FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DE RONDÔNIA
NÚCLEO DE SAÚDE- NUSAU
DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO FÍSICA- DEF
KALINE JHÚLIA LEITE RIBEIRO
NÍVEIS DE FLEXIBILIDADE EM ESCOLARES DE 7-11 ANOS DE UMA
ESCOLA PÚBLICA DE PORTO VELHO
PORTO VELHO-RO
2014
KALINE JHÚLIA LEITE RIBEIRO
NÍVEIS DE FLEXIBILIDADE EM ESCOLARES DE 7-11 ANOS DE UMA
ESCOLA PÚBLICA DE PORTO VELHO
Monografia de Graduação apresentada
ao curso de Educação Física do Núcleo
de Saúde da Universidade Federal de
Rondônia – UNIR, para obtenção do
título
de
Licenciatura
Plena
em
Educação Física.
Orientador: Prof.Dr. Edson Santos Farias
PORTO VELHO – RO
2014
FICHA CATALOGRÁFICA
BIBLIOTECA PROF. ROBERTO DUARTE PIRES
R484n
Ribeiro, Kaline Jhúlia Leite
Níveis de flexibilidade em escolares de 7-11 anos de uma escola pública de
Porto Velho / Kaline Jhúlia Leite Ribeiro. Porto Velho, Rondônia, 2014.
40f.
TCC (Graduação em Educação Física) Fundação Universidade Federal de
Rondônia / UNIR.
Orientador: Prof. Dr. Edson Santos Farias
1. Aptidão física 2. Flexibilidade 3. Escolares I. Farias, Edson Santos II. Título.
CDU: 796:37
Bibliotecária Responsável: Ozelina Saldanha CRB11/947
KALINE JHÚLIA LEITE RIBEIRO
NÍVEIS DE FLEXIBILIDADE EM ESCOLARES DE 7-11 ANOS DE UMA
ESCOLA PÚBLICA DE PORTO VELHO
Trabalho de Conclusão de Curso em Educação Física para a obtenção do título
de Licenciado em Educação Física pela Universidade Federal de Rondônia
(UNIR), Núcleo de Saúde e Departamento de Educação Física.
Banca Examinadora:
Prof. Dr. Edson Santos Farias - DEF/UNIR
Presidente da Banca (Orientador)
Prof. Ms. Luis Gonzaga de Oliveira Gonçalves - DEF/UNIR
1º Membro da Banca
Prof. Esp. Elizângela de Souza Bernaldino - SEMED/PVH.
2º Membro da Banca
Conceito: ___________________
Porto Velho, ____de_______________de 2014.
DEDICATÓRIA
Dedico primeiramente a Deus, que me
proporcionou tudo até aqui, aos meus
pais pela dedicação e força e todos que
contribuíram
acontecesse.
para
que
isso
AGRADECIMENTOS
Agradeço em primeiro lugar ao meu Deus por me sustentar e por ter
me dado forças até aqui, pois nos momentos de desespero era a quem
recorria. EBENÉZER!
Agradeço aos meus pais Francisco Ribeiro e Idalina Leite Ribeiro, pela
educação, investimento e amor dado a mim todos esses anos. Pessoas que
são meus referenciais de caráter e tudo que sou devo a eles por extrema
dedicação e auxílio.
Agradeço ao Professor Edson Farias, pela sua orientação e importante
ajuda; Ao professor Luis Gonzaga pelos incentivos e ensinamentos; a Juliana
Oliveira pelo incentivo e ajuda e a todos os professores do departamento que
de alguma forma me ajudaram até aqui.
Não podia deixar também de agradecer aos meus colegas de curso
pela convivência durante todos esses anos, em especial aqueles em que tive
uma convivência maior (Não irei citar nomes), foram essenciais e importantes
para minha vida durante este período.
Agradeço a todos que de alguma forma me ajudaram...
Obrigada!
Muitas vezes ficamos aflitos, mas não somos derrotados. Algumas vezes
ficamos em dúvida, mas nunca ficamos desesperados. Temos muitos
inimigos, mas não nos falta amigo. Às vezes somos gravemente feridos,
mas não somos destruídos.
(2º Coríntios 4:8-9)
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ............................................................................................ 10
2 JUSTIFICATIVA .......................................................................................... 12
3 OBJETIVOS ................................................................................................. 13
4 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ................................................................... 14
4.1 Teste, Medidas e Avaliação ....................................................................... 14
4.4.1 Critérios para Seleção de Testes ............................................................ 14
4.4.2 Medidas e Avaliações na Educação Física ............................................. 15
4.2 Aptidão Física Relacionada à Saúde ......................................................... 16
4.3 Flexibilidade: Conceitos e Definições ......................................................... 18
4.4 Fatores Intervenientes na Flexibilidade ...................................................... 19
4.5 Métodos para Desenvolvimento da Flexibilidade ....................................... 21
4.6 Promoção de Saúde na Escola .................................................................. 23
4.7 Educação Física escolar como Fator de Aquisição e Manuntenção da
Flexibilidade ..................................................................................................... 24
5. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS..................................................... 27
5.1. Tipo de Pesquisa ....................................................................................... 27
5.2 População e Amostra ................................................................................. 27
5.3 Procedimentos para Coleta de dados ........................................................ 27
5.4. Critérios de inclusão .................................................................................. 28
5.5. Protocolo Utilizado: Teste de Flexibilidade ................................................ 28
5.5 Tratamento Estatístico ............................................................................... 28
6. RESULTADOS E DISCUSSÕES ................................................................. 29
7. CONSIDERAÇÔES FINAIS ......................................................................... 33
8. REFERÊNCIAS ............................................................................................ 34
9.ANEXOS ....................................................................................................... 38
RESUMO
A flexibilidade é um importante componente da aptidão física relacionada à
saúde e ao desempenho motor, sendo de importância tanto para as
performances esportivas quanto para as tarefas do cotidiano. O estudo teve
como objetivo verificar e analisar comportamento da variável flexibilidade em
escolares na faixa etária de 7-11 anos de uma escola pública do município de
Porto Velho no período de 2008 a 2010. A amostra foi composta de 482 alunos,
sendo 250 do sexo masculino e 232 do sexo feminino. Para realização foi
utilizado o teste de sentar-e-alcançar com banco de Wells. O tratamento dos
dados foi utilizado a Análise de Variância one-way ANOVA que fez a
comparação entre os três anos em relação a variável de desfecho a
flexibilidade.
Observou-se que durante o tempo ambos os sexos não
apresentaram diferença significativa. Quando verificado o gênero relacionado à
idade também não se percebe uma diferença significativa, Porém nota-se que
os indivíduos do sexo feminino demonstram a tendência de apresentar valores
relativamente menores aos 10 anos, quando comparados às demais idades e
ao
sexo
masculino.
Portanto
faz-se
necessário
o
conhecimento
do
desenvolvimento dessas variáveis e identificar possíveis fatores intervenientes,
pois podem representar um importante papel nos níveis de saúde de crianças e
adolescentes na fase escolar.
Palavras chaves: aptidão física, flexibilidade, escolares.
ABSTRACT
Flexibility is an important component of health -related physical fitness and
motor performance, being of importance for both sports performances as for
