Epidemiologia no Brasil: desafios e perspectivas RITA BARRADAS BARATA IX CONGRESSO BRASILEIRO DE EPIDEMIOLOGIA EPIVIX 2014 Epidemiologia Brasileira • Intrinsecamente relacionada ao campo da Saúde Coletiva • Articulação entre produção acadêmica e prática em serviços de saúde • Intensa participação de epidemiologistas na concepção e implementação dos sistemas nacionais de informação em saúde • Intensa participação de epidemiologistas nos comitês técnicos dos programas nacionais, estaduais e municipais de saúde • Participação de epidemiologistas na construção das instâncias técnicas dedicadas às práticas epidemiológicas em serviços de saúde • Contribuição na formulação de inquéritos nacionais de saúde Epidemiologia no Brasil: situação atual, desafios e perspectivas •Formação profissional e acadêmica • • • • Cursos de graduação Residência multiprofissional Mestrado profissional Mestrado e doutorado acadêmico •Produção e divulgação do conhecimento científico • • • • • Grupos de pesquisa CNPq Docentes dos PPG Produção brasileira indexada no PUBMED Produção brasileira indexada na base Scopus - SJR Revistas nacionais de Saúde Coletiva •Práticas de saúde: • Principais desafios Formação profissional • Cursos de capacitação: tem sido oferecidos principalmente pelos próprios serviços de saúde, com ou sem a participação das universidades • Cursos de Graduação em Saúde Coletiva : início recente, não permite ainda saber como os egressos atuarão nas distintas áreas do campo. Número pequeno de cursos e de titulados • Residência multiprofissional: cerca de 24 programas no país dedicados à Saúde Coletiva. Não há programas específicos de formação em epidemiologia • Epidemiologia de campo: programa do MS e SES/SP • Mestrados Profissionais: dos 25 programas na área de Saúde Coletiva apenas 2 são dedicados à Epidemiologia (Fiocruz e UFRGS) e titularam 33 mestres no último triênio. • Nos outros 23 programas, a Epidemiologia aparece como área de concentração em 5 outros. Há, entretanto, 54 linhas de pesquisa em epidemiologia nos 25 programas. Formação acadêmica • Há apenas quatro programas exclusivos de formação acadêmica em Epidemiologia: Fiocruz, UFRGS e UFPEL com oferta de mestrado e doutorado e FSP/USP com oferta apenas de doutorado, recém iniciado. • Os três cursos já em funcionamento formaram 114 mestres e 50 doutores no último triênio. • Nos outros 37 programas acadêmicos em funcionamento, 21 não tem nenhuma área de concentração em epidemiologia e existem 18 áreas de concentração em epidemiologia nos 16 programas restantes. • No conjunto dos 40 programas avaliados na última trienal existem 155 linhas de pesquisa em epidemiologia havendo apenas um programa sem nenhuma linha de pesquisa em Epidemiologia Formação: desafios • Profissional • Necessidade de maior oferta de programas em geral e em epidemiologia em particular • Necessidade de ofertar programas na modalidade profissional em todo o território nacional • Necessidade de regulamentação do doutorado profissional • Barreiras: • Modalidade de fomento • Escassez de docentes com formação e experiência profissional na maioria das universidades públicas e na quase totalidade das instituições privadas de ensino superior • Carreira e oferta de postos de