Ecotoxicolog ia aplicada no controle da poluição hídrica Pedro A. Zag atto Diretor Técnico – B ioag ri Ambiental Ltda Várias fontes de contaminação do meio hídrico Fatores que afetam a forma e o destino do agente químico no ambiente aquático Luz solar Atmosfera Trocas gasosas Entrada Adsorção Bioconcentração Saída Dessorção (Reações de transformações químicas) Depuração Trocas no sedimento Sedimento (Lee & Jones, 1986) 1ª ECOTOXICOLOGIA 1969 – René TRUHAUT Ciência relativamente nova ECOLOGIA TOXICOLOGIA OIKOS = casa LOGOS = conhecimento Ciência do habitat Estudo dos efeitos de um agente químico a uma dada espécie ECOTOXICOLOGIA Estudo dos efeitos de uma ou mais substâncias numa população ou comunidade de organismoS Conceituação da Ecotoxicologia ECOTOXICOLOGIA É A CIÊNCIA QUE ESTUDA OS EFEITOS TÓXICOS DE AGENTES FÍSICOS E QUÍMICOS SOBRE ORGANISMOS VIVOS, PARTICULARMENTE SOBRE POPULAÇÕES E COMUNIDADES EM SEUS ECOSSISTEMAS, INCLUINDO AS FORMAS DE TRANSPORTE DESSES AGENTES E SUAS INTERAÇÕES COM O AMBIENTE Ecotoxicologia Ensaios- começo Séc.XIX- Curva dose resposta 1930 – peixes 1940/50-diferenças entre espécies – novas pesquisas 1950/60 – efluentes industriais (misturas complexas) padrões de qualidade da água/efluentes 19760/70 Estudos de toxicidade aguda/fator Aplicação Década de 80 – Estudos toxicidade crônica ovos/larvas de peixes/ microcrustáceos padrões de qualidade com testes crônicos Validação de resultados Existe relação entre: Resultados de testes ecotoxicológicos em laboratório e Resultados do monitoramento ambiental (Diversidade Biológica) ? VALIDAÇÃO DE TESTES ECOTOXICOLÓGICOS DÉCADAS DE 80/90 Testes toxicidade crônica de curta duração importância do uso dos testes implementação no controle da poluição hídrica testes laboratoriais x extrapolação para o ambiente ESTUDOS DE VALIDAÇÃO Objetivo: avaliar se os resultados dos testes de toxicidade em laboratório têm um significado quando comparado com as comunidades biológicas em campo. (a)Avaliação da toxicidade crônica com Ceriodaphnia dubia e comunidade zooplanctônica das águas superficiais do Rio Jacuí, RS (BOHRER & PRINTES, 1998). Te ste s de tox icida de com Ceriodaphnia dubia e zooplâ ncton do Rio Ja cuí-RS 25 7 6 5 4 3 10 2 Toxicidade da água 5 Zooplâncton 90 4 (B) Campanhas de agosto/1984) 1 0 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 80 70 3 Pontos de am os trage m 60 50 2 40 30 1 20 Toxicidade 10 densidade x 1000 densidade bentônica x 1000 15 Nº de taxa C. dubia (jovens/fêmea) 20 0 0 4 5 7 8 9 11 pontos de amostragem Relação toxicidade das águas versus densidade bentônica no do Rio Cubatão e seus afluentes (CETESB, 1986). ESTUDOS DE VALIDAÇÃO DE TESTES ECOTOXICOLÓGICOS VALIDAÇÃO DE TESTES ECOTOXICOLÓGICOS Algas Produtor primário Daphnia Consumidor primário Peixe Consumidor secundário Bactérias e fungos Decompositores Organismos bentônicos ORGANISMOS DE DIFERENTES NÍVEIS TRÓFICOS Tes tes com alg as Algas ÁGUAS CONTINENTAIS ÁGUAS MARINHAS E/OU ESTUARINAS Pseudokirchneriella subcapitata Skeletonema costatum Scenedesmus quadricauda Isochrisis galbana Scenedesmus subspicatus Phaeodactilum tricornutum Chlamidomonas reinhardii Ankistrodesmus falcatus Chlorella pyrenoidosa Chlorella vulgaris Anabaena flos aquae Microcystis aeruginosa Navícula seminulum Euglena gracilis Oscillatoria rubescens Thalassiosira pseudonana Fragilaria crotonensis Asterionella japonica Gyrosigma spencerii Dunaliella tertiolecta Dunaliella bioculata Dunaliella marina Tes tes com plantas aquáticas : Lemna minor Tes te de toxicidade ag uda e crônica com Daphnia (D. magna; D. similis) C iclo reprodutivo de Daphnia Tes tes de toxicidade ag uda com peixes • Danio rerio • Pimephales promelas • Larvas • C arpas / trutas Toxicidade aguda Inclinação da reta Substância X Substância Z Nº de animais que respondem (%) 100 100 84% 60 % % E f e 50 i t o E f e i t o 50 1 1 10 16 CL50 32 56 0,1 100 Concentração (mg/L) 40 30 10 0 . . 