União Européia Relações Brasil-UE Parceria Estratégica DADOS BÁSICOS SEDE: Alemanha, Áustria, Bélgica, Chipre, Dinamarca, Eslováquia, Espanha, Estônia, Finlândia, Fran Hungria, Irlanda, Itália, Letônia Luxemburgo, Malta, Países Baix Portugal, Reino Unido, Repúbli Romênia, Suécia Conselho Europeu (Chefes de E Governo), Conselho de Ministros formações), Comitê de Rep Permanentes, Parlamento Europeu Européia Bruxelas ÁREA: 4.324.782 km² POPULAÇÃO: 491.018.683 (est. 2008) PAÍSES MEMBROS: PRINCIPAIS ÓRGÃOS: PRESIDENTE DA COMISSÃO José Manuel Durão Barroso EUROPÉIA: PRESIDÊNCIA DO CONSELHO Republica Tcheca Histórico da Constituição da União Européia • 1951 Tratado de Paris. Estabelecimento da Comunidade do Carvão e do Aço. Estados-membros: França, Alemanha, Itália, Bélgica, Países Baixos e Luxemburgo. • 1957 Tratado de Roma. Estabelecimento da Comunidade Econômica Européia e da Comunidade Européia de Energia Atômica (Euratom). • 1965 Tratado de fusão das instituições da CECA, CEE e Euratom • 1973 Primeiro alargamento da CEE. Entrada da Dinamarca, Irlanda e Reino Unido. • 1979 Primeira eleição direta para o Parlamento Europeu. • 1980 e 1986 Segundo e terceiro alargamentos. Grécia (1980). Portugal e Espanha (1986). • 1986 Ato Único Europeu. Estabelecimento do mercado comum e adoção do termo Comunidade Européia. União Europeia - Tratados 1951 1957 1965 1992 1996 2000 2004 2007 UNIÃOEUROPEIA Comunidade Europeia do Carvão e do Aço (CECA) Comunidade Económica Comunidade Europeia Europeia (CEE) Euratom (Comunidade Europeia da Energia Atómica) Comunid Justiça e ades Assuntos Internos Europeia Política Externa e s:CECA, de Segurança Comum CEE , (PESC) Euratom Tratado Tratado Tratado Tratado Tratado Tratado Tratado de Roma Tratado de de de de de de II de Maastric Amsterd Paris Roma Fusão Nice (Constit Lisboa ht ã uição) "Três Pilares" - Comunidades Europeias (CE, Euratom), Política externa e de segurança comum (PESC), Justiça e assuntos internos (JAI) 1989 O colapso do sistema comunista na Europa central e do Leste tem impacto sobre a direção e a estrutura do processo de integração. Três novos alargamentos: 1995 Áustria, Finlândia e Suécia 2004 Chipre, República Checa, Estônia, Hungria, Letônia, Lituânia, Malta, Polônia, Eslováquia e Eslovênia. 2007 Bulgária e Romênia Tratado de Maastritch estrutura em três pilares: Comunidade Européia Política Externa e de Segurança Comum PESC Justiça e Assuntos internos X Tratado de Lisboa O tratado de Lisboa • Assinado em 13 de dezembro de 2007 para substituir a Constituição européia, de 2004, rejeitada pela França e Holanda; • confere personalidade jurídica à União Européia, unifica as políticas do bloco e amplia seu poder no sistema internacional; • confere maior expressão ao Parlamento Europeu na proposição de legislação e altera o sistema de votação, com a adoção do sistema de "dupla maioria" (de 55% dos estados-membros, representando 65% da população da Comunidade); • cria um mandato estável para o presidente do Conselho Europeu, pelo período de dois anos e meio; • institui o cargo de Alto Representante para os Negócios Estrangeiros e a Política de Segurança – função que acumula com a de Vice Presidente da Comissão Européia - e institui o Serviço de Ação. entrada em vigor • Previsto para entrar em vigor em janeiro de 2009, antes das eleições européias, todos os paísesmembros deveriam ratificar localmente o Tratado. A maioria dos países inclinou-se pela ratificação parlamentar, evitando a forma de referendo, obrigatório apenas na Irlanda, devido à constituição do país. O atual Tratado de Nice, que entrou em vigor em 2003, continuará a ser base de trabalho da UE até que todos os Estados-Membros tenham concluído o processo de ratificação do Tratado Lisboa. O não irlandês • Em 13 de junho de 2008, o referendo Irlandês rejeitou, por 53,4% dos votos, o Tratado de Lisboa, adiando sua entrada em vigor. Entre as razões apontadas para o não irlandês estão a complexidade do texto submetido a referendo, e os temores, infundados ou não, de perda do direito de