A ciência da vida longa A expectativa de vida aumentou em todo o mundo. O desafio é fazer com que esses anos a mais sejam vividos com saúde e alegria A fantasia de permanecer jovem para sempre acompanha o homem, provavelmente, desde o início da civilização. Embora seja impossível deter a marcha do calendário, nos últimos 100 anos a medicina deu passos largos no sentido de retardar processos ligados ao envelhecimento. Primeiro vieram as melhorias nas condições sanitárias, a descoberta das vacinas, a invenção dos antibióticos e dos recursos para combater doenças como o diabetes, os males cardíacos e alguns tipos de câncer. Todos esses avanços resultaram na adição de anos na expectativa de vida da população. Agora, está em curso um novo e revolucionário capítulo da ciência da longevidade. O que se procura é proporcionar qualidade de vida e uma existência feliz às populações que estão vivendo mais. Nas últimas três décadas, a expectativa de vida aumentou em onze anos no Brasil. As doenças crônicas do coração e dos pulmões, bem como as artrites, aparecem, hoje, entre dez e 25 anos depois do que surgiam em gerações passadas. Descobriu-se, não faz muito tempo, que apenas 35% da longevidade conquistada por uma pessoa se deve à herança genética. Mais determinantes que os genes para prolongar a vida são os hábitos. Abandonar as 5 000 substâncias tóxicas que cada baforada de cigarro leva ao organismo pode fazer com que se viva cinco anos a mais. Praticar atividades físicas regularmente estende o tempo de vida em até três anos. O mesmo vale para quem segue uma dieta balanceada. Um trabalho publicado neste ano por pesquisadores japoneses avaliou dados de quase 90 000 pessoas, entre homens e mulheres, e mostrou que aqueles com melhor condicionamento físico sofriam menos infartos, derrames e outros males do gênero. ENEM (2009)- Em um experimento, preparou-se um conjunto de plantas por técnica de clonagem a partir de uma planta original que apresentava folhas verdes. Esse conjunto foi dividido em dois grupos, que foram tratados de maneira idêntica, com exceção das condições de iluminação, sendo um grupo exposto a ciclos de iluminação solar normal e outro mantido no escuro. Após alguns dias, observou-se que o grupo exposto à luz apresentava folhas verdes como a planta original e o grupo cultivado no escuro apresentava folhas amareladas. Ao final do experimento, os dois grupos de plantas apresentaram: A) Os genótipos e os fenótipos idênticos. B) Os genótipos idênticos e os fenótipos diferentes. C) Diferenças nos genótipos e nos fenótipos. D) O mesmo fenótipo e apenas dois genótipos diferentes. E) O mesmo fenótipo e grande variedade de genótipos. Resposta B. Por se tratar de clones o genótipos das plantas é o mesmo. Já o fenótipo é diferente por estarem expostos a condições ambientais diferentes. GENÉTICA NÃO É DESTINO A descoberta da dupla-hélice do DNA, em 1953, deu o pontapé inicial para desvendar um dos grandes mistérios da vida, como as características dos pais são repassadas através das gerações e como se forma a individualidade de cada ser vivo. A grande novidade é que ao contrário do se pensava, o ambiente é tão ou mais importante que os genes na constituição física e psíquica de uma pessoa. Quando o genoma humano (conjunto de genes de indivíduo) foi decifrado, verificou-se que o ambiente interfere de modo decisivo no código genético, promovendo alterações no funcionamento dos genes. Como exemplo da ação do ambiente sobre os genes pode ser citado que a falta ou excesso de comida na infância pode alterar os genes ligados ao metabolismo provocando puberdade precoce, obesidade ou diabetes ou ainda que o consumo de vitamina B12 pode ligar os genes associados às funções cerebrais, como a memória. R Resposta C (ENEM 1999) A seqüência abaixo indica de maneira simplificada os passos seguidos por um grupo de cientistas para a clonagem de uma vaca:Retirou-se um óvulo da vaca Z. O núcleo foi desprezado, obtendo-se um óvulo anucleado.Retirou-se uma célula da glândula mamária da vaca W. O núcleo foi isolado e conservado, desprezando-se o resto da célula.O núcleo da célula da glândula mamária foi introduzido no óvulo anucleado. A célula reconstituída foi estimulada para entrar em divisão.Após algumas divisões, o embrião foi implantado no útero de uma terceira vaca Y, mãe de aluguel. O embrião se desenvolveu e deu origem ao clone. Considerando-se que os animais Z, W e Y não têm parentesco, pode-se afirmar que o animal resultante da clonagem tem as características genéticas da vaca (A) Z, apenas. (B) W, apenas. (C) Y, apenas. (D) Z e da W, apenas. (E) Z, W e Y. Resposta B. O núcleo contem a carga genética de um indivíduo. Se a vaca Y, utilizada como “mãe de aluguel”, for a mãe biológica da vaca W, a porcentagem de genes da “mãe de aluguel”, presente no clone será (A)0% (B)25% (C)50% (D)75% (E)100% Resposta C – Cada genitor contribui com 50% da carga genética de