trabalho nos serviços de saúde • Tradição “generalista” das IES em geral e da área de Saúde Coletiva em particular Formação: desafios • Acadêmica: • Necessidade de repensar o papel dos mestrados acadêmicos • Titulo que apenas habilita ao doutorado não apresentando terminalidade • Melhor definição entre o perfil profissional e o perfil acadêmico • Necessidade de ampliação do número de doutores em geral, e em epidemiologia em particular. • Assim como para os programas profissionais há necessidade de maior especificidade na oferta dos programas • Maior utilização da modalidade bolsa sanduíche possibilitando aos formandos alguma experiência internacional ou em centros de excelência no país. • Maior articulação e complementariedade entre os programas potencializando a capacidade de formação. Formação: perspectivas • Crescimento acelerado dos programas profissionais na área da Saúde Coletiva; • Previsão do doutorado profissional no PNPG 2011-2020; • Possibilidade de oferta de programas mais específicos, tanto na modalidade profissional quanto na acadêmica, tendo em vista a existência da graduação em Saúde Coletiva; • Possibilidade dos programas de excelência dedicarem maior esforço à formação de doutores • Possibilidade de ampliação da oferta de doutorado à medida que os programas vão amadurecendo e seus docentes passam a constituir grupos de pesquisa mais sólidos. Produção de conhecimentos • Diretório de Grupo de Pesquisa • Grupos com epidemiologia no nome do grupo, no nome de uma linha de pesquisa ou palavra chave da linha de pesquisa = 957 • Filtros: • • • • Epidemiologia humana ( exclusão da epidemiologia animal e vegetal) Análise do perfil dos líderes Predomínio da produção epidemiológica Classificação errônea: áreas de pesquisa biológica, áreas de pesquisa clínica individual, epidemiologia como sinônimo de saúde pública ou atenção básica, pesquisa epidemiológica como sinônimo de levantamentos, pesquisa epidemiológica como sinônimo de caracterização demográfica de clientelas. • Grupos predominantemente dedicados à pesquisa epidemiológica em seres humanos = 198 (20,7%) • Destes 198 grupos, 37 estão localizados em instituições sem programas de pós graduação na área de saúde coletiva e 161 em instituições com programa de pós-graduação na área • Há apenas 54 instituições com grupos de pesquisa em epidemiologia e sete delas reúnem 50% dos grupos existentes INSTITUIÇÕES COM 6 OU MAIS GRUPOS EM EPIDEMIOLOGIA, CENSO 2010 30 25 NUMERO DE GRUPOS 20 15 10 5 0 USP FIOCRUZ UFMG UFC UFBA UNICAMP INSTITUIÇÃO UFRGS UFRJ UNESP FAMERP NÚMERO DE GRUPOS DE EPIDEMIOLOGIA SEGUNDO NÚMERO DE DOUTORES 80 70 NUMERO DE GRUPOS 60 50 40 30 20 10 0 1-2 3-4 5-9 NUMERO DE DOUTORES Total de doutores: 979 (1,2%) 0,51 doutor por 100.000 habitantes Média por grupo = 4,9 10 e mais DISTRIBUICÃO DOS GRUPOS DE PESQUISA POR TEMÁTICAS, 2010 INFECCIOSAS CRONICAS MATERNOINFANTIL OUTROS TECNICAS TEMÁTICAS MÉTODOS BUCAL MENTAL NUTRICIONAL ENVELHECIMENTO SERVIÇOS TRABALHO VE DETERMINANTES VIOLENCIA 0 10 20 30 40 NUMERO DE GRUPOS 50 60 70 80 DISTRIBUIÇÃO DOS GRUPOS DE PESQUISA EM EPIDEMIOLOGIA POR NÚMERO DE ARTIGOS/DOUTOR/ANO, 2007-2010 100 90 80 NÚMERO DE GRUPOS 70 60 50 40 30 20 10 0 <1 1-2 3-4 NÚMERO DE ARTIGOS POR DOUTOR ANO Total