daily tasks. The study aimed to verify and analyze the behavior of variable
flexibility in schoolchildren aged 7-11 years in a public school in the city of Porto
Velho in the period 2008-2010. The sample consisted of 482 students, with 250
male and 232 female. To perform the sit - and-reach with Wells Bench test. The
treatment of the data to one- way ANOVA that compared between the three
years for the outcome variable flexibility ANOVA was used. It was observed that
during the time both sexes showed no significant difference. Analyzing the
gender associated with age also did not notice a significant difference, however
it is noted that females show a tendency to have relatively lower values at 10
years, compared to other ages and males. Therefore it is necessary to know the
development of these variables and identify possible intervening factors; it may
play an important role in health levels of children and adolescents during
school.
Key words: physical fitness, flexibility, school.
10
1 INTRODUÇÃO
Quando tratamos do termo flexibilidade muitos de forma imediata fazem
ligação diretamente com trabalhos desenvolvidos na área de ginástica ou
ballet, como se fosse uma qualidade inerente apenas a estes grupos,
justamente por essa ser uma das principais características de ginastas e
bailarinos. Porém a flexibilidade não se restringe apenas as performances
esportivas, mas sendo de grande importância para a realização das nossas
atividades cotidianas.
Coledam (2012) afirma ainda que a flexibilidade é um importante
componente da aptidão física relacionada à saúde, sendo que parâmetros
inadequados desta capacidade física para região dos músculos isquiotibiais e
lombares estão relacionados a dores na coluna lombar. Portanto níveis de
flexibilidade não adequados podem resultar em uma maior probabilidade de
lesões musculoesqueléticas, ou dificultar a realização de alguns movimentos.
Muito se fala da importância na manutenção de bons níveis de
flexibilidade relacionada à saúde, mas não se tem o esclarecimento de forma
cientifica o nível de flexibilidade necessário ao ser humano, porém é conhecida
a necessidade de níveis mínimos de flexibilidade para a prevenção de algumas
patologias e melhoria da qualidade de vida (KISS, 2003).
Durante o desenvolvimento humano a flexibilidade sofre alterações e
influencias de acordo com as fases, para Gallahue & Ozmun (2005) esse
desenvolvimento tem um ritmo desde sua concepção até a idade adulta. Os
níveis de flexibilidade podem ser de origem genotípica, mas também pode
receber influências fenotípicas, ou seja, há a influência genética, porém esta
pode sofrer estímulos externos, como a alimentação e a prática de atividades
físicas (GALLAHUE & OZMUN, 2005).
Esses fatores interferem nos níveis de flexibilidade, que deve ser
trabalhada para que os indivíduos mantenham níveis adequados, adquira
melhorias e responda de forma melhor aos movimentos. A flexibilidade atua de
forma diferente em crianças, adolescente e adulto, onde atinge o seu auge aos
dez anos, e tende a diminuir com aumento da idade se não for devidamente
trabalhada.
11
Para uma melhor qualidade de vida e manutenção de bons níveis de
aptidão física e consequentemente hábitos saudáveis fazem-se necessário a
promoção de atividade física desde a infância, e o melhor lugar é dentro da
escola, nas aulas de educação física.
Teoricamente entende-se a Educação Física Escolar como uma
disciplina que introduz e integra o aluno na cultura corporal de movimento,
formando o cidadão que vai produzi-la, reproduzi-la e transformá-la,
capacitando-o para usufruir os jogos, os esportes, as danças, as lutas e as
ginásticas em benefício do exercício crítico da cidadania e da melhoria da
qualidade de vida.
A Lei das Diretrizes Básicas (Lei nº. 9.394/96) em seu parágrafo terceiro,
artigo 26, refere-se à Educação Física como componente curricular integrado à
proposta pedagógica da escola, é componente curricular da educação básica,
ajustando-se às faixas etárias e às condições da população escolar, sendo
facultativa em alguns aspectos.
Dentro deste aspecto cabe ressaltar a importância do desenvolvimento
da educação física, principalmente nas séries iniciais, que segundo pesquisas
conta com a colaboração de maior interesse dos alunos, que destacam a
disciplina de educação física como uma das preferidas. O que já não acontece,
com os jovens ao término da educação básica, que demonstram menos
interesse nas aulas de educação física.
Observa-se que as aulas de educação física na escola resumem- se em
apenas duas aulas por semana, no ensino fundamental e uma aula por semana
no ensino médio, que não é suficiente para fazer um trabalho adequado de
desenvolvimento de qualquer capacidade física. Normalmente os exercícios de
alongamentos, que são importantes para o desenvolvimento da flexibilidade,
são trabalhados de forma muito específica, apenas antecedendo exercícios de
maior intensidade com o objetivo de evitar lesões.
Diante de todos esses fatores, elaborou-se o seguinte problema de
pesquisa: Qual o comportamento da variável flexibilidade em escolares na
faixa etária de 7 – 11 anos de uma escola pública de Porto Velho no
período de 2008-2010?
12
2 JUSTIFICATIVA
Este trabalho propõe a investigar o nível de flexibilidade em escolares
com idades entre 7- 11 anos, e apontar a importância de se ter uma boa
flexibilidade, já que se trata de um componente da aptidão física, e
consequentemente obtenção de bons níveis de saúde, componente esse que
pode e deve ser desenvolvido na escola. Outra finalidade para justificar esta
pesquisa é a escassez de trabalhos que verificam apenas a variável
flexibilidade nesta faixa etária. Refletindo assim o desinteresse para atuar com
este grupo de forma específica no desenvolvimento desta capacidade, pois na
maioria das vezes a flexibilidade é abordada de forma indireta através dos
alongamentos, como uma forma de anteceder e preparar para uma atividade
intensa, o que acaba se tornando algo rotineiro e sem finalidade.
Deve-se antes de tudo encontrar formas de conscientizar as pessoas
para a importância das várias práticas corporais que podem ser vivenciadas e,
com isso, efetivamente despertarem para uma prática sistematizada como
parte do cotidiano, tornando esse hábito parte imprescindível para o bem-estar.
De forma que é a flexibilidade é um componente fundamental na aptidão física
relacionada com a saúde; ela determina a mobilidade total dos indivíduos,
promove agilidade, prevenção de acidentes e melhoria da capacidade
mecânica dos músculos e articulações permitindo uma economia de energia
durante o esforço (DANTAS, 2005).
É de grande importância o acompanhamento do desenvolvimento do
estado de saúde de escolares nesta faixa etária. Sendo que a escola é o lugar
mais adequado, para que o tema saúde seja abordado, onde o educando
recebe orientação e formação, e permanece durante um longo período de sua
vida. Dentro deste ambiente o profissional mais adequado para orientar e
desenvolver este assunto dentro da escola é o professor de educação física,
nas suas aulas, por ser único da área da saúde ativo dentro da escola, diante
disto que este trabalho possa servir subsídios para outras pesquisas neste
tema.
13
3 OBJETIVOS
Objetivo Geral
Verificar e analisar comportamento da variável flexibilidade em escolares
na faixa etária de 7-11 anos de uma escola pública do município de Porto
Velho no período de 2008 a 2010.
Objetivos Específicos

