D ra . A dria na V ida l S c hm idt Médica especialista em Alergia e Imunologia - ASBAI Mestrado - UFPR Presidente do Departamento Científico de Alergia da SPP Prurido Introdução Sensação desagradável na pele ou mucosa que provoca necessidade imediata de alívio por fricção Localizado ou generalizado (10-50% dos casos com prurido generalizado estão associados a doenças sistêmicas) Presença de rash característico – diagnóstico etiológico Agudo ou crônico Pode ser intratável Desafio terapêutico www.adrianaschmidt.com Mecanismos do prurido Mediadores periféricos e centrais (SNC) www.adrianaschmidt.com Prurido Mediadores químicos Histamina Substância P Prostalglandinas Proteases Leucotrienos Peptídeos Serotonona Enzimas Acetilcolina Citocinas www.adrianaschmidt.com Prurido & dor Estímulos dolorosos (térmicos, mecânicos, químicos) podem inibir o prurido A inibição da dor ( opióides) pode exacerbar o prurido Substância P (pain, pruritus), neuropeptídeo sintetizado nas fibras C transmitido as terminações nervosas livres para modular dor e o prurido As fibras C são mais abundantes na junção dermoepidérmica A substância P induz prurido direta e indiretamente pela liberação da histamina dos mastócitos (DA, Psoríase) www.adrianaschmidt.com Ciclo “itch- scratch” Mais lesões Prurido Lesão de pele Piora do prurido Lib mediadores químicos www.adrianaschmidt.com Prurido Causas Causas externas Irritantes (pscina –químicos) Fatores ambientais ( sol- queimaduras) Causas internas Medicamentos (sulfas, penicilinas) Fatores emocionais (stress, ansiedade) Colestase Uremia crônica linfoma Rev Med Brux 1994 Jul-Aug;15(4):161-5. www.adrianaschmidt.com Prurido Doenças Sistêmicas associadas com prurido crônico Endócrinas e metabólicas IRC DM ( questionável) Hipertireoidismo Hipotireoidismo Doença hepática ( com ou sem colestase) Malabsorção Prurido perimenopausal Infecciosas Helmintíases HIV Parasitoses Neoplásicos e hematológicos Gestação Prurido gravídico ( com ou sem colestase) Medicamentos Alopurinol Amiodarona Inibidores da ECA Estrógenos Hidroclortiazida Hidroxietil celulose ( expansor plasma) Opióides Sinvastatina Outros Anemia ferropriva Leucemia Linfoma Hodgkin e não Hodgkin Mieloma múltiplo, plasmacitoma, policitemia rubra vera Doenças neurológicas (abcessos, Infartos. Esclerose múltipla. Notalgia parestesica, tumores Doenças psiquiátricas (ansiedade, depressão, TOC Neoplasias viscerais Síndrome carcinóide Tumores sólidos da cervix, próstata ou cólon Cleveland Clinic: Current Clinical Medicine, 2nd ed, 2010 www.adrianaschmidt.com Prurido Doenças Dermatológicas associadas com prurido crônico Autoimunes Dermatite herpetiforme Dermatomiosite Penfigo Sindrome de Jogren Genéticos Doença de Darier Doença de Hailei-Hailei Ictioses Sindrome Jogren-Larsson Neoplásicos Linfoma cutaneo de celulas T (mycoses fungoides) Linfoma cutâneo de células B Leucemia cutis Gestação Penfigo gestacional Erupção polimorfa da gestação Prurigo gestacional Infecções/infestações Picadas de inseto, pediculose, escabiose Dermatofitoses Foliculites Impetigos ou outras inf bacterianas viral Inflamatórias Xerose Dermatite atópica e de contato Reações a medicamentos Urticária Dermatites “invisíveis” Liquen plano ou simples crônico Mastocitose (urticária pigmentosa) Miliaria Psoríase Cicatrizes Cleveland Clinic: Current Clinical Medicine, 2nd ed, 2010 www.adrianaschmidt.com Prurido em crianças Não existe antes dos 3 meses de idade Sem lesões de pele Causa externa ( fatores irritativos, ambiente) Doenças sistêmicas ( colestase, uremia crônica, linfoma, drogas, psicopatias) Com lesões de pele Prurido generalizado Prurido localizado