veto a políticas fiscais, comerciais, legalização do aborto e ampliação dos direitos a homossexuais, além da ameaça ao estado de neutralidade da Irlanda. • A França, na Presidência do Conselho, coordenou verdadeira “operação resgate” para estimular os países a prosseguirem com o processo de ratificações. Há esperança de que os irlandeses voltem a votar o texto com alguns retoques, talvez no primeiro semestre de 2009, como já havia ocorrido com o Tratado de Nice, que foi rejeitado em 2001 antes de aprová-lo com algumas modificações em 2002. AS instituições da União Européia • Conselho da UE (Conselho de Ministros) representação dos Estados-membros; presidência rotativa; reúne-se em vários formados conforme o tema em pauta; • Comissão da UE (Bruxelas) órgão executivo, embora também possa propor legislação; presidência indicada pelo Conselho; corpo de funcionários civis independente dos Estados-membros; aplica as decisões comunitárias e zela pelos tratados; executa a política externa • Parlamento Europeu (Estrasburgo e Bruxelas) representação partidária, não nacional, mas proporcional à população dos Estados-membros; mandatos de cinco anos; vota o orçamento e fiscaliza os gastos da Comissão, pode ser consultado, propor, vetar e propor emendas à legislação sempre, mas seu poder legislativo é compartilhado com o Conselho (co-decision) • Corte Européia de Justiça (Luxemburgo) um juiz por Estado-membro e oito Advogados-gerais; interpreta os tratados e aplica legislação; assistida pela corte de Primeira Instância, criada em 1998 • Corte de Ouvidores (ombudsman), Comitê Econômico Social, Comitê das Regiões • Banco Central (Frankfurt) criado em 1998 para coordenar a adoção da moeda única (euro); coordena reformas estruturais e sistema de paridade entre as moedas 2002 € Zona do Euro 15 países 320 milhões de habitantes Portugal, Alemanha, França, Itália, Espanha, Finlândia, Holanda, Bélgica, Luxemburgo, Áustria, Grécia e Eslovênia, Chipre e Malta Relações Brasil-UE Parceria Estratégica histórico das relações bilaterais • • • • • • • • 1960 – Estabelecimento de relações diplomáticas entre o Brasil e as Comunidades Européias 1961 – Abertura da Missão do Brasil junto às Comunidades Européias em Bruxelas 1987 – A CEE torna-se o principal parceiro comercial do Brasil 1992 – Assinatura do Acordo-Quadro de Cooperação Brasil-CE, instrumento que entrou em vigor em 1995 2000 – VII Reunião da Comissão Mista Brasil-UE, em Bruxelas 2002 – VIII Reunião da Comissão Mista Brasil-UE, em Brasília 2005 – IX Reunião da Comissão Mista Brasil-UE, em Bruxelas 2006 – Visita do Presidente da Comissão Européia, José Manuel Durão Barroso, ao Brasil 2007 lançamento da parceria estratégica • • • • • • • • • 2007 – X Reunião da Comissão Mista Brasil-UE, em Brasília 2007 – I Reunião do Diálogo Político de Alto Nível Brasil-UE, em Brasília 2007 – I Cúpula Brasil-UE, em Lisboa, com a elevação do relacionamento bilateral ao nível de Parceria Estratégica 2007 – Visita oficial do Presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao Parlamento Europeu e ao Conselho da EU 2007 – Participação do Presidente Lula na Conferência Internacional de Biocombustíveis, em Bruxelas 2008 – Segunda visita do Presidente da Comissão Européia, Durão Barroso, ao Brasil 2008 – II Reunião do Diálogo Político de Alto Nível Brasil-UE, em Liubliana 2008 – II Cúpula Brasil-UE, no Rio de Janeiro 2008 – Adoção do Plano de Ação da Parceria Estratégica Brasil-UE Significado da relação de parceria estratégica • O relacionamento político bilateral entre o Brasil e a União Européia manteve-se, no passado, aquém de seu potencial de expansão. Em parte, isso se devia à concentração das atenções comunitárias sobre as relações com o Mercosul e sobre o diálogo birregional com a América Latina e o Caribe. A percepção comunitária de que os dois processos estariam em alguma medida estagnados levou a UE à reavaliação de suas relações com a região. • Essa reavaliação teve por resultado a decisão de se individualizar o relacionamento político com o Brasil. Entre