D ra . A dria na V ida l S c hm idt
Médica especialista em Alergia e Imunologia - ASBAI
Mestrado - UFPR
Presidente do Departamento Científico de Alergia da
SPP
Prurido
Introdução
Sensação desagradável na pele ou mucosa que
provoca necessidade imediata de alívio por fricção
Localizado ou generalizado (10-50% dos casos com
prurido generalizado estão associados a doenças
sistêmicas)
Presença de rash característico – diagnóstico etiológico
Agudo ou crônico
Pode ser intratável
Desafio terapêutico
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Mecanismos do prurido
Mediadores periféricos e centrais (SNC)
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Prurido
Mediadores químicos
Histamina
Substância P
Prostalglandinas
Proteases
Leucotrienos
Peptídeos
Serotonona
Enzimas
Acetilcolina
Citocinas
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Prurido & dor
Estímulos dolorosos (térmicos, mecânicos,
químicos) podem inibir o prurido
A inibição da dor ( opióides) pode exacerbar o
prurido
Substância P (pain, pruritus), neuropeptídeo
sintetizado nas fibras C transmitido as terminações
nervosas livres para modular dor e o prurido
As fibras C são mais abundantes na junção dermoepidérmica
A substância P induz prurido direta e indiretamente
pela liberação da histamina dos mastócitos (DA,
Psoríase)
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Ciclo “itch- scratch”
Mais
lesões
Prurido
Lesão de
pele
Piora do
prurido
Lib
mediadores
químicos
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Prurido
Causas
Causas externas
Irritantes (pscina –químicos)
Fatores ambientais ( sol- queimaduras)
Causas internas
Medicamentos (sulfas, penicilinas)
Fatores emocionais (stress, ansiedade)
Colestase
Uremia crônica
linfoma
Rev Med Brux 1994 Jul-Aug;15(4):161-5.
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Prurido
Doenças Sistêmicas associadas com prurido crônico
Endócrinas e metabólicas
IRC
DM ( questionável)
Hipertireoidismo
Hipotireoidismo
Doença hepática ( com ou sem colestase)
Malabsorção
Prurido perimenopausal
Infecciosas
Helmintíases
HIV
Parasitoses
Neoplásicos e hematológicos
Gestação
Prurido gravídico
( com ou sem colestase)
Medicamentos
Alopurinol
Amiodarona
Inibidores da ECA
Estrógenos
Hidroclortiazida
Hidroxietil celulose ( expansor plasma)
Opióides
Sinvastatina
Outros
Anemia ferropriva
Leucemia
Linfoma Hodgkin e não Hodgkin
Mieloma múltiplo, plasmacitoma,
policitemia rubra vera
Doenças neurológicas (abcessos,
Infartos. Esclerose múltipla. Notalgia
parestesica, tumores
Doenças psiquiátricas (ansiedade,
depressão, TOC
Neoplasias viscerais
Síndrome carcinóide
Tumores sólidos da cervix, próstata ou
cólon
Cleveland Clinic: Current Clinical Medicine, 2nd ed, 2010
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Prurido
Doenças Dermatológicas associadas com prurido crônico
Autoimunes
Dermatite herpetiforme
Dermatomiosite
Penfigo
Sindrome de Jogren
Genéticos
Doença de Darier
Doença de Hailei-Hailei
Ictioses
Sindrome Jogren-Larsson
Neoplásicos
Linfoma cutaneo
de celulas T (mycoses fungoides)
Linfoma cutâneo de células B
Leucemia cutis
Gestação
Penfigo gestacional
Erupção polimorfa da gestação
Prurigo gestacional
Infecções/infestações
Picadas de inseto, pediculose, escabiose
Dermatofitoses
Foliculites
Impetigos ou outras inf bacterianas
viral
Inflamatórias
Xerose
Dermatite atópica e de contato
Reações a medicamentos
Urticária
Dermatites “invisíveis”
Liquen plano ou simples crônico
Mastocitose (urticária pigmentosa)
Miliaria
Psoríase
Cicatrizes
Cleveland Clinic: Current Clinical Medicine, 2nd ed, 2010
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Prurido em crianças
Não existe antes dos 3 meses de idade
Sem lesões de pele
Causa externa ( fatores irritativos, ambiente)
Doenças sistêmicas ( colestase, uremia crônica,
linfoma, drogas, psicopatias)
Com lesões de pele
Prurido generalizado
Prurido localizado
Rdangoisse C, Goossens C. Rev Med Brux, 1994 Jul-Aug;15(4):161-5
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Prurido
Patologias cutâneas mais comuns na infância
Generalizado
Escabiose
Dermatite atópica
Urticária
Urticária papular
Localizado
Dermatite de contato
Pediculose
Menos frequentes: tineas, larva migrans cutânea,
prurigo nodular, dermatite factícia (escoriações
neuróticas), liquen crônico simples
Rev Med Brux 1994 Jul-Aug;15(4):161-5.