Descrever as características da amostra por frequências de sexo
e idade;

Comparar o comportamento da variável flexibilidade por sexo e no
tempo.

idade.
Comparar o comportamento da variável flexibilidade por sexo e na
14
4 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
4.1 TESTE, MEDIDA E AVALIAÇÃO
Os processos de medida e avaliação dentro da educação física são de
fundamental importância, seja na área da educação física escolar, esportiva ou
rendimento. Segundo Guedes (2006) Um erro muito comum de confundir ou
colocar como sinônimos entre os termos medida e avaliação, sendo que
medida apenas faz parte do processo de avaliação. Guedes (2006) ainda
Classifica esses termos da seguinte forma:
a)
Medida- É uma determinação da quantidade, extensão ou grau de
determinado atributo, com base em um sistema convencional. Medida refere-se
sempre ao aspecto quantitativo do atributo a ser descrito. Envolve
administração de um teste, como por exemplo: peso, estatura, força.
b)
Avaliação- Consiste na interpretação da informação coletada com
bases em referenciais previamente definidos e classifica de forma qualitativa ou
quantitativa, exemplo: obeso, alto, fraco, veloz. Estrela (2006) divide Avaliação
em três tipos:
- Avaliação diagnóstica: sendo análise dos pontos fortes e fracos do
indivíduo ou da turma, em relação a uma determinada característica.
- Avaliação Formativa: informa sobre o progresso da performance,
quando a obtida e avaliada, é feita uma retroalimentação, apontando e
corrigindo os pontos fracos até ser atingido o objetivo proposto.
- Avaliação Somativa: É a soma de todas as avaliações realizadas no fim
de cada unidade do planejamento, com o objetivo de obter um quadro geral da
evolução do indivíduo.
c)
Teste- Consiste em verificar o desempenho mediante as
situações previamente organizadas e padronizadas, sendo um dos diversos
processos de medida.
4.4.1 CRITÉRIOS PARA SELEÇÃO DE TESTES
15
De acordo com Kiss (2003) a seleção de testes utilizam-se alguns
critérios que podem ser divididos em quatro categorias:
a)
Quanto aos critérios de autenticidade
- Validade
- Fidedignidade
b)
Quanto aos aspectos práticos:
- Viabilidade
- Economia
- Padronização
c)
Quanto a aspectos pedagógicos:
- Motivação
- Facilidade de entendimento
-Capacidade de proporcionar experiências de aprendizagem.
d)
Quanto à utilização dos resultados:
- Especificidade
- Discriminação
- Aplicabilidade a situações práticas.
Um teste precisa ser fidedigno e válido para estudos de intervenção. A
fidedignidade esta associada à reprodutibilidade de informação pelo mesmo
avaliador e precede ao estudo de avaliação e quando se compara os
resultados de um teste com dois ou mais avaliadores, se define a fidedignidade
interavaliador ou objetividade (ACHOUR, 2006).
4.4.2 MEDIDAS E AVALIAÇÕES NA EDUCAÇÃO FÍSICA
A avaliação é de fundamental importância para o trabalho dos
profissionais de educação física. A avaliação caracteriza-se como o processo
pelo qual se torna possível reunir informações que auxiliem na identificação de
características individuais, associadas a pratica de atividade física (GUEDES,
2006). Os objetivos são:
16

Reunir subsídios para o acompanhamento do processo de Ensino
Aprendizagem;

Selecionar elementos de alto nível para integrar equipes de alto
rendimento;

Auxiliar o indivíduo oferecendo informações na prescrição e
orientação na escolha de uma atividade física que, além de motivá-lo possa
desenvolver suas aptidões;

Detectar deficiências, permitindo uma orientação no sentido de
superá-la;

Alimentar bancos de dados, a fim de desenvolver pesquisas de
finalidade cientifica.
Conforme Badaro et al (2007) os métodos para a medida e avaliação da
flexibilidade podem ser classificados em três tipos principais: angulares,
lineares e adimensionais. Os testes angulares são aqueles que possuem
resultados expressos em ângulos, a medida dos ângulos é denominada
goniometria, que pode ser obtido principalmente pelo goniômetro; Os testes
adimensionais
têm
como
principal
característica
a
interpretação
dos
movimentos articulares, comparando-os com uma folha de gabarito. Os testes
lineares que se caracterizam por expressar os resultados em uma escala de
distância, tipicamente em centímetros ou polegadas. O mais utilizado é teste de
sentar alcançar de Wells.
Dentro da perspectiva deste trabalho é importante avaliar a flexibilidade,
pois pode se prescrever exercícios adequados para o indivíduo, independente
de ser sedentário ou esportista, buscando se evitar e prevenir lesões
musculoarticulares. Ainda com avaliação podem-se identificar quais os grupos
musculares necessitam de mais exercícios específicos (KISS, 2003).
4.2 APTIDÃO FÍSICA RELACIONADA À SAÚDE
Guedes (2006) diz que aptidão física é um estado dinâmico de energia e
vitalidade que permite a cada um não apenas a realização das tarefas do
cotidiano, as ocupações ativas das horas de lazer e enfrentar emergências
17
imprevistas sem fadiga excessiva, mas, também, evitar o aparecimento das
funções hipocinéticas, enquanto funcionando no pico da capacidade intelectual
e sentindo uma alegria de viver. Aptidão física significa, de uma forma geral, a
capacidade e o estado de rendimento do ser humano, assim como a disposição
atual para uma determinada área de atuação (WEINECK, 2003).
A aptidão física vem sendo abordada, ao longo do tempo, por dois
principais aspectos: a aptidão física relacionada à saúde e a aptidão física
relacionada ao desempenho motor (PEREIRA et al 2011). O primeiro aspecto
refere-se a demandas energéticas que possibilitam desenvolver as atividades
do cotidiano com vigor, proporcionando um menor risco de desenvolver
doenças ou condições crônico-degenerativas. Enquanto o segundo está
relacionado às atividades esportivas ou performance motora que contribuem
para o desempenho das tarefas especificas, seja no trabalho ou nos esportes
(VERARDI, 2007).
Gallahue (2008) descreve aptidão física relacionada à saúde como
transitória e não esta relacionada de forma direta a habilidade atlética, mas
está associada à melhoria da qualidade de vida e baixo risco de doenças. A
aptidão física voltada para saúde abrange um maior número de pessoas,
valorizando as variáveis fisiológicas como potência aeróbica máxima, força,
flexibilidade e componentes da composição corporal, podendo voltar-se para as
habilidades desportivas em que as variáveis, tais como agilidade, equilíbrio,
coordenação motora, potência e velocidade, são mais valorizadas, objetivando
o desempenho desportivo (ARAUJO & ARAUJO, 2000).
O treinamento da aptidão física pela prática de atividades físicas
promove muitos benefícios para a saúde; entre eles, com relação à
composição corporal, muitos autores citam o aumento da massa corporal livre
de gordura e a diminuição da porcentagem de gordura corporal, o aumento da
eficiência de trabalho, umas susceptibilidades para doenças alem da melhora
da aparência física e menor incidência de problemas de autoconceito
relacionados à obesidade (COSTA, 2001).
Farias (2010) cita a importância de se alcançar melhorias e benefícios
relacionados à aptidão física, porém tem que se partir de alguns pressupostos,
como os dados referentes à condição física anterior, o conhecimento do
comportamento da capacidade em relação à idade e ao gênero e a relação dos
18
níveis de aptidão física em critérios de saúde. Recomenda-se a manutenção de
bons níveis de aptidão física para individuo de ambos os sexos e em qualquer
faixa etária, entretanto, a aquisição de hábitos saudáveis e a prática de
atividade física na infância pode repercutir de forma muito positiva no estado de
aptidão física durante a vida adulta.
Como a aptidão física é fortemente influenciada por fatores ambientais,
além dos fatores biológicos, torna-se necessário que se tenha informações de
como se encontra o estado de aptidão física e desempenho motor de crianças
e adolescentes em diversas regiões do mundo (PEREIRA, 2011). Desse
pressuposto parte a importância de identificar níveis de aptidão física,
principalmente relacionada à saúde em escolares. Neste estudo será abordada
especificamente a Flexibilidade como um importante componente da aptidão
física relacionada à saúde.
4.3 FLEXIBILIDADE: CONCEITOS E DEFINIÇÕES
O termo flexibilidade considerada pela maioria dos autores conceituados
no meio acadêmico, como um importante componente da aptidão física
relacionada à saúde ou ao esporte (SILVA et al 2006). Ainda assim ela assume
diversos conceitos por sua abrangência e especificidade. Destacam-se
conceitos sob a visão de alguns autores:
Dantas (2005) define como qualidade física responsável pela execução
voluntaria de um movimento de amplitude angular máxima, por uma articulação
ou conjunto de articulações, dentro dos limites morfológicos, sem risco de
provocar lesões.
Segundo Barbanti (2003) a flexibilidade é a capacidade de realizar
movimentos em certas articulações com amplitude de movimento de maneira
adequada.
Para Kiss (2003) define como a qualidade física responsável pela
amplitude de movimentos disponível em uma articulação ou conjunto de
articulações.
19
Compreende-se por flexibilidade, a máxima amplitude fisiológica de
movimentos que uma articulação ou grupo de articulações conseguem
executar (HEYWARD, 2004).
Conforme Penha et al (2008), a flexibilidade é uma das característica do
sistema muscular que promove melhor eficiência de movimento, melhora o
desempenho muscular, além de influenciar na postura do individuo e prevenir
algumas patologias musculoesqueléticas.
Segundo Weineck (2003), os tipos de flexibilidade são vários e estão
listados a seguir:

Flexibilidade Geral - Compreende o maior número dos principais
sistemas articulares e que depende do nível de desempenho físico de quem o
pratica.

Flexibilidade Específica - Refere-se à prática desportiva e a uma
determinada articulação que é utilizada como um gesto desportivo próprio.

Flexibilidade Ativa - É estabelecida pela contração dos músculos
agonistas e relaxamento dos músculos antagonistas na realização de um
movimento de maior amplitude.

Flexibilidade Passiva - Apresenta-se como a maior amplitude de
movimento de uma articulação com auxílio de uma pessoa ou material, pois a
capacidade de extensão é bem utilizada.

Flexibilidade Estática – realizada quando o corpo mantém um
alongamento por um determinado tempo.
A flexibilidade é importante para favorecer a mobilidade nas atividades
diárias e esportivas, melhorar postura corporal, diminuir os riscos de lesões.
4.4 FATORES INTERVENIENTES NA FLEXIBILIDADE
De acordo com a literatura os fatores intervenientes podem ser divididos
em endógenos e exógenos. Os fatores endógenos que podem intervir na
flexibilidade destacam-se a idade, o sexo e a individualidade biológica. Entre
fatores exógenos, ambiente e temperatura, o nível de atividade pode interferir
no potencial de flexibilidade dos indivíduos.
20
A flexibilidade se comporta de forma diferente em crianças, adolescentes
e adultos, e tende a diminuir de acordo com a idade (MINATO, 2010). Portanto,
quanto mais cedo começar a treinamento desta capacidade, maior a chance de
desenvolver arcos de flexibilidade maiores.
As mulheres possuem maior flexibilidade quando comparada aos
homens (MINATO, 2010). Dantas (2005) diz que as meninas são mais
privilegiadas nesse campo, em todas as fases do desenvolvimento. Isso se dá
pelas diferenças hormonais, e a capacidade de estiramento da mulher é maior
pela menor densidade dos tecidos.
Outro fator endógeno influenciador na flexibilidade é a individualidade
biológica, pois pessoas do mesmo sexo e idade podem possuir graus de
flexibilidade totalmente diferentes. O genótipo da pessoa interfere, pois
algumas pessoas possuem uma flexibilidade fraca e, por mais que se
submetam
a
treinamentos,
melhoram
muito
pouco,
enquanto
outras
naturalmente são flexíveis (RASSILAN E GUERRA, 2006). O grau da
flexibilidade depende de vários fatores, como estrutura óssea, tecido,
elasticidade dos músculos, e qualquer variação que ocorrer nessas variáveis
podem provocar modificações na amplitude máxima possível do movimento.
Entre os fatores exógenos, destacam-se o ambiente e temperatura,
sendo que no frio a uma redução na elasticidade muscular com óbvios reflexos
sobre a flexibilidade. Inversamente, a temperatura ambiente alta acarreta
elevação da temperatura corporal, consequente relaxamento da musculatura e
aumento da flexibilidade (DANTAS, 2005).
Badaro et al (2007) citam que o bom nível de flexibilidade varia com a
necessidade de cada um, logo, a boa flexibilidade é aquela que permite ao
individuo realizar os movimentos articulares, dentro da amplitude necessária
durante a execução de suas atividades diárias, sem grandes dificuldades e
lesões.
Existem alguns indícios de que indivíduos que tiveram seu passado mais
ativo tornaram-se mais flexíveis. Tendo em vista que a flexibilidade é uma
aptidão física treinável, a manutenção de bons níveis de flexibilidade através de
exercícios físicos e alongamentos podem contribuir de forma significativa na
saúde e qualidade vida no decorrer das etapas da vida. Quando a flexibilidade
é inadequada pode ocasionar o surgimento de lesões musculoesqueléticas,
21
impossibilitando alguns movimentos, e ocasionando um maior risco de dor
lombar na fase adulta. Porém vale apena ressaltar que nem sempre altos
níveis de flexibilidade significam melhor nível de desempenho físico ou sinal de
saúde.
Portanto, a caracterização da flexibilidade e decorrente da combinação
de vários fatores e principalmente a partir das experiências vividas ou
adquiridas ao longo da vida e níveis de atividade física que podem interagir na
flexibilidade.
4.5 MÉTODOS PARA DESENVOLVIMENTO DA FLEXIBILIDADE
Há alguns métodos para o desenvolvimento da flexibilidade, porém há
necessidade de se verificar vários aspectos, de forma não escolher apenas o
método mais rápido para desenvolver essa variável, mas que atenda os
objetivos do praticante, respeitando alguns aspectos físicos, idade e analise de
adaptação ao tipo de método a serem utilizados.
Segundo Varejão et al (2007) a flexibilidade pode ser trabalhada pelo
método de alongamento, que visa à manutenção dos níveis de flexibilidade
obtidos e a realização dos movimentos de amplitude normal com o mínimo de
restrições físicas. Outro método que trabalha a flexibilidade é o flexionamento,
que visa obter uma melhora no nível flexibilidade através da viabilidade de
amplitudes de arco de movimentos articular superiores as originais.
Os termos alongamento e flexibilidade ás vezes são confundidos ou
tidos como sinônimos, porém apesar de se relacionarem possuem conceitos
distintos. Contudo flexibilidade está relacionada com a amplitude de movimento
da articulação, o alongamento refere-se à elasticidade muscular (BADARO et
al. 2007). Os alongamentos podem ser classificados em: Estático, passivo