os fatores que fizeram aumentar o interesse político da União Européia pelo País, terão sido relevantes o projeto brasileiro de integração regional e a capacidade brasileira de atuação global e de articulação diplomática nas mais distintas esferas de interesse. atuação do Brasil no cenário internacional • O Brasil é, cada vez mais, visto pela Europa como um país de democracia consolidada, que equacionou de forma responsável seu problema de dívida externa, com vastas possibilidades econômicas. • O Brasil se inclui em todos os novos formatos e conceitos políticos contemporâneos: o G20, para liberalização agrícola, no contexto da Rodada Doha, e o G4, visando a uma reforma democrática da ONU, instâncias de que fomos fundadores; o G8 + 5 (Brasil, China, Índia, México e África do Sul); os BRICs e o G20 econômico. • O Brasil é também visto como ator de crescente relevo em temas de interesse global que vão desde a segurança energética, ao meio ambiente aos mecanismos inovadores de combate à fome e à pobreza em escala global INTERCÂMBIO BILATERAL (US$ bilhões fob) – Fonte: MDIC BRASIL – UE Intercâmbio Exportações Importações Saldo 2003 31.869,7 18.816,3 13.053,4 5.762,9 2004 2005 2006 40.665,8 45.275 51.247,5 24.675,7 27.039,5 31.045 15.990,1 18.235,5 20.202,5 8.685,6 8.804 10.842,5 2007 67.160,8 40.428 26.732,8 13.695,3 2008 (inclui setembro 62.870 35.610,5 27.259,5 8.351 Comércio bilateral • A EU é o principal parceiro comercial do Brasil. Em 2007, segundo dados do MDIC, respondeu por 23,88 % da corrente de comércio e por 25,17 % das exportações do País. A corrente bilateral de comércio somou 67,1 bilhões, representando uma ampliação de 31% em relação a 2006. Em novembro de 2008, as trocas montavam os U$S 77 bilhões. • De sua parte, o Brasil é o principal parceiro comercial da União Européia na América Latina e Caribe, de acordo com dados do Gabinete de Estatísticas das Comunidades Européias (Eurostat). • Segundo o Eurostat, em 2007, o Brasil exportou para o bloco europeu bens no valor de 32,6 bilhões de euros e importou um total de 21,2 bilhões. Investimentos • No período 2004-2007, o ingresso médio anual de investimentos europeus no Brasil totalizou 6,4 bilhões de euros. As principais fontes de ingressos em 2007 foram a Espanha (2,5 bilhões de euros) e a Alemanha (1,1 bilhão). • Segundo dados do Eurostat, o Brasil era, dentre os BRICs, o segundo maior destino do estoque de investimentos europeus em fins de 2007, totalizando 95,1 bilhões de euros. A Espanha é responsável pela maior parcela (32%) desse estoque, seguida pela França (12%) e Alemanha (10%). Temas agrícolas, sanitários e fitossanitários • O Brasil é o principal fornecedor de produtos agrícolas à União Européia, e o bloco comunitário é o principal destino das exportações agrícolas brasileiras. Em 2007, o comércio bilateral do setor agrícola possibilitou saldo a favor do Brasil de cerca de US$ 15 bilhões (exportações de US$ 16 bilhões e importações de US$ 901 milhões). O superávit comercial do setor foi superior ao superávit total do País com o bloco, de aproximadamente US$ 13,6 bilhões. • A preocupação do consumidor europeu com temas sanitários e fitossanitários se intensificou sensivelmente na última década, após a eclosão de sucessivas crises na Europa, causadas por enfermidades como a gripe aviária e a Encefalopatia Espongiforme Bovina (BSE) ou “mal da vaca louca”. A fim de reforçar a legislação sobre a matéria e ampliar os controles de sanidade, tanto dos produtos comunitários quanto daqueles importados de terceiros países, a Comissão criou novos regulamentos, com ênfase em aspectos como rastreabilidade e controle de resíduos e contaminantes. Importantes resultados logrados com relação à barreiras sanitárias e fitosanitárias • • • • • • O Programa Nacional de Controle de Resíduos em Produtos de Origem Animal (PNCR) foi avaliado positivamente pelas autoridades comunitárias, o que resultou na reabertura do mercado da União Européia para as exportações brasileiras de mel, na conclusão dos problemas referentes a