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Prurido
Podem cursar com prurido
Ceratose pilar
Rash viral
Psoríase
Ictiose
Ptiríase rósea
Molusco contagioso
Eritema Nodoso
Rev Med Brux 1994 Jul-Aug;15(4):161-5.
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Equimoses por prurido intenso
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Qual a causa?
Eritema, edema e dor: reação inflamatória intensa
Prurido
Em áreas expostas
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Queimadura Solar
UVB – 90% é absorvido pela camada epidérmica, que responde liberando
mediadores químicos – eritema e edema, dor, calor, prurido que pode ser intenso,
bolhas, febres e calafrios
Agravantes: proximidade equador, altitude elevada, exposição solar entre as10 e
14h, lembrar que é refletida (neve: 80%, água: 30%)
Tratamento: analgésicos, antiinflamatórios, compressas frias, CTC tópicos 2 a 3
dias
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Qual é a patologia?
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Exantemas
Rash difuso geralmente acompanhado por sintomas sistêmicos, como febre
e astenia
Geralmente causado por vírus, e representa reação a uma toxina, dano a
pele pelo vírus ou resposta imune, pode durar várias semanas
Também pode ocorrer em decorrência do uso de antibióticos ( penicilinas) ou
antiinflamatórios não hormonais, anticonvulsivantes, diuréticos, iodados ,
codeína, morfina e quimioterapia)
O prurido, quando presente é discreto e responde a anti-histamínicos
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Que doença é essa?
Extremamente pruriginosa
Regiões quentes do corpo
Familiares também afetados
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Escabiose
Sarcoptes scabiei
Lesões cutânea extremamente pruriginosas
Localização: axilas e genitais (lactentes: palmas e plantas)
Lesões de distribuição linear
Tratamento
Permetrina 5% em loção cremosa 1 noite, repetir após 1
semana s/n, tratamento dos contactantes e roupas
Anti-histamínicos por 10 dias, hidratar a pele nos dias
seguintes ao tratamento
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Qual é o Diagnóstico?
Pápulas endurecidas e pruriginosas
Não desaparecem a digitopressão
Às vezes bolhas
Em áreas expostas, principalmente membros e face
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Prurigo estrófulo ou urticária papular
Reação comum a picada de insetos, especialmente em crianças
Pápulas pruriginosas de 0,2 a 2 cm, no verão ou outono,
ocasionalmente bolhas de até 1 cm
Frequente infecção secundária pelo prurido
Permanecem dias a semanas e podem deixar cicatriz
Sem sintomas sistêmicos, sem gravidade
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Prurigo estrófulo
Em áreas expostas, reações locais somente - pápulas, vesículas ou
bolhas
Não associadas a reações anafiláticas, pruriginosas, edema variável
Bolhas em extremidades inferiores (formiga)
Pápulas agrupadas na cintura (pulgas)
Pápulas e vesículas na face e esparsas em áreas descobertas (mosquitos)
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Loxoceles “aranha marron” lesão inicial
Não coçam mas entram no Dx diferencial do prurigo
Lesão única
Sinais e sintomas dependem da citoxicidade do veneno, quantidade de
veneno injetado, saúde e idade do paciente e local da picada
Reações podem ser discretas e localizadas, dermonecróticas, até
reações sistêmicas ( vascular, dano renal, risco a vida)
Lesão inicial: bolha central com halo empalidecido de edema intenso
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Loxoceles “ aranha marron”
Necrose central extensa
Pode levar semanas a meses para cicatrizar
Deixa cicatriz com depressão.