dinâmico, balístico.
O alongamento estático é determinado pelo alcance de uma amplitude
de movimento do grupo musculoarticular. A amplitude do movimento é atingida
de forma lenta, mantendo a postura com tensão muscular. (ACHOUR, 2006).
Já o alongamento passivo é feito com a ajuda de forças externas,
estando o praticante numa posição passiva, isto é, com descontração muscular
22
e uma boa posição do sistema musculoarticular. Para ter um bom
desenvolvimento da flexibilidade, deve-se manter o alongamento por um tempo
de aproximadamente trinta segundos ou mais, para que se forneça um bom
relaxamento muscular até aumentar um pouco a amplitude do movimento.
(ACHOUR, 2006). Segundo Weineck (2003) na infância e início da puberdade,
devem-se evitar os exercícios de alongamento de forma passiva realizados
com ajuda de companheiros, pois a sobrecarga empregada pode lesionar as
crianças.
O alongamento dinâmico pode proporcionar menor risco de lesões, por
ser determinado pelo maior alcance do movimento voluntário, utilizando-se a
força dos músculos agonistas e o relaxamento dos músculos antagonistas, mas
isso se feito com suavidade na amplitude final do movimento (ACHOUR, 2006).
No alongamento Balístico o músculo é levado a se contrair e relaxar de
forma rápida e repetida, levando a deflagração de estímulos que mandam o
músculo contraírem ao invés de relaxar, aumentando a possibilidade de causar
micro lesões que posteriormente podem interferir no bom funcionamento do
músculo (CONCEIÇÃO & DIAS, 2004). Sempre lembrando em não ultrapassar
o limite do tecido, pois pode haver micro lesões que não são ideais para essa
finalidade, portanto é recomendado aquecer antes de realizar o alongamento
balístico. (ACHOUR, 2006).
Os alongamentos são estímulos que agem na musculatura, dando
elasticidade. Os alongamentos devem ser permanecidos por determinado
tempo, para obtenção de algum ganho significativo ou estabilização. Os
alongamentos se baseiam na ativação de fusos em órgãos musculares e
tendinosos sensíveis a esses estímulos que quando impulsionados e ativados
provocam
respostas
reflexas
induzindo
a
adaptações
musculares
e
promovendo assim o ganho de flexibilidade (ALTER, 1999).
Há muitos relatos na literatura que defendem a permanência dos
exercícios de alongamento durante 30 segundos, isso acarreta uma adaptação
muscular nos fusos musculares, um reconhecimento do estímulo provocado,
que responde com um aumento da flexibilidade após o relaxamento provocado
pelo estímulo do (OTG) Órgão Tendinoso de Golgi (CHEBEL et al., 2007).
A flexibilidade obtida através de exercícios de alongamento será
permanecida se o individuo der progressividade no treinamento, se ele parar de
23
realizar os exercícios ele tende a ter um encurtamento muscular que pode
implicar na biomecânica e na postura, prejudicando algumas unidades
musculotendíneas e acarretando a dor aguda (ACHOUR, 2004).
4.6 PROMOÇÃO DE SAÚDE NA ESCOLA
De acordo com a carta de Ottawa 1986, através do ministério de saúde
1996, cita que a promoção da saúde é o nome dado ao processo de
capacitação da comunidade para atuar na melhoria de sua qualidade de vida e
saúde, incluindo uma maior participação no controle deste processo. A
promoção da saúde trabalha através de ações comunitárias concretas e
efetivas no desenvolvimento das prioridades, na tomada de decisão, na
definição de estratégias e na sua implementação, visando à melhoria das
condições de saúde.
Na literatura é recomendado focalizar ações preventivas e educativas no
espaço escolar e também os cuidados primários utilizando-se da educação
para a saúde na conscientização da comunidade, na direção de estimular
mudanças de comportamentos e contribuir para a melhoria dos indicadores da
qualidade de vida (RAMOS & FALSSARELA 2008). O ministério da saúde
compreende que o período escolar é de fundamental importância para se
trabalhar saúde na perspectiva de sua promoção desenvolvendo ações que
atuem na prevenção de doenças.
A promoção de saúde na escola visa o ser humano de uma forma
integral e considera pessoas e principalmente crianças e adolescentes dentro
do contexto escolar, comunitário e social. Dentro dessas iniciativas existe as
Escolas Promotoras de Saúde que ganhou força a partir dos anos 90, visando
um ambiente saudável para se viver, aprender e trabalhar, de forma que se
preocupa com a saúde de todos que se integram no meio, desde professores e
alunos até as pessoas que se relacionam com o ambiente escolar.
De acordo com Vilarta e Bocaletto (2007) os objetivos das escolas
promotoras de saúde são Colaborar com as escolas na promoção da saúde e
da qualidade de vida dos estudantes, professores, funcionários, pais e
comunidade através da:
24

Estruturação de ambientes saudáveis para criar e melhorar a
qualidade de vida nas escolas e nos locais onde ela está situada, realizando:

Avaliação das condições do ambiente físico psicossocial da
escola conforme as diretrizes da OMS para Escolas Saudáveis, referente à
alimentação e atividade física.

Elaboração de um plano de Ação.

Fortalecimento da colaboração entre os serviços de saúde e de
educação visando à promoção integrada da saúde, alimentação, nutrição,
lazer, atividade física e formação do profissional.