de artigos = 15741 Média = 4 artigos/doutor/ano 5-6 7 e mais Grupos de Pesquisa 1) Mesmo entre pesquisadores não há compreensão adequada sobre o que é a epidemiologia e qual seu objeto de estudo 2) Número pequeno de grupos de pesquisa dedicados predominantemente à epidemiologia (0,72%) 3) Relação pequena de pesquisadores por 100.000 habitantes 4) Número pequeno de instituições com grupos de pesquisa em epidemiologia 5) Mais da metade dos grupos dedicados à temática das doenças infecciosas e materno-infantil 6) Grupos de pesquisa em diversas temáticas: • • • • • Epidemiologia em serviços de saúde e vigilância = 5% Etapas do ciclo de vida = 9% Desenvolvimento teórico, metodológico ou técnico = 10% Determinantes de saúde = 10% Grupos de doenças = 60% Pesquisadores: desafios • Ampliar a compreensão sobre a Epidemiologia nos estudantes de diferentes áreas científicas especialmente em ciências biológicas e ciências da saúde • Aumentar a formação de epidemiologistas e sua inserção em instituições nas quais não existem grupos atuando • Ampliar a formação e a investigação acadêmica em epidemiologia fortalecendo o desenvolvimento da produção teórica e metodológica ao lado das pesquisas aplicadas. • Perspectivas: • Atuação da ABRASCO • Atuação dos INCTs • Fortalecimento das cooperações internacionais Produção dos docentes • No triênio 2010-2012 foram avaliados 66 programas sendo 40 acadêmicos e 26 profissionais • 1036 docentes, sem repetição, participam como permanentes nesses programas • Analisando o perfil dos docentes, suas áreas de atuação e produção predominante foi possível classificá-los em dois grupos: • Sem atuação em saúde coletiva = 176 (17%) • Com atuação em saúde coletiva = 860 (83%) • Com atuação principal ou exclusiva em epidemiologia = 265 (26%) • Do total de docentes 292 são bolsistas de produtividade (28%) • Sem atuação em saúde coletiva = 40 (23%) • Com atuação em saúde coletiva = 252 (29%) • Com atuação principal ou exclusiva em epidemiologia = 124 (47%) BOLSAS DE PRODUTIVIDADE EM PESQUISA DOS DOCENTES PERMANENTES, 2010-2012 120 100 NÚMERO DE BOLSAS 80 60 40 20 0 1A 1B 1C 1D TIPO DE BOLSA S.COLETIVA EPIDEMIO 2 SR DOCENTES SEGUNDO NÚMERO DE ARTIGOS PUBLICADOS EM 2010-2012 25.0 PROPORÇÃO DE DOCENTES 20.0 15.0 10.0 5.0 0.0 0 1 2 3 4-6 7-9 10-12 13-15 16-18 19-21 22-24 25-27 28-30 31-40 41-50 51-60 NÚMERO DE ARTIGOS EPIDEMIOLOGIA SAUDE COLETIVA EXCETO EPI 61 e mais DISTRIBUIÇÃO DOS ARTIGOS SEGUNDO CLASSIFICAÇÃO QUALIS, 2010-2012 2500 NUMERO DE ARTIGOS 2000 1500 1000 500 0 A1 A2 B1 B2 CLASSIFICAÇÃO DOS ARTIGOS S.COLETIVA EPIDEMIO B3 B4 B5 RELAÇÃO ARTIGO/DOCENTE SEGUNDO CLASSIFICACÃO QUALIS DOS ARTIGOS, 2010-2012 7.0 5.8 6.0 RELAÇÃO ARTIGO/DOCENTE 5.0 4.0 3.6 2.8 3.0 2.7 2.6 2.5 1.9 2.0 1.3 1.4 1.1 1.0 0.7 0.7 0.1 0.1 0.0 A1 A2 B1 B2 CLASSIFICAÇÃO DOS ARTIGOS S.COLETIVA EPIDEMIO B3 B4 B5 Produção docente • Menos de 30% dos docentes dos PPG são pesquisadores da área de Epidemiologia • Quase a metade desses pesquisadores é bolsista de produtividade do CNPq • Proporcionalmente há mais bolsista 1 A e menos bolsista 2 entre os pesquisadores em epidemiologia • Há menos docentes entre os epidemiologistas com até 6 artigos em três anos • Há mais docentes entre os epidemiologistas com 13 