nitrofuranos e na manutenção do acesso ao mercado comunitário das exportações de pescado e de carnes bovina, eqüina e de aves; Os Estados de São Paulo, Paraná e Mato Grosso do Sul foram reabilitados para exportar à UE carne bovina in natura; As autoridades comunitárias voltaram a aceitar o uso de mecanismos de pré-listagem para as empresas do setor de pesca; As exportações de carne bovina in natura, suspensas em janeiro de 2008, voltaram a ser aceitas pela União Européia em março; Novas normativas sobre o controle e o combate à febre aftosa foram publicadas no Brasil; Regulamentos sobre orgânicos, organismos geneticamente modificados e bem-estar animal foram ou estão sendo adotados pelo MAPA. Plano de Ação Conjunto da Parceria Estratégica Brasil-UE • Adotado pela II Cúpula Brasil EU, Rio de Janeiro 22 de dezembro de 2008 • • • O documento contém cinco grandes blocos de temas: 1. Promoção da paz e da segurança Propõe atuação conjunta, inclusive no contexto do Diálogo Político de Alto Nível, com vistas ao fortalecimento do sistema multilateral, com ênfase na reforma das Nações Unidas, incluindo o ECOSOC a AGNU e o CSNU, assim como consultas de ações conjuntas nas áreas de direitos humanos e democracia, justiça internacional (TPI), desarmamento e não proliferação, prevenção de conflitos e gestão de crises), construção da paz, e luta contra o terrorismo, crime organizado e corrupção, drogas ilícitas. 2. Aperfeiçoamento da parceria econômica, social e ambiental para a promoção do desenvolvimento sustentável • • • Trata–se de área particularmente relevante, em que as partes se comprometem a trabalhar em diferentes níveis com vistas à conclusão da Rodada de Doha. Também institui o Diálogo sobre Questões Agrícolas (aspectos sanitários e fitossanitários); o Diálogo sobre Temas Macroeconômicos e Financeiros; o reforço de ações em comercio e investimentos, com vistas a ampliação e diversificação do intercâmbio bilateral); intensificação da cooperação entre o BNDES e o Banco Europeu de Investimentos (BEI) em áreas como mudança do clima, energia e infra-estrutura. Dispõe sobre o relacionamento nas áreas de propriedade intelectual, transportes marítimo e aéreo e sociedade da informação. Dispõe ainda sobre a consecução da Metas do Milênio, diálogo sobre desenvolvimento global e cooperação triangular; questões sociais e de emprego; redução de disparidades regionais, instituição do Diálogo sobre Governança do Setor Público. Trata também do desenvolvimento da parceria no contexto do Diálogo sobre a Dimensão Ambiental do Desenvolvimento Sustentável e Mudança do Clima. 3. Promoção da Cooperação Regional Propõe a intensificação da cooperação ALC-UE e da agenda Mercosul-UE. 4. Promoção da Ciência, Tecnologia e Inovação Atribui ênfase à intensificação das atividades Comitê Diretivo sobre Ciência e Tecnologia, com prioridades às áreas de biotecnologia, nanotecnologia, meio ambiente, energia e mudança do clima, e propõe iniciar negociações de acordo de cooperação no campo da pesquisa em fusão nuclear, de forma a propiciar a participação do Brasil no Projeto ITER relativo à geração de energia termonuclear. 5. Intercâmbio Cultural e entre as sociedades Trata de temas consulares e migratórios, institui os Diálogos sobre Educação e Cultura, e propõe estimular contactos entre as sociedades civis e propõe a criação do Diálogo Interparlamentar bilateral. Novas ações • Lançamento dos diálogos setoriais em cultura, educação, direitos humanos, medidas sanitárias e fitosanitárias, coordenação em assuntos macroeconômicos e financeiros, coordenação em assuntos microeconomicos. • Programa de apoio aos diálogos setoriais, coordenado pelo MPOG. • Início das atividades do Grupo Parlamentar BrasilUE 2009 • Visita ministerial à Comissão Européia (Bruxelas, 23 de março) • III Reunião do Diálogo político de Alto Nível (Praga, 24 de março) • XI Reunião da Comissão Mista Brasil-UE (Bruxelas, 6 a 8 de julho de 2009) • III Cúpula Brasil-UE (Estocolmo, 6 de Outubro, 2009) • III Encontro empresarial (Estocolmo, 6 de Outubro, 2009)