Educação para saúde e ensino de habilidades para vida, visando
aquisição de conhecimentos sobre adoção e manutenção de comportamentos
e estilos de vida saudável.
Dentro dessa perspectiva e a partir da resolução 218/97 o conselho
nacional de saúde reconhece o profissional de educação física como
profissional da saúde, e a resolução n° 046/02 do CONFEF (Conselho Federal
da Educação Física) delega a atuação desses profissionais em um campo
integrado, não apenas na área da educação, mas também da saúde.
4.7 EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR COMO FATOR DE AQUISIÇÂO E
MANUNTENÇÃO DA FLEXIBILIDADE
Após a regulamentação da profissão e o reconhecimento do profissional
de educação física como agente de saúde, o exercício físico se tornou uma
ferramenta importante para o desenvolvimento da aptidão física relacionada à
promoção de saúde e qualidade de vida. A flexibilidade como a capacidade da
aptidão é o enfoque neste estudo. Nessa perspectiva, a flexibilidade é um
elemento essencial para funcionalidade do aparelho locomotor humano, à
medida que se considera como uma das variáveis da aptidão física relacionada
à saúde e qualidade de vida, sendo esta responsável pela realização de
movimentos voluntários em uma ou mais articulações, sem exposição a lesões
do sistema musculoesquelética (ALTER, 1999). Sendo assim importante
25
atribuição de desenvolvimento desta capacidade dentro da escola como
promoção de estilos de vida ativa.
De acordo com Dantas (2005) primeira infância, que se caracteriza do
nascimento até os três anos de idade, o trabalho de flexibilidade deve ser o
mais natural e menos forçado possível, devido à fragilidade dos componentes
envolvidos, não é adequado impor à criança posturas ou movimentos visando
aumentar seus arcos articulares. Na segunda infância, que se prolonga dos
três até os seis, já se pode falar em treinamento de flexibilidade e a forma mais
conveniente de realizar o trabalho é inserir exercícios de flexionamento em
pequenos jogos ou sessões de ginástica utilitária com alto componente lúdico.
Já na terceira infância, fase que vai dos seis, sete anos ao início da puberdade,
pode-se iniciar o treinamento de flexibilidade com finalidade esportiva, exigindo
elevado grau de desenvolvimento dessa qualidade física. No final desta fase,
ocorrerá normalmente o início do surto pubertário, acarretando inúmeras
alterações a nível hormonal, fisiológico e morfológico que irão provocar
profundas modificações na biomecânica dos movimentos e na capacidade de
estiramento dos músculos.
Nessa perspectiva, segundo Ramos & Falsarella (2008) o ambiente
escolar deve desenvolver programas preventivos focados nas capacidades
físicas sendo umas delas a flexibilidade para um desenvolvimento corporal
global, induzindo os indivíduos à vida ativa que ao passar dos tempos acabam
se acomodando com situações do cotidiano e tornando-se crianças
sedentárias. Ferreira & Ledesma (2008) entendem que para aplicar exercícios
com os objetivos de desenvolver flexibilidade, faz-se necessário buscar e
ampliar conhecimentos sobre cinesiologia, biomecânica, anatomia humana e
saber avaliar quantitativamente e qualitativamente a individualidade biológica
sem perder o objetivo desta prática.
Levando em consideração o papel de orientação da escola, neste
sentido feita principalmente pelo professor de educação física na aula, se torna
importante salientar as questões relacionadas aos hábitos posturais. Ramos &
Falssarela (2008) apontam período escolar como a fase precursora para
inúmeros problemas degenerativos da coluna vertebral dos indivíduos na fase
adulta, e afirma que a alta incidência desses distúrbios é decorrente da
manutenção de posturas inadequadas no espaço escolar e ainda, o principal
26
fator etiológico de processos dolorosos e restritivos quanto à capacidade
funcional do educando.
Considerando os aspectos pedagógicos, a escola também deve
enfatizar ações promotoras da saúde de forma preventiva, além de ampliar a
capacidade de lidar com as limitações advindas do sedentarismo. As medidas
adotadas devem ser diretas sobre as condições determinantes da saúde, para
alcançar um estado de bem-estar físico, mental e social (VILARTA, 2008).
A carência de flexibilidade da musculatura da região inferior da coluna
lombar e posterior da coxa está associada ao risco aumentado para surgimento
de dores lombares, das quais 80% são causadas pelos níveis de flexibilidade
articular reduzido (ACMS, 2003). Por meio da manutenção de boa flexibilidade
nas principais articulações verifica-se melhoria nas dores, pois, quanto mais
flexível for, menor terá propensão à incidência de dores musculares,
principalmente nas regiões dorsal e lombar (DANTAS, 2005).
Dessa forma o profissional de Educação Física deve orientar e instrui a
criança sobre os benefícios do alongamento que ajudará o individuo na
realização da prática corporal sendo autônomo na sua ação e definindo os
objetivos dos movimentos de alongamento, dos níveis de flexibilidade e da
manutenção da aptidão física, tendo em vista que a idade escolar favorece na
melhora da flexibilidade em crianças e por serem biologicamente mais flexíveis
do que os adultos. (RAMOS & FALSARELLA, 2008).
Diante deste fato o profissional de Educação física deve se posicionar de
forma contundente dentro do ambiente escolar, por ser o agente de saúde
atuante, pois está envolvido diretamente dentro da escola, desenvolvendo
ações e estratégias de promoção e prevenção de saúde no ambiente que está
inserido. Então de incumbência do mesmo em suas aulas desenvolver intervir
de forma pedagógica, levando os alunos à consciência corporal de forma que
ele conheça os limites do seu corpo, de forma promover educação para saúde.
27
5. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
5.1. Tipo de Pesquisa
Trata-se de um estudo de coorte longitudinal misto que foi realizado na
escola municipal Saul Bennesby com 482 crianças matriculadas de 2008 a
2010 na cidade de Porto Velho, RO.
5.2 População e Amostra
A população deste estudo foram crianças escolares do ensino
fundamental I (1ª a 5ª ano) de ambos os gêneros. A amostra foi conveniência,
sendo que no grupo masculino teve no ano 2008 = 09, 2009=202, 2010=39
alunos e no grupo feminino 2008=12, 2009=185 e 2010=35, totalizando no final
do estudo 250 e 232 alunos em cada grupo. O estudo foi retrospectivo, pois
acompanhou o comportamento da variável de desfecho a flexibilidade durante
esses três períodos. A limitação do estudo ocorreu uma viés, sendo que não foi
acompanhado o mesmo sujeito nos três anos de estudo, somente a variável
que foi testada.
5.3 Procedimentos para Coleta de dados
Para a realização da pesquisa, efetuou-se a apresentação de uma carta
à Diretora da Escola, solicitando autorização para consulta e uso dos dados
que faz parte das fichas de avaliação física dos alunos da faixa etária, alvo da
pesquisa arquivados no setor de Educação Física da Escola.
28
5.4. Critérios de inclusão

Estar regulamente matriculado durante esses três períodos na
escola no turno matutino e vespertino;