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Prurigo – como orientar
Medidas para evitar insetos
As seguintes medidas simples podem evitar picadas de insetos e mordidas:
Evite perfumes e roupas de cores claras para reduzir o risco de picadas de abelha
Controlar os odores em piqueniques, etc áreas de lixo que podem atrair insetos
Destruir ou mudar colméias ou ninhos perto de sua casa
Não deixe piscinas de estagnação da água ( atraem os mosquitos)
Dispositivos elétricos de inseto repelente e bobinas iluminado pode ser eficaz
Cobrir todas as partes do corpo com roupas, chapéus, meias e luvas se entrar em
áreas onde há uma alta probabilidade de ser mordido ou picado
Manter higiene pessoal e doméstica adequada
Anti-pulgas aos gatos, cães e outros animais domésticos regularmente
Use repelentes de insetos, que estão prontamente disponíveis em farmácias ou
supermercados. Aqueles que contêm DEET (dietiltoluamida) são os mais eficazes.
Permetrina podem ser aplicadas a roupa para dar proteção por duas semanas,
através de duas lavagens. Também pode ser aplicado diretamente na pele exposta
para manter os insetos longe por alguns dias.
Tiamina (vitamina B1) pode ser usado como um repelente sistêmico de insetos (a
pele tem um cheiro característico)
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Outros tipos de prurigo?
Escabiose/pediculose
Prurigo actínico (fotosensibilidade)
Prurigo de hebra
Prurigo nodular
Prurigo da gestação
Dermatite herpetiforme
Acne urticata
Foliculite
Compulsão (compulsive skin picking)
Psicoses (sensação de picadas ou parasitas)
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Qual é o diagnóstico?
Prurido intenso e pápulas salientes, escarificadas
Cronico recorrente
Pode evoluir com hiperpigmentação e cicatrizes
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Prurigo de hebra
Afeta crianças e adultos , pápulas arredondadas pequenas, simétricas,
intensamente pruriginosas, pode pequenas vesículas
Stress emocional, alterações do sono
Lesões secundárias ao prurido: liquen simples crônico ou neurodermatite
Pode evoluir com cicatrizes, estar associado a DA, eczema numular,
urticaria papular, anemia ferropriva, tireoideopatias, HIVG, IRC, policitemia
rubra vera, linfoma de Hodgkin, drogas ( anfetaminas/cocaína)
Tratamento: CTC tópicos ou intralesionais, anti-histamínicos, CTC
sistêmicos, AB orais ( cursos prolongados de tetraciclina), Dapsona,
Fototerapía, imunossupressores
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Prurigo nodular
Em qualquer idade (pico 20-60 anos), ambos sexos, causa desconhecida
Nódulos firmes salientes de 1 a 3 cm, crostas e descamação pelo prurido,
cicatrizes e manchas, 2 - 200 lesões agrupadas nos braços e pernas,xerose
Prurido muito intenso, curso crônico, recorrencias, levando a stress e
depressão
Associação com Hx familiar de DA em 80% dos pacientes, anemia
ferropriva, IRC, enteropatia ao gluten, HIV, etc
Tratamento: Emolientes, mentol/fenol/capsaicina, antihistamínicos orais,
calcipotriol, ctc tópicos, crioterapia, fototerapia, antidepressivos, esteróides
orais e talidomida
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Urticária
Pápulas pruriginosas que ocorrem pela liberação de
mediadores químicos (Histamina), de tamanhos
variados
As pápulas duram de minutos a horas, mudam de
local, formato e tamanho, podem ser arredondadas, em
formato de mapa ou gigantes
O prurido é frequente
Pode ser acompanhada por angioedema em 10% dos
casos
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Urticária
Aguda ou crônica (6 semanas)
Aguda: infecções virais, alimentos, medicamentos ou
vacinas, ou contato ( látex, saliva de animais), física
( frio, calor, sol)
a maioria das urticárias NÃO tem fundo alérgico – a
histamina e outros agentes vasoativos podem ser
liberados pela pele por muitos outros mecanismos
Cronica: idiopática ( maioria), mais frequente em
adultos, rara em crianças, pesença de autoanticorpos
Tratamento: afastar causa / antihistamínicos
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Papulas eritematosas desaparecem a digitopressão
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Dermografismo
Após fricção da pele as pápulas surgem em 5 minutos e duram de 15 a 30
minutos
O prurido intenso, pápulas pioram com a escarificação
Alguns pacientes tem uma mistura de diferentes tipos de urticária física e
generalizada
Das urticárias físicas, o Dermografismo é o mais comum, seguido pela urticária
colinérgica (pós exercícios ou sudorese) e ao frio
A causa é desconhecida e o tratamento depende do tipo de urticária, os antihistamínicos controlam o prurido na maioria dos casos.