50 10 0 68% 20 10 0 30 50 100 200 CL50 Concentração (mg/L) 30 50 100 200 CL50 Concentração (mg/L) CL50 – DL50 0 -2S -1S X +1S +2S mínima máxima Concentração (mg/L) Curva hipotética de frequência de resposta obtida após administração de uma substância química a uma população homogênea de animais (LOOMIS, 1970) Tes te de toxicidade crônica com C eriodaphnia dubia Tes tes de toxicidade crônica com Peixes Fêmea Macho Classificação de perigo: GHS Toxicidade crônica •CENO (NOEC) •CEO (LOEC) •VC (MATC) ORGANISMOS MARINHOS Microcrustáceo marinho Mysidopsis juniae Anfípodo de água marinha Fêmea Macho Lytechinus variegatus (ouriço-do-mar) Artemia sp Qualidade dos Ensaios Laboratoriais •C ertificação AB NT IS O/IE C 17025 MÉTODOS PADRONIZADOS • Associações Nacionais de Normalização ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas AFNOR – Association Française de Normalisation ASTM – American Society for Testing and Materials • Organizações Internacionais de Normalização ISO – International Organization for Standardization OECD - Organization for Economic and Co-Operation Development • Outros A B * * * * * * * * * * *** ** ** *** ** C D *** * *** *** * * * * * * * * * * EXCELENTE EXCELENTE REGULAR BOA EXCELENTE RUIM RUIM RUIM Fig. Precisão e exatidão de resultados de testes ecotoxicológicos No caso A, a precisão e exatidão são excelentes, pois atingem a parte central do alvo No caso B, a exatidão é boa porque o resultado médio dos testes é próximo ao do caso ª No caso C, verifica-se que a precisão é excelente, porém existe aí um erro sistemático para a qual a exatidão é ruim. Lançamentos de efluentes industriais COMPOSIÇÃO QUÍMICA DO EFLUENTE DE UMA INDÚSTRIA TÊXTIL (Walsh et al., 1980) 56 substâncias Dietil ftalato Bis (2 etilhexil) ftalato Hexaclorobenzeno Tolueno Triclorofluorometano 1,1,2,2 tetracloroetileno bismuto chumbo tálio tungstênio arsênico níquel sílica lítio tântalo ítrio háfnio estrôncio itérbio ferro érbio manganês antimônio cromo estanho titânio cádmio escândio molibdênio cálcio nióbio potássio zircônio cloro gálio zinco cobalto enxofre alumínio sódio vanádio germânio gadolínio samário neodímio praseodímio cério lantânio bário iodo rubídio bromo cobre fósforo flúor magnésio Dispersão do efluente no rio Dispersão de efluente no rio Resolução CONAMA Art. 33 Toxicidade permissível para rios e córregos 100 10 Exemplo:Toxicidade permissível Mortandade de peixes Objetivo dos es tudos ecotoxicológ icos • Pes quis a • Monitoramento Ambiental a u g Á ida v é • R eg is tro/periculos ide de produtos químicos • Avaliação de impacto ambiental de efluentes • C ontrole da qualidade das ág uas continentais e marinhas , s edimentos e s olos • Es tabelecimento de critérios de qualidade de ág uas e efluentes líquidos , res íduos em s olo Pedro A. Zagatto - Diretor Técnico BIOAGRI Ambiental Ltda Rua Aujovil Martini, 201 - Bairro Dois Córregos CEP 13.420-833 - Piracicaba – SP fone (19) 3417-4700 - Fax (19) 3417-4711 [email protected]