UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ ANA MICHELE ALVES VIEIRA TRABALHO DE CONCLUSÃO DE ESTÁGIO PROPOSTA DE IMPLANTAÇÃO DE UM SISTEMA DE CUSTOS NA METODOLOGIA RKW PARA A EMPRESA AVÍCOLA E NUTRIÇÃO DO VALE LTDA. Biguaçu 2012 ANA MICHELE ALVES VIEIRA TRABALHO DE CONCLUSÃO DE ESTÁGIO PROPOSTA DE IMPLANTAÇÃO DE UM SISTEMA DE CUSTOS NA METODOLOGIA RKW PARA A EMPRESA AVÍCOLA E NUTRIÇÃO DO VALE LTDA. Trabalho de Conclusão de Estágio apresentado como requisito parcial para a obtenção do título de Bacharel em Administração pela Universidade do Vale do Itajaí, Centro de Educação de Biguaçu. Orientador: Profª. MSc. Cláudia Catarina Pereira Biguaçu 2012 ANA MICHELE ALVES VIEIRA PROPOSTA DE IMPLANTAÇÃO DE UM SISTEMA DE CUSTOS NA METODOLOGIA RKW PARA A EMPRESA AVÍCOLA E NUTRIÇÃO DO VALE LTDA. Este Trabalho de Conclusão de Estágio foi considerado adequado para a obtenção do título de Bacharel em Administração e aprovado pelo Curso de Administração, da Universidade do Vale do Itajaí, Centro Educação de Biguaçu. Área de Concentração: Administração Financeira Biguaçu, 21 de Junho de 2012. Profª. MSc. Cláudia Catarina Pereira UNIVALI – CE de Biguaçu Orientadora Profº. Esp. Crisanto Soares Ribeiro UNIVALI – CE de Biguaçu Profª. MSc. Maria Albertina Schmitz Bonin UNIVALI – CE de Biguaçu Dedico este trabalho aos meus familiares e amigos e a todas as pessoas que de alguma forma estiveram presentes na minha caminhada. AGRADECIMENTOS Agradeço primeiramente a Deus, pela proteção de sempre. Por me dar forças para superar os obstáculos, aprender com eles e alcançar os meus objetivos. Aos meus pais, Jacinta e Roque, que são a minha base. Que me ensinaram a discernir entre o certo e o errado, que me passaram os princípios e valores que regem a minha vida. Que me ensinaram a importância do amor. Obrigada pelas sábias palavras de sempre! Ao meu esposo Lúcio, pelo amor e carinho, por estar sempre presente, me apoiando em todos os momentos, me incentivando a prosseguir, entendendo minhas ausências. À minha irmã Isabel, por ser uma amiga incondicional, alguém com que eu posso contar sempre. Aos meus sogros, Ana (in memoriam) e Caio que sempre se preocuparam comigo, e me ajudaram muito a chegar até aqui. Às minhas amigas Michelle, Mônica, Bruna, Juliana M., Juliana D. e Renata, que foram presenças marcantes nesta caminhada, tanto nos momentos bons como nos difíceis. Aos senhores Francisco e Walberto, da Avícola e Nutrição do Vale Ltda., que me incentivaram a dar o primeiro passo para o alcance deste objetivo. Que confiaram e investiram em mim, ao longo destes quatro anos. Este trabalho representa uma forma de retribuir a oportunidade oferecida. A todos os meus colegas de trabalho e de curso que de uma forma ou outra estiveram presentes nesta jornada. A todos os professores, pelo conhecimento possibilitado, e em especial à minha querida orientadora, professora Cláudia, por sua dedicação desde o primeiro dia em que conversamos sobre a possibilidade deste trabalho e por todas as nossas conversas, que foram as fontes geradoras deste resultado. Enfim, agradeço a todas as pessoas que se fizeram presentes nesta pequena grande viagem. A resposta certa, não importa nada: o essencial é que as perguntas estejam certas. Mário Quintana RESUMO VIEIRA, Ana Michele Alves. Proposta de implantação de um sistema de custos na metodologia RKW para a empresa Avícola e Nutrição do Vale Ltda. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Administração) – Universidade do Vale do Itajaí, Biguaçu, 2012. O presente trabalho foi realizado na área financeira e teve como objetivo principal propor a implantação de um sistema de custos na metodologia RKW, de forma a auxiliar na precificação dos produtos e nos processos de tomada de decisão da Avícola e Nutrição do Vale Ltda. A empresa está localizada na cidade de São José e atua como distribuidora de produtos veterinários. Para o desenvolvimento do estudo foi elaborada uma pesquisa bibliográfica abordando temas relevantes para a gestão de custos, embasado na literatura da área financeira. Realizou-se também pesquisa documental, em planilhas e relatórios oferecidos pelo sistema de informações da empresa referentes a fevereiro de 2012, além de conversas informais com os gestores. Após a coleta dos dados, utilizou-se o programa Microsoft Office Excel 2007 para elaborar as tabelas e gráficos apresentados no trabalho, contendo os valores dos custos e despesas da empresa, além do cálculo do ponto de equilíbrio, do mark-up e da DRE. Os dados coletados e os cálculos obtidos proporcionaram o conhecimento dos custos e despesas da organização, fornecendo subsídios suficientes para a elaboração do sistema RKW, de acordo com a realidade atual da empresa. Ao final, foi possível visualizar a empresa divida por centros de custos, podendo-se observar os custos relativos a cada um deles e a cada produto. O estudo possibilitou também informações importantes como a determinação da margem de contribuição e rentabilidade de cada produto, assim como o ponto de equilíbrio da empresa. E através dos dados de custos gerados foi possível também sugerir o preço dos produtos pelo método mark-up, e assim compará-los com os preços praticados. Foi possível também realizar a DRE, obtendo-se o lucro líquido da empresa no mês em estudo. Este trabalho evidenciou a importância das informações geradas por um sistema de custos tanto para a precificação dos produtos como para análises que propiciem tomadas de decisão mais seguras, baseadas em dados consistentes. Palavras-chave: custos; sistema RKW; mark-up. ABSTRATC VIEIRA, Ana Michele Alves. Proposta de implantação de um sistema de custos na metodologia RKW para a empresa Avícola e Nutrição do Vale Ltda. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Administração) – Universidade do Vale do Itajaí, Biguaçu, 2012. This work was carried out in the financial area and aimed to propose the implementation of a cost system through the RKW methodology, in order to assist in pricing of products and processes of decision making in the Avícola e Nutrição do Vale Ltda. The company is located in São José and serves as a distributor of veterinary products. For this studying development, it was held a bibliographical research on relevant topics regarding cost management, based on financial literature. It was also carried out documentary research, spreadsheets and reports provided by the company ERP system, with information relating to February 2012, as well as informal conversations with managers. After data collection, through the use of Microsoft Office Excel 2007, to draw up the tables and graphics presented in the paper, containing the costs and expenses of the company, as well as the break even, mark-up and profit & loss. The collected data and calculations obtained provided the costs and expenses of the company, providing sufficient means for the development of the RKW system, according to the current situation of the company. At the end, it was possible to see the company divided by cost centers, allowing to be observe the costs of each and every product. The study also allowed important information, such as the determination of contribution margin and profitability of each product, as well as the company break even. Thus, through the cost data generated, it was also possible to suggest the product prices through the mark-up method, and so compare them to prices. It was also possible to run the profit and loss, resulting in the company's net income in the month under study. This studying emphasized the importance of the information generated by a cost system for both, product pricing and safer analysis for decision making, based on consistent data. Keywords: costs; system RKW; mark-up. LISTA DE ILUSTRAÇÕES Figura 1 – Departamentalização ............................................................................... 30 Figura 2 – Métodos de custeio .................................................................................. 38 Figura 3 – Método de custeio por absorção .............................................................. 39 Figura 4 – Método de custeio direto/variável ............................................................. 40 Figura 5 – Interação entre departamentos produtivos e de apoio ............................. 45 Figura 6 – Matriz de custos ....................................................................................... 47 Figura 7 – Diferença entre os custos de centros homogêneos e não-homogêneos.. 48 Figura 8 – Ponto de equilíbrio ................................................................................... 63 Figura 9 – Comparação da rentabilidade e participação nas vendas ....................... 64 Figura 10 – Fórmula geral para o cálculo do mark-up ............................................... 68 Figura 11 – Fórmula para o cálculo do mark-up no comércio ................................... 69 Figura 12 – Mapa de localização da empresa ........................................................... 76 Figura 13 – Instalações da empresa ......................................................................... 76 Figura 14 – Planta baixa da empresa........................................................................ 77 Figura 15 – Organograma da empresa Avícola e Nutrição do Vale Ltda. ................. 78 Figura 16 – Interação entre os centros de custos ..................................................... 86 Figura 17 – Diretoria .................................................................................................. 87 Figura 18 – Administração......................................................................................... 87 Figura 19 – Serviços de Apoio .................................................................................. 87 Figura 20 – Comercial ............................................................................................... 88 Figura 21 – Armazém ................................................................................................ 88 Figura 22 – Caminhão MB 915 A Placa MIE 5675 .................................................... 88 Figura 23 – Caminhão MB 915 B Placa MII 7214 ..................................................... 89 Figura 24 – Caminhão MB 915 C Placa MIG1245 .................................................... 89 Figura 25 – Caminhão VW15180 Placa MCV 0963 .................................................. 89 Gráfico 1 – Margem de contribuição ponderada por linha ......................................... 96 Gráfico 2 – Faturamento x Rentabilidade .................................................................. 96 Gráfico 3 – Rentabilidade x Faturamento (Masterfoods) ........................................... 97 Gráfico 4 – Rentabilidade x Faturamento (Bayer CAP) ............................................. 98 Gráfico 5 – Rentabilidade x Faturamento (Bayer FAP) ............................................. 99 Quadro 1 – Objetivos da apuração de custos ........................................................... 21 Quadro 2 – Vantagens e desvantagens dos critérios de departamentalização ......... 30 Quadro 3 – Critérios de rateio dos custos indiretos................................................... 35 Quadro 4 – Exemplos de bases de distribuição primária .......................................... 46 Quadro 5 – Exemplos de bases de distribuição secundária ...................................... 47 Quadro 6 – Exemplos de unidades de trabalho ........................................................ 48 Quadro 7 – Vantagens e desvantagens do RKW ...................................................... 49 Quadro 8 – Princípios contábeis aplicados na análise de custos .............................. 51 Tabela 1 – Cálculo do mark-up sobre o custo variável.............................................. 70 Tabela 2 – Produtos comercializados ....................................................................... 79 Tabela 3 – Composição dos gastos .......................................................................... 80 Tabela 4 – Separação dos elementos de custos....................................................... 81 Tabela 5 – Gastos com veículos ............................................................................... 82 Tabela 6 – Folha de pagamento................................................................................ 83 Tabela 7 – Depreciação ............................................................................................ 84 Tabela 8 – Rateios .................................................................................................... 84 Tabela 9 – Centros de custos.................................................................................... 86 Tabela 10 – Distribuição primária .............................................................................. 90 Tabela 11 – Distribuição secundária ......................................................................... 91 Tabela 12 – Distribuição final .................................................................................... 93 Tabela 13 – Classificação dos gastos ....................................................................... 94 Tabela 14 – Margem de contribuição ........................................................................ 95 Tabela 15 – Ponto de equilíbrio contábil, financeiro e econômico........................... 100 Tabela 16 – Mark-up e formação do preço de venda .............................................. 102 Tabela 17 – Comparativo entre o preço praticado e o preço sugerido (mark-up) ... 102 Tabela 18 – Demonstração de Resultado do Exercício (DRE)................................ 104 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ................................................................................................ 12 1.1 OBJETIVOS ................................................................................................. 13 1.1.1 Objetivo geral .......................................................................................... 13 1.1.2 Objetivos específicos.............................................................................. 13 1.2 JUSTIFICATIVA ........................................................................................... 13 2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ...................................................................... 15 2.1 GESTÃO DE CUSTOS ................................................................................. 15 2.1.1 Objetivos da Gestão de Custos ............................................................. 18 2.1.2 Terminologias e conceitos sobre gestão de custos ............................ 23 2.2 DEPARTAMENTALIZAÇÃO ......................................................................... 27 2.2.1 Centro de custos ..................................................................................... 32 2.3 CRITÉRIOS DE RATEIO DOS CUSTOS INDIRETOS .................................. 35 2.4 SISTEMA DE CUSTOS ................................................................................ 37 2.4.1 Sistema RKW ........................................................................................... 43 2.5 PRINCÍPIOS CONTÁBEIS APLICADOS NA ANÁLISE DE CUSTOS ........... 50 2.6 OS CUSTOS E A LEGISLAÇÃO .................................................................. 53 2.7 ANÁLISE DE CUSTO/VOLUME/LUCRO ...................................................... 61 2.7.1 Ponto de Equilíbrio .................................................................................. 62 2.8 FORMAÇÃO DO PREÇO DE VENDA .......................................................... 65 2.8.1 Método do mark-up ................................................................................. 67 2.9 DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADO DO EXERCÍCIO (DRE) ..................... 70 3 PROCEDIMENTO METODOLÓGICO ............................................................ 72 4 ANÁLISE DOS DADOS .................................................................................. 74 4.1 CARACTERIZAÇÃO DA ORGANIZAÇÃO.................................................... 74 4.2 ESTRURA E PROCESSOS DA ORGANIZAÇÃO ......................................... 75 4.3 COMPOSIÇÃO DOS CUSTOS ..................................................................... 79 4.4 SEPARAÇÃO DOS ELEMENTOS DE CUSTOS .......................................... 81 4.5 DIVISÃO DA EMPRESA EM CENTROS DE CUSTOS ................................. 85 4.6 IDENTIFICAÇÃO DOS CUSTOS COM OS CENTROS DE CUSTOS ........... 90 4.7 DISTRIBUIÇÃO DOS CUSTOS DOS CENTROS INDIRETOS PARA OS DIRETOS ........................................................................................................... 91 4.8 DISTRIBUIÇÃO DOS CUSTOS AOS PRODUTOS....................................... 92 4.9 CÁLCULO DO PONTO DE EQUILÍBRIO ...................................................... 93 4.10 CÁLCULO DO MARK-UP DOS PRODUTOS............................................ 101 4.11 DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADO DO EXERCÍCIO (DRE) ................. 103 5 CONSIDERAÇÕES FINAIS .......................................................................... 105 REFERÊNCIAS .......................................................................................... 108 APÊNDICES .............................................................................................. 111 12 1 INTRODUÇÃO No ambiente competitivo em que as empresas estão inseridas, é de fundamental importância um sistema eficiente de controle de custos, para que os recursos possam ser maximizados e a empresa consiga se posicionar de forma consistente perante aos concorrentes e aos clientes, o que possibilitará maior lucratividade, o crescimento e a sobrevivência da mesma. Tommasi (2000, p. 17) destaca que conhecer as variáveis financeiras do negócio, é imprescindível para a sobrevivência da empresa e para a sua gestão estratégica, o que possibilita o seu crescimento e a criação de vantagem competitiva. O controle efetivo de custos é fundamental para todos os envolvidos no negócio, principalmente para quem conduz a empresa, ou seja, seus gestores. Neste sentido, Bornia (2010, p. 12) afirma que a gestão de custos adequada colabora positivamente com a empresa, fornecendo informações precisas que subsidiam a mesma em seus controles e nas tomadas de decisões, algo importante em um ambiente de constantes mudanças, com o aumento da concorrência e com clientes cada vez mais exigentes e bem informados. Neste contexto, a empresa Avícola e Nutrição do Vale Ltda, empresa comercial, localizada no município de São José (SC), atua como distribuidora de produtos veterinários, em um mercado que apresenta prospecção de crescimento, uma vez que é notável o aumento do número de famílias que tem animais de estimação. Por outro lado, este é um mercado frágil, pois se ocorrerem mudanças na economia que venham a diminuir o poder de compra dos consumidores, a empresa poderá sofrer considerável queda em suas vendas. Este mercado também possui grande concorrência, e a pressão por preços competitivos é um fator importante. A Avícola e Nutrição do Vale Ltda possui gestão financeira, contudo, a mesma não contempla a gestão de custos. Para desenvolver uma gestão financeira completa e adequada a atual situação da empresa no mercado, percebeu-se a necessidade de implantar um sistema de custos. O objetivo é identificar, mensurar e alocar de forma adequada os custos da empresa, para possibilitar a correta precificação produtos, de acordo com os custos que os compõem, e também para auxiliar a empresa em seus processos de tomada de decisão. 13 Portanto, procura-se com este trabalho responder a seguinte questão: Como elaborar um sistema de custos para empresa Avícola e Nutrição do Vale Ltda, para auxiliar na precificação dos produtos e no processo de tomada de decisão? 1.1 OBJETIVOS 1.1.1 Objetivo geral Propor a implantação de um sistema de custos que auxilie na precificação dos produtos e nos processos de tomada de decisão para a empresa Avícola e Nutrição do Vale Ltda, situada no município de São José, no período de Agosto de 2011 a Junho de 2012. 1.1.2 Objetivos específicos • Elaborar a revisão bibliográfica dos temas em estudo; • Caracterizar a empresa Avícola e Nutrição do Vale Ltda; • Investigar a composição dos custos da empresa; • Separar os elementos de custos da empresa; • Dividir a empresa em centros de custos, • Identificar os custos com os centros de custos; • Distribuir os custos indiretos para os diretos; • Distribuir os custos aos produtos; • Calcular o ponto de equilíbrio; • Calcular o Mark-up dos produtos; • Elaborar a Demonstração de Resultado do Exercício (DRE). 1.2 JUSTIFICATIVA A elaboração deste trabalho é de grande importância para a Avícola e Nutrição do Vale Ltda, pois um sistema de custos adequado fornecerá dados consistentes sobre os gastos, onde eles estão alocados e qual o nível de participação de cada item no resultado da empresa. Colaborando assim com tomada de decisões mais seguras quanto à precificação e possível redução de custos, 14 fatores importantes para o desempenho da empresa perante o mercado competitivo onde atua. Neste sentido Johnson e Kaplan (1993, p. 225) afirmam que sistemas de custos podem contribuir para a sobrevivência das empresas, pois possibilitam “[...] direcionar os investimentos de capital, fornecer as metas aos gerentes descentralizados, coordenar operações, julgar a eficiência de processos internos e avaliar a rentabilidade dos produtos oferecidos”. Corroborando, Shank e Govindarajan (1997, p. 4) salientam que “os dados de custos são usados para desenvolver estratégias superiores a fim de se obter uma vantagem competitiva sustentável.” Ambos os autores reforçam a importância e a colaboração da gestão de custos para as estratégias e o sucesso empresarial. A importância deste estudo para a acadêmica está na possibilidade de aplicar os conhecimentos adquiridos durante o curso desenvolvendo um projeto necessário para a empresa onde trabalha. E é também uma grande oportunidade de desenvolvimento profissional em uma área tão importante quanto é a área de custos para as empresas. Para a Univali, este trabalho é importante, pois representa a oportunidade que a universidade tem de, através da acadêmica, exercer uma de suas funções que é estar envolvida com a comunidade e isto inclui as empresas, que a partir de projetos de acadêmicos da universidade, têm a possibilidade de crescimento, desenvolvendo assim a comunidade em seu entorno. Para a área financeira, mais especificamente de custos, este estudo representa a possibilidade de somar conhecimentos, seja na aplicação de conhecimentos já existentes ou no desenvolvimento de algo novo a partir da adequação do que já existe aplicado em um novo contexto. Este trabalho é viável, pois foi uma necessidade identificada na empresa Avícola e Nutrição do Vale Ltda. Os dados necessários estão disponíveis, as pessoas envolvidas no processo estão dispostas a colaborar com a realização do projeto, o tempo necessário para o levantamento das informações e para as análises está adequado ao período disponível para o término do trabalho e a acadêmica tem grande interesse em desenvolver-se nesta área. 15 2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA Neste capítulo será feita a revisão bibliográfica dos assuntos concernentes à gestão de custos, que servirão de base para a realização deste trabalho. Os assuntos serão organizados da seguinte forma: gestão de custos, seus objetivos e suas terminologias e conceitos, departamentalização e centro de custos, critérios de rateio dos custos indiretos de fabricação, sistemas de custos e sistema RKW, princípios contábeis aplicados na análise de custos, os custos e a legislação, análise de custo/volume/lucro, ponto de equilíbrio, formação do preço de venda e demonstração de resultado do exercício. 2.1 GESTÃO DE CUSTOS Nesta seção será aprofundado o conhecimento sobre gestão de custos, sua importância para as empresas, um breve histórico sobre o seu desenvolvimento e suas funções. A apuração correta, a análise, o controle e o gerenciamento dos custos são preocupações constantes dos empresários e dos gestores. Para que a empresa sobreviva em um ambiente que sofre alterações frequentemente, é imprescindível o perfeito gerenciamento dos ganhos, dos custos e das despesas (PEREZ JUNIOR; OLIVEIRA; COSTA, 1999, p. 13). O gerenciamento dos processos de gestão organizacional também precisa mudar constantemente para que estes possam estar adequados ao mercado e às condições atuais de competitividade, o que exige que o sistema de gestão de custos também se adéque a realidade atual. O controle efetivo das atividades é indispensável para que a empresa possa competir em condição de igualdade com os seus concorrentes (BORNIA, 2010, p. 3). Corroborando, Crepaldi (2011, p. 5) afirma que a necessidade de informações, que auxiliem os administradores nas tomadas de decisão, está cada vez mais acentuada, devido ao aumento da concorrência e da escassez de recursos. O autor destaca ainda o diferencial positivo de uma empresa que utiliza um sistema integrado de gestão de custos perante as outras que não utilizam, pois as informações produzidas são importantes no controle dos processos. Elas permitem 16 planejar e analisar sobre o futuro, antecipar-se a problemas que possam ocorrer e aplicar ações corretivas, visando o alcance dos objetivos, possibilitando assim benefícios que poderão ser oferecidos aos clientes. Portanto, fica evidente a necessidade de uma gestão de custos eficiente para a competitividade e sobrevivência das empresas. E é importante que se entenda o que é a gestão de custos, de onde surgiu e como se desenvolveu. De acordo com Lawrence (apud GALLORO; GALLORO, 2000, p. 80), gestão de custos pode ser definida como o processo ordenado de utilizar os princípios da contabilidade geral para registrar os custos de operações de um negócio. De maneira que os dados possibilitem à administração fazer uso das contas para estabelecer os custos de produção e distribuição, tanto por unidade quanto pelo total, para parte ou para o todo, dos produtos fabricados ou serviços prestados, e da mesma forma, os custos das outras funções do negócio, a fim de obter operação eficiente, econômica e lucrativa. Em perspectiva mais relacionada à gestão, Leone (2000b, p. 18) afirma que a contabilidade de custos é um ramo da função financeira que acumula, organiza, analisa e interpreta os custos dos produtos dos estoques, dos serviços, dos componentes da organização, dos planos operacionais e das atividades de distribuição. Para determinar o lucro, para controlar as operações e para auxiliar o gestor no processo de tomada de decisões e de planejamento. O surgimento da contabilidade de custos ocorreu juntamente com o aparecimento das empresas industriais, na época da Revolução Industrial, objetivando calcular os custos dos produtos fabricados. Até este momento, os custos eram facilmente calculados, uma vez que praticamente todas as empresas eram comerciais e adquiriam seus produtos diretamente dos artesões, o que facilitava o levantamento dos custos. Com o surgimento das empresas industriais, o levantamento de custos tornou-se mais complexo, pois os produtos não eram mais comprados prontos e sim fabricados pela empresa a partir de diversos insumos. Da dificuldade de determinar estes custos surgiu a contabilidade de custos, no início, voltada para a avaliação dos inventários (BORNIA, 2010, p. 11). Na mesma linha, Martins (2000, p. 19) salienta que a contabilidade financeira, desenvolvida da Era Mercantilista e utilizada até a Revolução Industrial, estava bem estruturada para servir as empresas comerciais, pois como os produtos eram adquiridos de pessoas ou grupos de pessoas que os produziam e que raramente 17 possuíam empresa constituída, bastava verificar o montante pago por item estocado e dessa maneira valorar as mercadorias. Era necessário apenas computar o quanto possuía em estoques iniciais, adicionar as compras do período e comparar com o que ainda restava, para assim apurar o valor de aquisição das mercadorias vendidas. Depois, confrontando este montante com as receitas obtidas com as vendas, chegava-se ao lucro bruto, do qual bastava deduzir as despesas necessárias à manutenção da empresa (despesas comerciais, administrativas e financeiras) para se chegar ao resultado líquido. Esse levantamento ficou mais complexo com o advento das indústrias, pois o valor de compra das empresas comerciais foi substituído por valores pagos pelos fatores de produção utilizados. De forma mais abrangente, Leone (2000b, p. 11) também aborda que a contabilidade de custos nasceu com a Revolução Industrial e que inicialmente sua principal função era registrar os custos que permitiam ao administrador avaliar os estoques e determinar de forma mais correta os resultados e levantar os balanços. O autor destaca que nesta época eram apenas computados os custos diretos, ou seja, o valor do material consumido e o valor da mão-de-obra aplicada. A primeira fase da contabilidade de custos teve como característica a preocupação com o registro dos custos. No mesmo sentido, Martins (2000, p. 21) destaca que a preocupação inicial da contabilidade de custos era de resolver os problemas de mensuração monetária dos estoques e do resultado, e não de usá-la como um instrumento de administração. A sua utilização como uma ferramenta de gestão levou um longo período de tempo para ocorrer. Conforme Leone (2000b, p. 11), a partir da I Guerra Mundial, com o aumento da competição entre as empresas, percebeu-se que as informações de contabilidade de custos, se organizadas de maneira adequada, poderiam servir como controle dos custos e das operações. Foi neste momento que a contabilidade de custos começou a ser considerada como um instrumento da administração. Com a II Guerra Mundial foram desenvolvidas modernas técnicas de administração e a área de influência da contabilidade de custos ganhou forças. As informações fornecidas por ela, através da análise e interpretação dos dados quantitativos, passaram a apoiar o planejamento e a tomada de decisões da administração, fornecendo instrumentos significativos e oportunos para a gerência da organização. 