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Urticária Pigmentosa - mastocitose
Pápulas acastanhadas na pele devido a excesso de mastócitos
Quando os mastócitos são estimulados, mediadores químicos são
depositados na pele ao redor (sinal de Darier)
Mais comum em lactentes, persistem e aumentam em meses ou anos,
podem aparecer em qualquer parte do corpo e melhoram na
adolescência, em adultos é mais persistente e acompanhado por
sintomas sistêmicos (GI)
Tratamento sintomático: anti-histamínicos. Cromoglicato e fototerapia
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Dermatite atópica
Conceitos importantes
É a doença cutânea crônica mais comum nas crianças (17%)
Barreira cutânea/ gens da diferenciação epidérmica e resposta
imunológica tem um papel crucial
Colonização e infecção por microorganismos podem ser devidos
a respostas imunes deficientes
O tratamento da maioria dois pacientes inclui evitar irritantes e
alérgenos comprovados, hidratação para manter uma epiderme
saudável, e o uso de antiinflamatórios tópicos, como corticóides
(CTC), ou Inibidores das calcineurinas (ICN)
ACAAAI 2011
Boguniewicz M, Leung D: Middleton's Allergy: Principles and Practice, 7th ed
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Dermatite atópica
Características clínicas
Determinantes maiores
Prurido
Face e sup. Extensoras ( crianças)
Liquenificação flexural crônica (adultos)
Dermatite crônica ou recorrente
História pessoal ou familiar de alergias
Determinantes menores
Xerose
Infecções cutâneas
Dermatite de pés e mãos
Ictiose, hiperlinearidade, ceratose pilar
Ptiríase alba
Eczema de mamilos
Dermografismo branco
Catarata subcapsular anterior
IgE elevada
Testes alérgicos positivos
Boguniewicz M, Leung D: Middleton's Allergy: Principles and Practice, 7th ed
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Deretminantes maiores na DA
Prurido
Face e sup. Extensoras ( crianças)
Liquenificação flexural crônica (adultos)
Dermatite crônica ou recorrente
História pessoal ou familiar de alergias
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Determinantes menores na DA
c)
d)
e)
a)
a)
a)
b)
a)
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b)
Xerose
Infecções cutâneas
Dermatite de pés e mãos
Ictiose, hiperlinearidade, ceratose pilar
Ptiríase alba
Eczema de mamilos
Dermografismo branco
Catarata subcapsular anterior
IgE elevada
Testes alérgicos positivos
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a)
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ptiríase alba
ceratose pilar
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ictiose
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Dermatite atópica
Papel da barreira cutânea
função de barreira epidérmica reduzida, aumento de
enzimas proteolíticas e nível reduzido de ceramidas
Uso de sabonetes aumentam o pH e a atividade das
proteases endógenas, levando a quebra da barreira
Proteases exógenas dos ácaros e S aureus agravam
Mudanças na epiderme levam a maior absorção de
alérgenos na pele e colonização bacteriana
Mutações nos genes da filagrina ( envolvida na formação
da barreira epidérmica)
Somente em caucasianos
Associada a maior risco de asma
Pode facilitar a sensibilização e predisopor a alergias
respiratórias
ACAAAI 2011
Boguniewicz M, Leung D: Middleton's Allergy: Principles and Practice, 7th ed
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Dermatite atópica
Anormalidades Imunológicas
Allergy Clin Immunol 2006; 118
Boguniewicz M, Leung D: Middleton's Allergy: Principles and Practice, 7th ed
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Corticóides tópicos - classificação
Classificaçção americana: de 1 (mais potentes) a 7 (menos potentes)
Boguniewicz M, Leung D: Middleton's Allergy: Principles and Practice, 7th ed
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Corticóides tópicos
Classificação européia: I (menos potentes) a IV (muito potentes)
A potência não tem a ver com
a halogenação da molécula,
mas sim a capacidade de
vasoconstrição
“ blanching potency”
Reitamo S, Luger T, Steinhoff M. Textbook of Atopic Dermatitis, 1th ed, 2008