um indivíduo (n + n=2n). Charles Darwin e a Evolução dos Seres Vivos Em A Origem das Espécies, num raciocínio que cabe em poucas linhas mas expressa ideias de alcance gigantesco, Darwin produziu uma revolução que alteraria para sempre os rumos da ciência. Ele mostrou que todas as espécies descendem de um ancestral comum, uma forma de vida simples e primitiva. Darwin demonstrou também que, pelo processo que batizou de seleção natural, as espécies evoluem ao longo das eras, sofrendo mutações aleatórias que são transmitidas a seus descendentes. Essas mutações podem determinar a permanência da espécie na Terra ou sua extinção – dependendo da capacidade de adaptação ao ambiente. Uma década depois da publicação de seu livro, o impacto das ideias de Darwin se multiplicaria por mil com o lançamento de A Descendência do Homem, obra em que mostra que o ser humano e os macacos divergiram de um mesmo ancestral, há 4 milhões de anos. LAMARCK X DARWIN Para Lamarck o pescoço das girafas teria esticado para colher folhas e frutos no alto das árvores. Fazendo com que essa característica adquirida fosse passada para os descendentes. A seleção natural de Darwin explica melhor, em grandes períodos de seca, só os animais com o pescoço mais longo conseguiam se alimentar, o que favoreceu a reprodução das variedades mais pescoçudas. (ENEM 2001)Os progressos da medicina condicionaram a sobrevivência de número cada vez maior de indivíduos com constituições genéticas que só permitem o bem-estar quando seus efeitos são devidamente controlados através de drogas ou procedimentos terapêuticos. São exemplos os diabéticos e os hemofílicos, que só sobrevivem e levam vida relativamente normal ao receberem suplementação de insulina ou do fator VIII da coagulação sanguínea”. Essas afirmações apontam para aspectos importantes que podem ser relacionados à evolução humana. Pode-se afirmar que, nos termos do texto, (A) os avanços da medicina minimizam os efeitos da seleção natural sobre as populações. (B) os usos da insulina e do fator VIII da coagulação sanguínea funcionam como agentes modificadores do genoma humano. (C) as drogas medicamentosas impedem a transferência do material genético defeituoso ao longo das gerações. (D) os procedimentos terapêuticos normalizam o genótipo dos hemofílicos e diabéticos. (E) as intervenções realizadas pela medicina interrompem a evolução biológica do ser humano. Resposta A – Pela teoria da seleção natural somente os mais bem adaptados sobrevivem. (ENEM 2005) As cobras estão entre os animais peçonhentos que mais causam acidentes no Brasil, principalmente na área rural. As cascavéis, apesar de extremamente venenosas, são cobras que , em relação a outras espécies, causam poucos acidentes a humanos. Isso se deve ao ruído de seu chocalho, que faz com que suas vítimas percebam sua presença e as evitem. Esses animais só atacam os seres humanos para sua defesa e se alimentam de pequenos roedores e aves. Apesar disso, elas têm sido caçadas continuamente, por serem facilmente detectadas. Ultimamente os cientistas observaram que essas cobras têm ficado mais silenciosas, o que passa a ser um problema, pois se as pessoas não as percebem, aumentam os riscos de acidentes. A explicação darwinista para o fato de a cascavel estar ficando mais silenciosa é que: (A) a necessidade de não ser descoberta e morta mudou seu comportamento. (B) as alterações no seu código genético surgiram para aperfeiçoá-la. (C) as mutações sucessivas foram acontecendo para que ela pudesse adaptar-se (D) as variedades mais silenciosas foram selecionadas positivamente. (E) as variedades sofreram mutações para se adaptarem à presença de seres humanos. Resposta D – Teoria da Seleção Natural. Enem (2010) – Alguns anfíbios e répteis são adaptados à vida subterrânea. Nessa situação, apresentam algumas características corporais como, por exemplo, ausência de patas, corpo anelado que facilita o deslocamento no subsolo e, em alguns casos, ausência de olhos. Suponha que um biólogo tentasse explicar a origem das adaptações mencionadas no texto utilizando conceitos da teoria evolutiva de Lamarck. Ao adotar esse ponto de vista, ele diria que A) as características citadas no texto foram originadas pela seleção natural B) a ausência de olhos teria sido causada pela falta de uso dos mesmos, segundo a lei do uso e desuso. C) o corpo anelado é uma característica fortemente adaptativa, mas transmitida apenas à primeira geração de descendentes. D) as patas teriam sido perdidas pela falta de uso e, em seguida, essa característica foi incorporada ao patrimônio genético e então transmitida aos descendentes. E) as características citadas no texto foram adquiridas por meio de mutações e depois, ao longo do tempo, foram selecionadas por serem mais adaptadas ao ambiente em que os organismos se encontram. Resposta B – Lamarck baseava-se na Lei do Uso e Desuso e na Transmissão das Características Adquiridas.