ou mais artigos em três anos • Os docentes epidemiologistas produzem proporcionalmente mais artigos A1 e A2 • O número médio de artigos por docente epidemiologista é maior nos estratos A1, A2, B1 e B2 e equivalente nos demais estratos. Produção docente: desafios e perspectivas A produção dos docentes com atuação em epidemiologia é quantitativa e qualitativamente relevante, entretanto, há alguns desafios que permanecem: •Aumentar o número de docentes com atuação em Epidemiologia •Aumentar a titulação de doutores em epidemiologia •Aumentar a oferta de programas dedicados à formação em epidemiologia sem perder o vínculo com a Saúde Coletiva Perspectivas: •Uma perspectiva nessa direção é a oferta de programas de doutorado exclusivos em Epidemiologia •Outra é a ampliação da formação de doutores nos cursos já existentes •Maior utilização das bolsas sanduiches e pós doutorado Produção indexada no PUBMED • Período 1987-2014 • Seleção: • Afiliacão Brasil • Epidemiologia em qualquer parte do artigo • Filtro = epidemiologia humana • Afiliacão Brasil • Saúde Pública em qualquer parte do artigo • Filtro = pesquisa em seres humanos • Afiliação Brasil • Ciências Sociais em Saúde em qualquer parte do artigo • Filtro = pesquisa em seres humanos ARTIGOS INDEXADOS NO PUBMED DE AUTORES COM AFILIACÃO NO BRASIL, 1987-2013 8000 7000 5000 EPIDEMIO 4000 PUBLIC HEALTH SOCIAL SCIENCE 3000 2000 1000 TOTAL DE ARTIGOS DE EPIDEMIOLOGIA = 14.097 TOTAL DE ARTIGOS DE SAÚDE PÚBLICA = 56.293 TOTAL DE ARTIGOS DE CIÊNCIAS SOCIAIS = 4.771 2013 2012 2011 2010 2009 2008 2007 2006 2005 2004 2003 2002 2001 2000 1999 1998 1997 1996 1995 1994 1993 1992 1991 1990 1989 1988 0 1987 NUMERO DE ARTIGOS 6000 Produção brasileira no Scimago • Período: 1996-2012 • Classificação da produção por país: endereço dos autores • Classificação por área: da revista em que o artigo foi publicado • Algumas revistas aparecem em mais de uma área e os artigos serão contados em ambas • Participação proporcional: número de documentos citáveis • Índice H : do conjunto de artigos na área reflete o número de artigos com pelo menos h citações no período • Proporção de citações recebidas de periódicos do próprio país : reflete o grau de internacionalização da produção • Número médio de citações por artigo: relação entre artigos publicados e citações recebidas • Proporção de artigos citados por antiguidade de publicação: artigos citados pelo menos uma vez em 16, 5 ou 2 anos; reflete a vida média dos artigos • Proporção de artigos em cooperação internacional: proporção de artigos com autores de mais de um país Participação proporcional da Saúde Coletiva e de todas as áreas de conhecimento na produção mundial e latinoamericana, 1996-2012 80.0 68.8 70.0 60.2 PARTICIPAÇÃO PROPORCIONAL 60.0 56.1 54.3 47.8 50.0 40.0 30.0 20.0 10.0 3.7 3.8 2.9 1.4 2.3 0.0 SAUDE PÚBLICA POLÍTICA DE SAÚDE CIENCIAS SOCIAIS MUNDIAL REGIONAL EPIDEMIOLOGIA TODAS AS ÁREAS Indice h dos artigos brasileiros por área, 1996-2012 70 63.0 60 50 47.0 40 28.0 30 24.0 20 10 0 SAUDE PÚBLICA POLÍTICA DE SAÚDE CIENCIAS SOCIAIS EPIDEMIOLOGIA CITAÇÕES RECEBIDAS DE PERIÓDICOS NACIONAIS, 1996-2012 80.0 71.3 70.0 62.5 PROPORÇÃO DE CITAÇÕES 60.0 50.0 47.0 40.0 33.7 34.2 EPIDEMIOLOGIA TODAS AS ÁREAS 30.0 20.0 