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Corticóides tópicos - classificação
Exemplos de 1 (mais potentes) a 7 (menos potentes)
Grupo 1 - superpotentes
Propionato de Clobetasol (Therapsor) 0,05% creme 25g pomada 15g
Dipropionato de Betametasona (Diprosone) 0,05% 30g
(assoc. com Neomicina: Diprogenta, com Cetoconazol: Trok)
Grupo 2 – alta potencia
Furoato de mometasona(Elocon) 0,1% pomada 20g
Halcinonida (Halog 0,1) 0,1% pomada 30 ou 60g
Desoximetasona (Esperson) 0,25% creme/pomada 20g
Aceponato
metilprednisolona (Advantan) 0,1% creme 15g/loção 20g
Grupo 3 - potencia média
Propionato de Fluticasona (Flutivate) 0,005% pomada 15g
Halcinonida (Halog 0,1) 0,1% creme 30 ou 60g
Valerato de Betametasona 0,1% ( asssoc: Verutex B, Quadriderm)
Boguniewicz M, Leung D: Middleton's Allergy: Principles and Practice, 7th ed
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Corticóides tópicos - classificação
Exemplos de 1 (mais potentes) a 7 (menos potentes)
Grupo 4 – potência média a baixa
Furoato de mometasona (Elocon) 0,1% creme 20g
Acetonido de Triamcinolona 0,1% (Omcilon A em orabase ou
associação neomicina: Mud)
Grupo 6 – baixa potência
Desonida 0,05% (Desonol ) creme 30g
Grupo 7 – menos potentes
Hidrocortisona (Stiefcortil, Therasona) 1% 3creme 0g
Reitamo S, Luger T, Steinhoff M. Textbook of Atopic Dermatitis, 1th ed, 2008
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O que estará levando a este quando clínico?
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Dermatitde de contato
Reação alérgica ou irritativa a substancias que tocam a pele
A reação ocorre 48 a 72h após a exposição, prurido e dermatite
Alérgenos comuns são: saliva, níquell (bijouterias), cromatos (couro
de calçados) borracha e químicos (neomicina, cosméticos, sabões)
Tratamento: afastar o agente causal ( Testes de contato), corticóides
tópicos
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Dermatitde de contato a metais
Em orelhas (brincos) , pulsos (relógio) e cintura (botões
de calça)
Agentes prováveis: Sulfato de níquel / Cloreto cobalto
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Dermatite de contato
Em local onde aplicou “emplastro”
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Que doença é esta?
Múltiplas apresentações
Pode ou não estar associada ao prurido
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Psoríase
Afeta 2% da população, todas as idades – predisposição genética
Leve a grave, em 5% sintomas articulares
Placas avermelhadas e descamativas, com bordos bem definidos,
escamas nacaradas e grossas nos cotovelos, joelhos (trauma) e
dorso inferior
Pode ocorrer em couro cabeludo, unhas (53-86% dos pacientes
com artrite)
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Psoríase gutata
Pós infecções estreptocócicas
Autolimitada
Crianças e adultos jovens
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Pode ou não cursar com prurido
Placas ovaladas e de cor salmão característico, superfície áspera
Geralmente assintomáticas
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Ptiríase rósea
causa desconhecida (viral?) que pode durar 6 semanas, mais
frequente em adolescentes e adultos jovens, pode seguir a uma IVAS
Placa- mãe (maior) um a 20 dias antes das demais erupções
Placas ovaladas e de cor salmão característico, superfície áspera
Geralmente assintomática, pode ser intensamente pruriginosa em
alguns pacientes
TTO: Hidratação, CTC tópicos se prurido, casos extensos fototerapia,
relatos de uso de eritromicina ( efeito antiinflamatório), aciclovir
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Tinea
Placas ovaladas, eritematoses e descamativas centrífugas
Reação menos intensa no centro da lesão e bordos elevados ( tinea
corporis)
Prurido variável
Diagnóstico confirmado pelo raspado cutâneo com pesquisa para fungos
Micológico direto e cultura para fungos
Tratamento antifúngicos tópicos (tinea pedis, ptiríase versicolor)
Antifúngicos sistêmicos ( onicomicose, tinea capitis)
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Que lesão é essa?
