MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DE RONDÔNIA
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA DE PESCA E AQÜICULTURA
CAMPUS DE PRESIDENTE MÉDICI
A atividade racional e suas
modalidades
ACADÊMICOS:
Rafael Luis
A atividade racional e suas
modalidades
 A Filosofia distingue duas grandes modalidades
da atividade racional, realizadas pela razão
subjetiva ou pelo sujeito do conhecimento:
 Intuição (ou razão intuitiva);
 raciocínio (ou razão discursiva).
 O que entendemos por
INTUIÇÃO?
Definição:
A intuição é uma compreensão global e
instantânea de uma verdade, de um
objeto, de um fato.
Exemplo:
Um médico quando faz um diagnóstico e apreende
de uma só vez a doença, sua causa e o modo de
tratá -la.
Grande Sertão: Veredas Romance
de Guimarães Rosa
 Riobaldo e Diadorim são dois jagunços ligados pela mais
profunda amizade e lealdade, companheiros de lutas e
cumpridores de uma vingança de sangue contra os
assassinos da família de Diadorim. Riobaldo, porém, sentese cheio de angústia e atormentado, pois seus sentimentos
por Diadorim são confusos, como se entre eles houvesse
muito mais do que a amizade. Diadorim é assassinado.
Quando o corpo é trazido para ser preparado para o
funeral, Riobaldo descobre que Diadorim era mulher. De
uma só vez, num só lance, Riobaldo compreende tudo o
que sentia, todos os fatos acontecidos entre eles, todas as
conversas que haviam tido, todos os gestos estranhos de
Diadorim e compreende, instantaneamente, a verdade:
estivera apaixonado por Diadorim.
CLASSIFICAÇÃO
INTUIÇÃO
Intuição
sensível ou
empírica
intuição
intelectual
A intuição sensível ou empírica
(do grego, empeiria: experiência sensorial)
 Definição:

É o conhecimento que temos a todo o momento de nossa
vida. Assim, com um só olhar ou num só ato de visão
percebemos uma casa, um homem, uma mulher, uma flor,
uma mesa. Num só ato, por exemplo, capto que isto é uma
flor: vejo sua cor e suas pétalas, sinto a maciez de sua textura,
aspiro seu perfume, tenho-a por inteiro e de uma só vez diante
de mim.
Outras Definições:
 A intuição empírica é o conhecimento direto e imediato das
qualidades sensíveis do objeto externo;
 A intuição sensível ou empírica é psicológica, isto é, refere-se
aos estados do sujeito do conhecimento enquanto um ser
corporal e psíquico individual.
Intuição intelectual
 Difere da sensível justamente por sua universalidade e
necessidade. Quando penso: “Uma coisa não pode ser e
não ser ao mesmo tempo”, sei, sem necessidade de
provas ou demonstrações, que isto é verdade. Ou seja,
tenho conhecimento intuitivo do princípio da
contradição.
 A intuição intelectual é o conhecimento direto e
imediato dos princípios da razão (identidade,
contradição, terceiro excluído, razão suficiente).
SIMBOLOGIA
Quando digo: “O amarelo é diferente do azul ”, sei, sem necessidade de
provas e demonstrações, que há diferenças. Vejo, na intuição sensível, a
cor amarela e a cor azul, mas vejo, na intuição intelectual, a diferença
entre cores.
Exemplo notado:
 cogito cartesiano isto é, a afirmação de Descartes: “Penso
(cogito), logo existo”. “Penso, logo existo”, estou
Simplesmente afirmando racionalmente que sei que sou um
ser pensante ou que existo pensando, sem necessidade de
provas e demonstrações. A intuição capta, num único ato
intelectual, a verdade do pensamento pensando em si mesmo.
Razão Discursiva ou
Raciocínio
Definição:
É o conhecimento que exige provas e demonstrações e se realiza
igualmente por meio de provas e demonstrações das verdades
que estão sendo conhecidas ou investigadas.
Não é um ato intelectual, mas são vários atos intelectuais
internamente ligados ou conectados, formando um processo de
conhecimento.
Hora de Pensar!
 Conjuntos Disjuntos
Razão
Intuitiva
Razão
Discursiva
Não há intersecção
CLASSIFICAÇÃO
 Raciocínio
Dedução
Indução
Abdução
Dedução
 Consiste em partir de uma verdade já conhecida (seja por
intuição, seja por uma demonstração anterior) e que funciona
como um princípio geral ao qual se subordinam todos os casos
que serão demonstrados a partir dela. Em outras palavras, na
dedução parte-se de uma verdade já conhecida para
demonstrar que ela se aplica a todos os casos particulares
iguais.
 Se diz também que ela vai do geral ao particular;
 O ponto de partida de uma dedução é ou uma idéia verdadeira
ou uma teoria verdadeira.
 A dedução é um procedimento pelo qual um fato ou objeto
particulares são conhecidos por inclusão numa teoria geral.
Exemplo
 Todos os professores da Unir são
corinthianos;
 O senhor Maigon é Professor da Unir;
 Portanto, o senhor Maigon é corinthiano.
A indução
 A indução realiza um caminho exatamente contrário ao da
dedução. Com a indução, partimos de casos particulares iguais
ou semelhantes e procuramos a lei geral, a definição geral ou a
teoria geral que explica e subordina todos esses casos
particulares. A definição ou a teoria são obtidas no ponto final
do percurso. E a razão também oferece um conjunto de regras
precisas para guiar a indução; se tais regras não forem
respeitadas, a indução será considerada falsa.
Exemplo:
 Análise do ponto de fusão, solidificação e
ebulição de determinados líquidos.
Água
Ferver em x
graus
Leite
Ferver em
x graus
 Induzimos desses casos particulares que o
fogo possui uma propriedade que produz a
evaporação dos líquidos. Essa propriedade é
o calor.
 Verificamos, porém, que os diferentes íquidos não evaporam
sempre na mesma velocidade; cada um deles, portanto, deve
ter propriedades específicas que os fazem evaporar em
velocidades diferentes. Descobrimos, porém, que a velocidade
da evaporação não é o fato a ser observado e sim quanto de
calor cada líquido precisa para começar a evaporar.
A abdução
 Segundo o filósofo Inglês Peirce, a abdução é uma
espécie de intuição, mas que não se dá de uma só vez,
indo passo a passo para chegar a uma conclusão. A
abdução é a busca de uma conclusão pela interpretação
racional de sinais, de indícios, de signos.
 O exemplo mais simples oferecido por Peirce para
explicar o que seja a abdução são os contos policiais, o
modo como os detetives vão coletando indícios ou sinais
e formando uma teoria para o caso que investigam.
 De modo geral, diz-se que a indução e a abdução são
procedimentos racionais que empregamos para a aquisição
de conhecimentos, enquanto a dedução é o procedimento
racional que empregamos para verificar ou comprovar a
verdade de um conhecimento já adquirido.
Realismo e idealismo
 Realismo a posição filosófica que afirma a
existência objetiva ou em si da realidade externa
como uma realidade racional em si e por si
mesma e, portanto, que afirma a existência da
razão objetiva.
 Idealismo afirma apenas a existência da razão
subjetiva. A razão subjetiva possui princípios e
modalidades de conhecimento que são
universais e necessários, isto é, válidos para
todos os seres humanos em todos os tempos e
lugares.
Conclusão
ATIVIDADE RACIONAL
Raciocínio
INTUITIVA
Empírica
Intelectual
Dedução
Abdução
Indução
Referências Bibliográficas
 Chaui, Marilena. Convite à Filosofia. Ed. Ática,
São Paulo, 2000.
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