18 Neste sentido, Bornia (2010, p. 12) aponta que conforme as empresas foram crescendo e o sistema produtivo foi ficando mais complexo, percebeu-se que as informações fornecidas pela contabilidade de custos também tinham utilidade como auxílio gerencial, contribuindo com a gerência da empresa no controle e nas tomadas de decisões. Convém enfatizar que existe ainda muito a ser desenvolvido nesta outra função da contabilidade de custos, para que o controle e a tomada de decisões possam ser adequados à realidade das empresas (MARTINS, 2000, p. 21). O crescimento das empresas e o ambiente cada vez mais competitivo reforçam a importância estratégica da contabilidade de custos, pois, conforme Bornia (2010, p. 12), as informações fornecidas por ela colaboram positivamente para o subsidio nos controles e tomadas de decisões, o que, ao final de todo o processo, pode significar diferencial perante aos concorrentes e valor para os clientes. Conclui-se, a partir disso, que hoje as empresas têm a necessidade de uma gestão de custos adequada à sua realidade e também ao ambiente. Onde os custos e despesas de todas as operações sejam corretamente alocados e que a análise dos dados fornecidos possa se tornar importante ferramenta para o planejamento, para o controle e para a tomada de decisões, contribuindo para que tenham um posicionamento competitivo perante o mercado. A seguir, para possibilitar a ampliação dos conhecimentos desta importante área, serão abordados os objetivos da gestão de custos. 2.1.1 Objetivos da Gestão de Custos Conforme apresentado anteriormente, a contabilidade de custos passou a ser utilizada como instrumento de gestão e dois grandes objetivos da gestão de custos podem ser destacados: o controle e a decisão. Para entender a contabilidade de custos como uma ferramenta da administração ou instrumento de gestão, Martins (2000, p. 22) destaca que, quanto ao controle, a sua contribuição mais importante é o fornecimento de dados para que se estabeleçam padrões, orçamentos e outras formas de previsão e, posteriormente, seja feito o acompanhamento do que efetivamente ocorreu para que se possa fazer um comparativo entre o previsto e o realizado. Neste sentido, Bornia (2010, p. 34) ressalta que: 19 Controlar um determinado processo consiste em determinar um padrão ou uma expectativa de desempenho para esse processo, verificar o seu desempenho real, comparar o desempenho esperado com o real, obtendo-se as possíveis variações, procurar as causas das variações ocorridas e, finalmente, tomar ações corretivas para eliminar eventuais problemas observados. O aumento da concorrência entre as empresas é evidente, por isso se torna importante o constante aperfeiçoamento do controle das operações e dos custos. Por este motivo, os objetivos são estabelecidos e os custos são controlados. Os planos e metas são definidos pela administração que delega a autoridade e a responsabilidade necessárias para que os objetivos sejam atingidos (LEONE, 2000b, p. 34). O controle somente fará sentido quando forem criadas ações para corrigir as causas dos problemas encontrados. Não basta obter as variações e procurar os motivos que a ocasionaram, é preciso que algo seja feito para que as situações indesejadas não voltem a ocorrer (BORNIA, 2010, p. 34). Quanto à decisão, Martins (2000, p. 22) observa o importante papel da gestão de custos, pois ela fornecerá as informações sobre os valores relevantes a respeito das consequências de curto e longo prazo sobre medidas de corte de produtos, fixação de preços de venda, opção de compra ou fabricação. Complementando a idéia, Leone (2000b, p. 34) destaca que a gestão de custos colabora com a administração da empresa no sentido de fornecer informações para que seja tomada a decisão mais acertada, nos momentos em que seja necessário decidir entre duas ou mais alternativas. Para que assim se escolha a que melhor atenda aos interesses da empresa. Em complemento a esta posição, Crepaldi (2011, p. 6) considera que o objetivo da gestão de custos, o que chama de contabilidade gerencial, é fornecer instrumentos que auxiliem os administradores em suas funções gerencias. E que ela está voltada à melhor utilização dos recursos econômicos da empresa, por meio do controle adequado dos insumos. O autor também destaca a importância da gestão de custos como ferramenta de controle e tomada de decisões. Corroborando, Viveiros (2000, p. 217) menciona que cada vez mais a alta administração das empresas precisa estar segura quanto aos caminhos a serem 20 seguidos e é neste sentido que a contabilidade de custos apresenta o seu enfoque gerencial, fornecendo informações para orientar os administradores na tomada de decisões, em caráter gerencial, que permitam avaliar situações como: • Que mercado deve ser explorado; • Onde e como investir; • Quais gastos estão acima das previsões; • Devemos terceirizar ou aumentar nosso quadro; e • Qual linha de produtos ou que produto específico está sendo deficitário e por quê. Na mesma concepção, Bornia (2010, p. 34) aborda que as informações geradas pelo sistema de custos são utilizadas para apoiar o processo decisório da empresa. Elas colaboram no processo de planejamento da empresa, em decisões como a de terceirização de itens, a retirada de algum produto do mercado, a compra de equipamentos, dentre outros que surgem no dia-a-dia das empresas, para os quais as informações de custos prestam grande apoio. De maneira mais abrangente, Perez Júnior, Oliveira e Costa (1999, p. 29) destacam que a gestão de custos tem por objetivos principais: • Apuração do custo dos produtos e dos departamentos – este é o principal objetivo de qualquer sistema de custeio, determinar o custo incorrido no processo produtivo da empresa e os gastos incorridos nos diversos departamentos, possibilitando a identificação do departamento responsável pelo gasto, o que facilita o controle gerencial e a elaboração de orçamentos; • Atendimento de exigências contábeis e fiscais – o sistema de custeio deve fornecer condições para que todos os custos sejam computados de acordo com a legislação contábil – para a elaboração dos demonstrativos financeiros – ou fiscal – para a determinação da base de cálculo do imposto de renda e contribuição social; • Controle dos custos de produção – possibilita que a empresa conheça os seus custos para que possa controlá-los. Ou seja, comparar os custos 21 incorridos com o que havia sido planejado, identificar e analisar as diferenças e as possíveis causas para tomar decisões visando eliminar ou reduzir as diferenças; • Melhoria de processos e eliminação de desperdícios – além de controlar os custos é necessário identificar as possibilidades de melhoria dos processos para que se possa identificar e eliminar os desperdícios que reduzem a lucratividade ou a competitividade da empresa; • Auxílio na tomada de decisões gerenciais – um sistema de custeio apresenta várias possibilidades que auxiliam na tomada de decisões gerenciais, dentre as quais podem ser citadas a determinação de preço de venda e o cálculo da lucratividade de produto; • Otimização de resultados – um sistema de custos adequado fornece informações rápidas e confiáveis, compatíveis com o cenário atual, onde as mudanças ocorrem cada vez mais rapidamente, possibilitando assim a tomada de decisões coerentes para alcançar e superar as metas de resultado estipuladas. Em sentido similar, Galloro e Galloro (2000, p. 80) apresentam como objetivos da gestão de custos: a determinação do lucro, utilizando os dados dos registros que também podem ser úteis à administração; controle das operações e dos estoques, estabelecimento de padrões e orçamentos, comparações entre o custo real e orçado e previsões; tomada de decisões, formação de preços, determinação de qual produto será produzido, em qual quantidade, avaliar e decidir sobre corte de produtos ou decidir entre produzir ou comprar. Complementando, Viveiros (2000, p. 227) aborda que a utilização dos sistemas de custos podem ser elaborados a fim de atender a diferentes necessidades, como é apresentado no quadro 1. Quadro 1 – Objetivos da apuração de custos TIPO OBJETIVO Atender a legislação fiscal vigente, acompanhando o Custo Contábil processo de produção, mantendo controle eficiente da movimentação dos materiais e dos itens produzidos, resultando na identificação permanente da composição do 22 preço de venda e na disponibilização de dados para elaborar informações que orientam a tomada de decisões. Apresentar o custo do produto para compor o valor ideal para o preço de venda dos produtos e fornecer informações importantes para a tomada de decisões. Para isso, é Custo Comercial necessária a inclusão de todos os gastos incorridos, direta ou indiretamente ligados aos produtos, e também aqueles que não tenham nenhuma ligação com o processo de fabricação ou de prestação de serviço. Fornecer informações à alta administração, para a tomada de decisões; possibilitar orientação quanto a medidas de Custo Gerencial correção; acompanhar possíveis diferenças entre o que foi estabelecido e o realizado; identificar a contribuição de cada linha de produto. Fonte: Adaptado de Viveiros (2000, p. 227). Cabe destacar que, conforme Tafner e Faustino Junior (2000, p. 213), uma gestão de custos eficaz, contribui para as empresas buscarem a lucratividade ideal no atual ambiente competitivo, no qual o preço é ditado pelo mercado, o que faz com que os custos e as margens necessitem ser ajustados para que se chegue, de forma lucrativa, ao melhor preço. Neste ambiente, as informações de custos tornam-se imperativos para a análise e tomada de decisões em todos os níveis, para que o custo-alvo seja alcançado. Complementando, Crepaldi (2011, p. 10) sustenta que em virtude do ambiente de mudanças, vivido pelas empresas, onde a competição é global e as inovações são constantes, é crescente a demanda de informações relevantes quanto a custos e desempenho das atividades. E em sua perspectiva, as empresas estão utilizando sistemas de custeio aperfeiçoados para: • projetar produtos e serviços que correspondam às necessidades dos clientes e possam ser produzidos e comercializados com lucro; • sinalizar onde é necessário realizar aprimoramentos contínuos e descontínuos em qualidade, eficiência e rapidez; • auxiliar os funcionários ligados à produção nas atividades de aprendizado e aprimoramento contínuo; 23 • orientar o mix de produtos e decidir sobre investimentos; • escolher fornecedores; • negociar preços, características dos produtos, qualidade, entrega e serviço com clientes; • estruturar processos eficientes e eficazes de distribuição e serviços para os mercados e públicos-alvo. Para finalizar, ressalta-se que um sistema de gestão de custos somente atingirá seus objetivos se as informações fornecidas forem adequadas, de forma a possibilitar ao administrador decisões estratégicas, quanto aos processos, produtos, serviços e clientes, conquistando assim o sucesso da empresa (CREPALDI, 2011, p. 10). Para colaborar com a compreensão dos termos utilizados, na sequência serão apresentadas as terminologias e os conceitos sobre gestão de custos. 2.1.2 Terminologias e conceitos sobre gestão de custos A definição dos termos utilizados é fator importante para a correta interpretação dos assuntos abordados, e neste sentido Perez Junior, Oliveira e Costa (1999, p. 15) destacam que a área de custos apresenta terminologia própria, mas que muitas vezes é utilizada de forma equivocada. Complementando, Martins (2000, p. 24) aponta a dificuldade de generalização dos conceitos existentes em todas as áreas de conhecimento, onde um conceito pode apresentar diversos nomes e podem existir diversos conceitos para um único termo. Leone (2000a, p. 51) também destaca a dificuldade de distinção entre os termos utilizados na área de custos, devido os diferentes enfoques em que são utilizados. Estes autores reforçam a importância de definir de forma clara as terminologias e conceitos utilizados para que haja o correto entendimento das teorias apresentadas. Inicialmente apresenta-se o conceito do termo gasto, que para Perez Junior, Oliveira e Costa (1999, p. 16), é o “consumo genérico de bens e serviços”, é tudo o que é consumido para o funcionamento da empresa, seja a matéria-prima consumida na produção, o material de expediente utilizado pelo processo administrativo, os serviços utilizados, a energia elétrica consumida, etc. Já para 24 Bornia (2010, p. 15), “gasto é o valor dos insumos adquiridos pela empresa, independentemente de terem sido utilizados ou não.” No mesmo sentido, Martins (2000, p. 25) conceitua gasto como o sacrifício financeiro da empresa para a obtenção de um produto ou serviço qualquer. Na mesma linha, Leone (2000a, p. 53) trata o termo gasto como o compromisso financeiro que a empresa assume no momento em que adquire bens ou serviços. O termo gasto pode ser confundido com desembolso, mas, conforme Bornia (2010, p. 15), diferem-se no sentido de que o desembolso é o ato de pagamento, que pode ocorrer em momento diferente do gasto. Por exemplo, se for realizada uma compra a prazo, o gasto ocorre imediatamente, mas o desembolso ocorrerá somente no dia em que o dinheiro sairá do caixa da empresa para o pagamento do compromisso assumido. Neste sentido, Perez Junior, Oliveira e Costa (1999, p. 15) tratam desembolso como as “saídas de dinheiro do caixa ou do banco” que ocorrem devido ao pagamento de compras efetuadas a vista ou de obrigação assumida anteriormente, como por exemplo: pagamento da compra de matéria-prima, pagamento do salário dos funcionários, de empréstimos bancários e de despesas provisionadas no período anterior. Na mesma perspectiva, Martins (2000, p. 26) conceitua desembolso como sendo o “pagamento resultante da aquisição do bem ou serviço” que pode ocorrer antes, durante ou após a sua entrada. É importante a compreensão de que, conforme Perez Junior, Oliveira e Costa (1999, p. 16), dependendo da aplicação, o gasto será classificado como custos, despesas, perdas ou desperdícios. Ou ainda como investimento, de acordo com Martins (2000, p. 25), Bornia (2010, p. 18) e Leone (2000a, p. 53). Conceituando o termo custo, Perez Junior, Oliveira e Costa (1999, p. 16) afirmam que custos são os gastos relacionados aos recursos que são consumidos na produção de bens e serviços. Todos os gastos de produção são classificados como custos, não existem despesas de produção. Martins (2000, p. 25) também define custo como o gasto relativo à utilização de bens ou serviços na produção de outros bens e serviços. De forma similar, Leone (2000a, p. 54) afirma que custo é o consumo de fatores de produção medidos em termos monetários, para a obtenção de um produto ou serviço. Já as despesas são os gastos relacionados, direta ou indiretamente, com a geração de receitas. Elas não estão identificadas com a produção. Referem-se ao 25 esforço financeiro realizado para gerar renda (PEREZ JUNIOR; OLIVEIRA; COSTA, 1999, p. 16; MARTINS, 2000, p. 26; BORNIA, 2010, p. 16; LEONE, 2000a, p. 54). Bornia (2010, p. 17) observa que esta diferenciação entre custo e despesa é importante para a contabilidade financeira, porém para a perspectiva de gestão de custos ela não é tão relevante, porque de acordo com o autor, o gestor deve ter o mesmo tratamento para ambos no que se refere à eficiência no uso dos recursos. Pois a eficiência no uso dos insumos e desejável tanto para a produção, quanto para o setor administrativo. Para tanto, o autor traz o conceito do custo gerencial, que “é o valor dos insumos (bens e serviços) utilizados pela empresa”. Englobam tanto os custos de fabricação, quanto as despesas. Quanto ao termo investimento, Martins (2000, p. 25) afirma que são os gastos relativos à aquisição de bens e serviços que ficarão estocados na empresa até a sua utilização ou venda. Na mesma concepção, Bornia (2010, p. 18) trata investimentos como “o valor dos insumos adquiridos pela empresa não utilizados no período, mas que poderão ser empregados em períodos futuros”. De forma similar, porém mais ampla, Galloro e Galloro (2000, p. 91) definem investimento como o “gasto ativado em função da vida útil do bem adquirido ou dos benefícios que poderá gerar no futuro” e pode ter períodos de ativação variados. Outro termo importante a ser definido é perda, que é consumo de bens ou serviços de formal anormal ou involuntária, que não geram outros produtos ou serviços e nem receitas (PEREZ JUNIOR; OLIVEIRA; COSTA, 1999, p. 17; MARTINS, 2000, p. 26; GALLORO E GALLORO, 2000, p. 91; BORNIA, 2010, p. 17). Bornia (2010, p. 18) destaca ainda que perda também pode significar “o trabalho que aumenta os gastos e não agrega valor ao produto, nem do ponto de vista do consumidor, nem do empresário”, portanto são gastos ineficientes. Como exemplos, Perez Junior, Oliveira e Costa (1999, p. 17) apresentam: vazamento de materiais líquidos e gasosos; material com prazo de validade vencido; gastos incorridos em períodos de paralisação de produção devido à falta de insumos e problemas com equipamentos, greves, enchentes, inundações, sinistros, etc. Quanto ao termo desperdício, Perez Junior, Oliveira e Costa (1999, p. 17) afirmam que são “gastos incorridos nos processos produtivo ou de geração de receitas e que possam ser eliminados sem prejuízo da qualidade ou quantidade dos bens, serviços ou receitas geradas”. Em perspectiva um pouco diferente, Bornia (2010, p. 17) trata desperdício como “o esforço econômico que não agrega valor ao 26 produto da empresa nem serve para suportar diretamente o trabalho efetivo”. O autor menciona que o conceito de desperdício é mais abrangente que o de perda, pois engloba as ineficiências do processo. Perez Junior, Oliveira e Costa (1999, p. 18) complementam mencionando que no mercado globalizado, desperdício é o mesmo que prejuízo, pois não são inclusos na formação de preços. Como exemplos de desperdícios, citam o retrabalho decorrente de defeitos de fabricação, a estocagem e movimentação desnecessária de materiais e produtos, relatórios gerais sem utilidade e cargos intermediários de chefia e supervisão desnecessários. Conforme apresentado acima, os gastos podem se subdividir em custos e despesas. Os custos estão relacionados com a produção de bens e serviços e são subdivididos em fixos, no caso dos custos que não variam de acordo com o volume de produção, como exemplo pode-se citar o salário das chefias. E variáveis, para aqueles que variam com o aumento ou redução da produção, como por exemplo, os insumos utilizados para a produção de determinado bem. Já as despesas não estão relacionadas com a produção e sim com a geração de receitas, também podem ser subdivididas em fixas e variáveis. As despesas fixas são aquelas que independem do volume de vendas, como por exemplo, os salários administrativos ou as despesas com aluguéis. E as despesas variáveis que são aquelas que variam com as alterações no volume das receitas, como por exemplo, as comissões sobre as vendas (PEREZ JUNIOR; OLIVEIRA; COSTA, 1999, p. 20; MARTINS, 2000, p. 54; BORNIA, 2010, p. 19). Os custos e as despesas ainda podem ser subdivididos em diretos e indiretos. Os custos diretos são aqueles que podem ser facilmente apropriados aos produtos, como a matéria-prima e a mão-de-obra direta. Já os custos indiretos não são facilmente apropriados aos produtos e por isso necessitam da utilização de critérios de rateio para a sua alocação. De forma análoga aos custos diretos, as despesas diretas são facilmente relacionadas com as receitas de vendas, como as despesas de fretes. Em contrapartida, as despesas indiretas, não são identificadas com precisão com as receitas geradas, como as despesas financeiras e despesas administrativas, também necessitando de critérios de rateio (PEREZ JUNIOR; OLIVEIRA; COSTA, 1999, p. 23; MARTINS, 2000, p. 53; BORNIA, 2010, p. 21). Enfim, todos estes conceitos são importantes para o entendimento e o bom andamento deste trabalho. E dando sequência aos assuntos pertinentes a gestão de 27 custos, direcionados aos objetivos da proposta, a seguir apresenta-se os estudos sobre a departamentalização. 2.2 DEPARTAMENTALIZAÇÃO Em linha aos objetivos do trabalho, torna-se necessário aprofundar os conhecimentos a respeito da departamentalização. É preciso entender o que é e por que fazê-la. Simcsik (1992, p. 261), sustenta que departamentalizar é conhecer a organização como um todo e dela separar, sem desagregar, partes semelhantes que permitam sistemas de controle e avaliação, e que sejam participantes das atividades necessárias para o alcance dos objetivos empresariais. Nesse sentido Robbins (2000, p. 173), complementa, afirmando que a departamentalização é “a base pela qual os trabalhos são agrupados”, e permite que as tarefas comuns sejam coordenadas. É, conforme Lacombe e Heilborn (2003, p. 72), o agrupamento lógico dos órgãos da empresa. Na mesma linha, Perez Junior, Oliveira e Costa (1999, p. 43), definem departamentalização como “a divisão da empresa em áreas distintas”, tomando como base as atividades desenvolvidas em cada uma delas. Estas, tanto poderão ser chamadas de departamentos, como de setores, de centros de custos ou centros de despesas. Em concordância ao exposto acima, Crepaldi (2011, p. 88) afirma que a departamentalização consiste em dividir a empresa em departamentos, aos quais são debitados todos os custos neles incorridos. A departamentalização proporciona os meios necessários, ou seja, os humanos e as máquinas, para o crescimento e desenvolvimento da empresa. E permite que as pessoas que nela trabalham tenham desenvolvimento profissional e pessoal, o que colabora para a satisfação dos interessados finais, que são os clientes (SIMCSIK, 1992, p. 261). Assim, conforme Sobral e Peci (2008, p. 172), os critérios de departamentalização, ou seja, o modo como será realizado o agrupamento, devem estar orientados à contribuição para o alcance dos objetivos da empresa. E, para Simcsik (1992, p. 262), estes critérios possuem alguns fatores em comum, como: 28 • grupos formais e informais e seus “profissionais” tradicionais; • máxima eficiência através da definição dos limites de competência; • proximidade física versus profissional constantemente solicitado a comparecer, por estar em outro local; • especialização dos recursos existentes versus importância das atividades desenvolvidas; • facilidade nos processos de coordenação e controle; • usos e interesses comuns agregados, evitando-se a antropofagia; • atividades e ações correlatas somadas, evitando-se dispersão de forças, buscando-se a sinergia. Cabe ao gestor adequar os critérios de departamentalização às necessidades da empresa, visando atingir os objetivos organizacionais. Decisões acertadas sobre as atividades e os processos podem dinamizar a produção, gerando processos mais suaves e rápidos, com a quantidade de erros diminuídos. Possibilitando assim a diminuição de custos de estocagem e do tempo de processamento, melhorando o atendimento ao cliente (ATKINSON ET AL., 2000, p. 425). Nesta perspectiva, a seguir, com base em Lacombe e Heilborn (2003, p. 73), serão abordados alguns critérios de departamentalização: • funcional: consiste em agrupar num mesmo órgão as atividades similares, de mesma natureza ou de mesma especialidade. Sobral e Peci (2008, p. 172) afirmam que este é o critério mais utilizado para departamentalizar e pode ser utilizado em qualquer organização, mas as funções mudam conforme os objetivos finais de cada empresa; • por produto ou serviço: são agrupadas todas as atividades relativas a determinado produto ou serviço, como por exemplo, dentro da diretoria de produção estão os departamentos de lâmpadas, de transformadores e de aparelhos domésticos. Esse critério torna-se adequado quando cada departamento demanda uma tecnologia de produção diferente (SOBRAL; PECI, 2008, p. 173); • por clientela: o agrupamento das atividades está relacionado com o atendimento a determinado grupo de pessoas. Por exemplo, um 29 departamento de vendas que cria seções de exportação, de vendas por atacado no país, de vendas a varejo no país ou, em outro exemplo, cria seções de vendas a farmácias, a hospitais particulares e a hospitais públicos; • por área geográfica ou região: agrupa por área geográfica as atividades realizadas na mesma região. Ocorre em empresas que possuem atuação geográfica muito ampla, necessitando assim um agrupamento regional sob a coordenação de um administrador local. Por exemplo, a organização de uma grande empresa dividida conforme cada região de atuação. Sobral e Peci (2008, p. 173) destacam que este critério é mais indicado quando é necessário implantar unidade produtora próxima a fontes de matériasprimas, de mercados consumidores e de mão de obra especializada; • por processo ou equipamento: reúne em um mesmo órgão as pessoas que utilizam um mesmo equipamento ou técnica, ou que operam um mesmo processo. Esse critério é mais utilizado na área de produção. Um exemplo é a divisão de uma oficina em seção de fresas, seção de tornos, seção de plainas e seção de furadeiras. Possibilita que profissionais com determinadas habilidades fiquem na mesma unidade, facilitando a determinação das responsabilidades pelo uso dos equipamentos e o treinamento para operá-los; • por conveniência empírica: resulta da necessidade de se adaptar as soluções teóricas as necessidades práticas da empresa. Quando nenhum dos critérios acima é adotado e é implantado outro, utilizando as habilidades e disponibilidades das pessoas e da empresa. Como visto acima, existem diversos critérios de departamentalização, que em suma, são formas de agrupar homens, com suas habilidades, e equipamentos, de modo a facilitar a coordenação e o controle, a redução dos custos e a possibilidade de aumentar a receita e a flexibilidade. A escolha do modelo deve estar adequada a realidade de cada empresa, e a análise é responsabilidade do gestor, que deverá considerar e avaliar as características de cada negócio para decidir qual a melhor alternativa. 30 Para ilustrar, n na figura 3 pode ser visualizado um modelo de departamentalização lização pelo critério funcional, que, como foi destacado, é o mais empregado nas organizações. Figura 1 – Departamentalização GERÊNCIA GERAL Departamento Comercial Departamento de Produção Departamento de Finanças Departamento de Administração Fonte: Adaptado de Lacombe e Heilborn (2003, p. 73). Para a análise das alternativas é preciso considerar que cada c critério de departamentalização pode apresentar vantagens e desvantagens, o que pode ser visualizado no quadro 2. Quadro 2 – Vantagens e desvantagens dos critérios de departamentalização CRITÉRIO VANTAGENS DESVANTAGENS Tira máximo proveito da Dificulta a coordenação geral. Funcional especialização. Não favorece o controle. Tende a reduzir custos. Facilita a estreiteza de visão. Facilita a coordenação dentro da Prejudica a expansão da empresa. função. Dificulta a descentralização. Favorece a centralização. Traz inflexibilidades. Facilita a projeção da liderança por toda a organização. Assegura economias de escala e o uso mais eficiente de recursos. Produto Facilita a apuração dos resultados. Não permite máxima redução de Melhora a coordenação. custos em empresas empr pequenas. Facilita a expansão da organização. Não tira todo o proveito da Facilita a descentralização. especialização. 31 Possibilita a inovação e a melhoria Dificulta a coordenação dentro de contínua dos produtos e processos de cada função. produção. Facilita a aproximação às necessidades do cliente. Geográfico Clientela Facilita a coordenação. Não permite máxima redução de Favorece o controle. custos em pequenas empresas. Permite atender melhor às Não tira todo o proveito da peculiaridades de cada local. especialização. Facilita o crescimento. Dificulta a coordenação dentro de Favorece a descentralização. cada função. Facilita a visão voltada para o Não permite máxima redução de mercado. custos em pequenas empresas. Permite atende melhor às Não tira todo o proveito da peculiaridades dos clientes. especialização. Aumenta a flexibilidade e as Dificulta a coordenação dentro de possibilidades de crescimento. cada função. Fonte: Adaptado de Lacombe e Heilborn (2003, p. 81). É importante também salientar que não existe um critério que seja mais correto que o outro, então cabe ao administrador identificar qual ou quais são os mais adequados aos objetivos de cada empresa. Quanto ao uso, Martins (2000, p. 70) demonstra que a departamentalização é utilizada para a apropriação mais adequada e racional dos custos indiretos, diminuindo as chances de erros e propiciando a análise da lucratividade dos produtos, facilitando as decisões a respeito do aumento ou diminuição dos preços. Na mesma concepção, Perez Junior, Oliveira e Costa (1999, p. 46) afirmam que a departamentalização é a condição exigida para se efetuar a correta apropriação dos custos indiretos aos produtos fabricados ou aos serviços prestados. Como foi dito anteriormente, a departamentalização consiste em dividir a empresa em departamentos. Sendo assim, um departamento é a unidade mínima administrativa ou operacional, composta por um conjunto de homens e/ou máquinas que possuem características semelhantes, desenvolvem atividades homogêneas e estão dentro de uma mesma área. Para cada departamento deve haver um responsável, que tenha gestão sobre os custos de seu departamento (PEREZ 32 JUNIOR; OLIVEIRA; COSTA, 1999, p. 44; MARTINS, 2000, p. 70; CREPALDI, 2011, p. 88). Crepaldi (2011, p. 90) apresenta dois objetivos para a departamentalização dos custos: • melhor controle dos custos – pois o controle é feito por cada responsável de cada departamento; • determinação mais precisa do custo dos produtos – pois facilita a decisão sobre os critérios de rateio dos custos dos produtos. Ainda quanto aos departamentos, Martins (2000, p. 71) e Crepaldi (2011, p. 88) os dividem em dois grupos: departamento de produção e departamento de serviços. Ao que Perez Junior, Oliveira e Costa (1999, p. 45), denominam de departamentos produtivos e departamentos auxiliares. Contudo, as definições são as mesmas, ou seja, os departamentos de produção atuam diretamente na confecção do produto, e os custos são apropriados, ou jogados, diretamente a estes. Enquanto que os departamentos de serviços, como o próprio termo indica, têm a finalidade de prestar serviços aos departamentos de produção, não atuando diretamente sobre o produto, portanto seus custos não são apropriados diretamente aos produtos, sendo transferidos aos departamentos de produção. Pode ser dito então que um departamento, na maioria das vezes, é um centro de custo. E este é o tema que será abordado à frente. 