01. Em faixas, anúncios ou tabuletas encontrados na cidade, são comuns frases deste tipo.
VENDE-SE OVOS.
COMPRA-SE PNEUS USADOS.
CONSERTA-SE ROUPAS.
Essas frases estão na voz passiva pronominal. Do ponto de vista da norma culta, considera-se que elas estão em
descordo com a gramática.
a) Aponte o problema gramatical das frases.
b) Corrija as frases.
c) Que regra explica a linguagem correta das frases citadas de acordo com a norma culta?
02. Você vai ler uma fábula contada de modo bem resumido.
A cegonha e a raposa
A raposa convidou a cegonha para jantar.
Serviu para a amiga uma comida mole, sobre uma pedra lisa.
conseguia bicar a comida. E foi para casa com fome.
A cegonha apenas
Então a cegonha convidou a raposa para jantar.
Colocou a comida em vasos compridos. Mas o focinho da raposa não alcançava.
Foi a vez de a raposa voltar para casa, faminta.
Reconte a fábula, ampliando os períodos, de acordo com as informações entre parênteses, a serem criadas por você.
a) A raposa convidou a cegonha para jantar. (adjunto adverbial de tempo/ oração adjetiva para o termo “a raposa”)
b) Serviu para a amiga uma comida mole, sobre uma pedra lisa. ( mais um adjunto adnominal para o termo “comida” /
oração adjetiva para o termo “pedra”
c) A cegonha apenas conseguia bicar a comida. (adjunto adnominal para o termo “cegonha" / oração que apresente a
causa do que aconteceu com a cegonha. )
d) Então a cegonha convidou a raposa para jantar. (adjunto adverbial de tempo / adjunto adverbial de lugar)
e) Mas o focinho da raposa não alcançava. (adjunto adverbial de tempo)
f) Foi a vez de a raposa voltar para casa, faminta. (mais um predicativo para o termo “raposa
Texto para as questões 03, 04, 05 e 06.
O Caracol e a Pitanga
Há dois dias o caracol galgava lentamente o tronco da pitangueira, subindo e parando, parando e subindo.
Quarenta e oito horas de esforço tranquilo, de caminhar quase filosófico. De repente, enquanto ele fazia mais um
movimento para avançar, desceu pelo tronco, apressadamente, no seu passo fustigado e ágil, uma formiga-maluca,
dessas que vão e vêm mais rápidas que coelho em desenho animado. Parou um instantinho, olhou zombeteira o caracol
e disse: “Volta, volta, velho! Que é que você vai fazer lá em cima? Não é tempo de pitanga”. “Vou indo, vou indo” respondeu calmamente o caracol. - “quando eu chegar lá em cima vai ser tempo de pitanga”.
MORAL: NO BRASIL NÃO HÁ PRESSA!
http://www2.uol.com.br/millor/fabulas/003.htm
Na fábula de Millôr, o vocativo usado pelo falante revela seu sentimento e o tipo de tratamento que dispensa a seu
interlocutor.
03. Copie a frase do texto em que isso ocorre e identifique o vocativo.
04. O que sugere esse vocativo utilizado?
05. Que palavra usada pelo narrador explicita o tipo de sentimento da personagem que usa o vocativo? Qual o
significado dessa palavra?
06. Por que a personagem nutria tal sentimento em relação ao interlocutor?
03. O termo é “velho”, na frase “Volta, volta, velho!”
04. O vocativo sugere o desprezo da formiga em relação ao caracol.
05. O palavra é “zombeteira”, cujo significado é zombadora, escarninha.
06. Porque entendia que o caracol era tolo por se esforçar tanto para galgar a árvore e alcançar pitangas que ela
ainda não produzira.
Leia os dois poemas a seguir para responder às questões de 07 a 13.
O primeiro é de um poeta mato-grossense contemporâneo. O segundo foi escrito no século XVI, por um importante
poeta português.
