Coletar sangue para sorologia
bloqueio seletivo de
no primeiro contato com o
contatos não
paciente
vacinados
IgM reagente/inconclusivo para o
sarampo ou rubéola, coletar
espécimes clínicas (urina e SNF)
Estratégias de Vacinação frente a um caso
confirmado ou surto de doença
exantemática
Operação limpeza:
 Tem por objetivo interromper a cadeia de
transmissão do vírus em uma área geográfica
determinada;
 Implica na busca exaustiva de suscetíveis
mediante vacinação casa a casa, incluindo
estabelecimentos coletivos (escolas, creches,
canteiros de obras, entre outros);
 Deve abranger os locais frequentados
habitualmente pelo caso confirmado, todo
quarteirão, área residencial, ou bairro se
necessário; todo município quando indicado;
 Faixa etária a ser vacinada: 6 meses a 39 anos
de idade (vacinação seletiva). Para outras
faixas etárias (acima de 39 anos), a vacina será
indicada a depender da análise da situação
epidemiológica.
Busca Ativa – Doença Exantemática

É uma atividade de vigilância ativa, que tem por finalidade
identificar se os casos suspeitos ou confirmados estão sendo
notificados ao sistema de vigilância epidemiológica.

Deve ser feita:
A busca na área, incluindo visitas domiciliares, contatos com
lideranças; busca nas unidades de saúde através do contato com
profissionais de saúde deve ser feita a partir da notificação de um
caso suspeito ou confirmado;
OBS: em surtos de rubéola é importante a realização de busca ativa de
gestantes suscetíveis na área, para investigação e
acompanhamento
VARICELA





Causada pelo vírus varicela zoster (VZV)
90% em menores 10 anos
Lesões pleomórficas de distribuição centrípeta
Superinfecção bacteriana
Pneumonite viral; Encefalite
VARICELA
P. Incubação
• 2 - 3 Sem.
P. Prodrômico
P. Exantemático
• 2 - 4 dias
• 5 – 6 dias
• Febre baixa
• Exantema
papulo – vesiculo
– crostosa
• Indisposição
• Distribuição
Centrípeta
• Polimorfismo
Regional
Período de maior
Contagiosidade
1 a 2 dias antes da erupção
P. Convalescença
Complicações
• Superinfecção
Bacteriana
• Pneumonite
• Encefalite
VARICELA
Definição:
Varicela grave – Paciente com febre alta (maior
que 38ºC) e lesões cutâneas polimorfas
(pápulas, vesículas, pústulas, crostas) que tenha
sido hospitalizado ou evoluiu com complicações
ou óbito e pertença a um dos seguintes grupos:
Recém-nascidos,
adolescentes,
adultos,
pacientes imunodeprimidos e gestantes.
Caso suspeito
Pessoa com o quadro de febre moderada,
início súbito, que dura 2 a 3 dias e sintomas
generalizados inespecíficos:




que se
tronco.
Mal estar,
Anorexia;
Cefaléia
Erupção cutânea papular – vesicula
inicia na face, couro cabeludo ou
Varicela
Caso Confirmado
Critério Clínico – manifestações clínicas característica
da varicela.
Critério Clínico Epidemiológico – todo caso suspeito
de varicela que teve contato (domiciliar contínuo,
permanência junto com o caso confirmado pelo
menos 1 hora em ambiente fechado e pessoas
internadas no mesmo quarto da pessoa com
varicela) com caso de varicela até 8 dias antes do
início do exantema
VARICELA
É certo que não podemos mudar a direção dos ventos,
mas, com certeza podemos alterar a posição das velas.
Leila Navarro
INFLUENZA
P. Incubação
•Influenza
não H5N1: 1
a 4 dias
Manifestações Clínicas
P. Convalescença
• Febre até 07 dias
• Tosse
• Congestão nasal
• Diarréias
•Vômitos
Período de maior
contagiosidade
Complicações
• Sinusite
• Pneumonia
• Otite
MANEJO CLÍNICO DO PACIENTE COM INFLUENZA
INFECÇÕES RESPIRATÓRIAS VIRAIS
OBRIGADA!
Fátima Guirra
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- Secretaria da Saúde