2.2.1 Centro de custos Centro de custos é a menor unidade de acumulação de custos indiretos, para posterior apropriação aos produtos ou serviços (PEREZ JUNIOR; OLIVEIRA; COSTA, 1999, p. 45; MARTINS, 2000, p. 71; LIMA, 2000, p. 49). Em outras palavras, Horngren apud Iudícibus (1998, p. 267), aborda que centro de custo “é a menor fração de atividade ou área de responsabilidade para a qual é feita a acumulação de custos”. Os autores salientam que os centros de custos, na maioria das vezes, são os departamentos, no entanto podem ocorrer casos nos quais sejam necessárias subdivisões destes em áreas distintas, para a apuração de custos específicos. Como 33 por exemplo, quando em um determinado departamento existem máquinas ou processos que atendam características específicas para cada produto ou processo, então, para que seja calculado o custo de cada atividade individualmente, torna-se necessária a divisão do departamento em centros de custos distintos. Quanto à determinação dos centros de custos, Bornia (2010, p. 89) considera que estes podem ser definidos a partir do organograma da empresa, de sua localização (no caso de cada parte da empresa estar em local diferente), das responsabilidades (gerência) e da homogeneidade (mesmo tipo de trabalho). Para cada centro de custo, como já foi abordado em departamentalização, haverá um responsável pelo controle de seus gastos, o que possibilitará decisões quanto a manter, aumentar ou diminuir os gastos dos centros de custos. Então, pode ser dito que um centro de custos é um centro de responsabilidade. Pois centro de responsabilidade, conforme Atkinson et al. (2000, p. 615), refere-se a “uma unidade da empresa para a qual um gerente é feito responsável”. Esta pode ser um centro de custos, um centro de lucro, um centro de receita ou ainda um centro de investimento, e para cada um haverá um gestor responsável pelo controle. Esta forma de atribuir responsabilidades, decorre do processo de descentralização, que requer responsáveis pelas tomadas de decisões, alguém que oriente a empresa para o sucesso, que indique as melhores alternativas para cada situação (ATKINSON ET AL., 2000, p. 614). Em perspectiva similar, Crepaldi (2011, p. 71) afirma que normalmente as decisões são tomadas pelos centros de responsabilidades, onde os gestores decidem, baseando-se em suas próprias avaliações, sem a intervenção do nível mais alto da hierarquia da empresa, que apenas julgará o resultado das decisões. Para isso, é necessária a adoção de maneiras para medir o desempenho e coordenar as ações. O autor cita três tipos de centros de responsabilidades: centros de custo, centros de lucro e centros de investimentos. Entende-se, então, que centros de responsabilidades são partes da empresa, cada uma com um responsável por decidir sobre as atividades, as metas e as medidas de desempenho que orientem para o alcance dos objetivos desta. Especificamente, nos centros de custo, as atividades referem-se ao controle dos custos. 34 Para Atkinson et al. (2000, p. 618), as informações de custos, utilizadas pelos gestores para monitorar e avaliar as operações, são promovidas através dos relatórios dos centros de custos. Neles são comparados os orçamentos com os resultados reais. Esses relatórios permitem a identificação das causas das diferenças entre os custos orçados e reais. O autor trata a diferença como variância, que é o resultado do custo atual menos o custo orçado. As variâncias podem ser: desfavoráveis, quando o resultado for positivo, o que indica que o custo atual é maior do que o orçado; ou favoráveis, quando o resultado for negativo, indicando que o custo real foi menor do que o previsto. Através da análise destes relatórios, é possível controlar e reduzir os custos. Porém, de acordo com o autor, para medir corretamente o desempenho do centro de custo, também é preciso considerar aspectos como: qualidade, tempo de resposta, habilidade para atender aos cronogramas de produção, motivação dos funcionários, segurança dos funcionários e respeito pelos compromissos éticos e ambientais da empresa. Em perspectiva um tanto quanto distinta, Crepaldi (2011, p. 72), aborda os centros de custo como formas de possibilitar a maximização da produção, com quantidade fixa de insumos ou minimização do insumo para atingir determinada produção. O autor cita como exemplo, um determinado departamento que recebe um orçamento fixo e com ele deve obter os melhores resultados possíveis em termos de produção. Em contraposição, outros departamentos precisam produzir mais utilizando o mínimo de insumos. Nesses casos, o sistema de controle vai permitir que os gestores decidam como combinar os insumos para alcançar determinado objetivo, responsabilizando-se por atingir as metas estipuladas. Crepaldi indica como medida de desempenho dos centros de custos, a comparação entre a produção e estoque orçado e o realizado. Os centros de custo são importantes para adequada distribuição dos custos indiretos aos departamentos, conforme suas responsabilidades, ou seja, cada departamento receberá os custos de sua responsabilidade que, posteriormente, serão apropriados aos produtos, levando a determinação mais precisa do custo destes produtos (PEREZ JUNIOR; OLIVEIRA; COSTA, 1999, p. 54; MARTINS, 2000, p. 72; CREPALDI, 2011, p. 90). Portanto, os centros de custo podem ser tratados como centros de responsabilidade para onde são levados os custos indiretos de fabricação. Eles facilitam os controles internos e permitem a 35 identificação e alocação mais adequada dos custos indiretos de fabricação, fornecendo dados mais precisos aos gestores. Assim, para colaborar com a compreensão de como ocorre esse processo, em seguida serão estudados os critérios de rateio dos custos indiretos. 2.3 CRITÉRIOS DE RATEIO DOS CUSTOS INDIRETOS Aqui serão abordados os critérios de rateio dos custos indiretos, que como já foi mencionado anteriormente, são elementos de custos que não podem ser identificados nos produtos. O levantamento dos custos indiretos é feito pelo total de cada um deles, sem atribuição a cada produto ou função de custo diferente. Portanto, para alocar as parcelas do custo indireto a cada produto, a cada serviço ou centro de custo, é preciso efetuar o rateio (DUTRA, 2003, p. 188). O que, conforme Bruni e Famá (2004, p. 110), é imperativo para empresas que produzem e comercializam múltiplos produtos. De acordo com Perez Junior, Oliveira e Costa (1999, p. 26), critérios de rateio representam a forma utilizada para a distribuição dos gastos indiretos aos produtos ou centros de custos. Os autores destacam que: Não há critérios de rateio que sejam válidos para todas as empresas e sua definição depende do gasto que estiver sendo rateado, do produto ou centro de custo que esteja sendo custeado e da relevância do valor envolvido. A principal regra para a determinação de critérios de rateio é o bom senso. Na mesma linha, Crepaldi (2011, p. 91) afirma que a definição do critério deverá ser estudada e adequada a cada situação, porém existem alguns critérios que são amplamente utilizados, os quais são apresentados no quadro 3. Quadro 3 – Critérios de rateio dos custos indiretos CUSTOS INDIRETOS CRITÉRIOS DE RATEIO Gastos relacionados com o edifício da fábrica (aluguel, depreciação, seguros, limpeza, reparos e imposto predial) Área ocupada 36 Iluminação da fábrica Gastos com o escritório da fábrica Área ocupada, número de lâmpadas ou pontos de luz Número de empregados, horas-máquinas trabalhadas ou horas trabalhadas/MOD Material indireto Material direto Mão de obra indireta Almoxarifado Número de empregados, horas trabalhadas/MOD Custo dos materiais Manutenção das máquinas Horas-máquinas trabalhadas Custo do refeitório, transportes e assistência médica dos empregados Energia elétrica (força) Número de empregados Quilowatt-hora consumido Fonte: Adaptado de Crepaldi (2011, p. 91). Para Dutra (2003, p. 189) a escolha da base de rateio deve ser orientada pela afinidade com o custo indireto que será distribuído, pois, segundo o autor, a base de rateio mais adequada é aquela em que o custo ocorre na mesma proporção ou muito próximo dela. O rateio pode ser feito utilizando-se como base: a quantidade produzida de cada tipo de produto, os custos de matéria-prima direta, os custos diretos totais, os custos de mão-de-obra direta, horas-máquina, entre outras (MARTINS, 2000, p. 85; BORNIA, 2010, p. 175), devendo-se conhecer detalhadamente os custos que compõem o total dos CIF para que a distribuição seja adequada a cada produto. Como foi abordado na seção anterior, a departamentalização, ou os centros de custos, facilitam a apropriação racional dos custos indiretos, pois desta forma é possível levar os custos indiretos para cada departamento e destes distribuir aos produtos. Assim, cada departamento recebe os custos de sua responsabilidade, que são apropriados aos produtos fabricados, por meio de taxas calculadas, apenas para os produtos que passam pelo departamento. Por exemplo, cada departamento tem o acompanhamento dos custos indiretos de sua responsabilidade (energia elétrica, aluguel), tem também o acompanhamento das horas trabalhadas em cada setor, para cada produto. A partir do total dos custos indiretos de cada setor e do total de horas, é possível fazer a proporção e encontrar a taxa hora ($) e, a partir desta, distribuir os custos indiretos aos produtos, multiplicando-se a taxa hora ($) pelas 37 horas apontadas para a fabricação de cada produto (PEREZ JUNIOR; OLIVEIRA; COSTA, 1999, p. 52). Os autores Perez Junior, Oliveira e Costa (1999, p. 58) alertam que “todo o critério de rateio é arbitrário e pode provocar distorções significativas na apuração dos custos”, portanto é preciso procurar formas mais seguras para apropriar estes custos, evitando a escolha de critérios que incorram em apropriações indevidas, gerando erro na definição dos custos dos produtos. No próximo tópico aprofunda-se o conhecimento sobre sistema de custos e os métodos de custeio existentes, dos quais, o rateio de custos faz parte. 2.4 SISTEMA DE CUSTOS Antes de abordar especificamente sobre sistema de custos, é preciso conceituar sistema, que, de acordo com O’Brien (2004, p. 17), “é um grupo de componentes inter-relacionados que trabalham juntos rumo a uma meta comum recebendo insumos e produzindo resultados em um processo organizado de transformação.” Esse conceito corrobora com o que afirma Martins (2000, p. 28) sobre sistema de custos, destacando que este “representa o conduto que recolhe dados em diversos pontos, processa-os e emite, com base neles, relatórios na outra extremidade” e que o sucesso deste, depende das pessoas que o alimentam e processam. Conforme Bernardi (2007, p. 37), a escolha de um sistema de custos deve estar relacionada aos objetivos da empresa, ao propósito do sistema e as necessidades de se analisar os resultados. E o sistema de custos, para Bornia (2010, p. 32) é parte integrante do sistema de gestão da empresa e, portanto, deve responder as necessidades deste. Ele deve ser capaz de gerar informações que sejam utilizadas pelos gerentes na busca por resultados positivos. Este também deve se adaptar as constantes mudanças que interferem nas formas de gestão, para que as decisões tomadas a partir de suas informações, não sejam equivocadas (BORNIA, 2010, p. 32). Os sistemas de custos ou métodos de custeio refletem a forma como os custos serão apropriados (associados) aos produtos, e o método a ser escolhido deve proporcionar informações confiáveis permitindo decisões acertadas. Desta forma, podem ser citados os métodos: custeio por absorção, custeio direto (ou 38 variável), ABC, RKW, dentre outros (MARTINS, 2000, p. 41; PINTO ET AL., 2008, p. 40). Neste contexto, na figura 2 pode ser visualizada a correlação dos tipos de gastos com os métodos de custeio, possibilitando uma visão mais abrangente sobre os métodos existentes e os gastos englobados em cada um deles, tornando mais claro o entendimento. Figura 2 – Métodos de custeio Despesas Variáveis Mão-de-Obra Direta Mão-de-Obra Indireta Despesas Gerais Industriais RKW Matéria-Prima, Materiais Diretos e Embalagens Custeio ABC MÉTODOS DE CUSTEIO Custeio por Absorção TIPOS DE GASTOS Custeio Direto/Variável GASTOS TOTAIS – DIRETOS E INDIRETOS Depreciação Mão-de-Obra Administrativa/Comercial Despesas Administrativas/Comerciais Despesas Financeiras Fonte: Adaptado de Padoveze (2003, p. 151). Analisando-se a figura 2, se percebe que dentre os métodos apresentados, o RKW é o único que abrange todos os tipos de gastos. Podendo-se inferir que existindo a necessidade de uma análise completa sobre os custos da empresa, este pode ser o método mais apropriado, pois são considerados os gastos desde a matéria-prima até as despesas financeiras. Visando buscar o entendimento de forma mais substancial, é importante que se comente um pouco a respeito de cada método de custeio. Inicia-se, então com o custeio por absorção, que é largamente utilizado nas empresas, por ser o método que atende a legislação comercial e fiscal vigente no Brasil. Sendo válido para 39 apresentação de demonstração de resultado e para o cálculo do Imposto de Renda. Este método consiste em associar todos os custos de produção aos produtos e serviços elaborados, sejam eles diretos ou indiretos, como apresentado na figura 3 (MARTINS, 2000, p. 41; DUTRA, 2003, p. 226; PINTO ET AL., 2008, p. 40; CREPALDI, 2011, p. 81). Figura 3 – Método de custeio por absorção Acumulação Custos Indiretos Diretos Rateio Receita Produto A (-) C.M.V Produto B Lucro Bruto (-) Desp. operac. Estoque Lucro operacional Despesa Fonte: Adaptado de Pinto et al. (2008, p. 41). As vantagens deste método, destacadas por Crepaldi (2011, p. 141), consistem em: • fixação de preços de venda mais reais, pois engloba todos os custos da empresa nos custos unitários dos produtos; • baseia-se nos Princípios Fundamentais de Contabilidade; • demonstra índices de liquidez mais reais; • aceito pelo Fisco, no Brasil. As críticas ao método, de acordo com Pinto et al. (2008, p. 45) e Crepaldi (2011, p. 141), ocorrem porque este não fornece informações adequadas para a tomada de decisão, pois: 40 • não possibilita identificar se os produtos realmente agregam valor a empresa; • não considera o comportamento dos custos, caso, por exemplo, se aumente a quantidade produzida, o que não permite comparação em bases unitárias, quando houver alterações no volume de produção; • os critérios de rateio são arbitrários, podendo incorrer em erros, caso for utilizado um critério equivocado; • os produtos absorvem todos os custos, fazendo com que o gestor não tenha noção da ociosidade da empresa, pois se um produto deixar de ser fabricado, os custos serão realocados para os outros produtos, e a ociosidade gerada não será imediatamente localizada. Para fornecer informações gerenciais mais adequadas, surgiu o método de custeio direto/variável, no qual são alocados aos produtos todos os custos variáveis, sendo que os fixos são considerados como despesas e incorporados diretamente no resultado do período. Por meio dele é possível saber quanto os produtos/serviços contribuem para cobrir os gastos fixos da empresa (MARTINS, 2000, p. 216; PINTO ET AL., 2008, p. 46; BORNIA, 2010, p. 35; CREPALDI, 2011, p. 116). A figura 4 colabora com o entendimento deste método. Figura 4 – Método de custeio direto/variável Acumulação Custos Variáveis Fixos Receita Produto A Produto B (-) Custos variáveis (-) Desp. variáveis Margem de contribuição Estoque Variável Despesas (-) Custos Fixos (-) Despesas fixas Lucro operacional Fixa Fonte: Adaptado de Pinto et al. (2008, p. 47). 41 Crepaldi (2011, p. 141) apresenta as seguintes vantagens para o método de custeio direto variável: • os custos dos produtos podem ser comparados em bases unitárias, independentemente do volume de produção; • facilita o tempo e o trabalho despendido, tornando mais prática a apuração e a apresentação de informações; • possibilita controle mais apropriado dos custos fixos, por se apresentarem separadamente nas demonstrações; • facilita a elaboração e o controle de orçamentos e a determinação e o controle de padrões; • fornece mais instrumentos de controle gerencial. Quanto às desvantagens indicadas pelo autor (2011, p. 141), tem-se: • o método fere o Princípio Contábil de confrontação das receitas com os custos que contribuem para a sua obtenção; • pode prejudicar a análise por parte dos credores no que se refere aos índices de liquidez a capital circulante líquido; • não considera os custos fixos na determinação do preço de venda; • no Brasil, não é aceito pelo fisco. Quanto ao método de custeio ABC (Activity Based Costing), custeio baseado em atividades, Perez Junior Oliveira e Costa (1999, p. 227) salientam que este “é uma técnica de controle e alocação de custos” que possibilita: • identificar os processos e as atividades existentes nos setores produtivos, auxiliares ou administrativos de uma organização; • identificar, analisar e controlar os custos envolvidos nesses processos e atividades; • atribuir os custos aos produtos, tendo como parâmetro a utilização de direcionadores (ou geradores) de custos. 42 Neste sentido, para Crepaldi (2011, p. 228), o ABC consiste em um “sistema de custeio baseado na análise das atividades significativas da empresa.” E, de acordo com Bornia (2010, p. 112), este sistema “pressupõe que as atividades consomem recursos, gerando custos, e que os produtos utilizam tais atividades, absorvendo seus custos.” Portanto, Crepaldi (2011, p. 230) afirma que no ABC, as bases para alocação dos custos são as medições das atividades executadas. Assim, Crepaldi (2011, p. 241) destaca que o custeamento por atividades é uma ferramenta gerencial, que fornece relatórios que permitem aos gestores uma visão dos processos da empresa, mostrando as causas geradoras dos custos e as ineficiências, possibilitando análises mais detalhadas dos produtos/serviços produzidos. O método pode apresentar algumas dificuldades, que de acordo com Pinto et al. (2008, p. 62) residem em: alto custo de implantação pela ampla complexidade de localização e mensuração das diversas atividades existentes, o que torna extremamente difícil a comparação dos custos da empresa com os custos dos concorrentes. No que se refere ao custo padrão, conforme os autores consultados, este é na verdade um método de controle de custos. Pois consiste em se estabelecer padrões de como devem ser custos, e ao final da apuração dos custos de período, faz-se uma comparação entre o custo estimado e o custo realmente ocorrido, permitindo a análise das variações e a identificação das possíveis causas. Portanto, este método deve ser utilizado em conjunto com outros métodos, como o custeio por absorção, o custeio variável, o ABC ou RKW (PEREZ JUNIOR; OLIVEIRA; COSTA, 1999, p. 153; MARTINS, 2000, p. 332; BORNIA, 2010, p. 76; CREPALDI, 2011, p. 183). O RKW ou método dos centros de custos é o método no qual são considerados todos os gastos incorridos em uma organização, conforme pode ser visualizado na figura 2. Por se tratar do método a ser utilizado na proposta deste trabalho, o mesmo será estudado de forma mais abrangente no item seguinte. Torna-se importante destacar que, de acordo com Martins (2000, p. 314), não é correto afirmar que um método é melhor do que o outro, a afirmação somente será possível após serem analisadas as circunstâncias e utilizações dos mesmos. Para o autor (2000, p. 379), antes da implantação de qualquer sistema de custos é preciso 43 identificar qual a finalidade do mesmo, somente depois disto pode-se escolher o método mais adequado. Visando colaborar com o entendimento dos temas, é preciso abordar também sobre os sistemas de acumulação de custos, que fazem parte da gestão de custos, assim como os métodos de custeio. Os sistemas de acumulação de custos, de acordo com Padoveze (2003, p. 76), referem-se à forma como os dados obtidos pelos métodos de custeio são registrados, guardados e acumulados. Os principais sistemas de acumulação utilizados pelas empresas são: acumulação por ordem de produção e acumulação por produção contínua ou por processo. A acumulação por ordem de produção é normalmente utilizada por empresas que produzem por encomenda, consiste em gerar a ordem de produção para determinado item e nela serão acumulados todos os gastos despendidos para produzi-lo. Já a acumulação por processo é utilizada por empresas que têm produção contínua de itens ou serviços similares. Neste caso, os custos são acumulados por atividades e por departamentos (centros de custos), por onde passam os materiais ou são executados os serviços, sendo as contas encerradas ao final do período, e os custos avaliados pela média do período, ou seja, faz-se a divisão do custo total pela quantidade produzida (PEREZ JUNIOR; OLIVEIRA; COSTA, 1999, p. 88; MARTINS, 2000, p. 157; PADOVEZE, 2003, p. 82). Portanto, entende-se que o sistema de acumulação de custos a ser escolhido pela empresa deverá estar orientado às características de suas atividades produtivas. Como o enfoque deste estudo está relacionado ao método de custeio RKW, no passo seguinte busca-se aprofundar os conhecimentos condizentes a este método. 2.4.1 Sistema RKW O sistema RKW (abreviação de Reichskuratorium für Wirtschaftlichkeit) é também denominado pela literatura de método dos centros de custos ou ainda de método das seções homogêneas ou método de custeio pleno. Originou-se na Europa, no início do século XX, mais precisamente na Alemanha, e o seu nome representa as iniciais de um antigo instituto de pesquisas econômicas daquele país, 44 que orientava as empresas através da imposição de uma metodologia para o cálculo dos custos, época em que o lucro era definido pelo governo (MARTINS, 2000, p. 236; BORNIA, 2010, p. 88; CREPALDI, 2011, p. 262). O método RKW consiste no rateio de todos os gastos, inclusive os financeiros, a todos os produtos (MARTINS, 2000, p. 236). E sua principal característica, de acordo com Bornia (2010, p. 88) é a divisão da empresa em centros de custos, nos quais são alocados os custos, utilizando-se bases de distribuição. Posteriormente esses custos são repassados aos produtos por unidades de trabalho. O que também é feito no custeio pela departamentalização, apresentado por Souza e Diehl (2009, p. 110), que apesar da nomenclatura distinta, apresenta acumulação dos custos de mesma forma que o RKW. No que se refere ao uso, Crepaldi (2011, p. 264) afirma que este método tem aplicações eminentemente gerenciais, pois possibilita relacionar os resultados gerais da empresa com os resultados individuais dos produtos vendidos, que têm incorporados todos os gastos da empresa. Pode-se dizer então que ele auxilia a gerenciar os números da empresa, e, de acordo com Martins (2000, p. 236), se forem adotados critérios de rateio adequados, o resultado final é o gasto total do processo empresarial para a geração de receita, tornando-se uma ferramenta de apoio as decisões gerenciais. Para a sistematização do RKW, Bornia (2010, p. 92) apresenta cinco fases, a saber: • separação dos custos em itens; • divisão da empresa em centros de custos; • identificação dos custos com os centros (distribuição primária); • redistribuir os custos dos centros indiretos até os diretos (distribuição secundária); • distribuição dos custos diretos aos produtos (distribuição final). Na primeira fase, como os itens de custos têm naturezas e comportamentos diversos, é preciso que sejam separados, pois não podem ser tratados de maneira igual. 45 A segunda fase consiste em dividir a empresa em centros de custos, tema já trabalhado de forma ampla, anteriormente, mas que ainda permite inserir colaboração, como a afirmação de Souza e Diehl (2009, p. 114) que consideram centro de custo “a menor entidade executora de atividade, para a qual se faz a acumulação de custos”, sendo este o objeto de custeio. E entre os centros de custo existe interação, como pode ser visualizada na figura 5. Figura 5 – Interação entre departamentos produtivos e de apoio Centro de Custo Moagem Centro de Custo Filtragem Centro de Custo Calcinação Centro de Custo Acabamento Centro de Custo Embalagem Produtos Fluxo de serviços Departamentos produtivos Atendimento às necessidades do processo Departamentos de apoio Centro de Custo Armazenagem Centro de Custo Exposição Interna Centro de Custo Manutenção Centro de Custo Laboratório Centro de Custo Ger. Fábrica Fonte: Adaptado de Souza e Diehl (2009, p. 114). De acordo com Souza e Diehl (2009, p. 114), no processo de custeio, os centros de custos possibilitam maior eficácia e racionalidade na distribuição dos custos indiretos. E neste sentido, apresenta-se a terceira fase do método dos centros de custos, que segundo Bornia (2010, p. 92), se trata da identificação dos custos com os centros de custos, ao que autor chama de distribuição primária. Nesta fase precisam ser definidas as bases de distribuição para os itens de custos, ou seja, definir os critérios para alocar os custos aos centros. Conforme o autor, “a distribuição dos custos deve representar da melhor forma possível o uso dos recursos.” Os custos devem ser apropriados conforme o nível de consumo de cada centro de custos, ou seja, cada centro receberá os custos de sua responsabilidade. Nesta etapa são utilizados critérios para rateio dos custos indiretos, assunto que já foi estudado em etapa anterior deste estudo. 46 No modelo apresentado por Souza e Diehl (2009, p. 116), esta etapa corresponde ao processo de rateio 1, onde, da mesma forma que a sistematização de Bornia, os custos indiretos serão distribuídos aos departamentos. E como exemplo de bases de distribuição primária, Bornia (2010, p. 93) cita alguns, que podem ser vistos no quadro 4. Quadro 4 – Exemplos de bases de distribuição primária ITEM DE CUSTOS BASE DE DISTRIBUIÇÃO Energia elétrica Potência instalada (indireto) Aluguéis Área (indireto) Seguro Valor dos itens segurados (indireto) Depreciação Direto Mão-de-obra Direto Materiais de consumo Direto Serviços de terceiros Direto Fonte: Adaptado de Bornia (2010, p. 93). Na quarta fase, conforme Bornia (2010, p. 93), é feita distribuição dos custos dos centros de custos indiretos aos diretos. Para a realização desta distribuição são utilizados critérios que precisam demonstrar, de maneira fiel, como os centros indiretos são utilizados pelos outros. Pois a função dos centros indiretos é prestar apoio aos outros centros. Eles não trabalham diretamente com os produtos e sim dão suporte aos que produzem. Então essa distribuição deve demonstrar o consumo daquele centro pelos demais. Da mesma forma, para Souza e Diehl (2009, p. 116), esta etapa, que é chamada por eles de processo de rateio 1, “corresponde ao processo de transferência dos custos indiretos dos departamentos de apoio para os departamentos produtivos, efetuado com base na correspondente utilização dos serviços de apoio realizados.” Os centros indiretos ou departamentos de apoio são os departamentos de serviços ou auxiliares que foram estudados anteriormente. E para ilustrar, no quadro 5 são demonstrados alguns exemplos de bases de distribuição secundária, citados por Bornia (2010, p. 93). 47 Quadro 5 – Exemplos de bases de distribuição secundária CENTROS DE CUSTOS BASE DE DISTRIBUIÇÃO Almoxarifado Requisições Compras Requisições Manutenção Ordens de manutenção Refeitório Número de empregados Vigilância Área Contabilidade Número de lançamentos Fonte: Adaptado de Bornia (2010, p. 93). Para a distribuição primária e secundária, Bornia (2010, p. 94) trabalha com o método sequencial, em que os custos dos centros indiretos são alocados aos centros diretos, como pode ser visualizado na figura 6. Figura 6 – Matriz de custos Fonte: Adaptado de Bornia (2010, p. 94). A distribuição final é a última fase que Bornia (2010, p. 95) apresenta para o RKW, e que corresponde ao processo de rateio 3, apresentado por Souza e Diehl (2009, p. 116). Esta é a etapa onde é feita a distribuição dos custos aos produtos, sendo adotado como critério, a unidade de medida de trabalho do centro direto (quadro 6). Bornia (2010, p. 95) alerta que a unidade de trabalho deve representar de forma fiel a parcela do trabalho do centro dedicada a cada produto. 48 Quadro 6 – Exemplos de unidades de trabalho CENTROS DE CUSTOS UNIDADE DE TRABALHO Fundição Caixas de molde Usinagem Horas-máquina Fornos Cargas ou corridas Montagem Horas-homem Retífica Horas-máquina Embalagem Unidades Fonte: Adaptado de Bornia (2010, p. 95). Com base no conjunto de dados que se obtém após a distribuição final, podem ser feitas análises como, identificar a composição do custo unitário de cada produto por elemento de custo, bastando apenas dividir o valor dos custos pela quantidade produzida. O que serve de base para tomada de decisões, como precificação, avaliação da eficiência, ações de marketing, dentre outras (SOUZA; DIEHL, 2009, p. 124). Nesta etapa Bornia (2010, p. 95) ressalta a importância da homogeneidade do centro de custos, para que a unidade de trabalho reflita realmente o serviço feito naquele centro. Quanto menos homogêneo for o centro, pior será a distribuição de seus custos aos produtos. A figura 7 ilustra um exemplo de centros homogêneos e não-homogêneos. Figura 7 – Diferença entre os custos de centros homogêneos e não-homogêneos $5/h Torno universal $5/h Torno universal $5/h Torno universal Centro homogêneo Fonte: Adaptado de Bornia (2010, p. 95). $5/h Torno automático $ 12 / h Torno universal $7/h Torno CNC Centro não-homogêneo 49 Pode-se concluir então que pela forma de distribuição dos custos dos centros indiretos para os diretos e posteriormente aos produtos, este método evita que centros de custos que já tenham sido rateados recebam novos rateios, permitindo assim uma distribuição mais adequada dos custos aos produtos. Complementando o estudo, Crepaldi (2011, p. 264) apresenta algumas vantagens e desvantagens para o método RKW, conforme pode ser visualizado no quadro 7. Quadro 7 – Vantagens e desvantagens do RKW VANTAGENS São considerados todos os gastos; Fornece informação de custos completa e conservadora; Permite a monitoração e avaliação da lucratividade de processos fabris e de produtos; Permite decisões sobre preços de venda. DESVANTAGENS Nas decisões de preço não leva em conta o mercado; Não faz distinção entre custos fixos e variáveis; O percentual de provisão para lucros aplicados aos produtos é uniforme, não considerando que nem todos os produtos auferem lucros à mesma taxa. Fonte: Adaptado de Crepaldi (2011, p. 264). Corroborando, Martins (2000, p. 237) descreve que este método pode ser usado em uma economia totalmente centralizada e dificilmente terá sucesso em uma economia de mercado, mesmo que ela seja controlada parcialmente pelo governo. Pois os preços são muito mais afetados pelos mecanismos e pelas forças da oferta e da procura, e o grande responsável pela fixação dos preços é o mercado, e não os custos de obtenção dos produtos. Portanto, conforme o autor (2000, p. 237) é mais provável que a empresa analise seus custos e suas despesas, para verificar se é lucrativo trabalhar com um produto, cujo preço é fortemente influenciado pelo mercado, do que ela definir o preço em função de seus custos ou despesas. Como vantagem, Souza e Diehl (2009, p. 125) enfatizam que ao acumular custos por centros de custos, fica facilitada a elaboração de orçamentos departamentais e avaliação de desempenho destes e de seus gestores. Pode-se afirmar então que o sistema RKW proporciona de maneira completa a definição dos custos que compõem os produtos, facilitando a análise da lucratividade destes. Proporciona também identificar os custos dos centros de 50 custos, podendo-se saber quais apresentam maiores parcelas de custos, a sua participação e o seu desempenho. Portando, este método de custeio facilita a tomada de decisões gerenciais. Mesmo que os sistemas de custos estejam orientados a fornecer informações gerenciais, estes estão intimamente relacionados à contabilidade, portanto é considerável que se tenha o entendimento da relação dos princípios contábeis na gestão e análise de custos, é o que se busca alcançar no estudo do próximo item deste trabalho. 