André Felipe
Catarina Barboza
Eylla Kamylle
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Considerada um processo mental de caráter
consciente, embora não se possa afirmar que
todo seu curso também o seja, a linguagem é
significada e orientada para o social. Do
ponto de vista psicológico e psicopatológico,
interessa-nos a fala e a escrita. Como forma
de expressão do pensamento, estas
constituem um elo dos processos psíquicos
que se iniciam na percepção e terminam com
a expressão da língua falada ou escrita.
(Paim, 1980)
Fonético
Duas dimensões
básicas
Língua ou idioma:
componente social.
Semântico
Sintático
Fala: componente
individual.
1.
Função comunicativa;
2.
Suporte do pensamento;
3.
Instrumento de expressão;
4.
Afirmação do eu;
5.
Dimensão artística e/ou lúdica
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Ocorrem geralmente associadas a lesões
vasculares cerebrais, tumores cerebrais.
Caracteriza-se pelo caráter identificável de
lesões neuronais. Lesões que ocorrem,
geralmente, no hemisfério esquerdo,
conhecido como área cerebral da linguagem.
Afasia – perda da linguagem falada e escrita,
previamente adquirida no desenvolvimento
cognitivo, por incapacidade de compreender
e utilizar os símbolos verbais. Divide-se em:
-
Afasia de Broca ou de expressão;
Afasia de compreensão ou de Wernicke;
Afasia global.
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Parafasias – formas mais discretas de déficit
de linguagem em que o individuo deforma
algumas palavras, como designar de “ibro” o
livro.
Agrafia – perda da linguagem escrita sem
que haja déficit motor ou perda cognitiva
global.
Alexia- perda da capacidade de leitura,
previamente adquirida. Difere-se da dislexia,
que se trata de uma dificuldade de
aprendizagem da linguagem escrita.
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Disartria – incapacidade de articular
corretamente as palavras devido a problemas
no aparelho fonador.
Disfonia – alteração da fala produzida pela
mudança de sonoridade das palavras. A
afonia é uma forma acentuada de disfonia,
em que o indivíduo não consegue emitir
nenhum som ou palavra.
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A disfemia, é uma alteração da fala sem
motivos orgânicos, determinada por fatores
psicogênicos. A gagueira é o tipo mais
freqüente de disfemia, podendo ocorrer tanto
por defeito mecânico da fonação ou por
fatores emocionais, como ansiedade e
timidez.
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Dislalia – alteração da fala que resulta da
deformação, omissão ou substituição dos
fonemas. Resultam de defeitos da língua, dos
lábios, da abóbada palatina ou qualquer
outro componente do aparelho fonador, pode
ter origem tanto orgânica quanto
psicogênica.
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Inclui algumas alterações específicas da
linguagem oral resultantes de
comprometimentos emocionais.
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Mutismo  É a ausência da linguagem oral. A
incapacidade de falar em razão do estado afetivo
ou de outra perturbação psíquica, sem que haja
disfunção dos órgãos que articulam a fala.
Logorréia  Fluxo incessante e incoercível de
palavras. Comprometimento significativo da
coesão lógica da produção verbal. Pode produzir
taquilalia.
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Taquilalia  Refere-se a uma celeridade na
fluência da fala relacionada à velocidade do
pensamento, apresenta-se em quadros de
hipomania e ansiedade.
Loquacidade  É o aumento da fluência verbal
sem qualquer prejuízo lógico no discurso.
Verbigeração  É a repetição de forma monótona
e sem sentido comunicativo aparente de
palavras, sílabas ou trechos de frases. É
observada na esquizofrenia e também pode ser
designada como estereotipia verbal.
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A estereotipia verbal  Ocorre quando há
repetição automática de palavras ou trecos de
frases de modo estereotipado, mecânico e sem
sentido, o que indica lesão orgânica,
particularmente nas áreas cerebrais pré-frontais.
Bradifasia  Consiste na diminuição da
velocidade de expressão como resultado da
lentidão dos processos psíquicos e do curso do
pensamento. O quadro apresentados é oposto ao
da taquilalia.
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Ecolalia Repetição automática das palavras do
interlocutor pelo paciente, ou seja, este reproduz
involuntariamente/descontroladamente trechos
de palavras ou frases da fala do ouro, tal qual
representação de eco.
Mussitação  Voz murmurada em tom baixo,
monótono e de significado quase sempre
repetitivo, na qual o paciente mal movimenta aos
lábios, produzindo um som confuso.
Para-respostas É observada em casos no qual o
paciente emite respostas com conteúdo que
diverge a indagação feita.
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Palilalia É a repetição automática e
estereotipada feita pelo paciente da última ou
das últimas palavras que ele próprio emitiu
em seu discurso. Similarmente a ecolalia,
neste aspecto, também ocorre de forma
involuntária.
Logoclonia É um sintoma típico da doença
de Alzheimer. Consiste na repetição mais ou
menos constante de um som ou de uma
sílaba durante a fala.
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Tique Verbal É a produção de fonemas ou
palavras de forma recorrente. O paciente
produz sons abruptos e súbitos, cuja emissão
ele não consegue evitar.
Coprolalia Uso habitual de uma linguagem
de forma obscena e grosseira.
Lapso Verbal Emissão de uma ou outra
palavra em lugar da que se pretendia
pronunciar em estado de consciência lúcida.
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A atitude geral do paciente;
A mímica facial;
O estabelecimento de contato verbal;
A sonoridade da voz, a cadência e a articulação
da fala;
Os aspectos sintáticos da comunicação oral;
As peculiaridades da emissão das palavras que
sinalizam as alterações;
A correlação entre o conteúdo da mensagem oral
e a expressão mímica do paciente;
A presença do riso, reticências e do silêncio;
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Neologismos: criação de novas palavras ou
mudança radical do significado de palavras já
existentes; pode ser resultado da desintegração ou
condensação dos conceitos, ou constituir uma
tentativa de expressar vivências fantásticas;
Maneirismos: o paciente adota posturas e
funcionamentos estereotipados, perdendo-se a
flexibilidade do comportamento verbal com relação
ao contexto sócio-cultural;
Jargonofasia (ou esquizofasia): expressão por meio
de palavras e frases sem sentido num fluxo verbal
desorganizado e caótico;
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Glossolalia: como se o paciente falasse outra
língua; produz sons guturais e ininteligíveis,
mantendo a entonação da fala normal;
Criptolalia: Nos casos mais graves de
Jargonofasia o paciente desenvolve uma
linguagem completamente incompreensível,
uma língua privada (do doente) que ninguém
entende, no caso da escrita chama-se
criptografia.
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Dalgalarrondo, Paulo (2008). Psicopatologia e
Semiologia dos Transtornos Mentais, 81-90.
Porto Alegre: Artes Médicas Sul.
Henriques, Rogério Paes. Psicopatologia
Crítica: Guia Didático para Estudantes e
Profissionais de Psicologia.
PAIM, I. Curso de Psicopatologia. 8 ed. rev. e
ampl. São Paulo: EPU, 1980.
Sá, L.s.m.jr. Psicopatologia e Propedêutica.
Serie psiquiatria brasileira, Livraria atheneu,
RJ – SP, 1984.
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A linguagem e suas alterações