Rdangoisse C, Goossens C. Rev Med Brux, 1994 Jul-Aug;15(4):161-5 www.adrianaschmidt.com Prurido Patologias cutâneas mais comuns na infância Generalizado Escabiose Dermatite atópica Urticária Urticária papular Localizado Dermatite de contato Pediculose Menos frequentes: tineas, larva migrans cutânea, prurigo nodular, dermatite factícia (escoriações neuróticas), liquen crônico simples Rev Med Brux 1994 Jul-Aug;15(4):161-5. www.adrianaschmidt.com Prurido Podem cursar com prurido Ceratose pilar Rash viral Psoríase Ictiose Ptiríase rósea Molusco contagioso Eritema Nodoso Rev Med Brux 1994 Jul-Aug;15(4):161-5. www.adrianaschmidt.com www.adrianaschmidt.com Equimoses por prurido intenso www.adrianaschmidt.com www.adrianaschmidt.com Qual a causa? Eritema, edema e dor: reação inflamatória intensa Prurido Em áreas expostas www.adrianaschmidt.com www.adrianaschmidt.com Queimadura Solar UVB – 90% é absorvido pela camada epidérmica, que responde liberando mediadores químicos – eritema e edema, dor, calor, prurido que pode ser intenso, bolhas, febres e calafrios Agravantes: proximidade equador, altitude elevada, exposição solar entre as10 e 14h, lembrar que é refletida (neve: 80%, água: 30%) Tratamento: analgésicos, antiinflamatórios, compressas frias, CTC tópicos 2 a 3 dias www.adrianaschmidt.com www.adrianaschmidt.com Qual é a patologia? www.adrianaschmidt.com www.adrianaschmidt.com Exantemas Rash difuso geralmente acompanhado por sintomas sistêmicos, como febre e astenia Geralmente causado por vírus, e representa reação a uma toxina, dano a pele pelo vírus ou resposta imune, pode durar várias semanas Também pode ocorrer em decorrência do uso de antibióticos ( penicilinas) ou antiinflamatórios não hormonais, anticonvulsivantes, diuréticos, iodados , codeína, morfina e quimioterapia) O prurido, quando presente é discreto e responde a anti-histamínicos www.adrianaschmidt.com Que doença é essa? Extremamente pruriginosa Regiões quentes do corpo Familiares também afetados www.adrianaschmidt.com Escabiose Sarcoptes scabiei Lesões cutânea extremamente pruriginosas Localização: axilas e genitais (lactentes: palmas e plantas) Lesões de distribuição linear Tratamento Permetrina 5% em loção cremosa 1 noite, repetir após 1 semana s/n, tratamento dos contactantes e roupas Anti-histamínicos por 10 dias, hidratar a pele nos dias seguintes ao tratamento www.adrianaschmidt.com www.adrianaschmidt.com Qual é o Diagnóstico? Pápulas endurecidas e pruriginosas Não desaparecem a digitopressão Às vezes bolhas Em áreas expostas, principalmente membros e face www.adrianaschmidt.com www.adrianaschmidt.com Prurigo estrófulo ou urticária papular Reação comum a picada de insetos, especialmente em crianças Pápulas pruriginosas de 0,2 a 2 cm, no verão ou outono, ocasionalmente bolhas de até 1 cm Frequente infecção secundária pelo prurido Permanecem dias a semanas e podem deixar cicatriz Sem sintomas sistêmicos, sem gravidade www.adrianaschmidt.com www.adrianaschmidt.com Prurigo estrófulo Em áreas expostas, reações locais somente - pápulas, vesículas ou bolhas Não associadas a reações anafiláticas, pruriginosas, edema variável Bolhas em extremidades inferiores (formiga) Pápulas agrupadas na cintura (pulgas) Pápulas e vesículas na face e esparsas em áreas descobertas (mosquitos) www.adrianaschmidt.com www.adrianaschmidt.com Loxoceles “aranha marron” lesão inicial Não coçam mas entram no Dx diferencial do prurigo Lesão única Sinais e sintomas dependem da citoxicidade do veneno, quantidade de veneno injetado, saúde e idade do paciente e local da picada Reações podem ser discretas e localizadas, dermonecróticas, até reações sistêmicas ( vascular, dano renal, risco a vida) Lesão inicial: bolha central com halo empalidecido de edema intenso www.adrianaschmidt.com www.adrianaschmidt.com Loxoceles “ aranha marron” Necrose central extensa Pode levar semanas a meses para cicatrizar Deixa cicatriz com depressão. www.adrianaschmidt.com Prurigo – como orientar Medidas para evitar insetos As seguintes medidas simples podem evitar picadas de insetos e mordidas: Evite perfumes e roupas de cores claras para reduzir o risco de picadas de abelha Controlar os odores em piqueniques, etc áreas de lixo que podem atrair insetos Destruir ou mudar colméias ou ninhos perto de sua casa Não deixe piscinas de estagnação da água ( atraem os mosquitos) Dispositivos elétricos de inseto repelente e bobinas iluminado pode ser eficaz Cobrir todas as partes do corpo com roupas, chapéus, meias e luvas se entrar em áreas onde há uma alta probabilidade de ser mordido ou picado Manter higiene pessoal e doméstica adequada Anti-pulgas aos gatos, cães e outros animais domésticos regularmente Use repelentes de insetos, que estão prontamente disponíveis em farmácias ou supermercados. Aqueles que contêm DEET (dietiltoluamida) são os mais eficazes. Permetrina podem ser aplicadas a roupa para dar proteção por duas semanas, através de duas lavagens. Também pode ser aplicado diretamente na pele exposta para manter os insetos longe por alguns dias. Tiamina (vitamina B1) pode ser usado como um repelente sistêmico de insetos (a pele tem um cheiro característico) www.adrianaschmidt.com Outros tipos de prurigo? Escabiose/pediculose Prurigo actínico (fotosensibilidade) Prurigo de hebra Prurigo nodular Prurigo da gestação Dermatite herpetiforme Acne urticata Foliculite Compulsão (compulsive skin picking) Psicoses (sensação de picadas ou parasitas) www.adrianaschmidt.com www.adrianaschmidt.com Qual é o diagnóstico? Prurido intenso e pápulas salientes, escarificadas Cronico recorrente Pode evoluir com hiperpigmentação e cicatrizes www.adrianaschmidt.com www.adrianaschmidt.com Prurigo de hebra Afeta crianças e adultos , pápulas arredondadas pequenas, simétricas, intensamente pruriginosas, pode pequenas vesículas Stress emocional, alterações do sono Lesões secundárias ao prurido: liquen simples crônico ou neurodermatite Pode evoluir com cicatrizes, estar associado a DA, eczema numular, urticaria papular, anemia ferropriva, tireoideopatias, HIVG, IRC, policitemia rubra vera, linfoma de Hodgkin, drogas ( anfetaminas/cocaína) Tratamento: CTC tópicos ou intralesionais, anti-histamínicos, CTC sistêmicos, AB orais ( cursos prolongados de tetraciclina), Dapsona, Fototerapía, imunossupressores www.adrianaschmidt.com www.adrianaschmidt.com Prurigo nodular Em qualquer idade (pico 20-60 anos), ambos sexos, causa desconhecida Nódulos firmes salientes de 1 a 3 cm, crostas e descamação pelo prurido, cicatrizes e manchas, 2 - 200 lesões agrupadas nos braços e pernas,xerose Prurido muito intenso, curso crônico, recorrencias, levando a stress e depressão Associação com Hx familiar de DA em 80% dos pacientes, anemia ferropriva, IRC, enteropatia ao gluten, HIV, etc Tratamento: Emolientes, mentol/fenol/capsaicina, antihistamínicos orais, calcipotriol, ctc tópicos, crioterapia, fototerapia, antidepressivos, esteróides orais e talidomida www.adrianaschmidt.com www.adrianaschmidt.com www.adrianaschmidt.com www.adrianaschmidt.com www.adrianaschmidt.com www.adrianaschmidt.com www.adrianaschmidt.com www.adrianaschmidt.com www.adrianaschmidt.com www.adrianaschmidt.com Urticária Pápulas pruriginosas que ocorrem pela liberação de mediadores químicos (Histamina), de tamanhos variados As pápulas