2.5 PRINCÍPIOS CONTÁBEIS APLICADOS NA ANÁLISE DE CUSTOS Neste item procura-se entender qual a relação e a importância dos princípios contábeis na gestão e análise de custos. Desta forma, para Perez Junior, Oliveira e Costa (1999, p. 59), os princípios contábeis “são normas, por convenção, adotadas e consideradas adequadas para demonstrar o patrimônio de uma empresa e suas mutações ocorridas durante um período”. Ainda segundo os autores, estes derivam da contabilidade financeira ou mercantil, a qual a contabilidade de custos deve estar integrada e coordenada, portanto é preciso saber identificar e adotar estes princípios. Corroborando, Bruni e Famá (2004, p. 22) consideram que mesmo que os princípios contábeis sejam uma preocupação da contabilidade financeira, alguns também são aplicados em custos. Em linha, porém de maneira um tanto quanto distinta, Leone (2000a, p. 81) prefere denominar de preceitos contábeis aplicados à contabilidade de custos, pois considera a palavra princípio algo imutável que independe de tempo e espaço, como as leis da Física. O que, segundo o autor, não condiz com os preceitos contábeis que foram criados para sistematizar cálculos, registros, apresentação e interpretação dos acontecimentos nas organizações e que podem sofrer alterações com o passar do tempo e com as novas tecnologias e novas regulamentações governamentais. Porém neste estudo será utilizada a nomenclatura apresentada na maior parte das literaturas, ou seja, princípios contábeis, e os considerados mais relevantes em custos são apresentados quadro 8. 51 Quadro 8 – Princípios contábeis aplicados na análise de custos PRINCÍPIO CONTÁBIL APLICAÇÃO EM CUSTOS Entidade São consideradas apenas as operações relativas à empresa e não aos sócios ou terceiros. São reconhecidos somente os gastos incorridos no processo efetivo da empresa, excetuando gastos de terceiros, mesmo que pertençam ao mesmo grupo empresarial. Continuidade Supõem-se a continuação das operações da empresa, então a avaliação do patrimônio se dá pelo custo de aquisição ou de produção. Por esta razão a depreciação do ativo imobilizado foi convencionada pela vida útil estimada dos bens. Também é pelo mesmo motivo que o imobilizado é avaliado pelo custo e não pelo preço de mercado, pois se entende que ele foi adquirido para o uso e não para a alienação. Realização da receita As receitas são reconhecidas somente quando realizadas, ou seja, quando há troca de bens ou serviços. Portanto o lucro ou prejuízo se realiza no ato da venda. Competência ou confrontação Momento em que são reconhecidos os custos e as despesas, logo após a realização da receita, de onde serão deduzidos os valores dos esforços para a sua obtenção. As despesas podem ser direta (comissões, fretes) ou indiretamente (propaganda, administração) relacionadas às receitas. Os gastos incorridos no processo de aquisição ou produção permanecem em estoque até a venda ou baixa da mercadoria. Custo como base de valor Legalmente os ativos devem ser registrados por seu valor de entrada. No caso da contabilidade gerencial, para uso na tomada de decisão, outros custos podem ser utilizados como base de valor, buscando satisfazer as necessidades internas. Denominador comum monetário Como as demonstrações contábeis devem ser expressas em moeda nacional, todos os custos incorridos também devem ser avaliados por esta moeda. 52 Consistência ou uniformidade Após a adoção de um procedimento contábil, este deve ser mantido, para não prejudicar a análise comparativa de custos no decorrer do tempo. Se houver a necessidade de mudança, para melhorar a qualidade da informação gerada, a alteração e seus efeitos devem ser evidenciados. Materialidade ou relevância Fundamental na contabilidade de custos. Admite que a administração tenha a preocupação de controlar somente os fatos significativos, ou seja, com valor relevante. Desobriga um controle mais rígido em itens de baixo valor monetário e que existam em pequena quantidade. Objetividade Os valores apropriados ao custo de produção devem embasar-se em documentos que comprovem a natureza e o valor de registro ou em critérios objetivos, principalmente na determinação dos rateios dos custos indiretos ou ainda por critérios geralmente aceitos na contabilidade, como a vida útil estimada para a depreciação. Conservadorismo A avaliação dos estoques deve ser feita pelo custo de aquisição das matérias-primas, materiais de embalagens e pelos custos incorridos na produção, mas quando o valor de mercado dos produtos for menor que os custos de aquisição ou de produção, da diferença deve ser constituída uma provisão de perdas. Fonte: Adaptado de Perez Junior, Oliveira e Costa (1999, p. 60); Martins (2000, p. 35); Leone (2000a, p. 83); Bruni e Famá (2004, p. 23); Galloro e Galloro (2000, p. 81). Neste contexto, Martins (2000, p. 23) afirma que estes princípios não conseguem atender de forma adequada importantes tarefas que são o controle e a decisão. Ao que Bruni e Famá (2004, p. 23) complementam alertando que os princípios que facilitam e padronizam a prática contábil, podem prejudicar a gestão com base em números fornecidos pela contabilidade, pois esta registra fatos do passado, enquanto que a gestão empresarial necessita tomar decisões com impactos futuros. Então as informações da contabilidade financeira precisam ser 53 adaptadas para a gestão de custos, propiciando assim a tomada de decisão acertada. Os sistemas de custos objetivam servir os gestores de informações que permitam a tomada de decisões, para tanto estas informações precisam ser claras, concisas e refletirem a realidade. É neste sentido que reside a importância dos princípios contábeis na análise de custos, pois se a geração de dados não respeitar nenhum critério, as informações geradas serão distorcidas, trazendo falhas para análise e consequentemente para o controle e a decisão. Outro aspecto que precisa ser estudado quando se considera custos é a legislação que vigora a este respeito. 2.6 OS CUSTOS E A LEGISLAÇÃO É evidente que neste trabalho procura-se abordar os aspectos gerenciais de custos, porém em um estudo sobre custos torna-se necessário comentar sobre a legislação existente neste sentido, para destacar as diferenças entre as duas abordagens: a de gestão, em que as formas de registro, controles, relatórios e análises estão focadas nas decisões internas que irão influenciar o futuro; e a abordagem legal da contabilidade financeira que é definida por órgãos governamentais, e está relacionada com o registro das operações realizadas, com vistas a arrecadação de tributos. Nesta perspectiva, Viveiros (2000, p. 219) afirma que a informação para atender a legislação deve ser obrigatoriamente apresentada, independente da sua utilização na operação e gestão da empresa. E dentre as informações legais que devem ser apresentadas, o autor cita: • acumulação dos salários pagos durante o ano para a elaboração do Informe de Rendimento; • registro das notas fiscais de compra e venda para a apuração dos impostos incidentes sobre as operações; • apuração do custo de produção que serve de base para a determinação do lucro da empresa para efeito do IR. 54 No entanto, Viveiros (2000, p. 219) constata que estas, mesmo sendo geradas para atender quesitos legais, também podem ser úteis para a geração de informações gerenciais ou operacionais. Quanto aos aspectos fiscais, a legislação vigente é o atual Regulamento do Imposto de Renda, o RIR/1999, constante no Decreto nº. 3.000, de 26 de março de 1999, que estabelece que tanto o Imposto de Renda como outros proventos de qualquer natureza, serão cobrados e fiscalizados pelos termos do referido Decreto (SOUZA; DIEHL, 2009, p. 62). Consultando-se o Decreto nº. 3.000/99, no que tange aos custos dos bens e serviços, o art. 289 define que o custo das mercadorias revendidas e das matériasprimas utilizadas será determinado com base em registro permanente de estoques ou no valor dos estoques existentes, de acordo com o Livro de Inventário, no fim do período de apuração. Nas mercadorias destinadas à revenda, o parágrafo primeiro do art. 289, define que o custo de sua aquisição compreenderá os custos de transporte e seguro até o estabelecimento do contribuinte e também os tributos devidos na aquisição ou importação. Nos custos de aquisição também constam os gastos com desembaraço aduaneiro (parágrafo 2.º). Porém, não são incluídos no custo os impostos recuperáveis através de créditos na escrita fiscal (parágrafo 3.º). Quanto aos custos de produção, o art. 290 apresenta que o custo de produção dos bens ou serviços vendidos compreenderá, obrigatoriamente: • o custo de aquisição de matérias-primas e quaisquer outros bens ou serviços aplicados ou consumidos na produção, observado o disposto no artigo anterior; • o custo do pessoal aplicado na produção, inclusive de supervisão direta, manutenção e guarda das instalações de produção; • os custos de locação, manutenção e reparo e os encargos de depreciação dos bens aplicados na produção; • os encargos de amortização diretamente relacionados com a produção; • os encargos de exaustão dos recursos naturais utilizados na produção. 55 E isto é o que configura o método de custeio por absorção como sendo o método legalmente aceito que, como foi já foi abordado anteriormente neste estudo, é que este associa todos os custos de produção aos produtos. Corroborando, os autores consultados afirmam que o sistema de apuração de custos por absorção, que é derivado da aplicação dos princípios contábeis geralmente aceitos, é adotado tanto pela legislação comercial como pela legislação fiscal. Portanto este método é válido para a apresentação das demonstrações contábeis o para o pagamento do Imposto de Renda. E é também utilizado quando a empresa busca um sistema de custos integrado a contabilidade (PEREZ JUNIOR; OLIVEIRA; COSTA, 1999, p. 63; MARTINS, 2000, p. 41; SOUZA; DIEHL, 2009, p. 64; CREPALDI, 2011, p. 81). O Decreto prevê também a respeito das quebras e perdas no art. 291 que indica que o custo será integrado também pelo valor: • das quebras e perdas razoáveis, de acordo com a natureza do bem e da atividade, ocorridas na fabricação, no transporte e manuseio; • das quebras ou perdas de estoque por deterioração, obsolescência ou pela ocorrência de riscos não cobertos por seguros. Porém estas quebras e predas precisam ser comprovadas, e no Decreto ficam estabelecidos os procedimentos para a comprovação: • por laudo ou certificado de autoridade sanitária ou de segurança, que especifique e identifique as quantidades destruídas ou inutilizadas e as razões da providência; • por certificado de autoridade competente, nos casos de incêndios, inundações ou outros eventos semelhantes; • mediante laudo de autoridade fiscal chamada a certificar a destruição de bens obsoletos, invendáveis ou danificados, quando não houver valor residual apurável. Os aspectos fiscais referentes aos critérios para avaliação de estoques são estabelecidos no art. 292 do Decreto que define que o levantamento e avaliação dos 56 estoques devem ser realizados ao final de cada período de apuração do imposto. O art. 293 diz que tanto as mercadorias, como as matérias-primas e os bens em almoxarifado, serão avaliados pelo custo de aquisição. Já o art. 294 estabelece que os produtos em fabricação ou acabados, serão avaliados pelo custo de produção. Neste artigo (294), no parágrafo 1.º, fica estabelecido que se o contribuinte mantiver um sistema de contabilidade de custo integrado e coordenado com o restante da escrituração (contabilidade financeira), poderá utilizar os custos apurados para a avaliação dos estoques de produtos em fabricação e acabados. O parágrafo 2.º define que considera como sistema de contabilidade de custo integrado e coordenado com o restante da escrituração aquele: • apoiado em valores originados da escrituração contábil (matéria-prima, mão-de-obra direta, custos gerais de fabricação); • que permite determinação contábil, ao fim de cada mês, do valor dos estoques de matérias-primas e outros materiais, produtos em elaboração e produtos acabados; • apoiado em livros auxiliares, fichas, folhas contínuas, ou mapas de apropriação ou rateio, tidos em boa guarda e de registros coincidentes com aqueles constantes da escrituração principal; • que permite avaliar os estoques existentes na data de encerramento do período de apropriação de resultados segundo os custos efetivamente incorridos. Se a empresa não possuir sistema contábil integrado e coordenado com a escrituração, o art. 296 determina como deverão se avaliados os estoques: • Inciso I: os de materiais em processamento, por uma vez e meia o maior custo das matérias-primas adquiridas no período de apuração, ou em oitenta por cento do valor dos produtos acabados, determinado de acordo com o inciso II; • Inciso II: os dos produtos acabados, em setenta por cento do maior preço de venda no período de apuração; 57 • Para a aplicação do disposto no inciso II, o valor dos produtos acabados deverá ser determinado tomando por base o preço de venda, sem exclusão de qualquer parcela a título de Imposto sobre Operações relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicações (ICMS). Para a valoração dos bens existentes ao encerramento do período de apuração, o art. 295, do Decreto nº. 3.000/99 regulamenta que poderá ser utilizado o valor do custo médio ou o valor dos bens adquiridos ou produzidos mais recentemente, admitida, ainda, a avaliação com base no preço de venda, subtraída a margem de lucro. No que se refere a vedações, o art. 298 estabelece que não serão permitidas: • reduções globais de valores inventariados, nem formação de reservas ou provisões para fazer face a sua desvalorização; • deduções de valor por depreciações estimadas ou mediante provisões para oscilação de preços; • manutenção de estoques "básicos" ou "normais" a preços constantes ou nominais; • despesa com provisão mediante ajuste ao valor de mercado, se este for menor, do custo de aquisição ou produção dos bens existentes na data do balanço. Sobre as despesas operacionais, o art. 299 regulamenta que estas são as despesas não computadas nos custos, necessárias à atividade da empresa e à manutenção da respectiva fonte produtora. Complementado pelo art. 300 que define que se aplicam aos custos e despesas operacionais as disposições sobre dedutibilidade de rendimentos pagos a terceiros. Já no art. 301, fica estabelecido que o custo de aquisição de bens do ativo permanente não poderá ser deduzido como despesa operacional, salvo se o bem adquirido tiver valor unitário não superior a trezentos e vinte e seis reais e sessenta e um centavos, ou prazo de vida útil que não ultrapasse um ano. Se a vida útil ultrapassar um ano, este deverá se ativado para ser depreciado ou amortizado. Também não serão dedutíveis, como custos e 58 despesas operacionais, as gratificações ou participações no resultado, pagas aos dirigentes ou administradores da empresa (art. 303). Assim como as importâncias declaradas como pagas ou creditadas a título de comissões, bonificações, gratificações ou semelhantes, quando não for indicada a operação ou a causa que deu a origem ao rendimento e quando o comprovante de pagamento não individualizar o beneficiário do rendimento. A legislação regulamenta a depreciação, amortização e exaustão, que também são elementos de custos, e em todos se aplica o princípio contábil da competência (SOUZA; DIEHL, 2009, p. 65). Conforme os autores, a depreciação se aplica sobre os investimentos permanentes em fatores de produção, reconhecendose a perda de valor do bem em função do uso, da ação da natureza e da obsolescência. As taxas de depreciação são estabelecidas pela Instrução Normativa da legislação do Imposto de Renda – IN SRF 162/1998, que apresenta lista dos bens e suas respectivas taxas aceitas para fins fiscais (SOUZA; DIEHL, 2009, p. 65). Neste sentido, o Decreto nº. 3.000/99, o art. 305, trata a respeito da depreciação, indicando que poderá ser registrada como custo ou encargo, em cada período de apuração, a importância correspondente à diminuição do valor dos bens do ativo resultante do desgaste pelo uso, ação da natureza e obsolescência normal e somente será permitida depreciação de bens móveis e imóveis intrinsecamente relacionados com a produção ou comercialização dos bens e serviços. O art. 307, destaca que não será admitida cota de depreciação referente a: • terrenos, salvo em relação aos melhoramentos ou construções; • prédios ou construções não alugados nem utilizados pelo proprietário na produção dos seus rendimentos ou destinados à venda; • bens que normalmente aumentam de valor com o tempo, como obras de arte ou antiguidades; • bens para os quais seja registrada quota de exaustão. A amortização é regulamentada no art. 324, que define que poderá ser atribuída como custo ou encargo, em cada período de apuração, a importância correspondente à recuperação do capital aplicado, ou dos recursos aplicados em despesas que contribuam para a formação do resultado de mais de um período de 59 apuração. Somente poderão ser amortizados bens e direitos relacionados com a produção ou comercialização de bens e serviços. Sobre a exaustão dos recursos naturais, o art. 330 indica que pode ser alocada como custo ou encargo, em cada período de apuração, a importância correspondente à diminuição do valor de recursos, resultante da sua exploração. Ainda neste contexto legal, faz-se necessário abordar a respeito dos tributos que incidem sobre as operações, que também são regulamentados por legislação, e têm grande importância em custos e formação de preço (BRUNI; FAMÁ, 2004, p. 299). No Brasil, de acordo com Bruni e Famá (2004, p. 301) existem os tributos cumulativos, para os quais não há crédito fiscal, e os tributos não cumulativos, que permitem o aproveitamento posterior, não devendo ser incorporado aos custos dos produtos. Dentro dos tributos não cumulativos, os autores citam os principais que são: Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) e o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI). E os principais tributos cumulativos são: Imposto Sobre Serviços (ISS – esfera municipal) e o Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ – federal). Os autores citam ainda que a partir de fevereiro de 2004, o Programa de Integração Social (PIS - federal) e a Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins - federal), passaram a ter a possibilidade de classificação mista, pois são considerados não cumulativos para empresas tributadas pelo lucro real (trimestral ou anual) e cumulativos para empresas com imposto de renda trimestral apurado pelo lucro presumido ou atribuído, para as microempresas e empresas de pequeno porte, optantes pelo Simples. O Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) é um tributo da esfera federal, instituído pela Lei 4.502/1964 e regulamentado pelo Decreto nº 7.212, de 15 de junho de 2010. Ele que incide sobre a industrialização de produtos, independente da finalidade destes e do fato gerador. Este é calculado sobre o preço de venda total e as alíquotas variam conforme o produto. Gerará crédito fiscal ou não, dependo do uso a que se destina o produto. Se for matéria-prima para fabricação de um novo bem para revenda, gera direito a crédito na ocasião da compra. Se o produto for destinado a imobilizado ou consumo final, não gera crédito e é considerado custo (BRUNI; FAMÁ, 2004, p. 302). Já o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação (ICMS), conforme Bruni 60 e Famá (2004, p. 302) é tributo de esfera estadual, e apresenta os seguintes fatos geradores: • a venda de mercadorias de estabelecimento comercial, industrial ou produtor; • a entrada em estabelecimento comercial, industrial ou produtor de mercadoria importada do exterior; • o fornecimento de alimentação, bebidas e outras mercadorias em restaurantes, bares e outros estabelecimentos similares; • a prestação de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação; • a entrada de bens do ativo imobilizado, oriundos de outros Estados ou Distrito Federal e que sejam utilizados na atividade produtiva; • a entrada de bens de consumo, a partir de janeiro de 2000 (para alguns Estados, a partir de 1999). O ICMS incide sobre o preço de venda e tem alíquotas diferenciadas conforme a mercadoria ou serviço e com os destinos das operações. Como é um tributo não cumulativo, existe a possibilidade de aproveitamento dos créditos gerados na comercialização (BRUNI; FAMÁ, 2004, p. 304). Em Santa Catarina a Lei 10.297, de 26 de dezembro de 1996 (regulamenta pelo Decreto nº 2.870, de 27 de agosto de 2001, que aprova o RICMS/SC-01), dispõe sobre o ICMS no Estado. Buscando simplificar a cobrança e a fiscalização e não prejudicar a arrecadação, alguns governos estaduais adotam o regime de Substituição Tributária (ST). São determinadas algumas atividades que terão o ICMS recolhido por um agente específico da cadeia produtiva, normalmente o fabricante. Pelo motivo da facilidade de apuração dos impostos devidos e da redução da sonegação, existe a tendência de que a substituição tributária seja aplicada as mais diversas atividades. O preço a ser pago pelo consumidor final é estimado pelo governo, para determinar a substituição tributária, e baseado na diferença praticada no momento da venda, a substituição tributária é cobrada (BRUNI; FAMÁ, 2004, p. 309). A partir de consulta feita na Secretaria da Fazenda do Estado de Santa Catarina (SEFAZ/SC) pode-se dizer que esta estimativa de preço é dada pela 61 Margem de Valor Agregado (MVA). No Estado de Santa Catarina a ST está regulamenta no Anexo 3 do RICMS/SC. Os Estados assinam convênios e protocolos para atribuir efeito extraterritorial a legislação estadual, estes protocolos e convênios estão disponíveis no site da Receita Federal (CARTILHA ST, 2011). Todos estes aspectos legais devem ser considerados na escrituração da contabilidade financeira. Porém, na gestão de custos estas servem de base para análises, e por não serem passíveis de alteração, não fazem parte da tomada de decisão gerencial. São apenas componentes presentes no todo dos números organizacionais, e por serem definidos por leis, não podem sofrer interferência dos gestores. 2.7 ANÁLISE DE CUSTO/VOLUME/LUCRO Ao longo deste estudo tem-se descrito por inúmeras vezes sobre a importância dos custos para a tomada de decisão, e é neste sentido, de acordo com Bornia (2010, p. 54), que a análise de custo/volume/lucro (CVL) colabora com a gestão, pois “determina a influência no lucro, provocada por alterações nas quantidades vendidas e nos custos”. Estas variáveis estão diretamente relacionadas com a lucratividade da organização, pois conforme Souza e Diehl (2009, p. 258) o volume produtivo (vendido) influencia o custo e o lucro, ou seja, as receitas dependem do preço cobrado e do volume vendido. Neste sentido Vanderbeck e Nagy (2001, p. 414) afirmam que a análise de custo/volume/lucro “é uma técnica que usa os graus de variabilidade para medir o efeito de mudanças no volume sobre os lucros resultantes”. Complementando, Pinto et al. (2008, p. 66) consideram esta uma ferramenta que permite analisar como os custos e as receitas são afetados se for aumentado o volume de vendas ou se for diminuído o preço, ou seja, a partir dela é possível projetar o lucro obtido nos mais variados níveis de produção e venda, e também avaliar os impactos que as modificações em preço de venda e em custos terão sobre o lucro. Neste contexto, para que seja feita a análise do comportamento dos custos e despesas fixos e variáveis, supõem-se que os ativos da empresa se mantêm os mesmos a curto prazo e que o volume de atividade apresenta variação normal (MARTINS, 2001, p. 271, VANDERBECK; BAGY, 2001, p. 414). E, de acordo com Pinto et al. (2008, p. 70), separando-se os custos e despesas fixos e variáveis da 62 empresa, os gestores terão em mãos informações que permitirão a utilização de instrumentos de análise, como o ponto de equilíbrio, que auxiliam no processo de decisão, no planejamento e no controle. 2.7.1 Ponto de Equilíbrio O ponto de equilíbrio é uma das principais análises utilizadas pela administração no processo de gestão, é também uma das mais úteis e conhecidas aplicações da análise de custo/volume/lucro, sendo o ponto de partida desta, ou seja, seu principal objetivo (VANDERBECK; NAGY, 2001, p. 415; PINTO ET AL., 2008, p. 70; SOUZA; DIEHL, 2009, p. 259). Por definição, o ponto de equilíbrio ou ponto de ruptura (do inglês break-even point) representa o nível de vendas no qual o lucro é nulo, ou seja, não existe lucro nem prejuízo, as receitas totais são iguais ao somatório dos custos e despesas totais. (VANDERBECK; NAGY, 2001, p. 415; PINTO ET AL. 2008, p. 70; BORNIA, 2010, p. 58; CREPALDI, 2011, p. 401). Sendo assim, Souza e Diehl (2009, p. 259) afirmam que através dele é possível calcular qual o nível mínimo de operações que a empresa precisa realizar para que não tenha prejuízo. O ponto de equilíbrio pode ser calculado em unidades físicas, onde se divide os custos fixos pela margem de contribuição, e em unidades monetárias, multiplicando-se a quantidade pelo preço de venda (SOUZA; DIEHL, 2009, p. 260; BORNIA, 2010, p. 59). Por margem de contribuição entende-se a parcela da venda de um produto que resta para o pagamento dos custos e despesas fixos e para gerar lucro. Assim, Bornia (2010, p. 55) define margem de contribuição como sendo “o montante da receita diminuído dos custos variáveis”. Então, a margem de contribuição unitária (MCU) é o preço diminuído dos custos variáveis unitários do produto. Para se obter a margem de contribuição total de um produto, basta multiplicar a MCU pelo total da quantidade vendida (SOUZA; DIEHL, 2009, p. 263; BORNIA, 2010, p. 55). Os autores afirmam ainda que quanto maior for a margem de contribuição de um produto, mais lucrativo ele é. Esta informação é importante em decisões a respeito da rentabilidade de cada produto, que é calculada pela razão de contribuição unitária (RCU), obtida pela divisão da margem de contribuição unitária pelo preço. Para ilustrar, a figura 8 demonstra o gráfico do ponto de equilíbrio: 63 Figura 8 – Ponto de equilíbrio Valor Receita = Preço x Quantidade Ponto de equilíbrio Lucro Custos = Custos Fixos + Custos Variáveis x Quantidade R Prejuízo Q Quantidade Fonte: Adaptado de Bornia (2010, p. 59) Quanto as aplicação do ponto de equilíbrio, Souza e Diehl (2009, p. 261) apresentam as seguintes: • determinar o nível mínimo de atividades (quantidades físicas ou monetárias) que a empresa deve trabalhar para não ter prejuízo; • calcular qual o custo fixo e qual o custo variável que é aceitável para determinada situação de receita e volume; • potencial de lucro por produto; • viabilidade econômica de linhas de produtos; • determinação do preço para determinado custo e volume; • diversas variações para essas determinações, como alterações de custos, valores ou percentuais de comissões (como sendo custo variável), preço mínimo admissível, e outros. Em linha, Bornia (2010, p. 62) destaca que alterações no preço de venda, nos custos fixos ou nos custos variáveis, alteram também o ponto de equilíbrio. As literaturas apresentam três pontos de equilíbrio distintos que podem ser calculados (BRUNI; FAMÁ, 2004, p. 254; PINTO ET AL. 2008, p. 71; SOUZA; DIEHL, 2009, p. 264; BORNIA, 2010, p. 63), a saber: • Ponto de equilíbrio contábil: significa a quantidade que equilibra a receita total com a soma dos custos e despesas contábeis relativos aos produtos ou serviços vendidos. É a forma tradicional de avaliação; 64 • Ponto de equilíbrio econômico: à forma tradicional de avaliação é acrescida de uma remuneração mínima esperada sobre o capital próprio, chamada custo de oportunidade, que seria considerar o quanto a empresa ganharia se investisse em outro negócio. Portanto, permite identificar a rentabilidade da atividade da empresa e a comparação com outras opções de investimento; • Ponto de equilíbrio financeiro: são considerados apenas os custos que realmente representaram desembolso financeiro à empresa, por exemplo, neste cálculo a depreciação não é considerada, por não representar desembolso. Possibilita à empresa saber a quantidade mínima que terá de vender para não ficar sem caixa. A forma de cálculo do ponto de equilíbrio considera que a empresa trabalha apenas com produtos homogêneos, que tenham o mesmo comportamento de custos e despesas. Porém isto não reflete a realidade da maioria das empresas que têm os mais variados tipos de produtos, ou seja, são multiprodutoras (BRUNI; FAMÁ, 2004, p. 261; SOUZA; DIEHL, 2009, p. 267; BORNIA, 2010, p. 66). Neste caso, cada produto deve cobrir seus custos diretos e a margem de contribuição que sobra deve permitir a cobertura dos custos indiretos fixos e o lucro. Para esta identificação, pode-se utilizar a razão da contribuição unitária e participação nas vendas de cada produto fazendo-se a comparação da participação de cada um deles, quanto a rentabilidade e lucratividade que possibilitam a empresa, conforme ilustrado na figura 9 (BORNIA, 2010, p. 66). Figura 9 – Comparação da rentabilidade e participação nas vendas Participação nas Vendas II I III IV Rentabilidade Fonte: Adaptado de Bornia (2010, p. 66) 65 No quadrante I do gráfico estão os produtos que apresentam alta rentabilidade e alta participação nas vendas, sendo os que trazem mais benefícios para a empresa. Os produtos do quadrante II apresentam alta participação nas vendas, porém baixa rentabilidade, indicando que a empresa deve tomar atitudes para aumentar a margem de contribuição, reduzindo os custos diretos, por exemplo. Já o quadrante III demonstra os produtos com baixa rentabilidade e baixa participação nas vendas, sugerindo que a empresa deve repensar a comercialização dos mesmos. Por fim, no quadrante IV do gráfico, estão os produtos que têm alta rentabilidade, no entanto com pequena participação nas vendas, para os quais seria necessário tomar decisão que aumentasse suas vendas (BORNIA, 2010, p. 66). De forma distinta, Bruni e Famá (2004, p. 262) e Souza e Diehl (2009, p. 268) indicam que o ponto de equilíbrio para multiprodutos pode ser calculado por meio de ponderação, determinando-se as médias ponderadas do preço, da margem de contribuição e da razão da contribuição unitária, e a partir delas calcular o ponto de equilíbrio. Tão importante quanto identificar o ponto de equilíbrio, a margem de contribuição e a rentabilidade dos produtos, é a formação do preço de venda dos produtos, para a empresa. Neste sentido, dando continuidade a este estudo, abordase o tema formação do preço de venda. 