Ter entre 07 a 11 anos de idade;
5.5. Protocolo Utilizado: Teste de Flexibilidade
Material: Utilizou-se um banco de Wells.
Procedimentos: Os alunos ficaram descalços. Sentaram de frente para a
base da caixa, com as pernas estendidas e unidas. Colocaram uma das mãos
sobre a outra elevando os braços à vertical. Em seguida, inclinarão o corpo
para frente e alcançando com as pontas dos dedos das mãos tão longe quanto
possível sobre a régua graduada, sem flexionar as pernas e sem utilizar
movimentos de balanço (insistências). Cada aluno realizará duas tentativas. O
avaliador permanecerá ao lado do aluno, mantendo-lhe as pernas em
extensão.
O resultado foi medido a partir da posição mais longínqua que o aluno
pode alcançar na escala com as pontas dos dedos. Foi registrado o melhor
resultado entre as duas execuções com anotação em uma casa decimal.
5.5 Tratamento Estatístico
Foi realizada uma análise descritiva através da distribuição de
frequência e para estatística inferencial foi utilizada a Análise de Variância oneway ANOVA *p < 0,05 Bonferroni (Post-Hoc) que fez a comparação entre os
três anos em relação a variável de desfecho a flexibilidade, teste “t” de Student
para amostras independentes **p < 0,05 para comparação dos sexos.
29
6. RESULTADOS
Neste capitulo serão apresentado os resultados encontrados na
pesquisa e discutidos através de estudos semelhantes de âmbito local ou de
qualquer outra localidade. Este procedimento se faz necessário para ter uma
visão geral da flexibilidade dos escolares analisados. Inicialmente na tabela 1 é
apresentada a caracterização do grupo com relação ao número de crianças da
amostra, distribuídas por sexo e idade.
Tabela 1 Distribuição de frequências por sexo e idade.
Idade
Sexo
Masculino
%
Feminino
%
7 anos
56
22,4
49
21,1
8 anos
40
16
54
23,3
9 anos
55
22
61
26,3
10 anos
57
22,8
36
15,5
11 anos
42
16,8
32
13,8
Total
250
100
232
100
Na tabela 2 podemos verificar a comparação da variação da
flexibilidade por sexo durante o tempo. Analisa-se que durante o tempo ambos
os sexos não apresentam diferença significativa, porém percebe-se que
durante os anos os indivíduos do sexo masculino têm um pequeno aumento na
variação da flexibilidade, enquanto o sexo feminino tem um pequeno
decréscimo, mas como citado acima sem diferença significativa.
Tabela 2 Valores de média, desvio padrão e variação da flexibilidade por sexo durante o tempo.
Sexo
Ano
Masculino
Feminino
n
Média
DP
Variação
N
Média
DP
Variação
2008
9
26,8
2,52
24,0 - 30,0
12
28,0
4,0
23,0 - 36,0
2009
202
26,5
6,36
10,0 - 44,0
185
25,8
6,0
8,0 - 40,0
2010
39
27,5
4,45
16,0 - 35,0
35
26,5
6,2
8,0 - 40,0
Total
250
232
“Teste ‘t” de Student para amostras independentes ** p<0,05; Análise de Variância one-way
ANOVA *p < 0,05 Bonferroni (Post-Hoc) na variável sexo, tempo.
30
Na tabela 3 faz-se a comparação da idade e sexo. Pode verificar que
quando relacionados com os sexos não houve diferenças significativas. Porém
ao observar a tabela nota-se que os indivíduos do sexo feminino demonstram a
tendência de apresentar valores relativamente menores aos 10 anos, quando
comparados às demais idades e ao sexo masculino. Enquanto os meninos
mantêm a média até os 10 anos, com um decréscimo aos 11 anos.
Tabela 3 Valores de média, desvio padrão e variação da flexibilidade por sexo de acordo com a
idade.
Sexo
Idade
Masculino
Feminino
n
Média
DP
Variação
N
Média
DP
Variação
7anos
56
*27,0
5,56
14 - 37
49
*27,4
5,06
15 - 36
8anos
40
25,4
5,68
12 - 33
54
25,5
6,64
08 - 40
9anos
55
27,3
5,82
15 - 44
61
26,5
5,11
16 - 40
10anos
57
27,3
6,46
10 - 40
36
*23,9**
7,10
12 - 37
11anos
42
25,6
6,38
14 - 41
32
26,12
6,00
36 - 40
Total
250
232
Teste "t" de Student para amostras independentes **p<0,05; Análise de Variância one-way ANOVA
*p < 0,05 Bonferroni (Post-Hoc) na variável idade e sexo.
DISCUSSÕES:
Observando os aspectos para ambos os gêneros observa-se que não
houve uma diferença significativa dos níveis de flexibilidade, envolvendo a
variável tempo. Este fato pode está relacionado com a falta de um trabalho
especifico de flexibilidade, porém na maioria das vezes os alongamentos que é
a melhor forma de desenvolver flexibilidade são trabalhados de forma muito
especifica antecedendo a atividade a ser aplicada, com objetivo apenas de
prevenir lesões.
No estudo de Narezzi et al (2007) realizou um estudo com crianças de 911 anos, submetidas a um teste e reteste com banco de Wells. Entre o teste e
o reteste, os participantes da pesquisa participaram por um período de 45 dias
aula de alongamento para os principais grupamentos musculares, 3 vezes por
semana. Conclui-se que houve mudanças significativas na flexibilidade de
ambos os sexos, após a prática regular dos exercícios de alongamentos
31
durante esse período. Ainda com base nos resultados obtidos por Silva e
Martins (2010) pode-se observar que o alongamento pode contribuir para a
manutenção ou mesmo o aumento da flexibilidade em crianças. Outros estudos
relacionados a este assunto também obtiveram resultados satisfatórios.
No estudo de Ferreira e Ledesma (2008) desenvolveram uma pesquisa
com o objetivo de avaliar o nível de flexibilidade de escolares de 11 anos de
idade, da rede privada da cidade de Campo grande. Após as análises dos
dados concluí-se que os níveis de flexibilidade para referida população foram
baixos, o que pode está acontecendo por estímulos insuficientes ou uma
prática ineficaz.
Silva (2010), as meninas são mais flexíveis que os meninos em todas as
idades, sendo que esta diferença é maior durante o surto de crescimento e
maturação sexual. Pereira (2011) também diz que geralmente as meninas são
mais flexíveis que os meninos em todas as idades, em parte é devido à
diferença hormonal e a estrutura anatômica da pelve, ainda ressalta que as
meninas possuem maior densidade dos tecidos, além de ligamentos e
músculos flexíveis, porém não se afirma com certeza se essa situação seja
mais influenciada anatomo-fisiológicas do que pelas influências ambientais. A
literatura afirma que em geral o sexo feminino é mais flexível que o sexo
masculino, porém este estudo não mostrou diferenças significativas, sendo
houve algumas oscilações de níveis entre os sexos, onde os meninos
apresentaram um nível de flexibilidade maior do que das meninas nas idades
de 9 e 10 anos.
O estudo de Rassilan e Guerra (2006) verificam que as meninas têm a
tendência de apresentar valores relativamente menores de 9-10 anos e na
sequência aumenta variavelmente, fato que foi apresentado também no
presente estudo.
Entretanto, Minato (2010) não observaram diferenças na flexibilidade
para ambos os sexos com o avanço da idade (10 a 14 anos), sugerindo, assim,
que a idade não se correlaciona com a flexibilidade na infância e adolescência.
No estudo de Verardi (2007) foi observado que os meninos tiveram
desempenho superior aos das meninas, o que pode ter sido influenciado pelo
fato dos meninos apresentarem nível de atividade física maior, o que