10.0 0.0 SAUDE PÚBLICA POLÍTICA DE SAÚDE CIENCIAS SOCIAIS MÉDIA DE CITAÇÕES POR ARTIGO segundo área, 1996-2012 30.0 25.0 23.9 20.0 15.0 11.9 10.0 9.2 8.4 7.5 5.0 0.0 SAUDE PÚBLICA POLÍTICA DE SAÚDE CIENCIAS SOCIAIS EPIDEMIOLOGIA TODAS AS ÁREAS PROPORÇÃO DE ARTIGOS CITADOS DENTRE OS PUBLICADOS EM 1996, 2010 OU 2012 100.0 90.0 80.0 70.0 60.0 50.0 40.0 30.0 20.0 10.0 0.0 SAUDE PÚBLICA POLÍTICA DE SAÚDE CIENCIAS SOCIAIS 1996 2010 2012 EPIDEMIOLOGIA TODAS AS ÁREAS PROPORÇÃO DE ARTIGOS EM COOPERACÃO INTERNACIONAL segundo área, 1996-2012 80.0 70.0 60.0 50.0 40.0 30.0 20.0 10.0 0.0 SAUDE PÚBLICA POLÍTICA DE SAÚDE CIENCIAS SOCIAIS 1996 2012 EPIDEMIOLOGIA TODAS AS ÁREAS Produção indexada • PUBMED: crescimento exponencial no número de artigos durante todo o período. Entre 1987 e 2013 o número de artigos indexados aumentou 267 vezes • Scimago: • Participação proporcional pequena na produção mundial e regional provavelmente pelo pequeno número de pesquisadores • Impacto maior: • Impacto medido pelo índice h menor que o alcançado pelos artigos publicados em periódicos de saúde pública • Número médio de citações por artigos maior do que para outras áreas refletindo tanto o menor denominador quanto maior número de citações recebidas • Proporção mais alta de artigos citados nos últimos 5 anos e nos últimos dois anos relativamente às outras áreas • Maior internacionalização: • Proporção de citações de revistas nacionais mais baixa refletindo maior internacionalização • Proporção mais alta de artigos em cooperação internacional Desafios para a produção • Aumentar a participação proporcional na produção mundial e regional o que depende da formação de maior número de epidemiologistas no país • Aumentar a probabilidade de citação dos artigos brasileiros • Temáticas • Língua • Cooperação • Melhorar a qualidade e a criatividade das perguntas de investigação • Perspectiva: • Estudos comparativos • Integração dos pesquisadores a redes internacionais Divulgação do conhecimento • Periódicos da lista de Saúde Coletiva do qualis periódico no período 2007-2012 = 283 • Classificados em três grupos segundo o país de publicação • Brasileiras = 68 (24%) • Latino americanas exceto brasileiras = 13 (5%) • Estrangeiras exceto lationamericanas =(71%) • Indexação em bases bibliométricas, bibliográficas ou sem indexação mas com acesso on-line em repositórios de texto completo • Características como autocitação, cooperação internacional e meia vida de citação dos artigos • Medidas bibliométricas: fator de impacto (JCR), cites/doc, SJR, índice h (SCOPUS) e número médio de citações por artigo (SCIELO) Proporcão de revistas em bases bibliométricas, bibliográficas ou não indexadas entre as revistas brasileiras, latinoamericanas ou de outros países, Saúde Coletiva, 2012 250 200 proporcào 150 eletrônicas open acess bases indexação 100 bases bibliométricas 50 0 brasileiras latinoamericanas nacionalidade estrangeiras AUTOCITAÇÃO caracterísitcas MEIA VIDA COOPERACÃO INT Autocitação, meia vida e proporcão de artigos em cooperacão internacional, revistas brasileiras, latinoamericanas e de outros países, Saúde Coletiva, 2012 ESTRANGEIRAS 21.3 LATINOAMERICANAS 7.7 BRASILEIRAS 3.5 ESTRANGEIRAS 6.3 LATINOAMERICANAS 5.8 BRASILEIRAS 6.2 