Penicilina e Cefalosporina Penicilina H H S ROCHN N O -Lactama CH3 CH3 CO2H R = Benzyl penicilina R = Fenoximetilpenicilina Anel de tiazolidine CH2 O CH2 Instabilidade da Penicilina (I) O sistema biciclico é composto por 2 anéis um de 4 e outro de 5 membros, pelo que têm uma tensão angular e torsional elevada. H H S ROCHN N ROCHN S + H HO2C CH3 CO2H O CH3 HN CO2H O grupo carbonilo é susceptível ao ataque dos nucleófilos, não se comportando como uma amida terciária que é normalmente resistente ao ataque nucleofílico. R NR2 O R R C N O R S Me S Me N O Me O CO2H Me N CO2H Impossível Instabilidade da Penicilina (II) O grupo acil participa na abertura do anel de -lactama. A penicilina tem assim um mecanismo autodestruidor na sua estrutura. R H H H S C N O N O CH3 N + -H H H S R C CH3 CO2H N O CH3 CH3 CO2H O H+ HO2C S N R N Me Me CO2H Ácido Penicilico H C + R O HS Me C Me N CH H CO2H O Ácido Penicilénico N H H S R C HN O O CH3 CH3 CO2H Problemas com as 1as penicilinas São sensíveis ao ácido Não são activas em bactérias gram negativas As bactérias resistentes têm -lactamases H H S ROCHN N O CH3 CH3 CO2H ROCHN S -lactamase HO2C HN CO2H Desenvolvimento de uma penicilina mais estável Foi colocado um grupo volumoso na cadeia lateral, para desactivar a acção da -lactamase; surge a metacilina e cloxacilina OMe O H H H S C N OMe N O Metacilina CH3 CH3 CO2H Cl O N H H H S C N O CH3 N O Cloxacilina CH3 CH3 CO2H Relação estrutura - actividade cis é essencial H H S ROCHN grupo amida é essencial N O anel -lactama CH3 CH3 CO2H ácido livre é essencial Cefalosporinas H2 H2 H2 O H H H S CH C C C C N 7 3 HO2C OAc N 4 O cadeia CO2H 7-aminoadipico Anel dihidrotiazina H2N Relação estrutura-actividade O anel -lactama é essencial O ácido caboxilico é necessário na posição 4 O sistema biciclico é essencial A estereoquímica dos grupos laterais e dos anéis é importantes Sitios da molécula onde é possível alterar Cadeia lateral 7-acilamino Cadeia lateral 3-acetoximetil Substituição na posição 7 H2 H2 H2 O H H H S CH C C C C N 7 3 HO2C N 4 O CO2H H2N OAc Aumento da actividade da Penicilina e cefalosporina Uso do ácido clavulânico: bloqueia a acção das -lactamases. H O N O OH enoléter CO2H H O CH2 OH CH2 O N O carbonos electrão deficientes OH CO2H H+ O O N OH H CO2H Reage com a enzima irreversívelmente (inibidor suicida) Modo de acção das penicilinas e cefalosporinas (I) Inibem a síntese da parede celular das bactérias, ao inibir a transpeptidase. Essa inibição faz-se ao ligar-se irreversivelmente ao resíduo de serina daquela enzima; O peptidoglicano, por vezes denominado mureína, é um heteropolissacarídeo ligado a péptidos presente na parede celular de procariontes. É formado por dois tipos de açúcares (o ácido N-acetilmurâmico e a N-acetilglucosamina) e alguns aminoácidos. O peptidoglicano é a estrutura que confere rigidez à parede celular de bactérias, determina a forma da bactéria e a protege da lise osmótica, quando em meio hipotônico. Estrutura O ácido N-acetilmurâmico e a N-acetilglucosamina estão ligados entre si por uma ligação glicosídica. Por sua vez, oligopéptidos ligam moléculas de ácido N- acetilmurâmico entre si. Estes oligopéptidos possuem tanto L- como D-aminoácidos, uma situação invulgarmente encontrada na Natureza. Em consequência das ligações que ocorrem entre as cadeias de glicano e de aminoácidos, a molécula do peptidoglicano possui a forma de uma rede. Nas bactérias Gram-negativas e cianobactérias, o peptidoglicano possui as extremidades livres do ácido N-acetilmurâmico ligadas a oligopeptídeos, em que o peptídeo terminal é a D-alanina, embora possam estar presentes outros aminoácidos como isómeros "D". As bactérias Gram-positivas possuem também um pentapéptido de glicina, inexistente nas Gram-negativas. O posicionamento da camada de peptidoglicano varia com o tipo de procarionte: em bactérias Gram-negativas, o peptidoglicano situa-se entre a membrana interior e a membrana exterior da bactéria; em bactérias Gram-positivas, não existe membrana exterior, cumprindo o peptidoglicano esta função e tendo em geral uma espessura superior à encontrada em bactérias Gram-negativas Modo de acção das penicilinas e cefalosporinas (II) NAM NAG L-Ala D-Glu Lys-L Gly Gly Gly Gly Gly D-Ala D-Ala D-alanina NAM NAG Estrutura do açúcar L-Ala D-Glu Lys-L Gly Gly Gly D-Ala D-Ala Transpeptidase NAM NAG L-Ala D-Glu Lys-L Gly Gly Gly Gly Gly D-Ala D-Ala NAM NAG Estrutura do açúcar L-Ala D-Glu Lys-L Gly Gly Gly Gly Gly D-Ala Ligação cruzada Agentes antimicrobianos que bloqueiam a síntese proteica Tetraciclinas Cloranfenicol Eritromicina Tetraciclinas Clorotetraciclina (aureomicina): inibe a síntese proteica ao ligar-se à subunidade 30S do ribossoma, evitando a ligação do aminoacil - RNAt OH O OH O OH O NH2 Cl HO Me H OH NMe2 Cloranfenicol Liga-se à subunidade 50S do ribossoma e actua inibindo o movimento do ribossoma ao longo do RNAm. Activo contra a tifóide mas é relativamente tóxico. OHCH2OH O2N CH C H NHCOHCl2 Eritromicina É um macrolido. Liga-se à subunidade 50S do ribossoma e previne a translocação dos grupos peptidil CH3 NMe2 O CH3 H3C HO HO O O CH3 H3C H3 C O O CH3 O Ester H3C O CH3 CH3 OH OMe Agentes antibacterianos que actuam na transcrição e replicação do ácido nucleico Quinolonas e fluoroquinolonas Aminoacridines Quinolonas e fluoroquinolonas Liga-se à DNA girase e evita o enrolamento do DNA evitando a formação da estrutura terciária. Têm um espectro de actividade e são úteis contra os organismos resistentes O O F CH2OH H3C N N HN CH2CH3 N CH2CH3 Enoxacilin Ácido nalidixico O F N CH2OH CH2OH N HN Ciproflaxacin Aminoacridines Tem vindo a ser substituído devido à sua toxicidade H2 N N Proflavina NH2 Agentes antimicobacterial Compostos usados contra o agente causador da tuberculose o Mycobacterium. Estes microorganismos tem uma parede complexa, e estes antibióticos são usados para bloquear a sua biossíntese. Os medicamentos usados são: 1. Pirazinamida 2. Isoniazida 3. Etambutol HO NH O CONHNH2 N N Pirazinamida N Isoniazida CH3 NH2 CH3 HN HO Etambutol FIM