duram de minutos a horas, mudam de local, formato e tamanho, podem ser arredondadas, em formato de mapa ou gigantes O prurido é frequente Pode ser acompanhada por angioedema em 10% dos casos www.adrianaschmidt.com www.adrianaschmidt.com www.adrianaschmidt.com Urticária Aguda ou crônica (6 semanas) Aguda: infecções virais, alimentos, medicamentos ou vacinas, ou contato ( látex, saliva de animais), física ( frio, calor, sol) a maioria das urticárias NÃO tem fundo alérgico – a histamina e outros agentes vasoativos podem ser liberados pela pele por muitos outros mecanismos Cronica: idiopática ( maioria), mais frequente em adultos, rara em crianças, pesença de autoanticorpos Tratamento: afastar causa / antihistamínicos www.adrianaschmidt.com www.adrianaschmidt.com www.adrianaschmidt.com Papulas eritematosas desaparecem a digitopressão www.adrianaschmidt.com www.adrianaschmidt.com www.adrianaschmidt.com www.adrianaschmidt.com www.adrianaschmidt.com Dermografismo Após fricção da pele as pápulas surgem em 5 minutos e duram de 15 a 30 minutos O prurido intenso, pápulas pioram com a escarificação Alguns pacientes tem uma mistura de diferentes tipos de urticária física e generalizada Das urticárias físicas, o Dermografismo é o mais comum, seguido pela urticária colinérgica (pós exercícios ou sudorese) e ao frio A causa é desconhecida e o tratamento depende do tipo de urticária, os antihistamínicos controlam o prurido na maioria dos casos. www.adrianaschmidt.com Urticária Pigmentosa - mastocitose Pápulas acastanhadas na pele devido a excesso de mastócitos Quando os mastócitos são estimulados, mediadores químicos são depositados na pele ao redor (sinal de Darier) Mais comum em lactentes, persistem e aumentam em meses ou anos, podem aparecer em qualquer parte do corpo e melhoram na adolescência, em adultos é mais persistente e acompanhado por sintomas sistêmicos (GI) Tratamento sintomático: anti-histamínicos. Cromoglicato e fototerapia www.adrianaschmidt.com www.adrianaschmidt.com www.adrianaschmidt.com www.adrianaschmidt.com www.adrianaschmidt.com www.adrianaschmidt.com www.adrianaschmidt.com www.adrianaschmidt.com www.adrianaschmidt.com Dermatite atópica Conceitos importantes É a doença cutânea crônica mais comum nas crianças (17%) Barreira cutânea/ gens da diferenciação epidérmica e resposta imunológica tem um papel crucial Colonização e infecção por microorganismos podem ser devidos a respostas imunes deficientes O tratamento da maioria dois pacientes inclui evitar irritantes e alérgenos comprovados, hidratação para manter uma epiderme saudável, e o uso de antiinflamatórios tópicos, como corticóides (CTC), ou Inibidores das calcineurinas (ICN) ACAAAI 2011 Boguniewicz M, Leung D: Middleton's Allergy: Principles and Practice, 7th ed www.adrianaschmidt.com Dermatite atópica Características clínicas Determinantes maiores Prurido Face e sup. Extensoras ( crianças) Liquenificação flexural crônica (adultos) Dermatite crônica ou recorrente História pessoal ou familiar de alergias Determinantes menores Xerose Infecções cutâneas Dermatite de pés e mãos Ictiose, hiperlinearidade, ceratose pilar Ptiríase alba Eczema de mamilos Dermografismo branco Catarata subcapsular anterior IgE elevada Testes alérgicos positivos Boguniewicz M, Leung D: Middleton's Allergy: Principles and Practice, 7th ed www.adrianaschmidt.com Deretminantes maiores na DA Prurido Face e sup. Extensoras ( crianças) Liquenificação flexural crônica (adultos) Dermatite crônica ou recorrente História pessoal ou familiar de alergias www.adrianaschmidt.com www.adrianaschmidt.com www.adrianaschmidt.com www.adrianaschmidt.com www.adrianaschmidt.com