2.8 FORMAÇÃO DO PREÇO DE VENDA A formação do preço de venda dos produtos nas empresas é tarefa importante, difícil e complexa. Sua definição é fator determinante da sobrevivência da empresa, por isso exige que todos os detalhes possíveis sejam considerados, evitando incorrer em erros. Exige um trabalho técnico orientado aos objetivos e as estratégias organizacionais, ao mercado e aos custos (BERNARDI, 2007, p. 121; SOUZA; DIEHL, 2009, p. 283; CREPALDI, 2011, p. 349). De acordo com Souza e Diehl (2009, p. 283) a formação do preço de venda é tarefa difícil porque envolve o consenso de todos os gestores que são afetados pela alteração. Desta forma: o departamento de vendas terá impacto no faturamento e no comissionamento dos vendedores e gerentes; marketing será impactado pela forma como a mensagem será passada e o retorno recebido do mercado; produção será afetada pela alteração no volume produtivo para atender a demanda; e o financeiro 66 tem impacto relativo ao suporte do financiamento das vendas, fluxo de caixa e possíveis juros. Para os autores, é também tarefa complexa, pois envolve estratégias, mercado e custos, ou seja, diferentes tipos de produtos e clientes, mercados com características distintas que precisam ser atendidas, e os diferentes recursos envolvidos na geração dos produtos. De acordo com Perez Junior, Oliveira e Costa (1999, p. 267) o preço de venda tem mais relação com o mercado do que com os custos, porém é necessário definir o preço a partir do custo para poder determinar, através de comparação, se o preço que mercado está disposto a pagar cobre os custos e ainda gera algum lucro. Caso contrário, não é conveniente vender o produto, pois para que os resultados obtidos a partir das vendas sejam favoráveis, o preço de venda precisa ser adequado (HOJI, 2010, p. 358). Desta forma, Souza e Diehl (2009, p. 284) salientam que a definição de preço tem um limite superior, que é o preço aceitável pelo mercado, e um limite inferior onde o preço é limitado pelo custo unitário do produto. Porque, conforme Crepaldi (2011, p. 349), se a empresa errar o preço para maior corre o risco de perder o mercado, e se errar para menor, compromete o negócio. Neste sentido, Bruni e Famá (2004, p. 323) alertam que além de cobrir os custos, o preço de venda deve proporcionar: a maximização dos lucros; o melhor uso da capacidade produtiva; e o melhor retorno sobre o investimento. Objetivos similares aos descritos por Crepaldi (2011, p. 352) que sempre estarão presentes na gestão de preços: • adequado retorno sobre o investimento; • determinada participação no mercado; • capacidade de enfrentar a concorrência; • obtenção de uma lucratividade global compatível. Neste contexto, ao que se refere a fatores que influenciam a determinação do preço de venda, Bruni e Famá (2004, p. 350) e Crepaldi (2011, p. 355) citam: • a capacidade e disposição de pagar, do comprador; 67 • a qualidade e tecnologia do produto em relação ao que o mercado necessita; • as reações da concorrência e a possibilidade do surgimento de novos concorrentes; • a existência de produtos substitutos e preços mais vantajosos; • a demanda esperado do produto; • níveis de produção e/ou vendas em que se pretende ou que se pode operar; • níveis de estoque; • as expectativas de preços dos insumos e as restrições de fornecimentos; • mercado de atuação do produto; • controle de preços impostos por órgãos governamentais; • custos e despesas de fabricar, administrar e comercializar; • situação financeira da empresa; • ganhos e perdas de gerir o produto (custo de oportunidade). Todos estes aspectos descritos devem ser considerados no momento de decidir a respeito do preço de venda do produto, buscando proporcionar preço adequado ao mercado, que cubra os custos e gere lucro a empresa. A literatura traz diversos métodos para a formação do preço de vendas, e neste estudo será aprofundado o método do mark-up. 2.8.1 Método do mark-up Mark-up conceitualmente é um multiplicador ou divisor, ou seja, uma taxa que é aplicada sobre os custos dos produtos, tendo como objetivo determinar o preço de venda (PADOVEZE, 2003, p. 314; BRUNI; FAMA, 2004, p. 340; HOJI, 2010, p. 371). De acordo com Souza e Diehl (2009, p. 293) este método “consiste basicamente em adicionar uma margem de lucro pretendida sobre a venda aos custos unitários dos produtos”. Que pode ser igual para todos os produtos ou diferente, conforme cada linha de produtos existente na empresa. Em perspectiva similar, Hoji (2010, p. 371) define que o “mark-up é uma taxa predeterminada que se adiciona sobre a base, que pode ser custo total, custo 68 variável, custos e despesas variáveis, custo da matéria-prima etc., com o objetivo de determinar o preço de venda.” E conforme o autor (2010, p. 371) este método de definir preço de venda é possível desde que seja “determinado o padrão de comportamento para as principais variáveis (taxa de juros, alíquota média e prazo médio de recolhimento de tributo)”. Desta forma, Bruni e Famá (2004, p. 340) salientam que para a obtenção do mark-up, de um modo geral, são considerados os gastos (custos e despesas); os impostos percentuais que incidem sobre as vendas; e o lucro em percentual, desejado sobre a venda. Portanto, conforme Bernardi (2007, p. 130), apesar de este método ser tradicional e básico, tem grande utilidade para que a empresa possa definir o preço ideal (piso) e compará-lo com o preço de mercado, analisando a viabilidade de determinado produto. Em linhas gerais, a fórmula do mark-up pode ser visualizada na figura 10. Figura 10 – Fórmula geral para o cálculo do mark-up ܲ= ଵ ଵି(ூା) ×ܩ Mark-up P = Preço de venda G = Gastos totais da empresa I = Percentual de impostos sobre vendas L= Lucro em percentual desejado sobre a venda Fonte: Adaptado de Bruni e Famá (2004, p. 341). Quanto ao uso, Bruni e Famá (2004, p. 340) afirmam que o mark-up pode ser aplicado: sobre o custo variável, visando cobrir os gastos não considerados no custo dos produtos, como os impostos sobre as vendas, as taxas variáveis sobre as vendas, as despesas administrativas fixas, as despesas de vendas fixas, os custos indiretos fixos e o lucro desejado; sobre os gastos variáveis, incluindo os custos e despesas variáveis; e sobre os gastos integrais, ou seja, sobre os custos totais da empresa. Sendo este último não usual, pelo fato da complexidade de alocação dos custos e despesas indiretos. No caso de empresas comerciais, como o processo operacional é bastante simples, Souza e Diehl (2009, p. 296) consideram que não faz sentido estabelecer 69 critérios complexos para o cálculo do mark-up. O que vem ao encontro do que apresentam Pinto et al. (2008, p. 97) que tecem considerações a este respeito e demonstram a fórmula para o cálculo do mark-up na atividade comercial que pode ser visualizada na figura 11. Figura 11 – Fórmula para o cálculo do mark-up no comércio ୋ౫౪శ [ Preço do produto = ృూ౨౪ౚ ] ్౫౪ౚౚ [ଵି(ୋ% ା ୳ୡ୰୭%)] Mark-up Fonte: Adaptado de Pinto et al. (2008, p. 97). Para explicar a fórmula, os autores (2008, p. 97) afirmam que o GV unit, nas empresas comerciais, pode ser considerado o preço por quanto estas compram as mercadorias que comercializam (retirando-se os impostos recuperáveis). Quanto aos gastos que variam em função da receita, ou seja, impostos sobre vendas, comissão, estimativa de inadimplência, descontos concedidos, dentre outros, estes são representados na fórmula pelo GV%. O GF rateado refere-se às despesas administrativas e de vendas, onde o rateio é feito para que cada produto absorva parte destas despesas. O Lucro% representa o quanto a empresa deseja lucrar com determinado produto, a partir de uma margem estimada sobre a receita. Já a Quantidade é a estimativa de vendas para determinado produto. Desta forma calcula-se o custo unitário de cada produto e sobre estes se aplica o mark-up e se obtém o preço de venda. De maneira similar, Bruni e Famá (2004, p. 343) salientam que a aplicação do mark-up sobre custo variável é bastante utilizada pelas empresas comerciais, pelo motivo de que simplifica o processo de formação do preço de venda, pois os custos fixos e demais gastos são incorporados diretamente no percentual de mark-up, não necessitando ser apurados para cada unidade de produto comercializado. Na tabela 1, a seguir, é demonstrada a aplicação do mark-up sobre o custo variável, na qual todos os itens estão em percentual estimado sobre o volume de vendas, isto para que se possa aplicar o conceito simplificador do método. 70 Tabela 1 – Cálculo do mark-up sobre o custo variável Descrição (+) (-) (-) (-) (-) (-) (-) (-) (=) Preço de venda PIS/COFINS ICMS Comissões Despesas adimistrativas/financeiras Despesas fixas de vendas Custos fixos (rateados) Lucro Custo variável Mark-up divisor Mark-up multiplicador Fonte: Adaptado de Bruni e Famá (2004, p. 342). % 100,00 -3,65 -12,00 -5,35 -5,00 -10,00 -19,00 -5,00 40,00 60,00 2,50 Nota-se nesta tabela a simplicidade para se encontrar o mark-up multiplicador. Após esta operação basta multiplicar este índice sobre o custo de aquisição do produto para que se tenha o preço de venda. Cabe ressaltar que na formação de preços de vendas outras variáveis estão presentes, além dos gastos. É preciso que se considere o mercado, o valor percebido pelos clientes, os concorrentes, dentre outros. Neste aspecto, o método do mark-up pode ser utilizado como um referencial de análise do preço que cobre os gastos e gera o lucro desejado com o preço possível de ser praticado, fornecendo aos gestores indicações de ajustes necessários em seus processos operacionais e tomadas de decisão entre manter ou não determinado produto (BRUNI; FAMÁ, 2004, p. 349; BERNARDI, 2007, p. 130; SOUZA. DIEHL, 2009, p. 304). Finalizando, entende-se que as empresas devem analisar todos os aspectos que estão envolvidos na formação de preços, para que possam tomar a decisões acertadas no sentido de comercializar produtos que gerem o retorno adequado, cobrindo os custos e gerando lucro. E neste sentido, uma das ferramentas que auxiliam na identificação dos resultados obtidos é a Demonstração de Resultado do Exercício, que é estudada a seguir. 2.9 DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADO DO EXERCÍCIO (DRE) A Demonstração de Resultado do Exercício (DRE), de acordo com Gitman (2001, p. 102), tem como objetivo apresentar de forma resumida os resultados 71 financeiros das operações de uma empresa, em um determinado período. Comumente a DRE é feita ao final de um período de doze meses, porém para efeito gerencial o preparo destas demonstrações é realizado mensalmente ou trimestralmente. De forma similar, para Hoji (2010, p. 266), a DRE “é uma demonstração contábil que apresenta o fluxo de receitas e despesas [...]”. A sua apresentação inicia-se com a receita operacional bruta e dela são deduzidos os custos e despesas, para apurar o lucro líquido. A DRE possibilita aos gestores informações para a tomada de decisões e uma das formas é apor meio da análise vertical que segundo Hoji (2010, p. 280) permite identificar a participação de cada item da DRE na formação de lucro ou prejuízo. Para o autor (2010, p. 280) o cálculo da participação de cada item é feito pela divisão destes pelo valor da receita líquida. E segundo Padoveze e Benedicto (2011, p. 184) a partir dos percentuais obtidos através do cálculo pode-se verificar a representatividade de cada item em ralação às vendas líquidas. Desta forma pode-se dizer que por meio da análise vertical da DRE pode-se avaliar o quanto cada item participou no resultado obtido. Na sequência, apresenta-se a próxima etapa deste trabalho: o procedimento metodológico utilizado para a realização do estudo. 72 3 PROCEDIMENTO METODOLÓGICO Neste capítulo apresenta-se o procedimento metodológico utilizado na execução deste trabalho, demonstrando os métodos e os procedimentos de coleta, análise e interpretação dos dados. Para a elaboração deste estudo utilizou-se o método de proposição de planos, que conforme Roesch (1999, p. 75), visa apresentar propostas de sistemas que buscam solucionar problemas organizacionais. Então, como este trabalho apresenta cunho especificamente técnico, pois por meio dele foi proposto um sistema de custos para auxiliar na gestão de empresa, considerou-se este o método mais adequado para se alcançar objetivo geral. Conforme Roesch (1999, p. 118), o estágio representa uma oportunidade de aprender, de combinar teoria e prática, e de mudar a realidade das empresas, e, portanto, a etapa de coletar e analisar dados da empresa onde o estudo se realiza é a mais importante do trabalho. Este estágio foi realizado na empresa Avícola e Nutrição do Vale Ltda, localizada na Rua Rudolfo Jacob Shaeffer, 118, no bairro Floresta, município de São José, Estado de Santa Catarina. E o período compreendido para a realização do mesmo foi de agosto de 2011 a junho de 2012. Os instrumentos de coleta de dados utilizados para a realização do trabalho compreenderam a pesquisa bibliográfica, que, de acordo com Gil (2008, p. 50) é o estudo desenvolvido a partir de livros e outras publicações relativas aos assuntos abordados no estudo; pesquisa documental, de onde se obtém informações através da análise de documentos existentes na empresa, como planilhas e relatórios (GIL, 2008, p. 51); e também a entrevista focalizada, que, conforme Gil (2008, p. 112), consiste em uma entrevista não estruturada, de caráter informal, entre o entrevistador e o entrevistado, tendo como objetivo a coleta de informações necessárias para o desenvolvimento do estudo. Estas três formas diferentes de coleta de dados contribuíram, respectivamente, para o embasamento teórico, obtido através das abordagens de diversos autores; para a coleta de dados e informações dos procedimentos e registros existentes na empresa; e para a obtenção de informações adicionais e específicas referentes a gestão da Avícola. 73 Após a coleta dos dados fez-se a análise e interpretação dos mesmos, buscando responder aos objetivos específicos propostos. Nesta perspectiva, Gil (2008, p. 156) afirma que a análise tem por objetivo organizar os dados coletados de forma a fornecer as respostas ao problema proposto. Já o objetivo da interpretação é mais amplo, pois busca obter as respostas através da ligação com outros conhecimentos obtidos anteriormente. Sendo assim, neste trabalho, a análise dos dados ocorreu de forma quantitativa, sendo que os dados coletados foram apresentados através de planilhas do Microsoft Excel 2007, seguidos de textos explicativos, onde foram feitas as interpretações das informações obtidas, tendo como base as pesquisas bibliográficas da fundamentação teórica. E a partir das análises e interpretações dos dados, elaborou-se então o sistema de custos proposto à empresa Avícola e Nutrição do Vale Ltda. 74 4 ANÁLISE DOS DADOS Nesta etapa se apresenta a caracterização da organização e as informações sobre os elementos de custos da mesma, bem como se explicita a forma como os mesmos foram separados. Em sequência, apresenta-se a divisão da empresa em centros de custos, conforme a similaridade de seus processos, e por fim, faz-se a identificação e distribuição dos custos a estes centros e destes aos produtos. Como parte integrante deste trabalho, os cálculos do ponto de equilíbrio da empresa e do mark-up dos produtos também serão demonstrados neste capítulo, assim como a Demonstração de Resultado do Exercício (DRE). Portanto, demonstra-se, nesta etapa, a execução dos objetivos geral e específicos do trabalho, ou seja, com base no referencial teórico, apresenta-se a elaboração da proposta para implantação de um sistema de custos na metodologia RKW, para a organização. 4.1 CARACTERIZAÇÃO DA ORGANIZAÇÃO A Avícola e Nutrição do Vale Ltda é uma empresa comercial, que atua no mercado como distribuidora de produtos veterinários. A história da empresa começa no ano de 1987, quando os seus proprietários, um casal de veterinários, fundaram uma loja agropecuária no interior do Estado. Após três anos já contavam com três lojas, em três municípios da região do Vale do Rio Tijucas. Também em 1987, em paralelo as atividades da agropecuária, o proprietário assumiu a representação da empresa Agroceres Rações e Núcleos, associando também a venda de pintinhos de um dia. Em 1992, com o crescimento dos negócios, a empresa conquistou uma nova parceria, desta vez com o fornecedor Fatec S.A., o que proporcionou o aumento de participação no mercado de suplementos, premix e medicamentos para aves e suínos. Desta forma estava pronta a base para operar como distribuidora. Com o crescimento das vendas externas (representação), que de 1992 a 1994 passaram a representar 93% do faturamento, as lojas de varejo foram vendidas e em 01 de setembro de 1994 foi fundada então a empresa Avícola e 75 Nutrição do Vale Ltda, no município de São José (SC), concentrando as atividades na distribuição de produtos. Visando consolidar-se e crescer em sua atuação no mercado, a Avícola buscou outras indústrias para firmar parcerias, dentre as quais as empresas Mogiana Alimentos (em 1995), Novartis CAB (em 1996) e a linha Waltham, da Masterfoods (em 1996), todas com produtos para pequenos animais, o que fez a empresa focar diretamente o mercado pet e buscar estar associada a marcas líderes de mercado. Hoje a empresa é distribuidora exclusiva, para o Estado de Santa Catarina, do segmento veterinário das indústrias Masterfoods Brasil Ltda – responsável pelas marcas de rações Pedigree, Whiskas e Champ – e Bayer S.A., fabricante de medicamentos para animais de companhia (CAP) e para animais de grande porte (FAP), ambas são indústrias multinacionais e responsáveis por grandes marcas. Em linha com seu histórico de atuação, a missão da Avícola e Nutrição do Vale Ltda é “vender e distribuir produtos veterinários com diferencial na qualidade dos serviços e pontualidade de entrega”. Para tanto, a sua visão é “abranger todos os estabelecimentos do segmento veterinário de todas as cidades do Estado de Santa Catarina”. Atualmente a empresa atende a aproximadamente 1.800 clientes, em todo o Estado de Santa Catarina. Estes clientes são lojas de varejo do segmento veterinário, que em sua maioria possuem atividades econômicas que podem ser descritas como Agropecuárias, Pet Shops, Clínicas Veterinárias e Cooperativas Agropecuárias. 4.2 ESTRURA E PROCESSOS DA ORGANIZAÇÃO Para atender ao seu mercado, a sede da Avícola e Nutrição do Vale Ltda hoje está localizada na Rua Rudolfo Jacob Schaeffer, 118, Bairro Floresta, no município de São José (SC), nas proximidades da BR 101. Esta localização facilita o acesso para os caminhões, tanto para a descarga dos produtos adquiridos das indústrias fornecedoras, Masterfoods e Bayer, quanto à logística para a distribuição dos produtos aos clientes, localizados em todas as regiões do Estado de Santa Catarina. Na figura 12 visualiza-se o mapa da atual localização da empresa. 76 Figura 12 – Mapa de localização da empresa Fonte: Google Maps (2012). Através do mapa pode-se observar a facilidade de acesso, o que é positivo tanto para receber as mercadorias dos fornecedores, quanto para despachar as mercadorias aos clientes, tornando viável a função da empresa, que é distribuir produtos. A edificação onde a empresa está situada é alugada e possui uma área construída de 1.327,5 m², que pode ser visualizada na figura 13, em destaque. Este espaço hoje é suficiente para a armazenagem dos produtos e para a acomodação dos setores de apoio à atividade da empresa. Figura 13 – Instalações da empresa Fonte: Google Maps (2012); Dados primários (2012). 77 Já, a planta baixa da área utilizada pode ser vista na figura 14. E é importante destacar a utilização desta planta baixa como base para a divisão da empresa em centros de custos, em uma das etapas da realização deste trabalho. Figura 14 – Planta baixa da empresa Fonte: Dados primários (2011). 78 Dentro desta estrutura física, física está a estrutura organizacional da empresa, empresa composta por: um sócio diretor, que acumula também a função de gerente comercial (compras e vendas); um coordenador de vendas; vendas dois supervisores de venda; venda dezoito representantes comerciais autônomos; autônomos um promotor de vendas; vendas um gerente administrativo/financeiro;; dois assistentes administrativo/financeiro; administrativo/financeiro um auxiliar administrativo/faturamento uma recepcionista; uma auxiliar de serviços gerais; administrativo/faturamento; gerais um gerente de logística; quatro motoristas; motoristas um encarregado de depósito e dois auxiliares de depósito. Cabe destacar que apesar de se tratar de uma empresa familiar, a administração da mesma é realizada por profissional formado, formado, que orienta o sócio diretor em suas decisões, e gerencia os processos operacionais da organização. Na figura 15 pode ser visualizado o organograma da empresa. Figura 15 – Organograma da empresa Avícola e Nutrição do Vale Ltda. Lt SÓCIOS (2) DIRETOR GERAL (1) GERENTE COMERCIAL (COMPRAS E VENDAS) (1) COORDENADOR GERAL VENDAS (1) SUPERVISOR DE VENDAS (2) REPRESENTANTE COMERCIAL (18) PROMOTOR DE VENDAS (1) GERENTE ADMINISTRATIVO/ FINANCEIRO (1) GERENTE LOGÍSTICO (1) ASSIST. ADM FINANCEIRO (2) MOTORISTAS (4) AUXILIAR ADM FATURAMENTO (1) CHEFE DE DEPÓSITO (1) AUXILIAR DE DEPÓSITO (2) RECEPCIONISTA (1) SERVIÇOS GERAIS (1) Fonte: Dados primários (2011). No que tange aos processos da empresa, um dos fatores de grande importância é o atendimento aos clientes, seja para a venda, seja para a entrega dos produtos. Então, para atender a todo o Estado de Santa Catarina de forma mais eficiente, a empresa o dividiu em regiões, que são: Região Oeste; Oeste Região Extremo- 79 oeste; Região do Planalto Serrano; Região do Planalto Norte; Região Norte; Região do Alto Vale; Região do Vale do Rio Tijucas; Região do Vale do Itajaí; Região Continente; Região Ilha Norte; Região Ilha Sul e Região Sul. Esta divisão define as áreas de atuação dos representantes comerciais e consequentemente as rotas de entrega dos produtos para os clientes, que é feita, quase que em sua totalidade, pela própria empresa. Para isso, a mesma possui quatro caminhões, que fazem estas rotas de entrega pelo Estado. Pode-se afirmar que a Avícola e Nutrição do Vale trata-se de uma empresa que comercializa multiprodutos, pois possui diversos itens em seu portfólio, como pode ser visualizado na tabela 2, de forma resumida, e no apêndice A, que apresenta todos os itens disponíveis. Esta variedade de produtos vai influenciar no cálculo do ponto de equilíbrio da empresa, conforme referencial teórico estudado. Tabela 2 – Produtos comercializados FORNECEDOR QTDE DE ITENS Masterfoods 125 Bayer – CAP 37 Bayer – FAP 33 Bayer Suínos 3 TOTAL 198 Fonte: Dados primários (2012). Os produtos da Masterfoods são rações para cães e gatos, tanto alimento úmido como seco. A linha Bayer CAP é composta de medicamentos para cães e gatos, como vermicidas, antibióticos, antipulgas e dermatológicos. Já os produtos da Bayer FAP e Suínos são medicamentos para animais de produção, bovinos e suínos, como antibióticos, antiparasitários, tônicos, vitamínicos e terapêuticos. Na sequência, inicia-se a apresentação da elaboração do sistema de custos que será proposto à empresa Avícola e Nutrição do Vale Ltda. 4.3 COMPOSIÇÃO DOS CUSTOS Em conformidade com objetivos específicos do trabalho, e respeitando sua sequência lógica, primeiramente investigou-se a composição dos gastos da 80 empresa, referente o mês de fevereiro de 2012, conforme demonstrado na tabela 3, para posteriormente se fazer a sistematização do RKW. Tabela 3 – Composição dos gastos GASTOS Produtos para comercialização Energia Aluguel IPTU Água Segurança Privada Serviços de terceiros Mão de obra Despesas diversas armazém Comissões/Premiações Despesas de vendas Despesas Viagens Comercial Telefonia Móvel Comercial Transporte Frota Própria Transporte Terceirizado Depreciação Telefone/Internet Contador Associações Assessoria em informática Banco/ Cartório Seguros IRRF Taxas diversas Correios Serviço de terceiros da administração Material de consumo da administração Material Higiene/Limpeza/Cozinha Pró-labore Despesas diversas TOTAL Fonte: Dados primários (2012). VALOR (R$) 723.576,55 1.034,14 6.123,95 4.045,48 69,65 594,94 250,00 55.838,08 149,00 71.209,53 6.691,18 4.020,24 1.849,04 20.527,28 1.537,13 9.093,47 1.516,92 1.797,03 263,50 2.117,75 5.891,61 387,51 437,50 178,88 84,10 1.161,05 2.175,99 575,96 16.609,96 707,20 940.514,62 Estes dados foram identificados facilmente através do plano de contas e do sistema informatizado utilizado pela empresa. Eles representam o ponto de partida, a base, para que se consiga realizar as próximas etapas da proposição do sistema de custos, o que se inicia a seguir, com a separação destes gastos em custos e despesas. 81 4.4 SEPARAÇÃO DOS ELEMENTOS DE CUSTOS De acordo com a primeira fase da sistematização do RKW, nesta seção os gastos da empresa, foram separados em custos e despesas. Sendo a Avícola uma empresa comercial, foram considerados custos todos os gastos que se entendeu estarem intrinsecamente ligados à comercialização dos produtos, sendo estes os gastos do setor comercial, do setor de logística e do armazém. Os gastos restantes foram considerados como despesas, por estarem presentes nos setores de apoio a atividade principal da empresa, como demonstrado na tabela 4. Tabela 4 – Separação dos elementos de custos TIPO DE GASTO CONTA Custo (Departamentos diretos) Despesas (Departamentos Apoio) Produtos para comercialização Energia Aluguel IPTU Água Segurança Privada Serviços de terceiros Mão de obra direta Mão de obra indireta Despesas diversas armazém Comissões/Premiações Despesas de vendas Despesas Viagens Comercial Telefonia Móvel Comercial Transporte Frota Própria Transporte Terceirizado Depreciação Telefone/Internet Contador Associações Assessoria em informática Banco/ Cartório Seguros IRRF Taxas diversas Correios Energia da administração Serviço de terceiros da administração Material de consumo da administração Material Higiene/Limpeza/Cozinha Mão de obra da administração Pró-labore Aluguel da Administração IPTU Água Segurança Privada Despesas diversas Depreciação da administração TOTAL (R$) Fonte: Dados primários (2012). VALOR (R$) TOTAL (R$) 723.576,55 596,12 5.673,46 3.747,89 64,53 551,18 250,00 27.169,79 5.572,39 149,00 71.209,53 6.691,18 4.020,24 1.849,04 20.527,28 1.537,13 8.781,96 1.516,92 1.797,03 263,50 2.117,75 5.891,61 387,51 437,50 178,88 84,10 438,02 1.161,05 2.175,99 575,96 23.095,90 16.609,96 450,49 297,59 5,12 43,76 707,20 311,51 881.967,26 58.547,36 940.514,62 82 Percebe-se que a conta Produtos para comercialização, é que tem maior valor, pois se trata da matéria prima para o funcionamento da empresa. Ela reflete o objetivo de existência da Avícola, que é comercializar os produtos de seus fornecedores parceiros. Sem os produtos a empresa não estaria no mercado, portanto o maior esforço financeiro da empresa é feito neste sentido. Não havia na empresa esta separação entre custos e despesas, os gastos encontravam-se dispersos nos diversos setores. Então, para separá-los da forma como está demonstrado na tabela 4, foi necessário que alguns gastos fossem investigados mais profundamente, para identificar em qual setor encontravam-se. Isto foi feito com as despesas de veículos, na qual foram separados os gastos com cada veículo da empresa, como pode ser visto na tabela 5, de forma resumida e, de forma completa, na planilha que está apresentada no apêndice B. Tabela 5 – Gastos com veículos SETOR VEÍCULO PLACA Logística Comercial VALOR GASTO (R$) MB 915 A MIE5675 5.670,57 MB 915 B MII7214 6.359,37 MB 915 C MIG1245 4.535,28 VW 15180 MCV0963 3.376,38 KANGOO MBI6936 VW GOL A VW GOL B VW GOL C MGS2346 MHA5334 MKS5229 TOTAL Fonte: Dados primários (2012). TOTAL/SETOR (R$) 20.527,28 585,68 386,71 1.088,87 2.544,66 4.020,24 24.547,52 Na tabela 5 estão demonstrados todos os veículos da empresa que são: os quatro caminhões utilizados para a entrega dos produtos; um utilitário, usado pelo gerente de logística e para pequenas entregas; e os três carros de passeio que estão disponíveis para o coordenador de vendas e para os supervisores de vendas. Para totalizar os gastos com os veículos do setor de logística, foram somados os gastos com combustível, com despesas diversas de viagens, com telefone celular, com manutenção e com seguros. A única diferença para os veículos do setor comercial, é que neste não foram somados os gastos com telefone celular, pois se considerou importante que estes fossem demonstrados em uma conta separada, já que é um custo importante para o setor. A composição dos gastos de cada um dos veículos pode ser visualizada no apêndice B. 83 Para a composição e separação do valor gasto com mão de obra, foram pesquisados os dados dos salários e dos encargos que incidem sobre estes, nos controles já existentes na empresa. Em posse disso, foi possível agrupar a folha de pagamento por setor, e assim identificar qual parcela corresponde a cada departamento e consequentemente, poder definir o que é custo e o que é despesa, através da alocação nos departamentos diretos ou de apoio. O cálculo da folha de pagamento totalizou R$ 32.742,18 de mão de obra direta, R$ 23.095,90 de mão de obra da administração e R$ 16.609,96 referente o pró-labore da diretoria. É importante salientar que a folha de pagamento, demonstrada na tabela 6, é composta apenas pelos salários dos funcionários. Os representantes comerciais, que são profissionais autônomos, recebem por comissão e prêmios, gasto que é demonstrado em conta específica. Tabela 6 – Folha de pagamento SETOR Logística Armazém Comercial Administração Apoio Diretoria FUNÇÃO VALOR DE MÃO DE OBRA (R$) A Gerente Logística 5.572,39 B Motorista MB 915 C 2.534,29 C Motorista MB 915 A 2.463,79 D Motorista MB 915 B 2.275,29 E Motorista VW 15180 1.571,80 F FUNCIONÁRIO Chefe de depósito 3.479,89 G Aux. Depósito 1.986,79 H Aux. Depósito 1.309,00 I J Coordenador de vendas Supervisor de vendas 7.713,80 2.331,00 K Promotor de vendas SUB-TOTAL L Gerente Adm/Financeiro M Assist. Adm/Financeiro 1.504,14 N Assist. Adm/Financeiro 3.295,54 O Aux. Administrativo/Fat. 2.878,21 P Recepcionista Q Aux. Serviços Gerais SUB-TOTAL R Pró-labore S Pró-labore SUB-TOTAL Mão de obra direta Administração Diretoria TOTAL Fonte: Dados primários (2012). TOTAL/SETOR (R$) 14.417,56 6.775,68 11.548,94 32.742,18 8.717,41 3.933,96 2.287,79 1.982,99 18.825,12 4.270,78 23.095,90 8.889,04 7.720,92 16.609,96 16.609,96 32.742,18 23.095,90 16.609,96 72.448,04 84 O mesmo foi feito com a depreciação, como pode ser visto na tabela 7, que traz o valor depreciado no mês de fevereiro de 2012, em cada setor da empresa. Tabela 7 – Depreciação SETOR DEPRECIAÇÃO (R$) Armazém 522,71 Logística Comercial Diretoria Apoio Administração 6.802,15 1.457,11 20,08 16,82 274,62 TOTAL Fonte: Dados primários (2012). 