Vesiculas umbelicadas, numerosas
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Molusco contagioso
Infecção viral comum, afeta mais crianças pequenas, mas
adultos também podem ser contaminados
Pápulas arredondadas agrupadas, de 1 a 6 mm, brancas a
rosadas, umbelicadas
Pode persistir por meses até 2 anos, pode induzir a dermatite
com prurido
Tratamento: expectante ou exérese química ou raspado
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Que lesão mais estranha...
Pápulas arroxeadas, firmes, podem estar agrupadas em forma linear ou
anelar
É frequentemente muito pruriginoso
Mais comumente visto em ombros, dorso ou tornozelo
Pode afetar plantas e palmas
Reações a medicamentos ( ouro, antimaláricos como hidroxicloroquina,
captopril)
podem mimetizar esta doença
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Líquen plano
Reação imunológica anormal (infecção viral/ medicamento?)
Em 85% dos casos cede em 18 meses ( mucosas: maior duração)
Pápulas de cor púrpura e linhas brancas, assintomáticas ou muito
prurigonosas
Tratamento: corticóides tópicos de alta potência, mucosas - inib calcineurina
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Liquen Plano
Hiperpigmentação pós inflamatória
Fototipos altos
Pode persistir por meses
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Dermatilomainia ou escoriações neuróticas
Arranhadura compulsiva da pele
Em lesões pré-existentes ou imaginárias
Comportramento compulsivo ou alterações psiquiátricas, resposta consciente a
ansiedade ou hábito inconsciente
Lesões em áreas acessíveis as unhas, sangramento, infecção secundária ,
cicatrizes
Tratamento: ctc tópicos de alta potência, psicoterapia e inibidores da recaptação da
serotonina (fluoxetina, paroxetina, sertralina, fluvoxamina)
Subsituir o ato de coçar pelo de hidratar a pele
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Dermatilomania
Corticóides em oclusão a noite pra evitar maior escarificação
Boa relação médico paciente é fundamental
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Como tratar o prurido?
Entendendo a causa!
Inibindo os mediadores do prurido
Histamina, prostalglandinas, substancia P, serotonina,
citoquinas
Inibindo os químicos que induziram o prurido
Opióides, antibióticos
Tratando a doença que provocou o prurido
Dermatite atópica, DC, etc
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Dermatite atópica – é a que mais coça
Novidades
compressas úmidas
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“Wet wraps” compressas úmidas embrulhadas
Definição
compressas úmidas
Bandagens úmidas sobre emolientes e/ou CTC
tópicos e envoltas em bandagens secas em áreas de
eritema e eczema exudativo
Na dermatite atópica
Em outras formas de eritrodermia ( doenças
inflamatórias cutâneas) como dermatite seborreica,
psoríase, penfigo, etc...
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“Wet wraps” compressas úmidas
Como funcionam?
compressas úmidas
Refrescantes – evaporação da água das bandagens
Hidratantes – efeito hidratante prolongado
Aumentam a absorção dos CTC nas camadas
superficiais e profundas da pele onde está presente a
inflamação
Protegem a pele
ACAAAI 2011
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“Wet wraps” compressas úmidas
Benefícios
compressas úmidas
Redução do prurido e escarificações
Redução do eritema e inflamação
Rehidratação da pele
Melhora no processo de cicatrização da pele
Reduz o uso de CTC (melhora o controle da doença)
Melhora do sono
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“Wet wraps” compressas úmidas
Como aplicar
compressas úmidas
Imersão em água por 20 minutos
( se possível)
Aplicação imediata de hidratantes e/ou
CTC sobre a área lesada
Bandagens macias embebidas em água morna são aplicadas
Faixas secas são aplicadas por cima das bandagens úmidas para proteger
as roupas (podem ser faixas tubulares meias ou pijamas!)
