SOLADOS DE RESÍDUOS DE CALÇADO DE
LAMINADOS DE PVC: PROPRIEDADES
MECÂNICAS E MORFOLÓGICAS
Ademir Anildo Dreger¹
Ruth Marlene Campomanes Santana¹
Fernando Dal Pont Morisso²
1- Universidade Federal do Rio Grande do Sul – PPGE3M – Lapol
2- Universidade Feevale
INTRODUÇÃO
 O Brasil produz cerca de 700 milhões de pares/ano;
 Segundo dados da FEPAM (1997) o setor calçadista é responsável por 86% dos
resíduos sólidos industriais, classe I, gerados no estado do RS;
 Cada par de calçado gera em média 220 gramas de resíduo. Destes, 55% são retalhos
de couro e os demais são polímeros sintéticos. (HAMESTER,1986);
 O levantamento de resíduos sólidos executado por SERRANO (2001) identificou 72
tipos de materiais, onde se destacam:
Couro ao cromo
28,47%
Chapas e solados de SBR
25,06%
Látex de SBR para palmilhas
7,97%
Chapas de EVA
6,95%
Com 61,5% da massa total de resíduos gerados.
 Em cada couro curtido ao cromo, obtém-se de 2 a 3 kg de raspas ou serragem.
(Tecnicouro nov/2003);
 Os resíduos de EVA poli(etileno)-co-(acetato de vinila) gerado pela indústria
calçadista brasileira foram superiores a 200 ton/mês em 2001. (Zattera et al. 2005).
INTRODUÇÃO
A indústria de calçados no Brasil
consome 7% da produção anual
de PVC em laminados sintéticos e
solados para calçados;
 O processo de corte de peças
(cabedais) a partir do laminado
sintético gera grande quantidade
de resíduos. Estima-se algo em
torno de 10 a 15%, que são
descartados em aterros sanitários
ou lixões;
Estes materiais podem ser
incorporados em compósitos de
PVC para aplicação em solados de
calçados femininos.
OBJETIVO
Desenvolver um material com propriedades mecânicas e
morfológicas para a fabricação de solados de calçados femininos.
Através da incorporação de resíduos de laminados sintéticos de
PVC, moídos e micronizados, avaliando a influência de diferentes
proporções, em substituição a resina virgem, criando uma
metodologia de reciclagem, reduzindo com a isso a geração e a
deposição de forma incorreta de resíduos, buscando a consciência
ecológica e preservando o meio ambiente.
EXPERIMENTAL
Materiais
Composição dos compósitos em pcr.
LAM 0 LAM 5 LAM 15 LAM 25 LAM 35
Resina de PVC
100
95
85
75
65
Resíduo de Laminado
0
5
15
25
35
Di Octil Ftalato (DOP)
50
50
50
50
50
Ca/Zn
2
2
2
2
2
Estearina
1,2
1,2
1,2
1,2
1,2
Drapex 6.8
10
10
10
10
10
MB Preto
2
2
2
2
2
EXPERIMENTAL
Metodologia
Moinho
Micronizador Separador
Misturador Kneader (Composto)
Placas Injetadas
Injetora
Extrusora Pelletizadora
EXPERIMENTAL
Caracterização
DUREZA: Norma DIN 53505 (Durômetro Bareiss, modelo HPE-A)
TRAÇÃO E ALONGAMENTO: Norma DIN 53504 (Dinamômetro EMIC modelo DL 500)
COLAGEM: Norma Laboratório Vulcabrás/Azaléia (24h/23°C)
MEV: Criogenia após metalização a ouro (Equipamento JOEL mod JSM-6510LV)
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Dureza
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Tração
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Alongamento
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Colagem
RESULTADOS E DISCUSSÃO
MEV
Amostra Lam 5
Amostra Lam 25
Amostra Lam 15
Amostra Lam 35
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Os resultados observados no teste de dureza nos mostra uma queda muito
provável em função da adição de resíduos de laminados, que são muito ricos em
plastificantes em sua composição.
 No teste de tração e alongamento podemos observar uma leve queda nos
resultados provavelmente em função da queda da dureza provocada pela adição
de plastificante por intermédio dos resíduos e também podemos afirmar que as
fibras não agiram como carga de reforço.
Na colagem observamos uma queda significativa nos valores principalmente na
adição de 35 pcr de resíduos, muito provável em função do plastificante, porem
ainda assim dentro do limite aceitável para colagem.
Nas micrografias observamos a falta de interação entre as fibras têxteis e o
compósito e principalmente as vacâncias (pull out) deixadas pelas fibras
arrancadas do meio o que nos mostra pouca interação química, porém não
interferindo nos demais resultados.
Agradecimentos
Referências
1 - RODOLFO JUNIOR, Antonio; NUNES, Luciano Rodrigues; ORMANJI,
Tecnologia do PVC. 2 ed. São Paulo: ProEditores, 2006. 450p. (a)
Wagner.
2 - CHUAYJULJIT, Saowaroj; SU-UTHAI, Siriwan; CHARUCHINDA, Sireerat. Poly(vinyl chloride)
film filled with microcrystalline cellulose prepared from cotton fabric waste: properties and
biodegradability study. Waste Management & Research , v. 28, p.109-117, 2010.
3 - FELTRAN, Murilo B.; DIAZ, Francisco R. V.. Compósitos de PVC Reforçados com Fibra de
Vidro: Utilização de Técnicas de Processamento Convencionais da Indústria Brasileira.
Polímeros : Ciência e Tecnologia, v. 17, n. 4, p.276-283, 2007.
4 - GRIZZO, Leandro H.; HAGE JUNIOR, Elias; LAURINI, Rafael V.. Desenvolvimento de PVC
Reforçado com Fibras de Vidro Longas para Fabricação de Produtos Moldados:
Polímeros: Ciência e Tecnologia, v. 21, n. 5, p.369-375, 2011.
5 - MADALENO, Emerson et al. Estudo do Uso de Plastificantes de Fontes Renovável em
Composições de PVC. Polímeros : Ciência e Tecnologia, v. 19, n. 4, p.263-270, 2009.
MUITO OBRIGADO!
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