9.093,47 Esta tabela apresenta a informação da depreciação de forma resumida, trazendo apenas o total depreciado em cada setor. A tabela completa pode ser vista no apêndice C, que apresenta detalhadamente os veículos e móveis e utensílios dos setores, além da data e o valor de sua aquisição. Os dados foram buscados nos controles existentes na empresa. O prazo de vida útil e as taxas de depreciação utilizadas foram fixados pela Instrução Normativa da Secretaria da Receita Federal, a IN SRF 162/1998. Para separar a parcela do aluguel, da energia elétrica, da água e da segurança privada correspondente a cada setor, os valores totais destas contas foram rateados, utilizando-se como base de rateio a área (m²), como mostra em detalhe a tabela 8. Tabela 8 – Rateios CENTRO DE CUSTOS Diretoria Administração Comercial Serviços Apoio Armazém MB 915 A (caminhão) MB 915 B (caminhão) MB 915 C (caminhão) VW 15180 (caminhão) ÁREA ALUGUEL (m²) (R$) ENERGIA (R$) IPTU ÁGUA (R$) (R$) SEGURANÇA PRIVADA (R$) 16,38 39,24 39,60 33,58 1.011,54 15,82 15,82 15,82 24,78 82,72 198,19 199,99 169,58 5.108,60 79,90 79,90 79,90 125,17 117,38 188,59 188,89 132,05 345,61 13,49 13,49 13,49 21,14 54,65 130,92 132,12 112,02 3.374,74 52,78 52,78 52,78 82,69 0,94 2,25 2,27 1,93 58,10 0,91 0,91 0,91 1,42 8,04 19,25 19,43 16,47 496,30 7,76 7,76 7,76 12,16 1.212,59 TOTAL Fonte: Dados primários (2012). 6.123,95 1.034,14 4.045,48 69,65 594,94 85 Nota-se que nesta tabela já aparecem os centros de custos, isto porque para poder fazer o rateio destes gastos, foi preciso utilizar a área de cada centro de custo, conforme a empresa é divida na próxima etapa do presente trabalho. Quanto aos demais gastos, como nos controles existentes na empresa estes já se encontram identificados com os setores que os consomem, não foi preciso fazer a distribuição. A conta simplesmente foi separada, conforme o setor ao qual pertence, como custo ou despesa. A seguir, em sequência as etapas do RKW, apresenta-se a divisão da empresa centros de custos. 4.5 DIVISÃO DA EMPRESA EM CENTROS DE CUSTOS Esta é a segunda fase do RKW, e a principal característica desse sistema, que conforme estudo, alguns autores denominam como método dos centros de custos. Esta fase é crucial para o desenvolvimento do sistema, pois a partir dela os custos poderão ser apropriados aos centros e posteriormente aos produtos. Para dividir a Avícola em centros de custos utilizou-se como base a planta baixa da empresa, já apresentada na figura 14. A partir desta planta foram analisados os setores que realizam trabalhos similares e estes foram agrupados em centros de custos. Assim foi feito com o setor financeiro e faturamento, que formaram o centro de custos Administração; e a recepção e a copa, como Serviços de Apoio. O centro de custos Diretoria foi separado da Administração para que se possa mensurar a representatividade de sua parcela de gastos, separada da Administração. E cada caminhão tornou-se um centro de custos, pois como a Avícola se trata de uma distribuidora de produtos, é de grande importância saber o custo de cada caminhão. A partir desta divisão será possível identificar quanto cada centro de custos representa, em termos de gastos, para a empresa. Informação que atualmente não é claramente obtida na Avícola. A área ocupada por cada centro de custos foi medida, para que os custos possam ser distribuídos, quando esta for a base escolhida para o rateio. Esta divisão e suas medidas são apresentadas na tabela 9. 86 Tabela 9 – Centros de custos CENTRO DE CUSTOS Diretoria Administração Comercial Serviços de Apoio Armazém MB 915 A (caminhão) MB 915 B (caminhão) MB 915 C (caminhão) VW 15180 (caminhão) ÁREA TOTAL (m²) Fonte: Dados primários (2012). ÁREA (m²) 16,38 39,24 39,60 33,58 1.011,54 15,82 15,82 15,82 24,78 1.212,59 Nesta divisão foram consideradas apenas as áreas que efetivamente consomem custos, para a execução da atividade principal da empresa. É importante salientar que, com base na teoria estudada, os centros de custos interagem entre si, portanto elaborou-se o fluxo de interação dos centros de custos da Avícola, como pode ser visto na figura 16. Figura 16 – Interação entre os centros de custos Fonte: Dados primários (2012). A interação ocorre desde os centros de apoio, que prestam serviços aos centros que aqui chamamos de diretos, por estarem diretamente relacionados aos produtos comercializados. Então o fluxo na empresa ocorre dos centros de custos da Diretoria, Administração e Serviços de Apoio, que prestam suporte aos centros diretos: o Comercial responsável pela promoção e venda dos produtos; o Armazém, 87 onde os produtos são acondicionados e expedidos; e cada um dos caminhões que são responsáveis por levar os produtos vendidos até os clientes. A seguir são apresentadas as imagens de cada centro de custos. Figura 17 – Diretoria Fonte: Dados primários (2012). Figura 18 – Administração Fonte: Dados primários (2012). Figura 19 – Serviços de Apoio Fonte: Dados primários (2012). 88 Figura 20 – Comercial Fonte: Dados primários (2012). Figura 21 – Armazém Fonte: Dados primários (2012). Figura 22 – Caminhão MB 915 A Placa MIE 5675 Fonte: Dados primários (2012). 89 Figura 23 – Caminhão MB 915 B Placa MII 7214 Fonte: Dados primários (2012). Figura 24 – Caminhão MB 915 C Placa MIG1245 Fonte: Dados primários (2012). Figura 25 – Caminhão VW15180 Placa MCV 0963 Fonte: Dados primários (2012). Conforme a teoria estudada, a divisão da empresa em centros de custos possibilita que a distribuição dos custos indiretos seja realizada com maior eficácia e 90 racionalidade. Portanto, a seguir inicia-se esta distribuição, identificando-se os custos com os centros a que pertencem. 4.6 IDENTIFICAÇÃO DOS CUSTOS COM OS CENTROS DE CUSTOS Depois de ser realizada a separação dos itens de custos e a divisão da empresa em centros de custos, faz-se a distribuição dos custos para os centros de custos que os consomem. Esta é a terceira fase do RKW, também chamada de distribuição primária. Com os custos identificados e separados, buscou-se identificar por qual dos centros de custos estes são consumidos, para que se pudesse fazer a alocação adequada, o que pode ser visualizado, de forma consolidada, na tabela 10, e de forma completa no apêndice D. Tabela 10 – Distribuição primária TIPO DO CENTRO DE CUSTOS CENTRO DE CUSTOS Diretos Indiretos Comercial Armazém MB 915 A MB 915 B MB 915 C VW 15180 SUB-TOTAL Diretoria Administração Serviços de Apoio SUB-TOTAL TOTAL (R$) Fonte: Dados primários (2012). TOTAL DE CUSTOS (R$) 98.855,87 743.045,45 11.519,19 12.039,72 10.421,06 6.085,97 881.967,26 17.542,27 34.983,17 6.021,92 58.547,36 940.514,62 Assim tem-se o total de custos relativo a cada centro de custos da Avícola, no mês de fevereiro de 2012. Nota-se ainda nesta planilha que o centro de custos que mais consome gastos é o armazém, o que já era esperado por a empresa se tratar de uma distribuidora de produtos. Nesta distribuição foram utilizadas bases de rateio para os custos indiretos, pois estes não são facilmente identificados com os centros de custos, como é o caso dos custos diretos. Portanto foram necessárias formas arbitrárias para fazer a 91 divisão dos custos, como pela área (m²) ou pelo número de funcionários, como pode ser visto no apêndice D. 4.7 DISTRIBUIÇÃO DOS CUSTOS DOS CENTROS INDIRETOS PARA OS DIRETOS Finalizada a terceira fase, tendo-se os custos alocados nos centros responsáveis pelo seu consumo, é preciso distribuir os custos dos centros indiretos ou departamentos de apoio, para os centros diretos, ou seja, aqueles diretamente relacionados ao produto. Esta é a distribuição secundária ou a quarta fase do RKW, apresentada na tabela 11. Tabela 11 – Distribuição secundária CENTROS DE CUSTOS INDIRETOS Diretoria CENTROS DE CUSTOS DIRETOS VALOR (R$) COMERCIAL ARMAZÉM MB 915 MB 915 B MB 915 A C VW 15180 17.542,27 1.966,24 14.779,12 229,12 239,47 207,27 121,05 Administração 34.983,17 3.921,11 29.472,84 456,91 477,55 413,35 241,40 6.021,92 674,97 5.073,39 78,65 82,21 71,15 41,55 58.547,36 6.562,32 49.325,36 764,67 799,23 Serviços de Apoio TOTAL (R$) 691,78 404,00 TOTAL DA DISTRIBUIÇÃO PRIMÁRIA (R$) 98.855,87 743.045,45 11.519,19 12.039,72 10.421,06 6.085,97 TOTAL DOS CUSTOS DOS CENTROS DIRETOS (R$) 105.418,19 792.370,81 12.283,86 12.838,95 11.112,83 6.489,98 Fonte: Dados primários (2012). Para realizar esta distribuição, utilizou-se como base a proporção em relação ao consumo dos custos diretos, desta forma, se, por exemplo, o armazém aumentar o seu consumo de custos diretos, também consumirá mais custos relativos aos centros indiretos. Esta base de rateio foi utilizada pela dificuldade de se encontrar outra base mais apropriada que refletisse de forma fiel o consumo dos custos. Assim sendo, o comercial consumiu 11,21% do total dos seus custos diretos, então foram alocados na mesma proporção os custos de cada centro indireto a este 92 centro. No armazém este percentual representou 84,25%; no MB 915 A 1,31%; para o MB 915 B 1,37%; no MB 915 C 1,18%; e no VW 15180 0,69%. Na tabela 11, além da distribuição secundária, foram também somados os custos da distribuição primária, para assim totalizar os custos dos centros diretos, dado importante para a próxima fase, que é a distribuição final. 4.8 DISTRIBUIÇÃO DOS CUSTOS AOS PRODUTOS Tendo-se todos os custos devidamente alocados nos centros diretos, ou seja, no comercial, no armazém e nos caminhões (MB 915 A, MB 915 B, MB 915 C e VW 15180), que se entendeu estarem diretamente relacionados aos produtos comercializados, é o momento de alocar estes custos a todos os produtos comercializados no mês de fevereiro de 2012. Sendo esta a quinta e última fase do RKW, portanto a distribuição final. Ao todo, a Avícola comercializa 198 itens de diferentes produtos, dos fornecedores Masterfoods e Bayer, sendo que os produtos da Masterfoods (rações Pedigree e Whiskas) são os que têm a maior representatividade para o negócio. Porém para a alocação dos custos aos produtos, foram utilizados apenas os itens vendidos no mês em estudo. A distribuição dos custos dos centros diretos aos produtos foi feita utilizandose por base o valor do faturamento do mês de fevereiro de 2012. Isto porque, de acordo com o estudo teórico realizado, o critério a ser adotado nesta etapa deve representar a unidade de medida de trabalho dos centros diretos. Então se entendeu que o faturamento reflete esta medida de maneira mais apropriada, pois o volume de trabalho se dará de acordo com o valor faturado, ou seja, quanto maior for o faturamento, mais trabalho para o comercial, para o armazém e para os caminhões, e consequentemente, maior será o consumo de custos. Desta forma cada item consume os custos na proporção de seu faturamento. Portanto, nesta etapa todos os custos foram apropriados aos produtos, obtendo-se o custo total de cada item no mês. E dividindo-se este custo total pela quantidade vendida, obteve-se o custo unitário de cada um dos produtos comercializados, permitindo a comparação entre o preço praticado e o custo. A sistematização desta etapa pode ser vista na tabela 12, que traz apenas parte das informações, que são mostradas de forma completa no apêndice E. 93 Tabela 12 – Distribuição final BASE DE DISTRIBUIÇÃO CENTROS DE CUSTOS DIRETOS MASTERFOODS TOTAL (R$) PEDIGREE WHISKAS BAYER CAP FAP SUÍNOS Faturamento (R$) 1.268.995,28 1624 74.027,54 Comercial Custo do centro (R$) 105.473,58 6.149,63 4.277,92 1.036,15 2.138,94 756,20 Armazém Custo do centro (R$) 796.065,46 46.223,39 32.154,75 7.788,18 16.077,24 5.683,96 MB 915 A Custo do centro (R$) 12.268,60 716,59 498,48 120,74 249,24 88,12 MB 915 B Custo do centro (R$) 12.823,64 748,97 521,01 126,19 260,50 92,10 MB 915 C Custo do centro (R$) 11.097,65 648,27 450,96 109,23 225,48 79,72 VW 15180 Custo do centro (R$) 6.466,98 378,60 263,37 63,79 131,68 46,55 54.865,44 701 78,27 105,61 35% 38.166,48 653 58,45 78,84 35% 9.244,28 714 12,95 17,47 35% 19.083,09 840 22,72 30,66 35% 6.746,65 24 281,11 379,29 35% CUSTO TOTAL (R$) QUANTIDADE VENDIDA CUSTO UNITÁRIO (R$) Preço de venda praticado Comparativo Preço/Custo 823 51.496,37 1064 12.472,90 1324 25.747,98 1567 9.102,96 Fonte: Dados primários (2012). Fazendo-se a comparação dos preços praticados pela empresa atualmente com os custos unitários apurados, conforme demonstrado no apêndice E, pode-se dizer que de maneira geral os preços são 35% maior que os custos unitários, ou seja, com o preço praticado é possível cobrir os custos e ainda resta uma parcela para os impostos e para o lucro. Isto demonstra que a empresa pratica preços que propiciam ganhos. É importante salientar que neste estudo os impostos não foram somados no custo, portanto os valores de custo total e do custo unitário dos produtos é o custo antes dos impostos. Assim é finalizada a sistematização do método RKW, e a partir de das informações geradas por ela, pode-se dar sequência ao trabalho, o que se faz a seguir. 4.9 CÁLCULO DO PONTO DE EQUILÍBRIO De acordo com o estudo realizado, para que se possa calcular o ponto de equilíbrio da empresa os gastos variáveis e fixos precisam ser analisados. Então os gastos da Avícola foram identificados em fixos e variáveis, conforme demonstrado na tabela 13. 94 Tabela 13 – Classificação dos gastos CONTA Produtos para comercialização Energia Aluguel IPTU Água Segurança Privada Serviços de terceiros Mão de obra Despesas diversas armazém Comissões/Premiações Despesas de vendas Despesas Viagens Comercial Telefone Celular Comercial Transporte Frota Própria Transporte Terceirizado Telefone/Internet Contador Associações Assessoria em informática Banco/ Cartório Seguros Impostos IRRF Taxas diversas Correios Energia da administração Serviço de terceiros da administração Material de consumo da administração Material Higiene/Limpeza/Cozinha Mão de obra da administração Pró-labore Aluguel da Administração IPTU Água Segurança Privada Despesas diversas CLASSIFICAÇÃO VARIÁVEL FIXO FIXO FIXO FIXO FIXO FIXO FIXO FIXO VARIÁVEL FIXO FIXO FIXO VARIÁVEL VARIÁVEL FIXO FIXO FIXO FIXO FIXO FIXO VARIÁVEL FIXO FIXO FIXO FIXO FIXO FIXO FIXO FIXO FIXO FIXO FIXO FIXO FIXO FIXO Fonte: Dados primários (2012). Os produtos comercializados, as comissões, o transporte e os impostos (aqui considerados), foram classificados como gastos variáveis, sendo o restante indicados como fixos. É preciso salientar que alguns dos gastos apesar de apresentarem características variáveis foram classificados como fixos, pela dificuldade da identificação deste gasto no produto. 95 Conforme a teoria estudada, para o cálculo do ponto de equilíbrio é preciso que se calcule a margem de contribuição, para identificar qual a parcela que resta de cada produto para o pagamento dos gastos fixos e para a geração do lucro. O que é feito na sequência e demonstrado de forma parcial na tabela 14 e de forma completa no apêndice F. Tabela 14 – Margem de contribuição MASTERFOODS ITENS PEDIGRE WHISKAS Faturamento (R$) Representação sobre o faturamento (%) Preço (R$) Gastos variáveis Produtos p/comercialização Comissões Transportes Impostos Margem de Contribuição (R$) – MCU Margem de Contribuição (%) RCU - Rentabilidade Margem de Contribuição Margem de contribuição ponderada por linha Margem de contribuição ponderada total BAYER 1624 74.027,54 823 51.496,37 CAP 1064 12.472,90 5,83% 4,06% 0,98% 2,03% 0,72% 105,60 75,25 51,45 5,93 1,84 16,04 78,86 56,54 38,76 4,43 1,37 11,98 17,47 14,04 10,66 0,98 0,30 2,10 30,65 22,22 19,97 1,72 0,53 0,00 379,29 338,89 311,01 21,28 6,59 0,00 30,35 22,33 3,43 8,43 40,40 29% 28% 20% 27% 11% 0,0168 0,0115 0,0019 0,0056 0,0008 0,037 0,028 0,001 0,163 FAP 1324 25.747,98 SUÍNOS 1567 9.102,96 0,23 Fonte: Dados primários (2012). Para o cálculo da margem de contribuição unitária foi diminuído o preço dos custos variáveis unitários. E para o cálculo da razão da contribuição unitária, fez-se a divisão da margem de contribuição unitária pelo preço, para assim saber-se a rentabilidade de cada um dos produtos. Os produtos foram comparados entre si, quanto a sua participação nas vendas e a razão de contribuição, obtendo-se assim a margem de contribuição de cada produto, o que possibilitou o cálculo da margem de contribuição ponderada por linha, somando uma margem de contribuição ponderada total de 0,23. Estes valores indicam o que resta de cada produto, de cada linha, e do total dos itens, para o pagamento dos gastos fixos e a geração do lucro. Os gráficos 1; 2; e 3, demonstram a representatividade das linhas de produtos e de alguns produtos de cada linha. 96 Gráfico 1 – Margem de contribuição ponderada por linha 0,180 0,160 0,140 0,120 0,100 0,080 0,060 0,040 0,020 0,000 MASTERFOODS BAYER CAP BAYER FAP BAYER SUÍNOS Fonte: Dados primários (2012). No gráfico 1, nota-se claramente a grande participação dos produtos das Masterfoods, reforçando a informação de que estes produtos têm a maior representatividade para a Avícola, pois sua margem de contribuição ponderada foi de 0,163; seguida da Bayer CAP com 0,037; Bayer FAP 0,028; e Bayer Suínos com a menor participação, ou seja, 0,001. Pode-se fazer também uma comparação entre o faturamento e a rentabilidade de cada linha, o que é demonstrado no gráfico 2. Gráfico 2 – Faturamento x Rentabilidade 80,00% 70,00% 60,00% 50,00% 40,00% 30,00% 20,00% 10,00% 0,00% FATURAMENTO RENTABILIDADE Fonte: Dados primários (2012). Analisando-se o gráfico 2 pode-se destacar que o faturamento da linha Masterfoods (73,44%) é muito superior a sua rentabilidade média (18,51%), que 97 acontece devido ao grande número de itens desta linha e destes muitos têm a rentabilidade baixa (ver apêndice F), porém como já foi destacado anteriormente a margem de contribuição da linha é muito superior às outras, exatamente pelo alto valor de faturamento. Já nas linhas da Bayer, como demonstra o gráfico 2, a rentabilidade é superior ao faturamento. Já o gráfico 3 apresenta a rentabilidade e o faturamento de alguns produtos da linha da Masterfoods. Gráfico 3 – Rentabilidade x Faturamento (Masterfoods) 23% 1553 2,76% 28% 823 4,06% 29% 1624 5,83% 17% 1299 1521 4,59% RENTABILIDADE 24% FATURAMENTO 0,47% 1420 1209 1205 0,00% 11% 2,05% 30% 1,49% 29% 5,46% 10,00% 20,00% 30,00% Fonte: Dados primários (2012). A partir da análise do gráfico 3 observa-se que o item com maior faturamento foi o código 1624, relativo ao produto Pedigree Filhote Raças Média e Grande 20 kg, que representou 5,83%, também com alta rentabilidade, 29%. Percebe-se também que alguns itens têm alta rentabilidade, porém o faturamento é baixo, como é o caso do item código 1209, Pedigree Carne e Vegetais 20 kg, que têm uma rentabilidade de 30%, porém o faturamento em fevereiro foi de 1,49%. Outro item que chama a atenção é o código 1420, Champ Carne e Vegetais 15 kg, que tem uma rentabilidade de 11%, porém o faturamento é foi de 2,05%, ou seja, alto em relação a baixa rentabilidade. Estas informações permitem a gestão da empresa a tomar decisões quanto a comercialização de seus produtos. Analisando-se a planilha completa (apêndice F) pode-se dizer que todos os itens da Masterfoods apresentam rentabilidade variada, chegando à média de 98 18,51%, e representando 73,44% do faturamento da Avícola, no mês de fevereiro de 2012. Esta planilha serve os gestores de informações importantes quanto ao resultados de cada um de seus produtos. Gráfico 4 – Rentabilidade x Faturamento (Bayer CAP) 1307 35% 0,03% 20% 1064 0,98% 940 0,88% 27% RENTABILIDADE FATURAMENTO 36% 1181 923 0,97% 35% 0,25% 0,00% 10,00% 20,00% 30,00% 40,00% Fonte: Dados primários (2012). O gráfico 4 apresenta os produtos da Bayer CAP quanto a rentabilidade e o faturamento. Assim pode-se dizer que a rentabilidade é variada e bem superior ao faturamento, que é pequeno. No gráfico 4 percebe-se que o item código 1307, Profender Spot On 0,35 ml (vermicida) tem uma rentabilidade de 35%, porém o faturamento foi de apenas 0,03%, ou ainda, o item código 1064, Dronta Plus sabor carne 4 compr. que teve o maior índice de faturamento 0,98%, porém tem a rentabilidade de 20%. Esta linha apresenta uma rentabilidade média de 26,6%, e representa 13,21% do faturamento da Avícola no mês em estudo (ver apêndice F). De posse destes dados a empresa pode criar estratégias para aumentar a participação destes itens no seu faturamento. Neste gráfico 5 são estudados alguns itens da Bayer FAP, também quanto a rentabilidade e o faturamento. A rentabilidade média desta linha foi de 23,33% para todos os itens, e representa 12,27% do faturamento da empresa no mês em questão (ver apêndice F). Através do gráfico 5 pode-se dizer que a parcela de participação no faturamento é pequena em relação à rentabilidade dos itens. Chamando a atenção para o item código 1000, referente ao produto Rompun 10 ml, que tem uma rentabilidade de 29% e apresentou um faturamento de 0,13%, assim como o item 99 código 991, Baytril Injetável 10% 10 ml, que teve o menor faturamento da linha com 0,03%, porém sua rentabilidade foi de 28%. Gráfico 5 – Rentabilidade x Faturamento (Bayer FAP) 1324 1114 1000 9% 0,53% 29% 0,13% 999 28% 0,03% 17% 1,38% 0,00% 5,00% FATURAMENTO 23% 1,28% 972 RENTABILIDADE 24% 1,46% 998 991 27% 2,03% 10,00% 15,00% 20,00% 25,00% 30,00% Fonte: Dados primários (2012). Ainda no gráfico 5, destaca-se o item código 1114, que se trata do produto Supronal L, pois este chamou a atenção por ter uma rentabilidade bem abaixo da média da linha, apesar de o faturamento não ser tão desproporcional a linha. Em face disto foram buscadas informações na empresa e soube-se que está sendo feita uma promoção agressiva para forçar a venda deste produto, pois a sua validade está próxima a expirar. A linha Bayer Suínos, que são medicamentos específicos para suínos, por ter apenas três itens e destes, somente dois tiverem venda em fevereiro de 2012, não foi representada aqui em forma de gráfico, mas consta na planilha completa apresentada no apêndice F. Esta linha apresentou uma rentabilidade média de 10,74% e significou 1,09% do faturamento do mês. Pode-se afirmar então que as informações geradas pelas planilhas e gráficos permitem a análise dos resultados dos itens, possibilitando que a empresa tome decisões mais seguras, pois estão embasadas em dados concretos e reais, diminuindo o risco de insucessos. 100 Com o resultado da margem de contribuição ponderada total, que foi de 0,23, pode-se então fazer o cálculo do ponto de equilíbrio, que é apresentado na tabela 15. Tabela 15 – Ponto de equilíbrio contábil, financeiro e econômico GASTOS FIXOS Energia Aluguel IPTU Água Segurança Privada Serviços de terceiros Mão de obra Despesas diversas armazém Despesas de vendas Despesas Viagens Comercial Telefonia Móvel Comercial Depreciação Telefone/Internet Contador Associações Assessoria em informática Banco/ Cartório Seguros IRRF Taxas diversas Correios Serviço de terceiros da administração Material de consumo da administração Material Higiene/Limpeza/Cozinha Pró-labore Despesas diversas Margem de Contribuição Ponto de Equilíbrio Contábil (R$) Depreciação (R$) Ponto de Equilíbrio Financeiro (R$) Lucro Desejado (R$) Ponto de Equilíbrio Econômico (R$) Fonte: Dados primários (2012). TOTAL 1.034,14 6.123,95 4.045,48 69,65 594,94 250,00 55.838,08 149,00 6.691,18 4.020,24 1.849,04 9.093,47 1.516,92 1.797,03 263,50 2.117,75 5.891,61 387,51 437,50 178,88 84,10 1.161,05 2.175,99 575,96 16.609,96 707,20 123.664,13 0,23 540.174,49 9.093,47 500.453,50 100.000,00 976.982,23 Como já foi estudado, para o cálculo do ponto de equilíbrio são utilizados os gastos fixos, pois os gastos variáveis já estão na margem de contribuição apurada. 101 Foram apurados os pontos de equilíbrio contábil, financeiro e econômico, sendo que o ponto de equilíbrio contábil resultou em R$ 540.174,49, ou seja, para que a empresa pague todas as suas despesas, a sua receita precisa ser de R$ 540.174,49, obtendo assim lucro igual a zero. Desta forma a empresa passará a ter lucro somente quando as receitas forem maiores que este valor. Já o ponto de equilíbrio financeiro, que desconsidera a depreciação, foi de R$ 500.453,50. E o ponto de equilíbrio econômico, considerando um lucro mínimo desejado pela empresa de R$ 100.000,00, foi de R$ 976.982,23, sendo este o montante que a empresa precisa faturar se quiser atingir um lucro de R$ 100.000,00. A seguir é apresentada a formação de preços dos produtos da Avícola, com base no índice de mark-up, ou seja, o preço baseado em custos. 4.10 CÁLCULO DO MARK-UP DOS PRODUTOS Como já foi descrito na fundamentação teórica deste trabalho, a formação de preços não é tarefa fácil, pois muitos detalhes precisam ser considerados, além dos custos. No entanto, a importância de calcular o preço de venda pelo custo, reside no fato de que a empresa precisa comparar o preço que cobre os seus custos, com o preço que o mercado está disposto a pagar, para não correr o risco de comprometer o seu negócio. Desta forma, neste estudo busca-se calcular o preço ideal de venda, para que a gestão da empresa possa posteriormente compará-lo com o mercado. Para tanto se utilizou o método do mark-up, com base nos custos apurados pelo sistema de custos RKW, que considera todos os gastos da empresa. No método do mark-up são considerados os gastos, já apurados na etapa anterior, os impostos que incidem sobre a venda e o lucro desejado, que foi identificado em conversa com o proprietário da empresa, isto de acordo com a fórmula apresentada por Bruni e Famá (2004, p. 341): 102 Onde: P = Preço de venda; G = Gastos totais da empresa; I = Percentual de impostos sobre vendas; L= Lucro em percentual desejado sobre a venda. Assim chega-se ao preço de venda, para cada item, que cobre todos os gastos e permite lucro desejado pela empresa, como demonstrado em parte na tabela 16, e completamente no apêndice G. Tabela 16 – Mark-up e formação do preço de venda MASTERFOODS ITENS PEDIGRE WHISKAS 1624 Imposto sobre o preço de venda Lucro sobre o custo Mark-up Gastos unitários (R$) Preço unitário (R$) Fonte: Dados primários (2012). 823 CAP BAYER FAP SUÍNOS 1064 1324 1567 0,15 0,15 0,12 0,00 0,00 0,05 1,25 78,27 98,07 0,05 1,25 58,45 73,24 0,05 1,20 12,95 15,60 0,05 1,05 22,72 23,91 0,05 1,05 281,11 295,91 Fazendo-se a comparação dos preços praticados pela empresa com os preços sugeridos pelo mark-up, percebe-se que todos os produtos tem preço praticado superior ao sugerido, o que permite maiores ganhos para a empresa, que consegue praticar preços que cobrem todos os seus custos e permite um lucro ainda maior que o desejado. Esta comparação pode ser visualizada no apêndice G, e em um recorte, na tabela 17. Tabela 17 – Comparativo entre o preço praticado e o preço sugerido (mark-up) PREÇO UNITÁRIO (R$) MASTERFOODS BAYER PEDIGRE WHISKAS CAP FAP SUÍNOS 1624 105,61 98,07 823 78,84 73,24 1064 17,47 15,60 1324 30,66 23,91 1567 379,29 295,91 7,7% 7,6% 12,0% 28,2% 28,2% Praticado Sugerido (mark-up) Comparativo preço praticado/sugerido Fonte: Dados primários (2012). 103 Analisando-se o apêndice G, percebe-se que o preço praticado na linha da Masterfoods é em média 9% maior que o preço sugerido pelo mark-up. Já na Bayer CAP apresenta uma média de 12% maior que o preço sugerido, que na Bayer FAP e Suínos é de 28% maior que a sugestão. Vale destacar que os impostos sobre vendas considerados para o mark-up foram: • Linha Mastefoods ICMS 12%; PIS 0,65%; e COFINS 3%, somando 15,19%; • Linha Bayer CAP ICMS 12% (isento de PIS e COFINS); • Linha Bayer FAP e Suínos Isento. Em face de tudo o que foi apresentado até este momento, pode-se afimar que existe a importância de um sistema de custos para que a empresa identifique todos estes dados gerados e possa tomar decisões que a tornem mais competitiva no mercado, pois, por exemplo, sabendo o quanto os preços praticados estão acima do mark-up, ela pode decidir por fazer campanhas promocionais, visando conquistar mais mercado e consequentemente aumentar o faturamento. E os gestores podem ainda fazer previsões e monitorar os ganhos em cada produto comercializado, conforme os descontos que forem praticados. Na sequência, considerou-se importante elaborar o Demonstrativo de Resultado do Exercício (DRE), para identificar qual foi o resultado líquido da Avícola no mês de fevereiro de 2012. 4.11 DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADO DO EXERCÍCIO (DRE) Após sistematizar o método RKW, identificar e distribuir os custos, calcular a margem de contribuição e o ponto de equilíbrio, e formar o preço de venda, baseado nos custos (mark-up), faz-se necessário um fechamento para o estudo, demonstrando o resultado líquido da empresa no mês. Por isso elaborou-se a Demonstração de Resultado do Exercício (DRE), apresentada na tabela 18, referente o mês trabalhado, ou seja, fevereiro de 2012, podendo esta ser replicada para os demais meses, assim como as outras tabelas, caso o sistema for adotado pela empresa. 104 Tabela 18 – Demonstração de Resultado do Exercício (DRE) DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADO DO EXERCÍCIO FEVEREIRO/2012 Receita Bruta (-) Deduções Devoluções, Descontos Comerciais Impostos sobre vendas (=) Receita Líquida (-) CMV (=) Resultado Bruto (-) Despesas operacionais Vendas Administrativas Financeiras (=) Resultado operacional (+/-) Outros resultados Ganhos de capitais Perdas de capitais (=) Resultado antes IR (-) IRPJ e CSLL Presumido (=) Resultado líquido Fonte: Dados primários (2012). ANÁLISE VERTICAL R$ 1.411.936,27 R$ 251.751,39 R$ 142.940,99 R$ 108.810,40 R$ 1.160.184,88 R$ 813.182,76 R$ 347.002,12 R$ 157.403,23 R$ R$ R$ R$ R$ 100,00% 70,09% 29,91% 13,57% 98.855,87 52.655,75 5.891,61 R$ R$ 189.598,89 16.000,00 16,34% 1,38% R$ R$ R$ 205.598,89 6.065,17 199.533,72 17,72% 0,52% 17,20% 16.000,00 - Através da análise vertical demonstrada na DRE (tabela 18), pode-se perceber que o custo da mercadoria vendida (CMV) representa 70,09% da receita líquida do mês, ficando o resultado bruto em 29,91%. Já as despesas operacionais representam 13,57% da receita líquida, gerando assim um resultado operacional de 16,34%. A empresa também possui um prédio alugado a terceiros que lhe rende R$ 16.000,00, o que significa 1,38% da receita líquida. Então o resultado antes do Imposto de Renda é de 17,72%, e deduzindo-se o IRPJ e a Contribuição Social (CSLL), que para a empresa que é enquadrada no lucro presumido, têm alíquotas de 1,20% de IRPJ, mais 0,67% de adicional de IRPJ, e 1,08% de CSLL, resultando em um resultado líquido de 17,20%, ou seja, de um faturamento líquido de R$ 1.160.184,88 sobrou de lucro para a empresa, no mês de fevereiro, R$ 199.533,72, o que é um resultado excelente, frente ao lucro mínimo 5%, pretendido pelos gestores. Estes e todos os outros dados gerados pela sistematização deste trabalho possibilitam informações importantes para os gestores da empresa, permitindo que tomem decisões acertadas, através de em uma base consistente de dados. 