•EVOLUCIONISMO •Conceito •O evolucionismo de Lamarck •A evolução segundo Darwin •O neodarwinismo •A ciência no tempo de Darwin •Darwin não explica tudo •CONCEITO A teoria da evolução, evolucionismo, afirma que as espécies animais e vegetais existentes na Terra não são imutáveis, mas sofrem ao longo das gerações uma modificação gradual, que inclui a formação de raças e espécies novas. Tal teoria se transformou em fonte de controvérsia, não somente no campo cientifico, como também na área ideológica e religiosa. •O evolucionismo de Lamarck O pesquisador francês Jean-Baptiste Lamarck foi um dos primeiros a negar o criacionismo e a propor um mecanismo pelo qual a evolução se teria verificado. A partir da observação de que fatores ambientais podem modificar certas características dos indivíduos, Lamarck imaginou que tais modificações se transmitissem à prole: -Os filhos das pessoas que normalmente tomam muito sol já nasceriam mais morenos do que os filhos dos que não tomam sol. O exemplo clássico dado por Lamarck para explicar melhor a Teoria da Evolução foi o pescoço da girafa. Segundo Lamarck, a necessidade de buscar alimento nas árvores mais altas teria feito com que as girafas, pouco a pouco, fossem esticando o pescoço. Com o tempo, as girafas de pescoço esticado acabariam transmitindo a seus descendentes essa característica, de tal forma que as novas gerações de girafas já nasceriam adaptadas ao meio em que viviam, isto é, com o pescoço proporcionalmente comprido. Mecanismo de formação de nova espécie: Alguns indivíduos de uma espécie ancestral passavam a viver num ambiente diferente; O novo ambiente criava necessidades que antes não existiam, as quais o organismo satisfazia desenvolvendo novas características hereditárias; Os portadores dessas características passavam a formar uma nova espécie, diferente da primeira. A doutrina de Lamarck foi publicada em Philosophie zoologique (1809; Filosofia zoológica). Principal mérito: suscitar debates e pesquisas num campo que, até então, era domínio exclusivo da filosofia e da religião. Erro de Lamarck: estudos posteriores demonstraram que, apenas o primeiro postulado do lamarckismo, estava correto; de fato, o ambiente provoca no indivíduo modificações adaptativas; mas os caracteres assim adquiridos não se transmitem à prole. •A evolução segundo Darwin Em 1859, Charles Darwin publicou The Origin of Species (A origem das espécies), livro de grande impacto no meio científico que pôs em evidência o papel da seleção natural no mecanismo da evolução. Darwin partiu da observação segundo a qual, dentro de uma espécie, os indivíduos diferem uns dos outros.Começou a pensar, então que as modificações do meio ambiente poderiam levar a uma luta pela vida e, como conseqüência, a uma seleção natural: os indivíduos mais aptos tenderiam a sobreviver, e os menos aptos, a morrer sem deixar descendentes. Assim, depois de certo tempo, a maioria dos indivíduos ou mesmo todos apresentariam as características mais adaptadas às condições do meio. Assim, o caso das girafas, levantado por Lamarck, poderia ser explicado de outra maneira: não eram as girafas que, de tanto esticar o pescoço, geravam descendentes de pescoço mais longo.Segundo a hipótese de Darwin,como apenas as girafas de pescoço comprido conseguiram alcançar a copa das árvores e obter alimentos, apenas elas produziriam descendentes, pois as de pescoço curto tenderiam a morrer. Dessa forma, ao longo de muitas gerações, toda a população seria composta de girafas de pescoço comprido.A espécie teria, então , se transformado. Há, portanto, na luta pela existência, uma competição entre indivíduos de capacidades diversas. Os mais bem adaptados são os que deixam maior número de descendentes O darwinismo estava fundamentalmente correto, mas teve de ser complementado e, em alguns aspectos, corrigido pelos evolucionistas do século XX para que se transformasse na sólida doutrina evolucionista de hoje. •O neodarwinismo Em 1883, Auguste Weismann (1834-1914) propôs uma tese para explicar a hereditariedade. Segundo ele, havia dois tipos de células: Somáticas-constituiriam o corpo humano; Germinativas-formariam os gametas. No momento da fecundação, cada ser receberia de seus pais apenas os gametas, responsáveis pelas suas características. Experimento para comprovar sua tese: Cortou caudas de alguns ratos e os acasalou. Repetiu a operação por diversas gerações e os ratos sempre nasciam com a cauda normal. Isso provava que as transformações nos corpos dos pais não eram transmitidas ao filhos, e portanto que as células somáticas não interferiam na formação dos descendentes. Contribuíram para melhor explicar a teoria da evolução: Mendel – elaborou leis da genética Hugo de Vries - mutações Muitos historiadores da ciência consideraram os trabalhos de Weismann, Mendel e Hugo de Vries fundadores de uma nova corrente de pensamento – NEODARWINISMO. A obra desses cientistas enriqueceu o pensamento evolucionista de Darwin ao propor explicações que nem ele mesmo admitia. O núcleo do evolucionismo, entre tanto, continuou sendo a seleção natural. •A ciência no tempo de Darwin 1809 – Lamarck publica seu livro Filosofia zoológica. 1831 – Darwin inicia a viagem no Beagle. 1836 – Darwin retorna de sua viagem ao redor do mundo. 1858 – Darwin recebe a carta de Wallace propondo uma teoria da seleção natural. 1859 – Darwin publica A origem das espécies e a seleção natural. 1864 – Spencer publica o livro Princípios de Biologia, no qual prega o “darwinismo social”. Ele afirma que os humanos, com o passar do tempo, criaram leis que defendem os menos aptos. Segundo ele, deve-se deixar a seleção natural agir para o “aprimoramento” das raças. 1866 – Mendel publica seu primeiro artigo sobre hibridação 1869 – Mendel publica novo artigo complementando o primeiro. Nenhum dos dois desperta qualquer interesse na comunidade cientifica. 1871 – Darwin publica A ascendência do homem. •Darwin não explica tudo É inegável que a teoria de evolução de Charles Darwin tem se mostrado uma ferramenta de analise poderosa para nos ajudar a entender a maneira como nos comportamos. No entanto, ela se torna perigosa quando aplicada de uma forma simplista ou deturpada com clara intenção de forçar os dados da realidade para justificar alguma idéia perigosa. Esse alerta tem sido repetido por antropólogos, sociólogos e filósofos que vêem na aplicação das idéias de Darwin sobre o mundo uma forma de reduzir tudo à esfera da biologia. Os críticos chamam essa visão de darwinismo social e mostram como ela já foi usada, no passado para justificar todo tipo de atrocidade. Foi a partir dessas idéias que Adolf Hitler imaginou uma raça ariana pura durante a segunda guerra mundial, dando início ao holocausto. O darwinismo social também foi usado pelos generais americanos para justificar a Guerra do Vietnã e não há duvidas de que muitos militares vêem o mundo como uma luta entre os mais fortes para decidir qual nação é mais apta para liderar o resto da humanidade. O mesmo raciocínio tem sido aplicado sorrateiramente para justificar comportamentos como o estupro e a pedofilia. FIM Obrigada!!!!!!!