Posteriormente, as bandagens secas podem ser removidas e água
aplicada em spray na camada interna para mante-la úmida, enfaixando
novamente com bandagens secas, mínimo 2h, pode ser deixado por toda a
noite
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“Wet wraps” compressas úmidas
Efeitos colaterais
compressas úmidas
Seguras
Pouca evidência de que aumentem efeitos
colaterais dos corticóides aplicados sem os wet
wraps
Efeitos colaterais menores dos CTC: ardência e
irritação local
Por períodos prolongados: infecção bacteriana
e queda nos níveis de cortisol (um estudo)
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“Bleach Baths”
Por que, quando e como utilizar
Combate as bactérias – S aureus
metilcilina resistentes (MRSA), reduz prurido, rashes e desconforto
90% dos pacientes com eczema são colonizados ( população: 25%)
Indicado para pacientes com eczema moderado a grave
¼ a ½ copo (118ml) de alvejante – hipoclorito de Na a 6% para uma banheira
cheia (151 litros) de água – imersão das áreas afetadas por 5 a 10 minutos 1 2x por semana, menos a cabeça
Enxagoe e seque suavemente e aplicando hidratante em seguida
Associar mupirocina intranasal (Bactroban) 5 dias/mes
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Imersão
Hidrata o extrato córneo
Compressas úmidas podem ser usadas nas áreas expostas
durante o banho para permitir hidratação
Hidratação facial – distrair a criança (videogame)
Banhos de imersão 5-15 min em água morna 2x por
semana, mais vezes nas crises
Aplicar o hidratanet IMEDIATAMENTE após o banho pra
prevenir a evaporação da agua do extrato córneo (“selar” com
hidratante para prevenir TWL)
Banho: hidrata, remove alergenos da pele e reduz
colonização (S aureus)
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Reitamo S, Luger T, Steinhoff M. Textbook of Atopic Dermatitis, 1th ed, 2008
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Imersão
Hidratar o extrato córneo SEM banheira?
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“Bleach Baths”
Concentração final 0,005%
31 crianças de 6m a 17 anos com DA
Banhos de imersão 5-10 min 2x por semana
Após 3 meses: melhora em 67% das áreas submergidas
no grupo alvejante
Melhora 15% submersão em água apenas
Pacientes com DA crônica – redução do uso de
antibióticos
Não há risco de desenvolvimento de resistência da
bactéria ao alvejante, extremamente seguro
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Huang JT, Abrams M, Tlougan B, et al.Pediatrics 2009;123(5):e808–14.
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Dermatite atópica
Tratamento proativo X reativo
Tratamento convencional: CTC tópico usado nas exacerbações
apenas
Tratamento proativo: 2x por semana CTC tópico ou ICN após a
melhora nas regiões previamente afetadas e emolientes mesmo
nas regiões sãs
Estudos: CTC por 4 meses , Tacolimus por 1 ano
A pele do paciente com DA tem defeito de barreira mesmo estando
aparentemente sã
aa de cadeia longa são essenciais e estão reduzidos na pele
lesada (75%) e na não lesada(60%)
Defeito de barreira persistente e reação eczematosa subclínica =
HIDRATAR SEMPRE
Wollenberg A - Immunol Allergy Clin North Am 2010; 30(3): 351-68
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Dermatite atópica
Vantagens do tratamento pró-ativo
Reduz o número de exacerbações
Aumenta período assintomático
Melhora o estado da pele
Resultados alcançados com menor quantidade de
emolientes/dia
São custo-efetivos
Foram demonstrados com tacrolimus, prop. fluticasona e
aceponato de metilprednisolona (1 estudo)
Wollenberg A - Immunol Allergy Clin North Am 2010; 30(3): 351-68
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Dermatite atópica
Quando usar os inibidores das calcineurinas
Tratamentos LONGOS na face, região perioral,
genitais, reg inguinal e axilas
Não há aumento do risco de linfoma ou ou
fotocarcinogenese ( mesmo uso por mais de 6 anos)
Tacrolimus potente como monoterapia em adultos e
crianças, pode ser manipulado
Pimecrolimus foi estudado em crianças de 2 a 11
anos, boa eficácia e segurança
Ambos são aprovados nos Estados Unidos e europa
para crianças acima dos 2 anos
Wollenberg A - Immunol Allergy Clin North Am 2010; 30(3): 351-68
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Dermatite atópica
O que há de novo
Tratamento convencional da DA evoluiu muito nas
últimas décadas
Melhor entendimento das funções de barreira e
mecanismos da doença
Melhores medicamentos tópicos
Reconstrução da barreira cutânea e prevenção das
infecções bacterianas
Tratamento proativo – melhora na qualidade de vida
Prevenção (hidratação desde o nascimento) - a
barreira cutânea no desenvolvimento de DA e
possivelmente alergia alimentar e asma
Novos cremes reparadores de barreira
Simpson EL - J Am Acad Dermatol -2010; 63(4): 587-93
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palestra.prurido.lesoes.pluriginosas.112011