105 5 CONSIDERAÇÕES FINAIS No ambiente competitivo apresentado pelo mercado na atualidade, é imprescindível que as empresas contem com um controle eficiente de seus custos, para otimizar o uso dos recursos e para se posicionar de forma consistente perante aos concorrentes e aos clientes, possibilitando assim maior lucratividade, o crescimento e a sobrevivência da mesma. É importante também que a empresa conheça a contribuição de cada produto no seu resultado, para possibilitar a formação adequada de seus preços. E isto somente é possível se esta adotar práticas, como a gestão de custos, que forneçam subsídios para suas tomadas de decisões de forma mais segura. Diante do fato de que a empresa em estudo, a Avícola e Nutrição do Vale, não possui um sistema de custos formalizado, identificou-se a necessidade de conhecer os custos dos produtos comercializados por ela, bem como mensurar os custos de cada um de seus centros custos. O que pode ser realizado através de um sistema de custos, que por meio do qual os gestores conseguem estabelecer e direcionar suas estratégias, maximizando a lucratividade e a competitividade da empresa no mercado. O sistema de custos elaborado e proposto neste trabalho teve por objetivo auxiliar a empresa na precificação de seus produtos e nos seus processos de tomada de decisão, e também permitir a visualização, de maneira mais clara, dos custos de comercializar cada um dos produtos, por meio da aplicação do método dos centros de custos, ou seja, pelo sistema RKW. Para tanto, primeiramente investigou-se a composição dos gastos da empresa, incorridos no mês de fevereiro de 2012, e fez-se a separação destes gastos em custos e despesas. Na etapa seguinte realizou-se a divisão da Avícola em centros de custos. Na sequência, com base em critérios definidos, os custos e as despesas foram alocados aos centros de custos propostos, e destes aos produtos, possibilitando a apuração do custo de cada centro, e posteriormente o custo de cada um dos produtos, proporcionando elementos seguros para tomada de decisão mais rápida e eficiente, pois os mesmos refletem a realidade da empresa. A organização e tabulação dos dados não gerou grande dificuldade, pois estes foram coletados no sistema da empresa, somente alguns dados, que por 106 estarem dispersos nos setores, precisaram de cálculos e reorganização, para serem utilizados no trabalho. O grau maior de dificuldade ocorreu na escolha mais apropriada de bases de rateio para distribuir os gastos aos centros e destes aos produtos, pois a empresa é comercial e possui muitos produtos em seu portfólio. Através do estudo, foi possível verificar que a Avícola, apesar de não possuir um sistema formal de custos, obtém resultados positivos. E esta constatação foi possível por meio da comparação dos custos unitários com o preço praticado, da margem de contribuição e rentabilidade dos produtos, e da comparação do preço sugerido com o preço praticado, e também na análise vertical da DRE que demonstrou um lucro obtido bem superior ao estimado. Entretanto a proposta aqui apresentada mostrou-se importante porque pode, de forma confiável, demonstrar à empresa os custos de cada um dos seus produtos, identificando a margem de contribuição e a rentabilidade de cada um deles, assim como definir o ponto de equilíbrio da empresa e o preço de venda através dos custos. E por meio dela várias análises, importantes para a tomada de decisão, podem ser feitas, como identificar quais produtos apresentam maior rentabilidade, e desenvolver estratégias para aumentar o seu volume de venda, ou ainda, um produto que está com preço sugerido pelo mark-up muito acima do praticado, e a empresa quer ganhar mais mercado com ele, de posse desta informação pode saber até que ponto é viável conceder descontos para forçar a venda. Importante destacar que este estudo representa o cenário atual da Avícola e considerando que a acadêmica trabalha na empresa, foi possível perceber que o panorama aqui demonstrado vai ao encontro do que hoje é vivenciado na organização. A realização do presente estudo foi de grande significado para a empresa, que pode ter acesso a informações que antes estavam apenas baseadas no empirismo. Consequentemente foi importante para a acadêmica, que pode aplicar os conhecimentos adquiridos durante o curso e visualizar seus os efeitos na realidade empresarial. Sendo gratificante como acadêmica e como profissional, pois desta forma pode-se ver a importância da aplicação de fundamentos da ciência da administração oferecendo bons resultados para as empresas. Pelo que foi exposto no decorrer deste trabalho, pode-se afirmar que o objetivo geral foi alcançado, pois foi possível propor a implantação do sistema de 107 custos na metodologia RKW para a empresa estudada, entregando a base de dados sistematizada para as decisões dos gestores. Porém, como este estudo reflete apenas um mês, recomenda-se que a empresa avalie mensalmente todos os seus custos e despesas, e os preços praticados, a fim de identificar as variações ocorridas mês a mês. Destaca-se ainda que este não deva ser o fim, mas sim o princípio de uma nova maneira de acompanhar os custos e os resultados da Avícola, e que o sistema proposto pode e deve ser aprimorado conforme as necessidades que virem a surgir na empresa, através de seu uso. Como sugestão para estudos futuros na empresa propõe-se trabalhos na área de recursos humanos e administração de materiais. Por fim, fica evidenciado que todas as informações geradas pela sistematização deste trabalho podem ser consideradas fontes importantes para os gestores da empresa, pois permitem tomadas de decisão mais acertadas, baseadas em fonte consistente de dados, oferecida pelo sistema proposto. 108 REFERÊNCIAS ATKINSON, Anthony A. et al. Contabilidade gerencial. São Paulo: Atlas, 2000. BERNARDI, Luiz Antonio. Manual de formação de preços: políticas, estratégias e fundamentos. 3.ed. São Paulo: Atlas, 2007. BORNIA, Antonio Cezar. Análise gerencial de custos: aplicação em empresas modernas. 3.ed. 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Lei nº10.297, de 26 de dezembro de 1996. Dispõe sobre o Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação - ICMS e adota outras providências. Disponível em <http://200.19.215.13/legtrib_internet/index.html>. Acesso em: 25 out. 2011. ______. RICMS/SC-01 – Anexo 3. Dispõe sobre a Substituição Tributária. Disponível em <http://200.19.215.13/legtrib_internet/index.html>. Acesso em: 25 out. 2011. SHANK, John K.; GOVINDARAJAN, Vijay. A revolução dos custos: como reinventar e redefinir sua estratégia de custos para vencer em mercados crescentemente competitivos. 2.ed. Rio de Janeiro: Campus, 1997. SIMCSIK, Tíbor. OMIS: organização, métodos, informações e sistemas. São Paulo: Makron Books, 1992. SOBRAL, Filipe; PECI, Alketa. Administração: teoria e prática no contexto brasileiro. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2008. SOUZA, Marcos Antônio de; DIEHL, Carlos Alberto. 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São Paulo: Atlas, 2000. p. 217244. 111 APÊNDICES 112 LISTA DE APÊNDICES APÊNDICE A – Relação dos produtos comercializados ......................................... 113 APÊNDICE B – Despesas de Veículos ................................................................... 118 APÊNDICE C – Depreciação .................................................................................. 119 APÊNDICE D – Distribuição primária ...................................................................... 122 APÊNDICE E – Distribuição final ............................................................................ 126 APÊNDICE F – Margem de contribuição ................................................................ 137 APÊNDICE G – Mark-up e formação do preço de venda........................................ 148 113 APÊNDICE A – Relação dos produtos comercializados FORNECEDOR MASTERFOODS BRASIL ALIMENTOS CÓD DESCRIÇÃO 1436 BISCROK FRUTAS 200 GR 1256 BISCROK JUNIOR POUCH 300 GR RE 1194 BISCROK MAXI 500 GR RE 1259 BISCROK MAXI POUCH 1 KG RE 1197 BISCROK MINI 500 GR 1258 BISCROK MINI POUCH 1 KG RE 1257 BISCROK MULTI POUCH 1 KG RE 1192 BISCROK MULTI POUCH 500 GR 1418 CHAMP CARNE E VEGETAIS 1 KG 1419 CHAMP CARNE E VEGETAIS 8 KG 1420 CHAMP CARNE E VEGETAIS 15 KG 1421 CHAMP CARNE E VEGETAIS 22 KG 1422 CHAMP FILHOTES 1 KG 1423 CHAMP FILHOTES 8 KG 1424 CHAMP FILHOTES 15 KG 1425 CHAMP FILHOTES 22 KG 1063 FROLIC BEEF 900 GR 1071 FROLIC BEEF 2,7 KG 1065 FROLIC JUNIOR 900 GR 1078 FROLIC RACAS PEQUENAS 900 GR 1248 PED CARNE E VEGETAIS 1 KG RE 1212 PED CARNE E VEGETAIS 3 KG RE 859 PED CARNE E VEGETAIS 10,1 KG 1206 PED CARNE E VEGETAIS 15 KG RE 1448 PED CARNE E VEGETAIS 17,5 KG (BONUS BAG) 1209 PED CARNE E VEGETAIS 20 KG RE 1546 PED CARNE, FRANGO E CEREAIS 1 KG 1523 PED CARNE, FRANGO E CEREAIS 3 KG 1519 PED CARNE, FRANGO E CEREAIS 10,1 KG 1520 PED CARNE, FRANGO E CEREAIS 15 KG 1521 PED CARNE, FRANGO E CEREAIS 20 KG 1470 PED EQUIL NATURAL ADULTO + 7 ANOS 1 KG 1463 PED EQUIL NATURAL ADULTO + 7 ANOS 3 KG 1464 PED EQUIL NATURAL ADULTO + 7 ANOS 15 KG 1296 PED RACAS PEQ EQUILIBRIO NATURAL 1 KG 1295 PED RACAS PEQ EQUILIBRIO NATURAL 3 KG 1297 PED RACAS PEQ EQUILIBRIO NATURAL 10,1 KG 1298 PED RACAS PEQ EQUILIBRIO NATURAL 15 KG 1299 PED RACAS PEQ EQUILIBRIO NATURAL 20 KG 1235 PED RACAS PEQUENAS 1 KG RE 1210 PED RACAS PEQUENAS 3 KG RE 1231 PED RACAS PEQUENAS 10,1 KG RE Continua 114 Continuação 1211 PED RACAS PEQUENAS 15 KG RE 1205 PED RACAS PEQUENAS 20 KG RE 1437 PEDIGREE DENTAFRESH 200 GR 1359 PEDIGREE EQUIL NATURAL JUNIOR 1 KG 1360 PEDIGREE EQUIL NATURAL JUNIOR 3 KG 1362 PEDIGREE EQUIL NATURAL JUNIOR 15 KG 1363 PEDIGREE EQUIL NATURAL JUNIOR 20 KG 1300 PEDIGREE EQUILIBRIO NATURAL 1 KG 1301 PEDIGREE EQUILIBRIO NATURAL 3 KG 1303 PEDIGREE EQUILIBRIO NATURAL 15 KG 1304 PEDIGREE EQUILIBRIO NATURAL 20 KG 1488 PEDIGREE EXPERT ADULT LARGE 15 KG 1485 PEDIGREE EXPERT ADULT MEDIUM 3 KG 1486 PEDIGREE EXPERT ADULT MEDIUM 15 KG 1483 PEDIGREE EXPERT ADULT SMALL 1 KG 1484 PEDIGREE EXPERT ADULT SMALL 3 KG 1480 PEDIGREE EXPERT PUPPY MED/LG 3 KG 1482 PEDIGREE EXPERT PUPPY MED/LG 15 KG 1477 PEDIGREE EXPERT PUPPY SMALL 1 KG 1478 PEDIGREE EXPERT PUPPY SMALL 3 KG 1489 PEDIGREE EXPERT SENSITIVE 3 KG 1490 PEDIGREE EXPERT SENSITIVE 15 KG 1631 PEDIGREE FILHOTE RACAS MEDIA E GRANDE 1 KG 1640 PEDIGREE FILHOTE RACAS MEDIA E GRANDE 3 KG 1626 PEDIGREE FILHOTE RACAS MEDIA E GRANDE 10,1 KG 1625 PEDIGREE FILHOTE RACAS MEDIA E GRANDE 15 KG 1624 PEDIGREE FILHOTE RACAS MEDIA E GRANDE 20 KG 1620 PEDIGREE FILHOTE RACAS PEQUENAS 900 GR 1621 PEDIGREE FILHOTE RACAS PEQUENAS 2,7 KG 1622 PEDIGREE FILHOTE RACAS PEQUENAS 13,5 KG 1563 PEDIGREE JUNIOR BONUS BAG 3,3 KG 1549 PEDIGREE LATA ADULTO CARNE AO MOLHO 290 GR 1591 PEDIGREE LATA ADULTO FRANGO 280 GR 1592 PEDIGREE LATA ADULTO FRANGO AO MOLHO 290 GR 1552 PEDIGREE LATA CARNE 280 GR 1548 PEDIGREE LATA JUNIOR CARNE E FRANGO 280 GR 1245 PEDIGREE MARROWBONE 200 GR RE 1198 PEDIGREE MARROWBONE POUCH 500 GR 1580 PEDIGREE SACHE ADULTO CARNE 100 GR 1578 PEDIGREE SACHE ADULTO CORDEIRO 100 GR 1579 PEDIGREE SACHE ADULTO FRANGO 100 GR 1590 PEDIGREE SACHE JUNIOR FRANGO 100 GR 825 WHISKAS CARNE COM DELICROCS 500 GR 865 WHISKAS CARNE COM DELICROCS 1 KG 836 WHISKAS CARNE COM DELICROCS 3 KG Continua 115 Continuação 823 WHISKAS CARNE COM DELICROCS 10,1 KG 1358 WHISKAS DRY FILHOTES 1 KG 1551 WHISKAS FILHOTES 10,1 KG 846 WHISKAS FILHOTES CARNE E LEITE 500 GR 1560 WHISKAS FRANGO E LEITE 500 GR 1570 WHISKAS FRANGO E LEITE 1 KG 1571 WHISKAS FRANGO E LEITE 3 KG 1550 WHISKAS FRANGO E LEITE 10,1 KG 1587 WHISKAS LATA ATUM 290 GR 1556 WHISKAS LATA ATUM AO MOLHO 290 GR 1554 WHISKAS LATA CARNE 290 GR 1557 WHISKAS LATA CARNE AO MOLHO 290 GR 1589 WHISKAS LATA FRANGO 290 GR 1555 WHISKAS LATA PEIXE 290 GR 826 WHISKAS PEIXE COM DELICROCS 500 GR 827 WHISKAS PEIXE COM DELICROCS 1 KG 847 WHISKAS PEIXE COM DELICROCS 3 KG 844 WHISKAS PEIXE COM DELICROCS 10,1 KG 1558 WHISKAS PEIXES E FRUTOS DO MAR 500 GR 1561 WHISKAS PEIXES E FRUTOS DO MAR 1 KG 1559 WHISKAS PEIXES E FRUTOS DO MAR 3 KG 1553 WHISKAS PEIXES E FRUTOS DO MAR 10,1 KG 1617 WHISKAS PROMO SACHE ATUM L6P5 85 GR 1616 WHISKAS PROMO SACHE CARNE L6P5 85 GR 1400 WHISKAS SACHE CORDEIRO 85 GR 1494 WHISKAS SACHE FILHOTE CARNE 85 GR 1495 WHISKAS SACHE FILHOTE FRANGO 85 GR 1401 WHISKAS SACHE FRANGO 85 GR 1404 WHISKAS SACHE SALMAO 85 GR 1474 WHISKAS SUPREME CARNE 450 GR 1475 WHISKAS SUPREME CARNE 900 GR 1466 WHISKAS SUPREME FRANGO 450 GR 1467 WHISKAS SUPREME FRANGO 900 GR 1405 WHISKAS TEMPTATIONS CARNE 80 GR 1407 WHISKAS TEMPTATIONS SALMAO 80 GR FORNECEDOR BAYER S/A - CAP CÓD DESCRIÇÃO 1496 ADVANTAGE CAES E GATOS 0,4 ML 1497 ADVANTAGE CAES E GATOS 1,0 ML 1498 ADVANTAGE CAES E GATOS 2,5 ML 1499 ADVANTAGE CAES E GATOS 4,0 ML 923 ADVANTAGE MAX 3 (0,4 ML) 924 ADVANTAGE MAX 3 (1,0 ML) 925 ADVANTAGE MAX 3 (2,5 ML) 926 ADVANTAGE MAX 3 (4,0 ML) Continua 116 Continuação 1180 ADVOCATE CAES 0,4 ML 1181 ADVOCATE CAES 1,0 ML 1182 ADVOCATE CAES 2,5 ML 1183 ADVOCATE CAES 4,0 ML 1184 ADVOCATE GATOS 0,4 ML 1185 ADVOCATE GATOS 0,8 ML 1112 BAYTRIL FLAVOUR 15 MG 1110 BAYTRIL FLAVOUR 50 MG 1111 BAYTRIL FLAVOUR 150 MG 946 BAYTRIL INJETAVEL 5% 10 ML 941 DRONTAL GATOS (BLISTER 04 COMPR.) 938 DRONTAL PLUS 10 KG (BLISTER 02 COMPR.) 939 DRONTAL PLUS 10 KG (BLISTER 04 COMPR.) 940 DRONTAL PLUS 35 KG (BLISTER 02 COMPR.) 1434 DRONTAL PLUS SABOR CARNE (02 COMPR.) 1064 DRONTAL PLUS SABOR CARNE (04 COMPR.) 937 DRONTAL PUPPY 20 ML 960 FLEEGARD SPRAY 300 ML 956 KILTIX (P/ CAES ACIMA 20 KG) 45 GR 957 KILTIX COLEIRA 30,2 GR 958 KILTIX COLEIRA PEQUENA 12,5 GR 1307 PROFENDER SPOT ON (0,35 ML) 1308 PROFENDER SPOT ON (0,70 ML) 1309 PROFENDER SPOT ON (1,12 ML) 947 VETRIDERM CERUMINOLITICO (100 ML) 948 VETRIDERM CLOREXIDINE (250 ML) 949 VETRIDERM CONTRA SEBORREIA OLEOSA 250ML 950 VETRIDERM HIPOALERGENICO 951 VETRIDERM SPRAY ANTIPRURIGINOSO (250 ML) FORNECEDOR BAYER S/A - FAP CÓD DESCRIÇÃO 966 BAYMEC 50 ML 969 BAYMEC 1 LT 971 ABAMECTINA 1% BAYER 1 LT 972 NEGUVON (25 X 20 GR) 973 NEGUVON 150 GR 975 NEGUVON + ASUNTOL PLUS (10 X 100 GR) 976 BOLFO 200 GR 977 BOLFO 1 KG 982 BOVITRAZ 40 ML 983 BOVITRAZ 200 ML 984 BOVITRAZ 1 LT 985 TANIDIL 200 GR 987 BAYTICOL POUR-ON 1% 988 TIGUVON SPOT-ON Continua 117 Conclusão 989 BACTROSINA 20 ML 991 BAYTRIL INJETAVEL 10% 10 ML 992 BAYTRIL INJETAVEL 10% 50 ML 993 BOVIGAM L 5 GR 994 BOVIGAM VS 4,5 GR 995 FLUNAMINE 10 ML 996 FLUNAMINE 50 ML 997 CATOSAL B12 10 ML 998 CATOSAL B12 100 ML 999 CALFON 200 ML 1000 ROMPUN 10 ML 1114 SUPRONAL L 1305 TETRABAC LA 50 ML 1306 BACTROSINA 50 ML 1323 KINETOMAX 20 ML 1324 KINETOMAX 50 ML 1451 BAYMEC POUR ON 1 LT 1581 CALFON 500 ML 1637 KINETOMAX 100 ML FORNECEDOR BAYER S/A - SUÍNOS CÓD DESCRIÇÃO 1568 BAYCOX SUSPENSÃO 5% 100 ML 1567 BAYCOX 1 LT 1569 BAYTRIL PIG DOSER Fonte: Dados primários (2012). 118 APÊNDICE B – Despesas de Veículos SETOR VEÍCULO PLACA GASTO MB 915 A MIE5675 Combustível Despesas viagem Telefone Celular Manutenção Seguro MB 915 B MII7214 Combustível Despesas viagem Telefone Celular Manutenção Seguro MB 915 C MIG1245 Combustível Despesas viagem Telefone Celular Manutenção Seguro Logística VW 15180 MCV0963 Combustível Despesas viagem Telefone Celular Manutenção Seguro KANGOO MBI6936 Combustível Despesas viagem Manutenção Seguro VW GOL A MGS2346 Combustível Despesas viagem Manutenção Seguro VW GOL B MHA5334 Combustível Despesas viagem Manutenção Seguro Comercial VW GOL C MKS5229 TOTAL Fonte: Dados primários (2012). Combustível Despesas viagem Manutenção Seguro VALOR 2.702,79 902,40 87,26 1.638,06 340,06 5.670,57 3.643,92 740,00 79,08 1.462,66 433,71 6.359,37 2.779,21 974,00 38,24 743,83 0,00 4.535,28 1.138,85 710,20 59,36 1.467,97 0,00 3.376,38 585,68 0,00 0,00 0,00 585,68 386,71 0,00 0,00 0,00 386,71 668,07 400,00 20,80 0,00 1.088,87 870,08 1.394,58 280,00 0,00 2.544,66 TOTAL/SETOR (R$) 20.527,28 4.020,24 24.547,52 119 APÊNDICE C – Depreciação SETOR Armazém ITEM Paleteira Elétrica Yale MS 16 02/03/2007 38.000,00 3.800,00 316,67 1 Paleteira Manual 03/08/2011 1.000,00 100,00 8,33 2 Paleteira Manual R20 roda dupla 06/01/2009 1.460,00 146,00 12,17 Bebedouro Latina 02/06/2008 390,50 39,05 3,25 1,10 1 Cadeira Giratória 01/09/2004 131,60 13,16 1 Estabilizador 13/10/2010 87,50 8,75 0,73 1 Porta Paletes 13/02/2007 20.591,08 2.059,11 171,59 1 Cadeira Giratória Mebel Flex 01/09/2004 131,60 13,16 1,10 1 Estabilizador 13/10/2010 87,50 8,75 0,73 1 Monitor 15" LCD LG Flatron 18/09/2008 446,00 44,60 3,72 3,33 1 Comercial Monitor 17" Sansung 733NW 08/04/2009 399,00 39,90 1 CAMINHÃO MB 915 B (MII-7214) 31/03/2010 125.000,00 25.000,00 2.083,33 1 CAMINHÃO MB 915 A (MIE-5675) 15/04/2010 125.000,00 25.000,00 2.083,33 1 CAMINHÃO MB 915 C (MIG-1245) 15/04/2010 125.000,00 25.000,00 2.083,33 1 KANGOO (MIB-6936) 29/06/2010 33.129,00 6.625,80 552,15 1 VW GOL (MGS-2346) 22/09/2009 22.591,04 4.518,21 376,52 1 VW GOL (MKS-5229) 17/12/2011 33.009,10 6.601,82 550,15 363,55 1 VW GOL (MHA-5334) 05/05/2009 21.813,08 4.362,62 1 Reprodutor de DVD Portátil 05/10/2006 156,00 15,60 1,30 1 SmartPhone HTC 01/10/2010 1.234,05 123,41 10,28 3 SmartPhone Samsung 06/10/2010 3.132,15 313,22 26,10 1 Tablet Samsung P1000 04/07/2011 1.679,00 167,90 13,99 8,42 1 Ar Condicionado Springer Silentia 7500 20 Cadeiras com pranchetas 1 Ar Condicionado Split Consul Ambience Continua FEV/12 1 1 Logística AQUISIÇÃO DEPREVALOR CIAÇÃO DATA (R$) 26/09/2005 1.010,00 101,00 26/03/2002 1.760,00 176,00 14,67 25/08/2008 1.761,50 176,15 14,68 DEPRECIAÇÃO/SETOR (R$) 522,71 6.802,15 1.457,11 120 Continuação 1 1 Diretoria Apoio Continua 13/01/2005 5.363,95 536,40 44,70 25,00 Datashow 01/02/2006 3.000,00 300,00 1 Quadro Branco 13/04/2007 200,00 20,00 1,67 1 Cadeira Giratória Mebel Flex 01/09/2004 131,60 13,16 1,10 1 Monitor 15,6" LCD AOC 16/11/2010 240,00 24,00 2,00 1 Roteador Bright 02/05/2007 229,00 22,90 1,91 1 Roteador Dlink 05/10/2009 129,00 12,90 1,08 0,73 1 Estabilizador 13/10/2010 87,50 8,75 1 Fragmentador de Papel Menno F1400 16/04/2007 159,00 15,90 1,33 1 Micro Computador HP DX7400 12/03/2009 1.583,00 158,30 13,19 1 Monitor 17" LG Flatron L177WS 20/12/2007 580,00 58,00 4,83 1 Bebedouro Latina 21/01/2008 375,20 37,52 3,13 1 Micro-ondas Eletrolux ME27F 22/07/2002 284,00 28,40 2,37 1 Cadeira Giratória Mebel Flex 01/09/2004 131,60 13,16 1,10 9,74 1 Administração Datashow Micro Computador 20/09/2004 1.169,01 116,90 1 Ventilador 14/01/2005 58,10 5,81 0,48 1 5 1 1 1 1 1 3 2 1 3 1 Arquivo Aço 4 Gavetas Pandin Cadeira Giratória Mebel Flex Fax Panasonic KX-FT33LA Impressora Laserjet M1005 MFP Impressora Laserjet P4015M Mesa de Computador Micro Computador Micro Computador HP DX7400 Micro Computador HP DX7400 Monitor 15,6" LCD AOC Monitor 17" Sansung 733NW Monitor 15" LCD LG Flatron 29/11/2007 01/09/2004 27/11/2002 02/10/2007 03/09/2009 28/03/2005 22/10/2010 12/03/2009 28/07/2008 16/11/2010 08/04/2009 17/10/2008 275,00 658,00 645,00 789,00 2.999,00 158,00 1.099,00 4.749,00 3.120,02 240,00 1.197,00 470,00 27,50 65,80 64,50 78,90 299,90 15,80 109,90 474,90 312,00 24,00 119,70 47,00 2,29 5,48 5,38 6,58 24,99 1,32 9,16 39,58 26,00 2,00 9,98 3,92 20,08 16,82 274,62 121 Conclusão 1 1 2 1 1 1 1 1 1 Ar Condicionado Consul Classe A 12000 Ar Condicionado Consul Classe A 7500 Estabilizador Impressora HP Laserjet 1160 No-Break Equissul Office Plus No-Break Roteador Dlink Servidor HP Proliant ML150 Switch Cisco 10/10/2007 14/12/2009 13/10/2010 10/03/2005 06/09/2006 10/01/2011 24/06/2011 28/05/2009 18/11/2010 1.099,00 698,50 175,00 1.333,00 1.418,31 508,38 153,00 7.874,63 795,00 109,90 69,85 17,50 133,30 141,83 50,84 15,30 787,46 79,50 9,16 5,82 1,46 11,11 11,82 4,24 1,28 65,62 6,63 1 Central telefônica 08/11/2004 2.500,00 250,00 20,83 TOTAL Fonte: Dados primários (2012). 9.093,47 122 APÊNDICE D – Distribuição primária CONTA TIPO DE CENTRO DE CUSTOS Centros de custos direto Produtos para comercialização Energia BASES DE DISTRIBUIÇÃO 723.576,55 596,12 Direto m² Aluguel 5.673,46 m² IPTU 3.747,89 m² Água 64,53 m² 551,18 m² Segurança Privada Continua VALOR CENTRO DE CUSTOS Armazém Comercial Armazém MB 915 A MB 915 B MB 915 C VW 15180 Comercial Armazém MB 915 A MB 915 B MB 915 C VW 15180 Comercial Armazém MB 915 A MB 915 B MB 915 C VW 15180 Comercial Armazém MB 915 A MB 915 B MB 915 C VW 15180 Comercial Armazém MB 915 A MB 915 B VALOR (R$) 723.576,55 188,89 345,61 13,49 13,49 13,49 21,14 199,99 5.108,60 79,90 79,90 79,90 125,17 132,12 3.374,74 52,78 52,78 52,78 82,69 2,27 58,10 0,91 0,91 0,91 1,42 19,43 496,30 7,76 7,76 123 Continuação Serviços de terceiros Mão de obra direta 250,00 27.169,79 Mão de obra indireta 5.572,39 Despesas diversas armazém Comissões/Premiações Despesas de vendas Despesas Viagens Comercial Telefonia Móvel Comercial Transporte Frota Própria Transporte Terceirizado Depreciação 1.537,13 8.781,96 SUB-TOTAL Continua 149,00 71.209,53 6.691,18 4.020,24 1.849,04 20.527,28 MB 915 C VW 15180 Armazém Direto Comercial Direto Armazém MB 915 A MB 915 B MB 915 C VW 15180 Número de funcionários Armazém MB 915 A MB 915 B MB 915 C VW 15180 Armazém Direto Comercial Direto Comercial Direto Comercial Direto Comercial Direto MB 915 A Direto MB 915 B MB 915 C VW 15180 Comercial Direto Comercial Direto Armazém Direto MB 915 A Direto MB 915 B Direto MB 915 C Direto VW 15180 Direto 7,76 12,16 250,00 11.548,94 6.775,68 2.463,79 2.275,29 2.534,29 1.571,80 2.388,17 796,06 796,06 796,06 796,06 149,00 71.209,53 6.691,18 4.020,24 1.849,04 5.837,11 6.546,14 4.668,48 3.475,54 1.537,13 1.457,11 522,71 2.267,38 2.267,38 2.267,38 0,00 881.967,26 124 Continuação Centros de custos indiretos Telefone/Internet Contador Associações Assessoria em informática Banco/ Cartório Seguros IRRF Taxas diversas Correios Energia da administração Serviço de terceiros da administração Material de consumo da administração Material Higiene/Limpeza/Cozinha Mão-de-obra da administração Pró-labore Aluguel da Administração Continua 1.516,92 Número de funcionários Diretoria Administração Serviços de Apoio 1.797,03 Administração Direto 263,50 Administração Direto 2.117,75 Número de funcionários Diretoria Administração Serviços de Apoio 5.891,61 Administração Direto 387,51 Administração Direto 437,50 Administração Direto 178,88 Administração Direto 84,10 Administração Direto 438,02 Diretoria m² Administração Serviços de Apoio 1.161,05 Administração Direto 2.175,99 Administração Direto 575,96 Diretoria m² Administração Serviços de Apoio 23.095,90 Administração Direto Serviços de Apoio 16.609,96 Diretoria Direto 450,49 Diretoria m² 189,62 948,08 379,23 1.797,03 263,50 264,72 1.323,59 529,44 5.891,61 387,51 437,50 178,88 84,10 117,38 188,59 132,05 1.161,05 2.175,99 105,76 253,39 216,81 18.825,12 4.270,78 16.609,96 82,72 125 Conclusão IPTU 297,59 Água 5,12 Segurança Privada 43,76 Despesas diversas 707,20 Depreciação da administração 311,51 SUB-TOTAL TOTAL Fonte: Dados primários (2012). Administração Serviços de Apoio Diretoria m² Administração Serviços de Apoio Diretoria m² Administração Serviços de Apoio Diretoria m² Administração Serviços de Apoio Número de funcionários Diretoria Administração Serviços de Apoio Diretoria Direto Administração Serviços de Apoio 198,19 169,58 54,65 130,92 112,02 0,94 2,25 1,93 8,04 19,25 16,47 88,40 442,00 176,80 20,08 274,62 16,82 58.547,36 940.514,62 126 APÊNDICE E – Distribuição final CENTROS DE CUSTOS DIRETOS Comercial BASE DE DISTRIBUIÇÃO TOTAL (R$) Faturamento 1.268.995,28 (R$) Custo do centro 105.418,19 (R$) PRODUTOS (CÓDIGO) MASTERFOODS 1436 1256 1194 1259 1.121,89 4.104,96 287,86 996,43 93,20 341,01 23,91 82,78 1197 1258 1257 1192 1418 1419 1420 1421 1422 1423 1.196,79 2.757,61 7.194,50 3.230,97 83,75 931,28 26.056,74 3.137,43 68,45 760,70 99,42 229,08 597,66 268,40 6,96 77,36 2.164,59 260,63 5,69 63,19 Armazém Custo do centro (R$) 792.370,81 700,52 2.563,17 179,74 622,18 MB 915 A Custo do centro (R$) 12.283,86 10,86 39,74 2,79 9,65 11,58 26,69 69,64 31,28 0,81 9,01 252,23 30,37 0,66 7,36 MB 915 B Custo do centro (R$) 12.838,95 11,35 41,53 2,91 10,08 12,11 27,90 72,79 32,69 0,85 9,42 263,63 31,74 0,69 7,70 MB 915 C Custo do centro (R$) 11.112,83 9,82 35,95 2,52 8,73 10,48 24,15 63,00 28,29 0,73 8,16 228,18 27,48 0,60 6,66 VW 15180 Custo do centro (R$) 6.489,98 5,74 20,99 1,47 5,10 6,12 14,10 36,79 16,52 0,43 4,76 133,26 16,05 0,35 3,89 831,49 3.042,39 213,35 738,50 267 3,11 4,20 35% 828 3,67 4,96 35% 37 5,77 7,78 35% 77 9,59 12,94 35% CUSTO TOTAL (R$) QUANTIDADE VENDIDA CUSTO UNITÁRIO (R$) Preço de venda praticado Comparativo Preço/Custo Continua 747,29 1.721,87 4.492,30 2.017,44 52,29 581,50 16.270,04 1.959,04 42,74 474,99 887,00 2.043,80 5.332,20 2.394,63 62,07 690,22 19.311,93 2.325,30 50,73 563,79 154 5,76 7,77 35% 214 9,55 12,89 35% 556 9,59 12,94 35% 415 5,77 7,79 35% 16 3,88 5,23 35% 35 19,72 26,61 35% 572 33,76 45,55 35% 49 47,46 64,03 35% 12 4,23 5,71 35% 26 21,68 29,26 35% 127 Continuação 1424 6.246,31 1425 1.682,00 1063 732,17 1071 461,04 1065 1.742,05 1078 1.045,05 1248 883,62 1212 415,84 859 116,70 1206 69.328,94 1209 18.925,72 1546 689,38 1523 243,25 1519 115,34 1520 30.404,29 1521 5.912,45 1470 1.146,23 1463 476,11 1464 3.646,50 518,89 139,73 60,82 38,30 144,72 86,81 73,40 34,54 9,69 5.759,31 1.572,20 57,27 20,21 9,58 2.525,75 491,16 95,22 39,55 302,92 3.900,25 1.050,25 457,17 287,88 1.087,75 652,54 551,74 259,65 72,87 43.289,55 11.817,37 430,45 151,89 72,02 18.984,68 3.691,78 715,72 297,29 2.276,90 60,46 16,28 7,09 4,46 16,86 10,12 8,55 4,03 1,13 671,10 183,20 6,67 2,35 1,12 294,31 57,23 11,10 4,61 35,30 63,20 17,02 7,41 4,66 17,63 10,57 8,94 4,21 1,18 701,43 191,48 6,97 2,46 1,17 307,61 59,82 11,60 4,82 36,89 54,70 14,73 6,41 4,04 15,26 9,15 7,74 3,64 1,02 607,13 165,74 6,04 2,13 1,01 266,26 51,78 10,04 4,17 31,93 31,95 8,60 3,74 2,36 8,91 5,34 4,52 2,13 0,60 354,57 96,79 3,53 1,24 0,59 155,50 30,24 5,86 2,43 18,65 4.629,45 1.246,61 542,65 341,70 1.291,12 774,54 654,89 308,20 86,49 51.383,08 14.026,78 510,93 180,28 85,48 22.534,11 4.382,01 849,53 352,87 2.702,60 126 36,74 49,57 35% 24 51,94 70,08 35% 84 6,46 8,72 35% 19 17,98 24,27 35% 200 6,46 8,71 35% 120 6,45 8,71 35% 114 5,74 7,75 35% 17 18,13 24,46 35% 2 43,25 57,71 33% 863 59,54 80,53 35% 179 78,36 105,77 35% 89 5,74 7,75 35% 10 18,03 24,33 35% 2 42,74 57,67 35% 378 59,61 80,64 35% 56 78,25 105,64 35% 129 6,59 8,89 35% 17 20,76 28,01 35% 39 69,30 93,49 35% Continua 128 Continuação 1296 6.840,81 1295 1.704,60 1297 126,71 1298 35.017,39 1299 58.280,25 1235 6.415,78 1210 1.633,94 1231 174,73 1211 53.992,18 1205 69.230,64 1437 1.369,48 1359 3.985,39 1360 785,17 1362 8.552,71 1363 14.234,86 1300 409,64 1301 27,90 1303 7.028,02 568,28 141,60 10,53 2.908,97 4.841,47 532,97 135,73 14,52 4.485,25 5.751,14 113,77 331,07 65,23 710,49 1.182,52 34,03 2,32 583,83 4.271,46 1.064,37 79,12 21.865,14 36.390,65 4.006,06 1.020,25 109,10 33.713,15 43.228,17 855,11 2.488,51 490,27 5.340,38 8.888,36 255,78 17,42 4.388,35 66,22 16,50 1,23 338,97 564,15 62,10 15,82 1,69 522,64 670,15 13,26 38,58 7,60 82,79 137,79 3,97 0,27 68,03 69,21 17,25 1,28 354,29 589,65 64,91 16,53 1,77 546,26 700,43 13,86 40,32 7,94 86,53 144,02 4,14 0,28 71,11 59,91 14,93 1,11 306,65 510,37 56,18 14,31 1,53 472,82 606,27 11,99 34,90 6,88 74,90 124,66 3,59 0,24 61,55 34,99 8,72 0,65 179,09 298,06 32,81 8,36 0,89 276,13 354,06 7,00 20,38 4,02 43,74 72,80 2,10 0,14 35,94 5.070,06 1.263,36 93,91 25.953,10 43.194,35 4.755,05 1.210,99 129,50 40.016,25 51.310,22 1.014,99 2.953,77 581,93 6.338,83 10.550,15 303,60 20,68 5.208,81 769 6,59 8,90 35% 61 20,71 27,95 35% 2 46,96 63,36 35% 374 69,39 93,63 35% 480 89,99 121,43 35% 828 5,74 7,75 35% 69 17,55 23,68 35% 3 43,17 58,24 35% 668 59,90 80,89 35% 655 78,34 105,71 35% 292 3,48 4,69 35% 448 6,59 8,90 35% 28 20,78 28,04 35% 91 69,66 93,98 35% 119 88,66 119,65 35% 46 6,60 8,91 35% 1 20,68 27,90 35% 75 69,45 93,71 35% Continua 129 Continuação 1304 4.852,54 1488 2.488,65 1485 39,70 1486 1.175,01 1483 1.030,17 1484 313,39 1482 900,07 1477 452,45 1489 1.843,26 1490 6.444,61 1631 3.373,21 1640 83,70 1626 525,09 1625 51.476,73 1624 74.027,54 1620 1.940,94 1621 438,45 1622 4.210,62 403,11 206,74 3,30 97,61 85,58 26,03 74,77 37,59 153,12 535,37 280,22 6,95 43,62 4.276,28 6.149,63 161,24 36,42 349,79 3.029,96 1.553,93 24,79 733,69 643,25 195,68 562,01 282,51 1.150,95 4.024,07 2.106,26 52,26 327,87 32.142,48 46.223,39 1.211,94 273,77 2.629,14 46,97 24,09 0,38 11,37 9,97 3,03 8,71 4,38 17,84 62,38 32,65 0,81 5,08 498,29 716,59 18,79 4,24 40,76 49,10 25,18 0,40 11,89 10,42 3,17 9,11 4,58 18,65 65,20 34,13 0,85 5,31 520,81 748,97 19,64 4,44 42,60 42,49 21,79 0,35 10,29 9,02 2,74 7,88 3,96 16,14 56,44 29,54 0,73 4,60 450,79 648,27 17,00 3,84 36,87 24,82 12,73 0,20 6,01 5,27 1,60 4,60 2,31 9,43 32,96 17,25 0,43 2,69 263,27 378,60 9,93 2,24 21,53 3.596,46 1.844,46 29,42 870,86 763,51 232,27 667,09 335,33 1.366,13 4.776,42 2.500,05 62,03 389,17 38.151,93 54.865,44 1.438,53 324,96 3.120,70 40 89,91 121,34 35% 26 70,94 96,15 36% 1 29,42 39,70 35% 12 72,57 97,92 35% 62 12,31 16,62 35% 7 33,18 44,80 35% 8 83,39 112,51 35% 24 13,97 18,85 35% 39 35,03 47,26 35% 54 88,45 119,85 35% 435 5,75 7,76 35% 3 20,68 27,90 35% 9 43,24 57,79 34% 639 59,71 80,67 35% 701 78,27 105,61 35% 251 5,73 7,73 35% 18 18,05 24,36 35% 52 60,01 81,30 35% Continua 130 Continuação 1563 452,67 1549 6.374,29 1591 4.886,72 1592 3.794,10 1552 8.061,64 1548 7.562,57 1245 840,71 1198 2.493,16 1580 11.945,70 1578 5.978,31 1579 5.389,10 1590 9.695,92 1630 57,00 825 1.152,05 865 2.184,11 836 1.363,58 823 51.496,37 37,60 529,53 405,95 315,18 669,70 628,24 69,84 207,11 992,36 496,63 447,68 805,46 4,74 95,70 181,44 113,28 4.277,92 282,65 3.980,16 3.051,31 2.369,07 5.033,75 4.722,13 524,95 1.556,75 7.458,99 3.732,90 3.365,00 6.054,21 35,59 719,35 1.363,78 851,43 32.154,75 4,38 61,70 47,30 36,73 78,04 73,21 8,14 24,13 115,63 57,87 52,17 93,86 0,55 11,15 21,14 13,20 498,48 4,58 64,49 49,44 38,39 81,56 76,51 8,51 25,22 120,86 60,49 54,52 98,10 0,58 11,66 22,10 13,80 521,01 3,96 55,82 42,79 33,23 70,60 66,23 7,36 21,83 104,61 52,35 47,19 84,91 0,50 10,09 19,13 11,94 450,96 2,32 32,60 24,99 19,40 41,23 38,68 4,30 12,75 61,09 30,57 27,56 49,59 0,29 5,89 11,17 6,97 263,37 335,50 4.724,30 3.621,79 2.811,99 5.974,88 5.604,99 623,09 1.847,80 8.853,54 4.430,82 3.994,13 7.186,12 42,25 853,84 1.618,75 1.010,62 38.166,48 20 16,77 22,63 35% 2.348 2,01 2,75 37% 1.812 2,00 2,70 35% 1.392 2,02 2,75 36% 2.980 2,00 2,72 36% 2.770 2,02 2,75 36% 200 3,12 4,20 35% 307 6,02 8,12 35% 7.837 1,13 1,53 35% 3.964 1,12 1,51 35% 3.555 1,12 1,52 35% 6.373 1,13 1,52 35% 15 2,82 7,60 170% 207 4,12 5,57 