Determinantes menores na DA c) d) e) a) a) a) b) a) www.adrianaschmidt.com b) Xerose Infecções cutâneas Dermatite de pés e mãos Ictiose, hiperlinearidade, ceratose pilar Ptiríase alba Eczema de mamilos Dermografismo branco Catarata subcapsular anterior IgE elevada Testes alérgicos positivos www.adrianaschmidt.com a) adrianaschmidt.com www.adrianaschmidt.com ptiríase alba ceratose pilar www.adrianaschmidt.com ictiose www.adrianaschmidt.com www.adrianaschmidt.com www.adrianaschmidt.com www.adrianaschmidt.com www.adrianaschmidt.com Dermatite atópica Papel da barreira cutânea função de barreira epidérmica reduzida, aumento de enzimas proteolíticas e nível reduzido de ceramidas Uso de sabonetes aumentam o pH e a atividade das proteases endógenas, levando a quebra da barreira Proteases exógenas dos ácaros e S aureus agravam Mudanças na epiderme levam a maior absorção de alérgenos na pele e colonização bacteriana Mutações nos genes da filagrina ( envolvida na formação da barreira epidérmica) Somente em caucasianos Associada a maior risco de asma Pode facilitar a sensibilização e predisopor a alergias respiratórias ACAAAI 2011 Boguniewicz M, Leung D: Middleton's Allergy: Principles and Practice, 7th ed www.adrianaschmidt.com Dermatite atópica Anormalidades Imunológicas Allergy Clin Immunol 2006; 118 Boguniewicz M, Leung D: Middleton's Allergy: Principles and Practice, 7th ed www.adrianaschmidt.com Corticóides tópicos - classificação Classificaçção americana: de 1 (mais potentes) a 7 (menos potentes) Boguniewicz M, Leung D: Middleton's Allergy: Principles and Practice, 7th ed www.adrianaschmidt.com Corticóides tópicos Classificação européia: I (menos potentes) a IV (muito potentes) A potência não tem a ver com a halogenação da molécula, mas sim a capacidade de vasoconstrição “ blanching potency” Reitamo S, Luger T, Steinhoff M. Textbook of Atopic Dermatitis, 1th ed, 2008 www.adrianaschmidt.com Corticóides tópicos - classificação Exemplos de 1 (mais potentes) a 7 (menos potentes) Grupo 1 - superpotentes Propionato de Clobetasol (Therapsor) 0,05% creme 25g pomada 15g Dipropionato de Betametasona (Diprosone) 0,05% 30g (assoc. com Neomicina: Diprogenta, com Cetoconazol: Trok) Grupo 2 – alta potencia Furoato de mometasona(Elocon) 0,1% pomada 20g Halcinonida (Halog 0,1) 0,1% pomada 30 ou 60g Desoximetasona (Esperson) 0,25% creme/pomada 20g Aceponato metilprednisolona (Advantan) 0,1% creme 15g/loção 20g Grupo 3 - potencia média Propionato de Fluticasona (Flutivate) 0,005% pomada 15g Halcinonida (Halog 0,1) 0,1% creme 30 ou 60g Valerato de Betametasona 0,1% ( asssoc: Verutex B, Quadriderm) Boguniewicz M, Leung D: Middleton's Allergy: Principles and Practice, 7th ed www.adrianaschmidt.com Corticóides tópicos - classificação Exemplos de 1 (mais potentes) a 7 (menos potentes) Grupo 4 – potência média a baixa Furoato de mometasona (Elocon) 0,1% creme 20g Acetonido de Triamcinolona 0,1% (Omcilon A em orabase ou associação neomicina: Mud) Grupo 6 – baixa potência Desonida 0,05% (Desonol ) creme 30g Grupo 7 – menos potentes Hidrocortisona (Stiefcortil, Therasona) 1% 3creme 0g Reitamo S, Luger T, Steinhoff M. Textbook of Atopic Dermatitis, 1th ed, 2008 www.adrianaschmidt.com www.adrianaschmidt.com www.adrianaschmidt.com O que estará levando a este quando clínico? www.adrianaschmidt.com www.adrianaschmidt.com www.adrianaschmidt.com Dermatitde de contato Reação alérgica ou irritativa a substancias que tocam a pele A reação ocorre 48 a 72h após a exposição, prurido e dermatite Alérgenos comuns são: saliva, níquell (bijouterias), cromatos (couro de calçados) borracha e químicos (neomicina, cosméticos, sabões) Tratamento: afastar o agente causal ( Testes de contato), corticóides tópicos www.adrianaschmidt.com Dermatitde de contato a metais Em orelhas (brincos) , pulsos (relógio) e cintura (botões de calça) Agentes prováveis: Sulfato de níquel / Cloreto cobalto www.adrianaschmidt.com www.adrianaschmidt.com Dermatite de contato Em local onde aplicou “emplastro” www.adrianaschmidt.com www.adrianaschmidt.com Que doença é esta? Múltiplas apresentações Pode ou não estar associada ao prurido www.adrianaschmidt.com www.adrianaschmidt.com Psoríase Afeta 2% da população, todas as idades – predisposição genética Leve a grave, em 5% sintomas articulares Placas avermelhadas e descamativas, com bordos bem definidos, escamas nacaradas e grossas nos cotovelos, joelhos (trauma) e dorso inferior Pode ocorrer em couro cabeludo, unhas (53-86% dos pacientes com artrite) www.adrianaschmidt.com Psoríase gutata Pós infecções estreptocócicas Autolimitada Crianças e adultos jovens www.adrianaschmidt.com www.adrianaschmidt.com Pode ou não cursar com prurido Placas ovaladas e de cor salmão característico, superfície áspera Geralmente assintomáticas www.adrianaschmidt.com www.adrianaschmidt.com Ptiríase rósea causa desconhecida (viral?) que pode durar 6 semanas, mais frequente em adolescentes e adultos jovens, pode seguir a uma IVAS Placa- mãe (maior) um a 20 dias antes das demais erupções Placas ovaladas e de cor salmão característico, superfície áspera Geralmente assintomática, pode ser intensamente pruriginosa em alguns pacientes TTO: Hidratação, CTC tópicos se prurido, casos extensos fototerapia, relatos de uso de eritromicina ( efeito antiinflamatório), aciclovir www.adrianaschmidt.com www.adrianaschmidt.com www.adrianaschmidt.com www.adrianaschmidt.com www.adrianaschmidt.com www.adrianaschmidt.com www.adrianaschmidt.com www.adrianaschmidt.com www.adrianaschmidt.com www.adrianaschmidt.com www.adrianaschmidt.com www.adrianaschmidt.com Tinea Placas ovaladas, eritematoses e descamativas centrífugas Reação menos intensa no centro da lesão e bordos elevados ( tinea corporis) Prurido variável Diagnóstico confirmado pelo raspado cutâneo com pesquisa para fungos Micológico direto e cultura para fungos Tratamento antifúngicos tópicos (tinea pedis, ptiríase versicolor) Antifúngicos sistêmicos ( onicomicose, tinea capitis) www.adrianaschmidt.com www.adrianaschmidt.com Que lesão é essa? Vesiculas umbelicadas, numerosas www.adrianaschmidt.com www.adrianaschmidt.com Molusco contagioso Infecção viral comum, afeta mais crianças pequenas, mas adultos também podem ser contaminados Pápulas arredondadas agrupadas, de 1 a 6 mm, brancas a rosadas, umbelicadas Pode persistir por meses até 2 anos, pode induzir a dermatite com prurido Tratamento: expectante ou exérese química ou raspado www.adrianaschmidt.com www.adrianaschmidt.com Que lesão mais estranha... Pápulas arroxeadas, firmes, podem estar agrupadas em forma linear ou anelar É frequentemente muito pruriginoso Mais comumente visto em ombros, dorso ou tornozelo Pode afetar plantas e palmas Reações a medicamentos ( ouro, antimaláricos como hidroxicloroquina, captopril) podem mimetizar esta doença www.adrianaschmidt.com www.adrianaschmidt.com Líquen plano Reação imunológica anormal (infecção viral/ medicamento?) Em 85% dos casos cede em 18 meses ( mucosas: maior duração) Pápulas de cor púrpura e linhas brancas, assintomáticas ou muito prurigonosas Tratamento: corticóides tópicos de alta potência, mucosas - inib calcineurina www.adrianaschmidt.com www.adrianaschmidt.com Liquen Plano Hiperpigmentação pós inflamatória Fototipos altos Pode persistir por meses www.adrianaschmidt.com