ESTRANGEIRAS 10.0 LATINOAMERICANAS 9.0 BRASILEIRAS 17.0 0.0 5.0 10.0 15.0 % ou ano Valores medianos 20.0 25.0 Indice h das revistas brasileiras, latinoamericanas, de outros países, Saúde Coletiva,2012 180 160 140 120 100 maximo minimo 80 mediana 60 40 20 0 brasileiras latinoamericanas estrangeiras Fator de Impacto(JCR), cites/doc, SJR (SCOPUS) e número médio de citacões por artigo (Scielo) de revistas brasileiras, latinoamericanas ou de outros países em Saúde Coletiva, 2012 NMCA ESTRANGEIRAS 3.200 LATINOAMERICANAS 2.170 BRASILEIRAS 3.560 medidas bibliométricas CITES/DOC SJR LATINOAMERICANAS FATOR IMPACTO ESTRANGEIRAS ESTRANGEIRAS BRASILEIRAS 0.806 0.163 0.389 ESTRANGEIRAS LATINOAMERICANAS BRASILEIRAS LATINOAMERICANAS BRASILEIRAS 0.000 1.953 0.262 0.231 1.770 0.209 0.425 0.500 1.000 1.500 2.000 valores medianos 2.500 3.000 3.500 4.000 Revistas brasileiras • Proporção grande de periódicos em bases bibliográficas apenas • Mediana da autocitação mais alta dos que as latinoamericanas e estrangeiras • Cooperação internacional mais baixa dos que as demais • Meia vida de citação muito semelhante- característica da área • Indice h máximo igual ao mediano para as estrangeiras • Número médio de citações por artigo mais alto por se tratar apenas da coleção Scielo • SJR intermediário, valor baixo por comparação às estrangeiras • Cites per doc baixo devido ao grande número de revista brasileiras incluídas na base havendo muitas com baixa citação. • Fator de impacto intermediário, mais alto do que o cites per doc porque o JCR restringe a inclusão de revistas com baixo impacto. Desafios para as revistas • Ampliar o número de revistas indexadas em bases bibliométricas principalmente Scielo • Definir melhor o escopo de cada publicação buscando identificar nichos próprios para periódicos destinados prioritariamente à comunicação internacional, nacional, regional ou local. • Diversificar as publicações incluindo veículos destinados à produção técnica • Melhorar a qualidade editorial • Controlar a questão da autocitação buscando mantê-la em no máximo 10% • Garantir formas de financiamento mais eficientes e permanentes Práticas epidemiológicas • Epidemiologia: • Identificar as necessidades de saúde no âmbito populacional e entre grupos específicos • Estudar as distribuições populacionais dos problemas de saúde e seus determinantes • Identificar as desigualdades sociais em saúde em seus principais componentes • Formular modelos de determinação ou de causalidade • Fornecer evidências para a formulação de políticas, programas e ações • Oferecer modelos tecnológicos para o controle de doenças e agravos à saúde • Avaliar o impacto das intervenções populacionais em saúde Desigualdades de classe social Desigualdade de renda PREVALÊNCIA DE SAÚDE RUIM E RAZÃO DE PREVALÊNCIA POR TERCIS DE RENDA, BRASIL E INGLATERRA, 2008 18 15.6 PREVALÊNCIA E RAZÃO DE PREVALÊNCIA 16 14 11.7 11.4 12 10 9,0 8 6.2 6 4 3.8 1.85 2 2.35 2.53 3.04 1,00 1,00 0 ALTA MEDIA BAIXA ALTA PREVALENCIA MEDIA RP TERCIS DE RENDA BRASIL Valores ajustados por idade e sexo INGLATERRA BAIXA PREVALENCIA DE DIABETES (ajustada por idade e sexo) E RAZÃO DE PREVALENCIA POR NÍVEL DE ESCOLARIDADE EM ADULTOS COM 50 ANOS E MAIS, BRASIL E INGLATERRA 2008 14 13.3 12.5 