35% 224 7,23 9,76 35% 53 19,07 25,73 35% 653 58,45 78,84 35% Continua 131 Continuação 1358 2.767,06 1551 24.433,39 846 2.251,70 1560 457,83 1570 1.579,32 1571 902,25 1550 34.293,13 1587 2.489,57 1556 1.916,22 1554 3.893,88 1557 2.278,95 1589 2.722,28 1555 4.595,45 826 846,78 827 2.025,62 847 977,05 844 24.410,50 229,87 2.029,73 187,05 38,03 131,20 74,95 2.848,80 206,81 159,18 323,47 189,32 226,15 381,75 70,34 168,27 81,17 2.027,83 1.727,77 15.256,40 1.405,98 285,87 986,14 563,37 21.412,90 1.554,51 1.196,50 2.431,37 1.422,99 1.699,81 2.869,44 528,74 1.264,81 610,08 15.242,11 26,79 236,52 21,80 4,43 15,29 8,73 331,96 24,10 18,55 37,69 22,06 26,35 44,48 8,20 19,61 9,46 236,29 28,00 247,20 22,78 4,63 15,98 9,13 346,96 25,19 19,39 39,40 23,06 27,54 46,49 8,57 20,49 9,89 246,97 24,23 213,97 19,72 4,01 13,83 7,90 300,31 21,80 16,78 34,10 19,96 23,84 40,24 7,42 17,74 8,56 213,77 14,15 124,96 11,52 2,34 8,08 4,61 175,38 12,73 9,80 19,91 11,66 13,92 23,50 4,33 10,36 5,00 124,84 2.050,80 18.108,78 1.668,85 339,32 1.170,51 668,70 25.416,32 1.845,14 1.420,20 2.885,95 1.689,04 2.017,62 3.405,91 627,59 1.501,29 724,14 18.091,82 284 7,22 9,74 35% 310 58,42 78,82 35% 399 4,18 5,64 35% 81 4,19 5,65 35% 162 7,23 9,75 35% 35 19,11 25,78 35% 435 58,43 78,85 35% 924 2,00 2,70 35% 692 2,05 2,78 35% 1452 1,99 2,69 35% 833 2,03 2,76 36% 1027 1,96 2,66 35% 1707 2,00 2,70 35% 150 4,18 5,65 35% 208 7,22 9,74 35% 38 19,06 25,71 35% 310 58,36 78,81 35% Continua 132 Continuação 1558 1561 1559 1553 1617 1616 1391 1392 1400 1494 1495 1401 1404 1474 1475 1466 1467 1405 1407 659,55 1.856,47 1.152,16 35.012,02 3.953,12 6.496,21 3.112,40 2.160,03 2.227,75 3.067,34 2.191,06 3.202,40 2.670,83 1.090,81 1.288,16 808,59 991,85 1.260,69 575,58 54,79 154,22 411,83 1.159,19 95,71 2.908,52 328,39 539,65 258,55 179,44 185,06 254,81 182,02 266,03 221,87 90,62 719,42 21.861,79 2.468,36 4.056,29 1.943,41 1.348,74 1.391,02 1.915,27 1.368,12 1.999,60 1.667,69 681,11 107,01 67,17 82,40 804,34 504,89 619,32 104,73 47,81 787,18 359,40 6,38 17,97 11,15 338,92 38,27 62,88 30,13 20,91 21,56 29,69 21,21 31,00 25,85 10,56 12,47 7,83 9,60 12,20 5,57 6,67 18,78 11,66 354,23 40,00 65,72 31,49 21,85 22,54 31,03 22,17 32,40 27,02 11,04 13,03 8,18 10,03 12,75 5,82 5,78 16,26 10,09 306,61 34,62 56,89 27,26 18,92 19,51 26,86 19,19 28,04 23,39 9,55 11,28 7,08 8,69 11,04 5,04 3,37 9,49 5,89 179,06 20,22 33,22 15,92 11,05 11,39 15,69 11,21 16,38 13,66 5,58 6,59 4,14 5,07 6,45 2,94 853,92 25.949,12 2.929,85 4.814,66 2.306,75 1.600,90 1.651,09 2.273,36 1.623,90 2.373,46 1.979,48 808,45 488,82 1.375,92 117 4,18 5,64 35% Continua 191 7,20 9,72 35% 45 18,98 25,60 35% 445 58,31 78,70 35% 792 3,70 5,03 36% 1253 3,84 5,20 35% 2.868 0,80 1,09 36% 1.999 0,80 1,08 35% 2058 0,80 1,09 36% 2825 0,80 1,09 35% 2011 0,81 1,09 35% 2957 0,80 1,09 36% 2468 0,80 1,09 36% 171 4,73 6,38 35% 954,72 599,29 735,11 108 8,84 11,93 35% 127 4,72 6,37 35% 83 8,86 11,95 35% 934,36 426,59 243 3,85 5,19 35% 111 3,84 5,19 35% 133 Continuação PRODUTOS (CÓDIGO) BAYER CAP 1496 1497 1498 1499 923 924 925 926 1180 1181 1182 1183 1184 1185 1112 1110 1111 946 623,18 2.301,07 1.562,24 1.087,43 3.226,04 6.590,84 3.618,63 7.020,66 6.743,27 12.361,03 8.294,51 8.512,36 2.532,16 3.117,56 4.891,86 7.759,25 10.083,45 3.875,84 51,77 191,15 129,78 389,12 1.436,81 975,48 90,34 267,99 547,52 300,61 583,22 560,18 679,00 2.014,37 4.115,37 2.259,50 4.383,76 4.210,55 1.026,86 689,04 707,14 210,35 258,98 406,38 644,58 7.718,33 5.179,16 5.315,19 1.581,10 1.946,63 3.054,52 4.844,94 837,65 321,97 6.296,19 2.420,11 6,03 22,27 15,12 10,53 31,23 63,80 35,03 67,96 65,27 119,65 80,29 82,40 24,51 30,18 47,35 75,11 97,61 37,52 6,30 23,28 15,81 11,00 32,64 66,68 36,61 71,03 68,22 125,06 83,92 86,12 25,62 31,54 49,49 78,50 102,02 39,21 5,46 20,15 13,68 9,52 28,25 57,72 31,69 61,48 59,05 108,25 72,64 74,54 22,17 27,30 42,84 67,95 88,30 33,94 3,19 11,77 7,99 5,56 16,50 33,71 18,51 35,91 34,49 63,22 42,42 43,53 12,95 15,94 25,02 39,68 51,57 19,82 461,87 1.705,44 1.157,85 34 13,58 18,33 35% Continua 115 14,83 20,01 35% 66 17,54 23,67 35% 805,95 2.390,98 4.884,79 2.681,94 5.203,36 4.997,77 39 20,67 27,88 35% 144 16,60 20,68 25% 283 17,26 23,29 35% 125 21,46 28,48 33% 218 23,87 31,89 34% 231 21,64 29,19 35% 9.161,37 6.147,47 6.308,93 1.876,71 2.310,58 3.625,60 5.750,76 374 24,50 32,60 33% 215 28,59 38,70 35% 188 33,56 45,28 35% 87 21,57 29,10 35% 96 24,07 32,48 35% 411 8,82 11,91 35% 461 12,47 16,83 35% 7.473,34 2.872,58 306 24,42 32,98 35% 222 12,94 17,46 35% 134 Continuação 941 9.444,01 938 811,18 939 9.684,46 940 11.145,99 1434 1.332,45 1064 12.472,90 937 7.680,12 960 1.530,96 956 2.916,59 957 2.189,58 958 1.010,58 1307 402,02 1308 2.192,01 1309 855,09 947 1.350,54 948 2.922,18 784,53 67,39 804,51 925,92 110,69 1.036,15 638,00 127,18 242,29 181,89 83,95 33,40 182,10 71,03 112,19 242,75 5.896,92 506,51 6.047,05 6.959,65 831,99 7.788,18 4.795,53 955,94 1.821,14 1.367,19 631,01 251,02 1.368,71 533,93 843,29 1.824,63 91,42 7,85 93,75 107,89 12,90 120,74 74,34 14,82 28,23 21,20 9,78 3,89 21,22 8,28 13,07 28,29 95,55 8,21 97,98 112,77 13,48 126,19 77,70 15,49 29,51 22,15 10,22 4,07 22,18 8,65 13,66 29,56 82,70 7,10 84,81 97,61 11,67 109,23 67,26 13,41 25,54 19,17 8,85 3,52 19,20 7,49 11,83 25,59 48,30 4,15 49,53 57,00 6,81 63,79 39,28 7,83 14,92 11,20 5,17 2,06 11,21 4,37 6,91 14,94 6.999,42 601,21 7.177,63 8.260,84 987,54 9.244,28 5.692,11 1.134,67 2.161,63 1.622,81 748,99 297,96 1.624,61 633,75 1.000,95 2.165,77 761 9,20 12,41 35% 80 7,52 10,14 35% 566 12,68 17,11 35% 440 18,77 25,33 35% 137 7,21 9,73 35% 714 12,95 17,47 35% 432 13,18 17,78 35% 68 16,69 22,51 35% 73 29,61 39,95 35% 62 26,17 35,32 35% 32 23,41 31,58 35% 21 14,19 19,13 35% 104 15,62 21,08 35% 36 17,60 23,75 35% 74 13,53 18,25 35% 101 21,44 28,93 35% Continua 135 Continuação PRODUTOS (CÓDIGO) BAYER FAP 949 950 951 966 972 973 975 976 977 982 983 984 985 987 988 989 991 992 993 1.783,11 1.071,40 2.595,07 1.062,69 17.465,27 2.031,70 7.122,20 1.462,45 939,41 1.220,53 1.582,41 883,48 661,02 2.334,62 2.234,89 2.358,31 399,00 442,11 6.297,12 148,13 1.113,39 89,00 215,58 668,99 1.620,38 88,28 1.450,88 168,78 591,66 663,55 10.905,45 1.268,61 4.447,16 121,49 78,04 101,39 131,45 73,39 54,91 193,94 185,66 195,91 33,15 36,73 523,12 913,17 586,58 762,11 988,07 551,65 412,75 1.457,76 1.395,48 1.472,55 249,14 276,06 3.931,97 17,26 10,37 25,12 10,29 169,06 19,67 68,94 14,16 9,09 11,81 15,32 8,55 6,40 22,60 21,63 22,83 3,86 4,28 60,96 18,04 10,84 26,26 10,75 176,70 20,56 72,06 14,80 9,50 12,35 16,01 8,94 6,69 23,62 22,61 23,86 4,04 4,47 63,71 15,62 9,38 22,73 9,31 152,95 17,79 62,37 12,81 8,23 10,69 13,86 7,74 5,79 20,44 19,57 20,65 3,49 3,87 55,15 9,12 5,48 13,27 5,43 89,32 10,39 36,42 7,48 4,80 6,24 8,09 4,52 3,38 11,94 11,43 12,06 2,04 2,26 32,21 1.321,55 51 25,91 34,96 35% Continua 794,07 1.923,33 35 22,69 30,61 35% 78 24,66 33,27 35% 787,61 12.944,37 1.505,79 5.278,61 1.083,89 696,24 118 6,67 9,01 35% 235 55,08 74,32 35% 101 14,91 20,12 35% 69 76,50 103,22 35% 178 6,09 8,22 35% 35 19,89 26,84 35% 904,59 1.172,80 654,79 489,91 1.730,30 1.656,39 1.747,86 295,72 327,67 4.667,10 282 3,21 4,33 35% 157 7,47 10,08 35% 28 23,39 31,55 35% 33 14,85 20,03 35% 73 23,70 31,98 35% 26 63,71 85,96 35% 223 7,84 10,58 35% 31 9,54 12,87 35% 9 36,41 49,12 35% 1.440 3,24 4,37 35% 136 Conclusão PRODUTOS (CÓD) BAYER SUÍNOS 1637 1568 1567 5.585,77 4.681,72 9.102,96 994 6.455,66 995 959,23 996 1.906,03 997 9.551,18 998 16.287,78 999 18.559,91 1000 1.706,52 1114 6.778,66 1305 1.817,60 1306 3.385,46 1323 3.795,47 1324 25.747,98 1451 743,64 1581 3.926,20 536,29 79,69 158,34 793,44 1.353,06 1.541,81 141,76 563,12 150,99 281,24 315,30 2.138,94 61,78 326,16 464,02 388,92 756,20 4.030,97 598,95 1.190,14 5.963,83 10.170,22 11.588,96 1.065,56 4.232,65 1.134,92 2.113,91 2.369,92 16.077,24 464,33 2.451,55 3.487,80 2.923,30 5.683,96 62,49 9,29 18,45 92,46 157,67 179,66 16,52 65,62 17,59 32,77 36,74 249,24 7,20 38,01 54,07 45,32 88,12 65,31 9,70 19,28 96,63 164,79 187,78 17,27 68,58 18,39 34,25 38,40 260,50 7,52 39,72 56,51 47,37 92,10 56,53 8,40 16,69 83,64 142,64 162,53 14,94 59,36 15,92 29,65 33,24 225,48 6,51 34,38 48,92 41,00 79,72 33,02 4,91 9,75 48,85 83,30 94,92 8,73 34,67 9,30 17,31 19,41 131,68 3,80 20,08 28,57 23,94 46,55 4.784,61 710,93 1.412,65 7.078,85 12.071,67 13.755,66 1.264,79 5.024,00 1.347,11 2.509,13 2.813,01 19.083,09 551,15 2.909,90 4.139,89 3.469,85 6.746,65 1.104 4,33 5,85 35% 64 11,11 14,99 35% 34 41,55 56,06 35% 1.115 6,35 8,57 35% 288 41,92 56,56 35% 1.880 7,32 9,88 35% 57 22,19 29,94 35% 1.656 3,03 4,09 35% 220 6,12 8,26 35% 149 16,84 22,72 35% 265 10,62 14,32 35% 840 22,72 30,66 35% 12 45,93 61,97 35% 196 14,85 20,04 35% 110 37,64 50,78 35% 62 55,97 75,51 35% 24 281,11 379,29 35% Fonte: Dados primários (2012). 137 APÊNDICE F – Margem de contribuição ITENS Faturamento (R$) Representação sobre o faturamento (%) Preço (R$) Gastos variáveis Produtos p/comercialização Comissões/Premiações Transportes Impostos Margem de Contribuição (R$) - MCU Margem de Contribuição (%) - RCU Rentabilidade Margem de Contribuição PRODUTOS (CÓDIGOS) MASTERFOODS 1436 1256 1194 1.121,89 4.104,96 287,86 1418 83,75 1419 1420 1421 931,28 26.056,74 3.137,43 1422 68,45 1423 760,70 0,09% 0,32% 0,02% 0,08% 0,09% 0,22% 0,57% 0,25% 0,01% 0,07% 2,05% 0,25% 0,01% 0,06% 4,20 3,20 2,25 0,24 0,07 0,64 4,96 3,77 2,65 0,28 0,09 0,75 7,78 5,92 4,17 0,44 0,14 1,18 12,94 9,87 6,95 0,73 0,23 1,97 7,77 5,92 4,17 0,44 0,14 1,18 12,89 9,85 6,95 0,72 0,22 1,96 12,94 9,87 6,95 0,73 0,22 1,97 7,79 5,92 4,17 0,44 0,14 1,18 5,23 4,31 3,13 0,29 0,09 0,80 26,61 23,80 17,80 1,49 0,46 4,04 45,55 40,67 30,40 2,56 0,79 6,92 64,03 57,25 42,82 3,59 1,11 9,73 5,70 4,69 3,40 0,32 0,10 0,87 29,26 26,03 19,44 1,64 0,51 4,44 1,00 1,19 1,86 3,07 1,85 3,03 3,07 1,86 0,92 2,81 4,89 6,78 1,02 3,22 24% 24% 24% 24% 24% 24% 24% 24% 18% 11% 11% 11% 18% 11% 0,00021 0,00078 0,00005 0,00019 0,00022 0,00051 0,00135 0,00061 0,00001 0,00008 0,00220 Margem de contribuição ponderada por linha 0,163 Margem de contribuição ponderada total 0,23 Continua 1197 1258 1257 1192 1259 996,43 1.196,79 2.757,61 7.194,50 3.230,97 0,00026 0,00001 0,00007 138 Continuação 1424 6.246,31 1425 1.682,00 1063 732,17 1071 461,04 1065 1.742,05 1078 1.045,05 1248 883,62 1212 415,84 859 116,70 1206 69.328,94 1209 18.925,72 1546 689,38 1523 243,25 1519 115,34 1520 30.404,29 1521 5.912,45 1470 1.146,23 1463 476,11 0,49% 0,13% 0,06% 0,04% 0,14% 0,08% 0,07% 0,03% 0,01% 5,46% 1,49% 0,05% 0,02% 0,01% 2,40% 0,47% 0,09% 0,04% 49,57 44,27 33,10 2,78 0,86 7,53 70,08 62,43 46,63 3,93 1,22 10,65 8,72 7,15 5,19 0,49 0,15 1,32 24,27 19,86 14,39 1,36 0,42 3,69 8,71 7,15 5,19 0,49 0,15 1,32 8,71 7,15 5,19 0,49 0,15 1,32 7,75 6,74 4,99 0,43 0,13 1,18 24,46 20,05 14,54 1,37 0,43 3,72 58,35 47,72 34,57 3,27 1,01 8,86 80,33 60,85 42,74 4,51 1,40 12,20 105,73 74,01 50,18 5,93 1,84 16,06 7,75 6,74 4,99 0,43 0,13 1,18 24,33 20,02 14,54 1,36 0,42 3,69 57,67 47,57 34,57 3,24 1,00 8,76 80,43 60,87 42,74 4,51 1,40 12,22 105,58 73,98 50,18 5,92 1,84 16,04 8,89 7,74 5,74 0,50 0,15 1,35 28,01 23,04 16,73 1,57 0,49 4,25 5,30 7,66 1,56 4,41 1,56 1,56 1,01 4,41 10,63 19,49 31,72 1,01 4,30 10,10 19,56 31,60 1,14 4,96 11% 11% 18% 18% 18% 18% 13% 18% 18% 24% 30% 13% 18% 18% 24% 30% 13% 18% 0,00053 0,00014 0,00010 0,00007 0,00025 0,00015 0,00009 0,00006 0,00002 0,01325 0,00447 0,00007 0,00003 0,00002 0,00583 0,00139 0,00012 0,00007 Continua 139 Continuação 1464 1296 1295 3.646,50 6.840,81 1.704,60 1297 1298 1299 1235 1210 126,71 35.017,39 58.280,25 6.415,78 1.633,94 1231 1211 1205 1437 1359 174,73 53.992,18 69.230,64 1.369,48 3.985,39 1360 1362 1363 785,17 8.552,71 14.234,86 1300 409,64 1301 27,90 0,29% 0,54% 0,13% 0,01% 2,76% 4,59% 0,51% 0,13% 0,01% 4,25% 5,46% 0,11% 0,31% 0,06% 0,67% 1,12% 0,03% 0,00% 93,50 77,56 56,48 5,25 1,63 14,20 8,90 7,75 5,74 0,50 0,15 1,35 27,94 23,02 16,72 1,57 0,49 4,24 63,36 54,26 39,98 3,56 1,10 9,62 93,63 77,58 56,48 5,25 1,63 14,22 121,42 100,44 73,07 6,81 2,11 18,44 7,75 6,74 4,99 0,43 0,13 1,18 23,68 19,88 14,54 1,33 0,41 3,60 58,24 47,70 34,57 3,27 1,01 8,85 80,83 62,45 44,23 4,54 1,41 12,28 105,70 75,27 51,45 5,93 1,84 16,06 4,69 3,57 2,51 0,26 0,08 0,71 8,90 7,75 5,74 0,50 0,15 1,35 28,04 23,04 16,72 1,57 0,49 4,26 93,99 77,66 56,48 5,27 1,63 14,28 119,62 100,03 73,07 6,71 2,08 18,17 8,91 7,75 5,74 0,50 0,15 1,35 27,90 23,01 16,72 1,57 0,49 4,24 15,94 1,15 4,93 9,09 16,05 20,98 1,01 3,80 10,55 18,38 30,42 1,12 1,15 5,00 16,32 19,59 1,16 4,89 17% 13% 18% 14% 17% 17% 13% 16% 18% 23% 29% 24% 13% 18% 17% 16% 13% 18% 0,00049 0,00070 0,00024 0,00001 0,00473 0,00794 0,00066 0,00021 0,00002 0,00967 0,01570 0,00026 0,00041 0,00011 0,00117 Continua 0,00184 0,00004 0,00000 140 Continuação 1303 7.028,02 1304 4.852,54 1488 2.488,65 1485 39,70 1486 1.175,01 1483 1.030,17 1484 313,39 1482 900,07 1477 452,45 1489 1.843,26 1490 6.444,61 1631 3.373,21 1640 83,70 1626 525,09 1625 51.476,73 1624 74.027,54 1620 1.940,94 1621 438,45 0,55% 0,38% 0,20% 0,00% 0,09% 0,08% 0,02% 0,07% 0,04% 0,15% 0,51% 0,27% 0,01% 0,04% 4,06% 5,83% 0,15% 0,03% 93,71 77,60 56,48 5,26 1,63 14,23 121,31 100,41 73,07 6,81 2,11 18,43 95,72 82,83 61,26 5,37 1,66 14,54 39,70 34,82 25,87 2,23 0,69 6,03 97,92 81,44 59,37 5,49 1,70 14,87 16,62 13,37 9,62 0,93 0,29 2,52 44,77 35,96 25,87 2,51 0,78 6,80 112,51 88,97 63,61 6,31 1,96 17,09 18,85 15,18 10,93 1,06 0,33 2,86 47,26 38,05 27,40 2,65 0,82 7,18 119,34 99,05 72,15 6,70 2,08 18,13 7,75 6,74 4,99 0,44 0,13 1,18 27,90 20,83 14,54 1,57 0,49 4,24 58,34 47,72 34,57 3,27 1,01 8,86 80,56 62,39 44,23 4,52 1,40 12,24 105,60 75,25 51,45 5,93 1,84 16,04 7,73 6,73 4,99 0,43 0,13 1,17 24,36 20,03 14,54 1,37 0,42 3,70 16,11 20,90 12,88 4,88 16,48 3,25 8,81 23,54 3,67 9,21 20,29 1,02 7,07 10,62 18,17 30,35 1,00 4,33 17% 17% 13% 12% 17% 20% 20% 21% 19% 19% 17% 13% 25% 18% 23% 29% 13% 18% 0,00095 0,00066 0,00026 0,00000 0,00016 0,00016 0,00005 0,00015 0,00007 0,00028 0,00086 0,00035 0,00002 0,00008 0,00915 0,01677 0,00020 0,00006 Continua 141 Continuação 1622 4.210,62 1563 1549 1591 1592 1552 1548 452,67 6.374,29 4.886,72 3.794,10 8.061,64 7.562,57 1245 1198 1580 1578 1579 1590 840,71 2.493,16 11.945,70 5.978,31 5.389,10 9.695,92 0,33% 0,04% 0,50% 0,39% 0,30% 0,64% 0,60% 0,07% 0,20% 0,94% 0,47% 0,42% 0,76% 0,00% 0,09% 0,17% 0,11% 4,06% 80,97 62,48 44,23 4,54 1,41 12,30 22,63 19,64 14,54 1,27 0,39 3,44 2,71 2,29 1,68 0,15 0,05 0,41 2,70 2,29 1,68 0,15 0,05 0,41 2,73 2,29 1,68 0,15 0,05 0,41 2,71 2,29 1,68 0,15 0,05 0,41 2,73 2,30 1,68 0,15 0,05 0,41 4,20 3,20 2,25 0,24 0,07 0,64 8,12 6,17 4,34 0,46 0,14 1,23 1,52 1,19 0,85 0,09 0,03 0,23 1,51 1,17 0,83 0,08 0,03 0,23 1,52 1,17 0,83 0,09 0,03 0,23 1,52 1,12 0,78 0,09 0,03 0,23 7,60 5,31 4,45 0,21 0,07 0,58 5,57 4,61 3,36 0,31 0,10 0,85 9,75 8,49 6,29 0,55 0,17 1,48 25,73 21,15 15,35 1,44 0,45 3,91 78,86 56,54 38,76 4,43 1,37 11,98 18,49 2,99 0,42 0,41 0,43 0,42 0,43 1,01 1,95 0,33 0,34 0,34 0,40 2,29 0,95 1,26 4,58 22,33 23% 13% 16% 15% 16% 15% 16% 24% 24% 22% 22% 23% 26% 30% 17% 13% 18% 28% 0,00076 0,00005 0,00078 0,00058 0,00047 0,00098 0,00095 0,00016 0,00047 0,00204 0,00106 0,00096 0,00200 0,00001 0,00016 0,00022 0,00019 0,01149 Continua 1630 825 865 836 823 57,00 1.152,05 2.184,11 1.363,58 51.496,37 142 Continuação 1358 1551 846 2.767,06 24.433,39 2.251,70 1560 1570 457,83 1.579,32 1571 902,25 1550 1587 1556 1554 1557 1589 1555 34.293,13 2.489,57 1.916,22 3.893,88 2.278,95 2.722,28 4.595,45 826 827 846,78 2.025,62 847 977,05 844 24.410,50 1558 659,55 0,22% 1,93% 0,18% 0,04% 0,12% 0,07% 2,70% 0,20% 0,15% 0,31% 0,18% 0,21% 0,36% 0,07% 0,16% 0,08% 1,92% 0,05% 9,74 8,49 6,29 0,55 0,17 1,48 78,82 60,64 42,87 4,42 1,37 11,97 5,64 4,63 3,36 0,32 0,10 0,86 5,65 4,63 3,36 0,32 0,10 0,86 9,75 8,49 6,29 0,55 0,17 1,48 25,78 21,16 15,35 1,45 0,45 3,92 78,83 60,64 42,87 4,42 1,37 11,98 2,69 2,29 1,68 0,15 0,05 0,41 2,77 2,22 1,60 0,16 0,05 0,42 2,68 2,20 1,60 0,15 0,05 0,41 2,74 2,22 1,60 0,15 0,05 0,42 2,65 2,28 1,68 0,15 0,05 0,40 2,69 2,21 1,60 0,15 0,05 0,41 5,65 4,63 3,36 0,32 0,10 0,86 9,74 8,49 6,29 0,55 0,17 1,48 25,71 21,15 15,35 1,44 0,45 3,91 78,74 56,51 38,76 4,42 1,37 11,96 5,64 4,63 3,36 0,32 0,10 0,86 1,26 18,18 1,01 1,02 1,26 4,62 18,20 0,41 0,54 0,48 0,52 0,37 0,49 1,01 1,25 4,57 22,23 1,01 13% 23% 18% 18% 13% 18% 23% 15% 20% 18% 19% 14% 18% 18% 13% 18% 28% 18% 0,00028 0,00444 0,00016 0,00013 0,00624 0,00030 0,00030 0,00055 0,00034 0,00030 Continua 0,00032 0,00006 0,00065 0,00012 0,00021 0,00014 0,00543 0,00009 143 Continuação 1561 1559 1553 1617 1616 1391 1392 1400 1494 1495 1401 1404 1474 1475 1.856,47 1.152,16 35.012,02 3.953,12 6.496,21 3.112,40 2.160,03 2.227,75 3.067,34 2.191,06 3.202,40 2.670,83 1.090,81 1.288,16 1466 808,59 1467 1405 991,85 1.260,69 1407 575,58 0,15% 0,09% 2,76% 0,31% 0,51% 0,25% 0,17% 0,18% 0,24% 0,17% 0,25% 0,21% 0,09% 0,10% 0,06% 0,08% 0,10% 0,05% 9,72 8,48 6,29 0,55 0,17 1,48 25,60 21,12 15,35 1,44 0,45 3,89 78,68 60,60 42,87 4,42 1,37 11,95 4,99 4,40 3,27 0,28 0,09 0,76 5,18 4,44 3,27 0,29 0,09 0,79 1,09 0,89 0,65 0,06 0,02 0,16 1,08 0,89 0,65 0,06 0,02 0,16 1,08 0,83 0,59 0,06 0,02 0,16 1,09 0,89 0,65 0,06 0,02 0,16 1,09 0,90 0,65 0,06 0,02 0,17 1,08 0,83 0,59 0,06 0,02 0,16 1,08 0,83 0,59 0,06 0,02 0,16 6,38 5,22 3,78 0,36 0,11 0,97 11,93 9,77 7,08 0,67 0,21 1,81 6,37 5,22 3,78 0,36 0,11 0,97 11,95 9,77 7,08 0,67 0,21 1,82 5,19 4,25 3,08 0,29 0,09 0,79 5,19 4,25 3,08 0,29 0,09 0,79 1,24 4,48 18,07 0,60 0,75 0,19 0,19 0,25 0,19 0,19 0,25 0,25 1,16 2,16 1,15 2,18 0,94 0,94 13% 18% 23% 12% 14% 18% 17% 23% 18% 18% 23% 23% 18% 18% 18% 18% 18% 18% 0,00019 0,00016 0,00634 0,00037 0,00074 0,00043 0,00029 0,00040 0,00043 0,00031 0,00058 0,00048 0,00016 Continua 0,00018 0,00012 0,00014 0,00018 0,00008 144 Continuação BAYER CAP 1496 1497 1498 1499 923 924 925 926 1180 1181 1182 1183 1184 1185 1112 1110 1111 946 623,18 2.301,07 1.562,24 1.087,43 3.226,04 6.590,84 3.618,63 7.020,66 6.743,27 12.361,03 8.294,51 8.512,36 2.532,16 3.117,56 4.891,86 7.759,25 10.083,45 3.875,84 0,05% 0,18% 0,12% 0,09% 0,25% 0,52% 0,29% 0,55% 0,53% 0,97% 0,65% 0,67% 0,20% 0,25% 0,39% 0,61% 0,79% 0,31% 18,33 14,22 10,67 1,03 0,32 2,20 20,01 15,77 11,90 1,12 0,35 2,40 23,67 18,82 14,24 1,33 0,41 2,84 27,88 22,02 16,62 1,56 0,48 3,35 22,40 14,55 10,21 1,26 0,39 2,69 23,29 15,96 11,45 1,31 0,40 2,79 28,95 19,30 13,70 1,62 0,50 3,47 32,20 22,37 16,14 1,81 0,56 3,86 29,19 18,99 13,34 1,64 0,51 3,50 33,05 21,28 14,88 1,85 0,57 3,97 38,58 25,27 17,80 2,16 0,67 4,63 45,28 29,54 20,78 2,54 0,79 5,43 29,11 18,97 13,34 1,63 0,51 3,49 32,47 21,16 14,88 1,82 0,56 3,90 11,90 8,71 6,41 0,67 0,21 1,43 16,83 12,14 8,88 0,94 0,29 2,02 32,95 23,82 17,44 1,85 0,57 3,95 17,46 12,42 9,04 0,98 0,30 2,10 4,11 4,24 4,85 5,87 7,86 7,33 9,65 9,83 10,20 11,78 13,31 15,74 10,13 11,31 3,19 4,69 9,14 5,04 22% 21% 20% 21% 35% 31% 33% 31% 35% 36% 35% 35% 35% 35% 27% 28% 28% 29% 0,00011 0,00038 0,00025 0,00018 0,00089 0,00164 0,00095 0,00169 0,00186 0,00347 0,00226 0,00233 0,00069 0,00086 0,00103 0,00171 0,00220 0,00088 0,037 Continuação 145 Continuação 941 9.444,01 938 811,18 939 9.684,46 940 11.145,99 1434 1.332,45 1064 12.472,90 937 7.680,12 960 1.530,96 956 2.916,59 957 2.189,58 958 1.010,58 1307 402,02 1308 2.192,01 1309 855,09 947 1.350,54 948 2.922,18 949 1.783,11 0,74% 0,06% 0,76% 0,88% 0,11% 0,98% 0,61% 0,12% 0,23% 0,17% 0,08% 0,03% 0,17% 0,07% 0,11% 0,23% 0,14% 12,41 9,04 6,64 0,70 0,22 1,49 10,14 7,44 5,48 0,57 0,18 1,22 17,11 12,58 9,27 0,96 0,30 2,05 25,33 18,51 13,61 1,42 0,44 3,04 9,73 8,18 6,30 0,55 0,17 1,17 17,47 14,04 10,66 0,98 0,30 2,10 17,78 12,85 9,41 1,00 0,31 2,13 22,51 14,96 10,60 1,26 0,39 2,70 39,95 32,32 24,59 2,24 0,69 4,79 35,32 30,79 23,96 1,98 0,61 4,24 31,58 27,08 20,97 1,77 0,55 3,79 19,14 12,52 8,82 1,07 0,33 2,30 21,08 13,93 9,85 1,18 0,37 2,53 23,75 15,56 10,96 1,33 0,41 2,85 18,25 15,60 12,07 1,02 0,32 2,19 28,93 21,63 16,03 1,62 0,50 3,47 34,96 29,79 23,02 1,96 0,61 4,20 3,37 2,70 4,53 6,82 1,54 3,43 4,93 7,56 7,63 4,52 4,50 6,62 7,15 8,20 2,65 7,30 5,18 27% 27% 26% 27% 16% 20% 28% 34% 19% 13% 14% 35% 34% 35% 15% 25% 15% 0,00202 0,00017 0,00202 0,00236 0,00017 0,00193 0,00168 0,00040 0,00044 0,00022 0,00011 0,00011 0,00059 0,00023 0,00015 0,00058 0,00021 Continua 146 Continuação BAYER FAP 966 972 1.062,69 17.465,27 950 1.071,40 951 2.595,07 973 2.031,70 975 7.122,20 976 1.462,45 977 939,41 982 1.220,53 983 1.582,41 984 883,48 985 661,02 987 2.334,62 988 2.234,89 989 2.358,31 991 399,00 992 442,11 993 6.297,12 0,08% 0,20% 0,08% 1,38% 0,16% 0,56% 0,12% 0,07% 0,10% 0,12% 0,07% 0,05% 0,18% 0,18% 0,19% 0,03% 0,03% 0,50% 30,61 25,99 20,07 1,72 0,53 3,67 33,27 24,86 18,42 1,87 0,58 3,99 9,01 6,76 6,10 0,51 0,16 0,00 74,32 61,36 55,90 4,17 1,29 0,00 20,12 15,70 14,22 1,13 0,35 0,00 103,22 83,06 75,47 5,79 1,79 0,00 8,22 6,36 5,76 0,46 0,14 0,00 26,84 19,07 17,10 1,51 0,47 0,00 4,33 3,59 3,27 0,24 0,08 0,00 10,08 8,22 7,48 0,57 0,18 0,00 31,55 24,10 21,78 1,77 0,55 0,00 20,03 15,36 13,89 1,12 0,35 0,00 31,98 25,33 22,98 1,79 0,56 0,00 85,96 66,46 60,14 4,82 1,49 0,00 10,58 7,46 6,68 0,59 0,18 0,00 12,87 9,21 8,26 0,72 0,22 0,00 49,12 37,43 33,82 2,76 0,85 0,00 4,37 3,62 3,30 0,25 0,08 0,00 4,62 8,41 2,24 12,96 4,42 20,16 1,85 7,77 0,74 1,86 7,45 4,67 6,65 19,50 3,12 3,66 11,69 0,75 15% 25% 25% 17% 22% 20% 23% 29% 17% 18% 24% 23% 21% 23% 29% 28% 24% 17% 0,00013 0,00052 0,00021 0,00240 0,00035 0,00110 0,00026 0,00021 0,00016 0,00023 0,00016 0,00012 0,00038 0,00040 0,00055 0,00009 0,00008 0,00085 0,028 Continua 147 Continuação 994 6.455,66 BAYER SUÍNOS 1568 1567 4.681,72 9.102,96 995 996 997 998 999 1000 1114 1305 1306 1323 1324 959,23 1.906,03 9.551,18 16.287,78 18.559,91 1.706,52 6.778,66 1.817,60 3.385,46 3.795,47 25.747,98 1451 1581 1637 743,64 3.926,20 5.585,77 0,51% 0,08% 0,15% 0,75% 1,28% 1,46% 0,13% 0,53% 0,14% 0,27% 0,30% 2,03% 0,06% 0,31% 0,44% 0,37% 0,72% 5,85 4,43 4,00 0,33 0,10 0,00 14,99 10,63 9,53 0,84 0,26 0,00 56,06 39,67 35,55 3,15 0,97 0,00 8,57 6,46 5,83 0,48 0,15 0,00 56,55 43,47 39,31 3,17 0,98 0,00 9,87 7,47 6,74 0,55 0,17 0,00 29,94 21,28 19,08 1,68 0,52 0,00 4,09 3,73 3,43 0,23 0,07 0,00 8,26 6,30 5,69 0,46 0,14 0,00 22,72 16,71 15,04 1,27 0,40 0,00 14,32 11,21 10,16 0,80 0,25 0,00 30,65 22,22 19,97 1,72 0,53 0,00 61,97 45,15 40,60 3,48 1,08 0,00 20,03 15,28 13,81 1,12 0,35 0,00 50,78 40,55 36,82 2,85 0,88 0,00 75,51 67,33 61,78 4,24 1,31 0,00 379,29 338,89 311,01 21,28 6,59 0,00 1,42 4,36 16,39 2,11 13,09 2,41 8,66 0,36 1,96 6,01 3,11 8,43 16,82 4,75 10,23 8,18 40,40 24% 29% 29% 25% 23% 24% 29% 9% 24% 26% 22% 27% 27% 24% 20% 11% 11% 0,00123 0,00022 0,00044 0,00185 0,00297 0,00357 0,00039 0,00047 0,00034 0,00071 0,00065 0,00558 0,00016 0,00073 0,00089 0,00040 0,00076 0,001 Fonte: Dados primários (2012). 148 APÊNDICE G – Mark-up e formação do preço de venda PRODUTOS (CÓDIGOS) MASTERFOODS 1436 1256 1194 ITENS Imposto sobre o preço de venda Lucro sobre o custo Mark-up Gastos unitários (R$) Preço unitário (R$) Preço praticado Comparativo preço praticado/sugerido 1259 1197 1258 1257 1192 1418 1419 1420 1421 1422 1423 1424 1425 0,15 0,15 0,15 0,15 0,15 0,15 0,15 0,15 0,15 0,15 0,15 0,15 0,15 0,15 0,15 0,15 0,05 1,25 3,11 3,90 4,20 0,05 1,25 3,67 4,60 4,96 0,05 1,25 5,77 7,23 7,78 0,05 1,25 9,59 12,02 12,94 0,05 1,25 5,76 7,22 7,77 0,05 1,25 9,55 11,97 12,89 0,05 1,25 9,59 12,02 12,94 0,05 1,25 5,77 7,23 7,79 0,05 1,25 3,88 4,86 5,23 0,05 1,25 19,72 24,71 26,61 0,05 1,25 33,76 42,31 45,55 0,05 1,25 47,46 59,46 64,03 0,05 1,25 4,23 5,30 5,71 0,05 1,25 21,68 27,17 29,26 0,05 1,25 36,74 46,04 49,57 0,05 1,25 51,94 65,09 70,08 8% 8% 8% 8% 8% 8% 8% 8% 8% 8% 8% 8% 8% 8% 8% 8% Continua Continuação 1063 1071 1065 1078 1248 1212 859 1206 1209 1546 1523 1519 1520 1521 1470 1463 1464 1296 1295 1297 1298 0,15 0,15 0,15 0,15 0,15 0,15 0,15 0,15 0,15 0,15 0,15 0,15 0,15 0,15 0,15 0,15 0,15 0,15 0,15 0,15 0,15 0,05 1,25 6,46 8,09 8,72 0,05 1,25 17,98 22,54 24,27 0,05 1,25 6,46 8,09 8,71 0,05 1,25 6,45 8,09 8,71 0,05 1,25 5,74 7,20 7,75 0,05 1,25 18,13 22,72 24,46 0,05 1,25 43,25 54,19 57,71 0,05 1,25 59,54 74,61 80,53 0,05 1,25 78,36 98,19 105,77 0,05 1,25 5,74 7,19 7,75 0,05 1,25 18,03 22,59 24,33 0,05 1,25 42,74 53,56 57,67 0,05 1,25 59,61 74,70 80,64 0,05 1,25 78,25 98,05 105,64 0,05 1,25 6,59 8,25 8,89 0,05 1,25 20,76 26,01 28,01 0,05 1,25 69,30 86,83 93,49 0,05 1,25 6,59 8,26 8,90 0,05 1,25 20,71 25,95 27,95 0,05 1,25 46,96 58,84 63,36 0,05 1,25 69,39 86,95 93,63 8% 8% 8% 8% 8% 8% 6% 8% 8% 8% 8% 8% 8% 8% 8% 8% 8% 8% 8% 8% 8% Continua 149 Continuação 1299 1235 1210 1231 1211 1205 1437 1359 1360 1362 1363 1300 1301 1303 1304 1488 1485 1486 1483 1484 0,15 0,15 0,15 0,15 0,15 0,15 0,15 0,15 0,15 0,15 0,15 0,15 0,15 0,15 0,15 0,15 0,15 0,15 0,15 0,15 0,05 1,25 89,99 112,76 121,43 0,05 1,25 5,74 7,20 7,75 0,05 1,25 17,55 21,99 23,68 0,05 1,25 43,17 54,09 58,24 0,05 1,25 59,90 75,06 80,89 0,05 1,25 78,34 98,16 105,71 0,05 1,25 3,48 4,36 4,69 0,05 1,25 6,59 8,26 8,90 0,05 1,25 20,78 26,04 28,04 0,05 1,25 69,66 87,28 93,98 0,05 1,25 88,66 111,09 119,65 0,05 1,25 6,60 8,27 8,91 0,05 1,25 20,68 25,91 27,90 0,05 1,25 69,45 87,03 93,71 0,05 1,25 89,91 112,66 121,34 0,05 1,25 70,94 88,89 96,15 0,05 1,25 29,42 36,87 39,70 0,05 1,25 72,57 90,94 97,92 0,05 1,25 12,31 15,43 16,62 0,05 1,25 33,18 41,58 44,80 8% 8% 8% 8% 8% 8% 8% 8% 8% 8% 8% 8% 8% 8% 8% 8% 8% 8% 8% 8% Continua Continuação 1482 1477 1489 1490 1631 1640 1626 1625 1624 1620 1621 1622 1563 1549 1591 1592 1552 1548 1245 1198 1580 0,15 0,15 0,15 0,15 0,15 0,15 0,15 0,15 0,15 0,15 0,15 0,15 0,15 0,15 0,15 0,15 0,15 0,15 0,15 0,15 0,15 0,05 1,25 83,39 104,49 112,51 0,05 1,25 13,97 17,51 18,85 0,05 1,25 35,03 43,89 47,26 0,05 1,25 88,45 110,84 119,85 0,05 1,25 5,75 7,20 7,76 0,05 1,25 20,68 25,91 27,90 0,05 1,25 43,24 54,18 57,79 0,05 1,25 59,71 74,81 80,67 0,05 1,25 78,27 98,07 105,61 0,05 1,25 5,73 7,18 7,73 0,05 1,25 18,05 22,62 24,36 0,05 1,25 60,01 75,20 81,30 0,05 1,25 16,77 21,02 22,63 0,05 1,25 2,01 2,52 2,75 0,05 1,25 2,00 2,50 2,70 0,05 1,25 2,02 2,53 2,75 0,05 1,25 2,00 2,51 2,72 0,05 1,25 2,02 2,54 2,75 0,05 1,25 3,12 3,90 4,20 0,05 1,25 6,02 7,54 8,12 0,05 1,25 1,13 1,42 1,53 8% 8% 8% 8% 8% 8% 7% 8% 8% 8% 8% 8% 8% 9% 8% 9% 8% 8% 8% 8% 8% Continua 150 Continuação 1578 1579 1590 1630 825 865 836 823 1358 1551 846 1560 1570 1571 1550 1587 1556 1554 1557 1589 1555 826 0,15 0,15 0,15 0,15 0,15 0,15 0,15 0,15 0,15 0,15 0,15 0,15 0,15 0,15 0,15 0,15 0,15 0,15 0,15 0,15 0,15 0,15 0,05 1,25 1,12 1,40 1,51 0,05 1,25 1,12 1,41 1,52 0,05 1,25 1,13 1,41 1,52 0,05 1,25 2,82 3,53 7,60 0,05 1,25 4,12 5,17 5,57 0,05 1,25 7,23 9,06 9,76 0,05 1,25 19,07 23,89 25,73 0,05 1,25 58,45 73,24 78,84 0,05 1,25 7,22 9,05 9,74 0,05 1,25 58,42 73,20 78,82 0,05 1,25 4,18 5,24 5,64 0,05 1,25 4,19 5,25 5,65 0,05 1,25 7,23 9,05 9,75 0,05 1,25 19,11 23,94 25,78 0,05 1,25 58,43 73,21 78,85 0,05 1,25 2,00 2,50 2,70 0,05 1,25 2,05 2,57 2,78 0,05 1,25 1,99 2,49 2,69 0,05 1,25 2,03 2,54 2,76 0,05 1,25 1,96 2,46 2,66 0,05 1,25 2,00 2,50 2,70 0,05 1,25 4,18 5,24 5,65 8% 8% 8% 115% 8% 8% 8% 8% 8% 8% 8% 8% 8% 8% 8% 8% 8% 8% 9% 8% 8% 8% Continua Continuação 827 847 844 1558 1561 1559 1553 1617 1616 1391 1392 1400 1494 1495 1401 1404 1474 1475 1466 1467 1405 1407 0,15 0,15 0,15 0,15 0,15 0,15 0,15 0,15 0,15 0,15 0,15 0,15 0,15 0,15 0,15 0,15 0,15 0,15 0,15 0,15 0,15 0,15 0,05 1,25 7,22 9,04 9,74 0,05 1,25 19,06 23,88 25,71 0,05 1,25 58,36 73,13 78,81 0,05 1,25 4,18 5,24 5,64 0,05 1,25 7,20 9,03 9,72 0,05 1,25 18,98 23,78 25,60 0,05 1,25 58,31 73,07 78,70 0,05 1,25 3,70 4,64 5,03 0,05 1,25 3,84 4,81 5,20 0,05 1,25 0,80 1,01 1,09 0,05 1,25 0,80 1,00 1,08 0,05 1,25 0,80 1,01 1,09 0,05 1,25 0,80 1,01 1,09 0,05 1,25 0,81 1,01 1,09 0,05 1,25 0,80 1,01 1,09 0,05 1,25 0,80 1,01 1,09 0,05 1,25 4,73 5,92 6,38 0,05 1,25 8,84 11,08 11,93 0,05 1,25 4,72 5,91 6,37 0,05 1,25 8,86 11,10 11,95 0,05 1,25 3,85 4,82 5,19 0,05 1,25 3,84 4,82 5,19 8% 8% 8% 8% 8% 8% 8% 9% 8% 8% 8% 8% 8% 8% 8% 8% 8% 8% 8% 8% 8% 8% Continua 151 Continuação BAYER CAP 1496 1497 1498 1499 923 924 925 926 1180 1181 1182 1183 1184 1185 1112 1110 1111 946 941 938 939 0,12 0,12 0,12 0,12 0,12 0,12 0,12 0,12 0,12 0,12 0,12 0,12 0,12 0,12 0,12 0,12 0,12 0,12 0,12 0,12 0,12 0,05 1,20 13,58 16,37 18,33 0,05 1,20 14,83 17,87 20,01 0,05 1,20 17,54 21,14 23,67 0,05 1,20 20,67 24,90 27,88 0,05 1,20 16,60 20,00 20,68 0,05 1,20 17,26 20,80 23,29 0,05 1,20 21,46 25,85 28,48 0,05 1,20 23,87 28,76 31,89 0,05 1,20 21,64 26,07 29,19 0,05 1,20 24,50 29,51 32,60 0,05 1,20 28,59 34,45 38,70 0,05 1,20 33,56 40,43 45,28 0,05 1,20 21,57 25,99 29,10 0,05 1,20 24,07 29,00 32,48 0,05 1,20 8,82 10,63 11,91 0,05 1,20 12,47 15,03 16,83 0,05 1,20 24,42 29,42 32,98 0,05 1,20 12,94 15,59 17,46 0,05 1,20 9,20 11,08 12,41 0,05 1,20 7,52 9,05 10,14 0,05 1,20 12,68 15,28 17,11 12% 12% 12% 12% 3% 12% 10% 11% 12% 10% 12% 12% 12% 12% 12% 12% 12% 12% 12% 12% 12% 972 973 975 976 Continua Continuação BAYER FAP 966 940 1434 1064 937 960 956 957 958 1307 1308 1309 947 948 949 950 951 0,12 0,12 0,12 0,12 0,12 0,12 0,12 0,12 0,12 0,12 0,12 0,12 0,12 0,12 0,12 0,12 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,05 1,20 18,77 22,62 25,33 0,05 1,20 7,21 8,68 9,73 0,05 1,20 12,95 15,60 17,47 0,05 1,20 13,18 15,87 17,78 0,05 1,20 16,69 20,10 22,51 0,05 1,20 29,61 35,68 39,95 0,05 1,20 26,17 31,54 35,32 0,05 1,20 23,41 28,20 31,58 0,05 1,20 14,19 17,09 19,13 0,05 1,20 15,62 18,82 21,08 0,05 1,20 17,60 21,21 23,75 0,05 1,20 13,53 16,30 18,25 0,05 1,20 21,44 25,84 28,93 0,05 1,20 25,91 31,22 34,96 0,05 1,20 22,69 27,33 30,61 0,05 1,20 24,66 29,71 33,27 0,05 1,05 6,67 7,03 9,01 0,05 1,05 55,08 57,98 74,32 0,05 1,05 14,91 15,69 20,12 0,05 1,05 76,50 80,53 103,22 0,05 1,05 6,09 6,41 8,22 12% 12% 12% 12% 12% 12% 12% 12% 12% 12% 12% 12% 12% 12% 12% 12% 28% 28% 28% 28% 28% Continua 152 Continuação 977 982 983 984 985 987 988 989 991 992 993 994 995 996 997 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,05 1,05 19,89 20,94 26,84 0,05 1,05 3,21 3,38 4,33 0,05 1,05 7,47 7,86 10,08 0,05 1,05 23,39 24,62 31,55 0,05 1,05 14,85 15,63 20,03 0,05 1,05 23,70 24,95 31,98 0,05 1,05 63,71 67,06 85,96 0,05 1,05 7,84 8,25 10,58 0,05 1,05 9,54 10,04 12,87 0,05 1,05 36,41 38,32 49,12 0,05 1,05 3,24 3,41 4,37 0,05 1,05 4,33 4,56 5,85 0,05 1,05 11,11 11,69 14,99 0,05 1,05 41,55 43,74 56,06 0,05 1,05 6,35 6,68 8,57 28% 28% 28% 28% 28% 28% 28% 28% 28% 28% 28% 28% 28% 28% 28% Continua Conclusão 998 999 1000 1114 1305 1306 1323 1324 1451 1581 1637 BAYER SUÍNOS 1568 1567 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,05 1,05 41,92 44,12 56,56 0,05 1,05 7,32 7,70 9,88 0,05 1,05 22,19 23,36 29,94 0,05 1,05 3,03 3,19 4,09 0,05 1,05 6,12 6,45 8,26 0,05 1,05 16,84 17,73 22,72 0,05 1,05 10,62 11,17 14,32 0,05 1,05 22,72 23,91 30,66 0,05 1,05 45,93 48,35 61,97 0,05 1,05 14,85 15,63 20,04 0,05 1,05 37,64 39,62 50,78 0,05 1,05 55,97 58,91 75,51 0,05 1,05 281,11 295,91 379,29 28% 28% 28% 28% 28% 28% 28% 28% 28% 28% 28% 28% 28% Fonte: Dados primários (2012).