www.adrianaschmidt.com www.adrianaschmidt.com Dermatilomainia ou escoriações neuróticas Arranhadura compulsiva da pele Em lesões pré-existentes ou imaginárias Comportramento compulsivo ou alterações psiquiátricas, resposta consciente a ansiedade ou hábito inconsciente Lesões em áreas acessíveis as unhas, sangramento, infecção secundária , cicatrizes Tratamento: ctc tópicos de alta potência, psicoterapia e inibidores da recaptação da serotonina (fluoxetina, paroxetina, sertralina, fluvoxamina) Subsituir o ato de coçar pelo de hidratar a pele www.adrianaschmidt.com www.adrianaschmidt.com www.adrianaschmidt.com Dermatilomania Corticóides em oclusão a noite pra evitar maior escarificação Boa relação médico paciente é fundamental www.adrianaschmidt.com Como tratar o prurido? Entendendo a causa! Inibindo os mediadores do prurido Histamina, prostalglandinas, substancia P, serotonina, citoquinas Inibindo os químicos que induziram o prurido Opióides, antibióticos Tratando a doença que provocou o prurido Dermatite atópica, DC, etc www.adrianaschmidt.com Dermatite atópica – é a que mais coça Novidades compressas úmidas http://www.theallergyshop.com.au/categories/Clothing-For-Eczema www.adrianaschmidt.com “Wet wraps” compressas úmidas embrulhadas Definição compressas úmidas Bandagens úmidas sobre emolientes e/ou CTC tópicos e envoltas em bandagens secas em áreas de eritema e eczema exudativo Na dermatite atópica Em outras formas de eritrodermia ( doenças inflamatórias cutâneas) como dermatite seborreica, psoríase, penfigo, etc... ACAAAI 2011 Dermnetnz.com www.adrianaschmidt.com “Wet wraps” compressas úmidas Como funcionam? compressas úmidas Refrescantes – evaporação da água das bandagens Hidratantes – efeito hidratante prolongado Aumentam a absorção dos CTC nas camadas superficiais e profundas da pele onde está presente a inflamação Protegem a pele ACAAAI 2011 Dermnetnz.com www.adrianaschmidt.com “Wet wraps” compressas úmidas Benefícios compressas úmidas Redução do prurido e escarificações Redução do eritema e inflamação Rehidratação da pele Melhora no processo de cicatrização da pele Reduz o uso de CTC (melhora o controle da doença) Melhora do sono ACAAAI 2011 Dermnetnz.com www.adrianaschmidt.com “Wet wraps” compressas úmidas Como aplicar compressas úmidas Imersão em água por 20 minutos ( se possível) Aplicação imediata de hidratantes e/ou CTC sobre a área lesada Bandagens macias embebidas em água morna são aplicadas Faixas secas são aplicadas por cima das bandagens úmidas para proteger as roupas (podem ser faixas tubulares meias ou pijamas!) Posteriormente, as bandagens secas podem ser removidas e água aplicada em spray na camada interna para mante-la úmida, enfaixando novamente com bandagens secas, mínimo 2h, pode ser deixado por toda a noite ACAAAI 2011 Dermnetnz.com www.adrianaschmidt.com “Wet wraps” compressas úmidas Efeitos colaterais compressas úmidas Seguras Pouca evidência de que aumentem efeitos colaterais dos corticóides aplicados sem os wet wraps Efeitos colaterais menores dos CTC: ardência e irritação local Por períodos prolongados: infecção bacteriana e queda nos níveis de cortisol (um estudo) ACAAAI 2011 Dermnetnz.com www.adrianaschmidt.com “Bleach Baths” Por que, quando e como utilizar Combate as bactérias – S aureus metilcilina resistentes (MRSA), reduz prurido, rashes e desconforto 90% dos pacientes com eczema são colonizados ( população: 25%) Indicado para pacientes com eczema moderado a grave ¼ a ½ copo (118ml) de alvejante – hipoclorito de Na a 6% para uma banheira cheia (151 litros) de água – imersão das áreas afetadas por 5 a 10 minutos 1 2x por semana, menos