PREVALENCIA E RAZÃO DE PREVALÊNCIA 12 11.2 11.1 10 8.6 8 6.8 6 4 2 1.00 1.00 1.12 1.25 ALTA MEDIA 1.19 1.63 0 ALTA MEDIA BAIXA PREVALENCIA RP NIVEL DE ESCOLARIDADE BRASIL Brasil: alta = 11a e mais media = 8 a 10a baixa = <8a INGLATERRA Inglaterra: alta = 14a e mais média = 12a 14a baixa = <12a BAIXA Desigualdade de gênero Remuneracão mensal média, horas semanais de trabalho e tempo de contrato para doutores segundo gênero, Brasil, 2009 40 35.8 35.1 35 30 25 20 15 11.2 10 8,1 10.8 7.2 5 0 salario(R$1000,00) horas sem homem mulher Fonte: CGEE Doutores 2010: estudos da demografia da base técnico-científica brasileira. tempo de contrato(a) Desigualdade de raça/cor ESQUEMA INCOMPLETO DE VACINAÇÃO AOS 12 MESES:RAZÃO DE PREVALENCIA, São Luiz 2006 1.60 Ajustado por sexo da criança, NSE, idade da mãe e seguro saúde 1.40 1,34 (1,16-1,55) razão de prevalência 1.20 1.00 1,05 (0,92-1,21) 1.00 0.80 0.60 0.40 0.20 0.00 BRANCA PARDA PRETA Adaptado de: Yokokura AVC et.al. Cobertura vacinal e fatores associados ao esquema vacinal básico incompleto aos 12 meses de idade, São Luis, Maranhão, Brasil,2006. Cadernos de Saúde Pública, 2013;29(3):522-534 Desigualdade espacial ESPERANCA DE VIDA AO NASCER, AOS 25 E AOS 60 ANOS PARA HOMENS E MULHERES, RIO DE JANEIRO, 2006 90 80 81 78 76 74 72 70 61 ESPERANCA DE VIDA (A) 67 64 60 50 40 52 49 51 45 42 40 30 20 10 58 55 20 20 17 15 14 25 24 22 0 FAVELA SETOR POBRE SETOR INTERMEDIO SETOR RICO SETORES DE MORADIA EV M EV F EV25M EV25F EV60M EV60F SZWARCWALD CL ET.AL. HEALTH INEQUALITIES IN RIO DE JANEIRO BRAZIL: LOWER HEALTHY LIFE EXPECTANCY IN SOCIOECONOMICALLY DISADVANTAGED AREAS.AMERICAN JOURNAL OF PUBLIC HEALTH, 2011;101(3):517-523. Desigualdade social: acesso a serviços Proporcão da populacão coberta por plano de saúde, programa de Saúde da Família e outros, populacão adulta, Brasil, 2008 100% 90% 23 32 80% 34 34 37 PRPORCÃO 70% 15 60% 30 50% 43 40% 65 57 62 30% 20% 36 10% 0% 20 03 Q1 09 Q2 Q3 Q4 Q5 QUINTIS DE RENDA FAMILIAR PLANO SAÚDE PSF OUTROS Macinko J, Lima-Costa MF. Acess to, use and satisfaction with health services among adults enrolled in Brazil’s Family Health Strategy: evidence from the 2008 National Household Survey. Tropical medicine and international health, 2012; 17(1):36-42. Desigualdade social: acesso a serviços ACESSO A SERVICOS E SATISFAÇÃO DE ADULTOS USUÁRIOS DO PSF E DE OUTRAS FORMAS DE COBERTURA PARA ATENÇÃO PRIMÁRIA, BRASIL,2008. 34 ACESSO A SERVICOS E SATISFAÇÃO ACESSO A MEDICAMENTOS 41 82 SATISFAÇÃO 86 35 CONSULTA ODONTO (12 MESES) 39 65 67 CONSULTA MÉDICA (12 MESES) 69 FONTE HABITUAL DE ASSISTÊNCIA 76 00 10 20 30 40 50 PROBABILIDADE OUTROS PSF 60 70 80 90 CONCLUSÃO • • • • • • • • • • • • NECESSIDADE DE AMPLIAR A FORMAÇÃO PORFISSIONAL NECESSIDADE DE AUMENTAR A FORMAÇÃO ACADÊMICA AUMENTAR O NÚMERO DE GRUPOS DE PESQUISA DESCONCENTRAR OS GRUPOS DE PESQUISA AUMENTAR A PARTICIPAÇÃO PROPORCIONAL NA CIÊNCIA MUNDIAL E LATINOAMERICANA AUMENTAR O IMPACTO DAS PUBLICAÇÕES BUSCAR MELHOR INDEXAÇÃO PARA OS PERIÓDICOS NACIONAIS AMPLIAR O ESCOPO E A DIVERSIFICAÇÃO DOS PERIÓDICOS MELHORAR A QUALIDADE DO TRABALHO EDITORIAL CONTROLE DA AUTOCITAÇÃO NOS PERIÓDICOS FINANCIAMENTO APROPRIADO DESIGUALDADE NA DISTRIBUIÇÃO DOS DETERMINANTES E NOS PROBLEMAS DE SAÚDE