PRESENTEÍSMO Dra. Patricia Argollo Gomes Em primeiro lugar: O que é o presente? • O presente é o ponto exato onde passado e futuro se encontram e dão sentido a vida agora. Portanto, ele é definido por memórias resignificadas e possibilidades de reprodução ou reinvenção da existencia. Avançando um pouco mais nas complicações do tempo... • O presente é que convoca o passado e portanto, a lembrança é o presente. • O passado pronto para avançar pelo suceder das cenas imediatas. • Em qual canto do passado esconde-se engenhosamente a lembrança recémnascida? Quando lembramos mudamos o passado... E quando o presente não se conecta nem com o passado e nem com o futuro? • Quando não podemos sonhar com expansão ou rever nossas velhas posturas? Ele se torna estéril, prisão e cansaço do mesmo... Quando não há futuro • “Os adoecimentos por causa do trabalho são de vários tipos. E o presenteísmo é um processo que no início pode levar as pessoas a sentiremse mais decepcionadas do que doentes ou simplesmente cansadas pelo excesso de trabalho ou por causa de um trabalho que não considera seus potenciais e formação profissional. Sem perspectiva de desenvolvimento pessoal, o processo assume, gradualmente, a configuração de patologia, envolvendo corpo e mente do trabalhador”. Cena • Você está no escritório, na frente do seu computador, mas não consegue realizar suas tarefas mais simples, isso têm se tornado cada vez mais comum, essa presença sem produção é o conceito de presenteísmo: quando os profissionais comparecem ao seu local de trabalho com a saúde física aparentemente boa, porém, não conseguem produzir. Um Sentimento de Vazio • Estamos condenados no trabalho ao mundo das coisas normais? Como trazer vida ao trabalho? Doenças podem ser pensadas individualmente... • O presenteísmo pode ser causado por diversos fatores como enxaquecas, alergias ou desvios psicoemocionais: depressão, estresse, desmotivação, ansiedade descomunal ou até mesmo problemas de mau relacionamento com familiares, colegas de trabalho ou com o chefe. “Não falamos aqui daqueles que passam o dia na internet, em programas de bate papo ou mídias sociais, que nada tem a ver com o seu trabalho, mas sim de pessoas que apresentam doenças”, afirmou Dr. Charles Oliveira em palestra no CONARH 2012. • Formas de ultrapassar os dramas individuais com o clima e o sentimento de filiação. REVER E APROVEITAR • Querer criar é a inclinação necessária para a experiência de resistência a repetição e em cada desvio, afirma o encorajamento para um olhar novo, instigando o fortalecimento da máquina em sua grandeza instituínte. De onde vem o novo? • “A ecologia cognitiva constitui um espaço de agenciamentos, de pautas interativas, de relações constitutivas, no qual se definem e redefinem as possibilidades cognitivas individuais, institucionais e técnicas.” Cleci Maraschin , Margarete Axt Criação de paradoxos: Revisões • Pesquisas Qualitativas • Enunciações Coletivas As posições temporais • Conservação: manter o passado • Inovação: querer o fazer o futuro, arriscarse • Destruição: não querer nada só a morte Cuidado! • Para além das forças de conservação e diferença temos ainda outra força a analisar: a morte • A morte não quer nem a conservação e nem a diferença ela quer a destruição • Características: paranoia, negação do sentido, pensamento concreto (ausência de abstração), ressentimento. NIETSZCHE • “... o mais surpreendente não é a sua maldade e sim sua forma depreciativa. Nada lhe resiste. Não respeita nem os amigos e nem os inimigos. • Faz da infelicidade algo medíocre, que recrimine e distribua as culpas: sua tendência é depreciar as causas, em fazer da infelicidade o erro de alguém” OS MUITOS TEMPOS DA INSTITUIÇÃO TRABALHO • O trabalho COMO TEMPO DE REPRODUÇÃO E TEMPO DE EXPERIMENTAÇÃO. Intervir na experimentação é estimular uma rede de conversações. Criação de dispositivos para questões emergentes. Endurecimento em oposições • A resistência a isto é mantermos a ideia de acontecimentos coletivos com seus atores em interação ou culpamos um e outro ou mesmo condenamos aqueles que querem destruir. Todas as forças são parte e estão em contato dinâmico. Poderia não... • O presenteismo é o “poderia não...”, nem o não e nem o sim e nem a angustia de querer decidir e não saber... • É uma atitude de ausencia do acontecimento de adaptação disfuncional Mudanças políticas acima das equipes... • Os conceitos de trabalho que preponderam nas corporações “degradam simultaneamente as relações sociais de trabalho e os relacionamentos humanos no trabalho. Em suma: a instabilidade de vínculos contratuais e das relações interpessoais são as responsáveis principais pelos adoecimentos”, atesta ela. No serviço público as mudanças de governo • “E o ocultamento disso tudo decorre também de um complexo de motivos – com destaque maior para o medo de desemprego e o desamparo do trabalhador e de sua familia”, frisou a psiquiatra. • A pesquisadora completa que a deterioração da confiança ou auto-confiança, das condições de trabalho além de diretrizes que visam à reestruração produtiva também estão por trás da escalada do presenteísmo. A questão é o empoderamento das equipes • As equipes quando acostumadas ao debate interno podem afirmar-se como capazes de lidar com as mudanças. • Muitas mudanças de governo desfazem o passado e não mostram o futuro e, portanto, enfraquecem o presente... • O empoderamento possibilita tanto a aquisição da emancipação individual, quanto à consciência coletiva necessária para a superação da “dependência social e dominação política”. Querer relacionar-se • A questão é desejo de intercambio, da intimidade com outras produções para que possamos sair da queixa, da burocracia, do que é de nós esperado nos deixando levar pela sensibilidade de algumas inspirações