Auto-retrato falado
Manoel de Barros
Venho de um Cuiabá de garimpos e de ruelas entortadas.
Meu pai teve uma venda no Beco da Marinha, onde nasci.
Me criei no Pantanal de Corumbá entre bichos do chão, aves, pessoas humildes, árvores e rios.
Aprecio viver em lugares decadentes por gosto de estar entre pedras e lagartos.
Já publiquei 10 livros de poesia: ao publicá-los me sinto meio desonrado e fujo para o Pantanal onde
[sou abençoado a garças.
Me procurei a vida inteira e não me achei — pelo que fui salvo.
Não estou na sarjeta porque herdei uma fazenda de gado.
Os bois me recriam.
Agora eu sou tão ocaso!
Estou na categoria de sofrer do moral porque só faço coisas inúteis.
No meu morrer tem uma dor de árvore.
BARROS, Manoel de. O Livro das Ignorãças. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1993.
Cantiga
Sá de Miranda
Naquela serra
me ir quero a morar;
quem me quiser bem,
quem me bem quiser
lá me irá buscar.
Nestes povoados
tudo são requestas;
deixai-me os cuidados,
que eu vos deixo as festas;
daquelas florestas
verei longe o mar;
por-m’ei a cuidar.
Vocabulário
- requestas: festas em que os namorados se requestam, isto é, se procuram, se encontram.
- pôr-m’ei a cuidar: ficarei a pensar, me porei a pensar.
Mais de quatro séculos separam os dois poemas. São muitas as diferenças entre eles. Nesta questão, você deverá
observar as diferença formais mais acentuadas entre eles.
07. Visualmente, que diferenças se apresentam imediatamente ao leitor?
08. Quanto à metrificação e a rima, que tipo de verso Manuel de Barros utilizou em seu poema? Explique.
09.Explique a metrificação do segundo poema, exemplificando com a escansão de dois versos.
10.Utilizando letras do alfabeto, estabeleça o esquema de rimas do segundo poema.
07. Os versos do primeiro são longos e de extensão bastante irregular, enquanto os do segundo são curtos e de
extensão semelhante. O primeiro não possui divisões; o segundo é dividido em duas estrofes.
08. Utilizou versos livres, ou seja, sem metrificação. Isto significa que o tamanho de cada verso não foi
determinado pelo número de sílabas poéticas. Quanto à rima, utilizou versos brancos ou soltos, isto é, sem rima.
09. O segundo poema possui versos de cinco sílabas (pentassílabos). Exemplos: Na/que/la / ser//ra me ir / que/ro
a / mo/rar/
10. A-B-C-D-B – E-F-E-F-F-B-B.
Certos temas percorrem toda a literatura, sendo adaptados às características de cada época. Apesar da distância
temporal existente entre os dois poemas, das diferenças da linguagem e das técnicas poéticas utilizadas pelos dois
autores, podemos perceber uma semelhança temática entre os textos.
11. Releia os textos e formule um tema geral que possa se referir aos dois poemas.
12. Em cada poema o “eu lírico” apresenta fatos que exprimem seus sentimentos e vivências. Que diferença existe entre
esses fatos, considerando a relação entre eles e o presente de cada “eu lírico”?
13. Interprete a metáfora “agora eu sou tão ocaso”. Que palavra de outro verso está associada a esta metáfora?
11. Exemplos de resposta: A necessidade de se apartar da vida das cidades. A fuga para o campo. A fuga para lugares
ermos, longe da agitação das cidades.
12. O “eu lírico do primeiro” poema refere-se a fatos já acontecidos ou que se estendem até o presente. O do
segundo refere-se a apenas a desejos e projetos que ele pretende realizar no futuro.
13. “Ocaso” é o pôr do sol. Ao definir-se como “ocaso”, o eu lírico refere-se à velhice, ao final da vida. Associa-se a
essa metáfora a palavra “morrer” do último verso.
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