Dinâmica dos investimentos produtivos internacionais Aula 09_ Dragon multinationals e o paradigma LLL profa. Maria Caramez Carlotto SCB 2° quadrimestre de 2015 1. Introduction Teoria tradicional vs. Teoria moderna de IED OLI (RBV) vs. LLL OLI vs. LLL Questão essencial: How do some firms challenge established positions in the global economy, and displace incumbents, some of them highly advanced and fiercely competitive—especially when the challengers start small, lack key resources, and are distant from major markets? (p. 6) É o caso das EMNs da Ásia e do Pacífico que cresceram de modo impressionantemente rápido nos últimos anos. OLI vs. LLL Dragon multinationals, ou seja: firms from the Asia-Pacific region—historically a peripheral region in the world economy—that have successfully internationalized and in some cases become leading firms in such sectors as building materials, contract manufacturing, steel production, financial services, hotels and hospitality and many more such sectors (p.6). OLI vs. LLL Essas firmas começaram de baixo e são entrantes tardias ou novas. E se internacionalizaram sem recursos (vantagens) iniciais. Mais do que isso, elas tornaram as desvantagens iniciais, em vantagens. OLI vs. LLL Por isso essas novas firmas (chamadas Dragon multinacionals) desafiam a RBV (Resource Based Vision), e todos os paradigmas nela baseada, que formam a visão clássica. OLI vs. LLL Dentro desse grande paradigma tradicional, vimos algumas variações: Escola de Harvard (Vernon) Escola nórdica (Johanson & Vahle) Escola marxista (Sweezy & Baran) Escola de organização industrial (Hymer & Chandler) Escola da Internalização (Penrose; Buckley & Casson) OLI vs. LLL E, principalmente, o OLI, paradigma predominante para explicar a teoria de IED (OLI): tenta fundir todas essas explicações em um paradigma eclético Visão neoclássica: vantagens de LOCALIZAÇÃO Visão da organização industrial e gerencial: vantagens de MONOPÓLIO Visão da teoria INTERNALIZAÇÃO da internalização: vantagens de OLI vs. LLL Segundo Matthews, o OLI e toda a visão tradicional só conseguia desenhar um cenário em que as firmas seriam marginalizadas. Mas a verdade é que no cenário atual novas firmas emergem, dando origem a uma nova “zoologia das EMNs”, em especial as firmas do Pacífico (World Bank, 1993). Mesmo com a crise financeira do final dos anos 1990, as empresas desses países continuaram crescendo, em diferentes setores industriais. OLI vs. LLL A ascensão das EMNs dos países em desenvolvimento são manifestações visíveis do crescimento do IED desses países, com uma forte concentração – como já vimos – na Ásia. WIR 2015 WIR 2015 OLI vs. LLL 1ª onda de EMNs do mundo em desenvolvimento: elas se internacionalizam apesar dos obstáculos. Elas eram as exceções ao modelo que confirmavam o modelo. 2ª onda de EMNs do mundo em desenvolvimento: é uma situação totalmente diferente; são elas que impõem uma necessidade de se rever o paradigma essencial (OLI). Porque, nesse caso, não são os chamados “pull factors” que levam à internacionalização, mas os “push factors”: essencialmente, a busca por inovações e mercados. 2. New zoology of the global economy Unctad (2000) Havia no mundo aproximadamente 61.000 firmas operavam internacionalmente, as quais controlavam pelo menos 900.000 filiadas. Uma pequena parte dessas são as tradicionais EMNs dos países desenvolvidos. Mas a maioria são firmas de outro tipo, que resultam do processo de globalização ele mesmo, dentre as quais se inclui as EMNs dos países em desenvolvimento, em particular as gigantes. 2. New zoology of the global economy OLI vs. LLL Por isso a discussão sobre a 2ª onda de internacionalização das EMNs do mundo em desenvolvimento retoma a discussão sobre estratégias de catch-up, ou seja, o desenvolvimento dos latecomers. Como fois possível que essas multinacionais tardias se tornassem atores globais ameaçados a posição das empresas tradicionais? Essa é a pergunta essencial do artigo, e não é possível explicar isso pelos paradigmas tradicionais, em especial pelo OLI. O texto propõe ampliar o escopo da literatura sobre IB para pensar a internacionalização das EMNs. 3. Latecomers and newcomers: Distinctive characteristics Internacionalização acelerada Inovação organizacional Inovação estratégica 4. Accounting for success: International business frameworks Internalização Impulsos estratégicos para a internacionalização Fontes para a vantagem internacional: o paradigma OLI 5. An alternative and complementary framework grounded in globalization: LLL 5.1. Linkage 5.2. Leverage 5.3. Learning 6. The ‘big questions’ of International Business research Qual a questão essencial que os estudos em IB precisam responder? No século XX: quais os fatores internacionalização das empresas? determinantes No século XXI: quais os fatores que permitiram internacionalização bem sucedida das Dragon Multinationals? da a 7. Globalization and accelerated internationalization from the periphery As EMNs dos países em desenvolvimento não se internacionalizam pela posse de recursos prévios, como no caso das EMNs da Tríade. Ao contrário, elas usam a internacionalização como uma forma de se apropriar de recursos que não têm; Assim, parceria, alavancagem e aprendizado são as formas de promover a internacionalização. 7. Globalization and accelerated internationalization from the periphery Essa estratégia de LLL é perfeitamente adaptada ao caráter atual da economia mundial, baseada na interconexão entre as grandes empresas Economias globais de valor. PRÓXIMA AULA OMC/OCDE. Interconnected Economies: benefiting from global value chains. Preliminary Version, 2013. PROVA Introdução Parte I. Dinâmica dos Investimentos Produtivos internacionais: o foco na empresa SEGUNDA-FEIRA 06 DE JULHO 21:00