proporciona melhoria na flexibilidade. Pesquisa semelhante à de Verardi, foi a
32
apresentado por Silva, Santos e Oliveira (2006) que concluíram que o grupo
das meninas não foram mais flexíveis que o grupo dos meninos, o que
contraria a maioria das informações dadas pela literatura.
Gallahue e Ozmun (2006) relatam ainda, em uma pesquisa realizada
com crianças de 6 a12 anos de idade, que a flexibilidade estática aumentou
com a idade para o grupo estudado, e concluem que a flexibilidade começa a
declinar em meninos por volta da idade de 10 anos e, em meninas, por volta
dos 12 anos. Contudo este estudo demonstrou que a media para meninos
manteve-se praticamente a mesma até os 10 anos, enquanto as meninas
sofreram um decréscimo significativo nesta idade com um aumento posterior.
No estudo de Palma e Medeiros (2011) verificou que não houve
diferenças estatisticamente na comparação do nível de flexibilidade dos grupos
analisados, mas houve uma diminuição da flexibilidade com o aumento da
idade em ambos os sexos. Na pesquisa de Noll & Sá (2008) com 292 escolares
com idades entre 7 e 15 anos, desenvolvimento da flexibilidade em ambos os
gêneros parece acontecer de forma semelhante, ou seja, níveis maiores entre
7 e 8 anos decrescendo, com pequenas oscilações, até os 15 anos de idade.
Verifica-se a importância de incentivar professores de educação física
inserirem como programas nos currículo escolares a realização de teste de
aptidão física relacionado à saúde. Principalmente estudo de características
longitudinais, pois na maioria são realizados estudos transversais.
33
7. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Este estudo utilizou-se de apenas uma variável, neste caso, a
flexibilidade,
considerando
os
aspectos
que
permearam
este
estudo
verificamos, que nas variáveis relacionadas à flexibilidade tanto de gênero
feminino, quanto do gênero masculino não houve um valor representativo de
significância, indicando que nesta faixa etária o desenvolvimento da
flexibilidade de ambos os gêneros é similar. Quando relacionada à variável do
estudo no tempo, apesar de também não apresentar diferença significativa,
percebe-se que durante os anos os indivíduos do sexo masculino têm um
sensível aumento na variação da flexibilidade, enquanto o sexo feminino tem
um decréscimo, porém diferença não muito significativa.
Quando comparados à idade e o sexo, as meninas apresentam uma
tendência de níveis de flexibilidade menor aos dez anos, com um aumento
posterior e os meninos mantém a média até os dez anos com declínio na
sequencia.
Como visto neste trabalho os fatores influenciadores da flexibilidade
podem ser diversos de acordo com sua natureza, porém a redução ou
estabilidade da mesma por vezes associa-se à diminuição e a intensidade dos
exercícios físicos realizados.
Neste sentido é importante ressaltar a importância de se desenvolver
trabalhos que melhorem os índices não somente da flexibilidade, mas dos
outros componentes relacionados à aptidão física dentro do ambiente, o que é
de competência do profissional de educação física, que deve contar com ajuda
da escola.
34
8. REFERÊNCIAS
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WEINECK, J. O Treinamento ideal. 2ª ed. São Paulo: Manole, 2003.
38
Anexos
39
NÚCLEO DE SAÚDE
DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO FÍSICA
Projeto de Pesquisa: “NÍVEIS DE FLEXIBILIDADE EM ESCOLARES DE 7-11
ANOS DE UMA ESCOLA PÚBLICA DE PORTO VELHO”.
Pesquisadora responsável: Kaline Jhúlia Leite Ribeiro
Orientador: Prof. Dr. Edson dos Santos Farias – DEF/UNIR
DECLARAÇÃO DE CIÊNCIA INSTITUCIONAL
Eu, Marlúcia dos Santos Rocha Diretora da Escola Municipal de
Ensino Fundamental Saul Bennesby - Porto Velho, de livre e espontânea
vontade, autorizo a realização do projeto de pesquisa acima intitulado, com os
indivíduos integrantes desta Instituição de Ensino, sob minha responsabilidade.
Para isso, fui informado que não receberei nenhum tipo de remuneração.
Também, fui devidamente esclarecido sobre os procedimentos a serem
utilizados na coleta dos dados e respectivos objetivos.
A coleta de dados será realizada nas fichas de avaliação física dos alunos na
faixa etária de 07 a 11, do período de 2008 a 2012, arquivadas no setor de
Educação Física da escola. Depois da retirada do dado necessário (medida da
flexibilidade), será realizado a organização e tabulação, a fim de responder o
objetivo geral da pesquisa.
Todos os procedimentos para este trabalho de pesquisa serão
desenvolvidos pelo pesquisador responsável, sob orientação do professor
Tutor; além de obedecerem às normas éticas destinadas à pesquisa
envolvendo seres humanos, da Comissão Nacional de Ética em Pesquisa
(CONEP) do Conselho Nacional de Saúde, do Ministério da Saúde (RES. 196
de 10/10/96).
Os resultados obtidos poderão fornecer subsídios para auxiliar para
implementação de intervenções preventivas e terapêuticas inerentes com a
aptidão física relacionada com a saúde desta população.
Certos de contarmos com sua colaboração para a concretização desta
investigação agradecemos antecipadamente a atenção dispensada e
colocamo-nos à sua disposição para quaisquer esclarecimentos pelos contatos:
Kaline Jhúlia Leite Ribeiro ([email protected] – cel – 9254-6906) e Prof. Dr.
Edson dos Santos Farias.
Certifico de que tive a oportunidade de ler e entender o conteúdo das
palavras contidas neste termo. E que, a qualquer momento posso interromper
os trabalhos de coleta de dados, sem qualquer prejuízo de ordem pessoal ou
institucional.
Porto Velho,______ de março de 2013
___________________________________
Marlúcia dos Santos Rocha
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NÚCLEO DE SAÚDE
DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO FÍSICA
OFÍCIO S/Nº
Porto Velho, 19 de Março de 2013.
DO: Prof. Dr. Edson dos Santos Farias – DEF/UNIR
PARA: Marlúcia dos Santos Rocha.
ASSUNTO: Autorização para realização de pesquisa científica.
Prezada Diretora,
Venho pelo presente solicitar autorização para a realização do projeto de
pesquisa intitulado “NÍVEIS DE FLEXIBILIDADE EM ESCOLARES DE 7-11
ANOS DE UMA ESCOLA PÚBLICA DE PORTO VELHO", que subsidiará a
monografia de conclusão do Curso de Educação Física da acadêmica Kaline
Jhúlia Leite Ribeiro, sob minha orientação. O referido projeto tem como objetivo
geral verificar o comportamento da variável flexibilidade em escolares na faixa
etária de 7-11anos de uma escola pública do município de Porto Velho-RO, no
período de 2008-2012.
Todos os procedimentos para este trabalho de pesquisa serão desenvolvidos
pela pesquisadora responsável. Em anexo, um termo de declaração de ciência
institucional.
Certos
de
contarmos
com
vossa
colaboração
agradecemos
antecipadamente.
Atenciosamente,
___________________________________
Dr. Edson dos Santos Farias
Professor Orientador
_______________________
Kaline Jhúlia Leite Ribeiro
Acadêmica/Pesquisadora
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níveis de flexibilidade em escolares de 7