a cabeça Enxagoe e seque suavemente e aplicando hidratante em seguida Associar mupirocina intranasal (Bactroban) 5 dias/mes ACAAAI 2011 Dermnetnz.com www.adrianaschmidt.com Imersão Hidrata o extrato córneo Compressas úmidas podem ser usadas nas áreas expostas durante o banho para permitir hidratação Hidratação facial – distrair a criança (videogame) Banhos de imersão 5-15 min em água morna 2x por semana, mais vezes nas crises Aplicar o hidratanet IMEDIATAMENTE após o banho pra prevenir a evaporação da agua do extrato córneo (“selar” com hidratante para prevenir TWL) Banho: hidrata, remove alergenos da pele e reduz colonização (S aureus) ACAAAI 2011 Dermnetnz.com Reitamo S, Luger T, Steinhoff M. Textbook of Atopic Dermatitis, 1th ed, 2008 www.adrianaschmidt.com Imersão Hidratar o extrato córneo SEM banheira? ACAAAI 2011 Dermnetnz.com www.adrianaschmidt.com “Bleach Baths” Concentração final 0,005% 31 crianças de 6m a 17 anos com DA Banhos de imersão 5-10 min 2x por semana Após 3 meses: melhora em 67% das áreas submergidas no grupo alvejante Melhora 15% submersão em água apenas Pacientes com DA crônica – redução do uso de antibióticos Não há risco de desenvolvimento de resistência da bactéria ao alvejante, extremamente seguro ACAAAI 2011 Huang JT, Abrams M, Tlougan B, et al.Pediatrics 2009;123(5):e808–14. www.adrianaschmidt.com Dermatite atópica Tratamento proativo X reativo Tratamento convencional: CTC tópico usado nas exacerbações apenas Tratamento proativo: 2x por semana CTC tópico ou ICN após a melhora nas regiões previamente afetadas e emolientes mesmo nas regiões sãs Estudos: CTC por 4 meses , Tacolimus por 1 ano A pele do paciente com DA tem defeito de barreira mesmo estando aparentemente sã aa de cadeia longa são essenciais e estão reduzidos na pele lesada (75%) e na não lesada(60%) Defeito de barreira persistente e reação eczematosa subclínica = HIDRATAR SEMPRE Wollenberg A - Immunol Allergy Clin North Am 2010; 30(3): 351-68 www.adrianaschmidt.com Dermatite atópica Vantagens do tratamento pró-ativo Reduz o número de exacerbações Aumenta período assintomático Melhora o estado da pele Resultados alcançados com menor quantidade de emolientes/dia São custo-efetivos Foram demonstrados com tacrolimus, prop. fluticasona e aceponato de metilprednisolona (1 estudo) Wollenberg A - Immunol Allergy Clin North Am 2010; 30(3): 351-68 www.adrianaschmidt.com Dermatite atópica Quando usar os inibidores das calcineurinas Tratamentos LONGOS na face, região perioral, genitais, reg inguinal e axilas Não há aumento do risco de linfoma ou ou fotocarcinogenese ( mesmo uso por mais de 6 anos) Tacrolimus potente como monoterapia em adultos e crianças, pode ser manipulado Pimecrolimus foi estudado em crianças de 2 a 11 anos, boa eficácia e segurança Ambos são aprovados nos Estados Unidos e europa para crianças acima dos 2 anos Wollenberg A - Immunol Allergy Clin North Am 2010; 30(3): 351-68 www.adrianaschmidt.com Dermatite atópica O que há de novo Tratamento convencional da DA evoluiu muito nas últimas décadas Melhor entendimento das funções de barreira e mecanismos da doença Melhores medicamentos tópicos Reconstrução da barreira cutânea e prevenção das infecções bacterianas Tratamento proativo – melhora na qualidade de vida Prevenção (hidratação desde o nascimento) - a barreira cutânea no desenvolvimento de DA e possivelmente alergia alimentar e asma Novos cremes reparadores de barreira Simpson EL - J Am Acad Dermatol -2010; 63(4): 587-93 www.adrianaschmidt.com Tosos os slides desta apresentação já estão disponíveis no Dowload aulas e palestras do site: www.adrianaschmidt.com www.adrianaschmidt.com