CONHECIMENTO
Filosofia- Zenaide Soares
• Definição de conhecimento: o modo
pelo qual o sujeito se apropria
intelectualmente do objeto.
• Entendemos por conhecimento o ato ou o
produto do conhecimento.
• Ato do conhecimento: relação que se
estabelece entre o sujeito cognoscente e
o objeto a ser conhecido. O objeto é algo
for a da mente, quando percebemos
nossos afetos, desejos e ideias.
• Produto do conhecimento: é o que resulta
do ato do conhecer, ou seja, o conjunto de
saberes acumulados e recebidos pela
cultura, bem como os saberes que cada
um de nós acrescenta a tradição: as
crenças, os valores, as ciências, as
religiões, as técnicas, as artes, filosofia.
Intuição
• A intuição é um conhecimento imediato, um
tipo de pensamento direto com uma visão
súbita.
• Para Franz Bentrano, a capacidade
cognoscitiva se resume na intencionalidade
que é consciência de algo, abertura
fundamental que sempre se dirige em
direção alguma realidade, mas essa
consciência não é passível de análise.
• Um exemplo de relações intencionais do
segundo tipo(cujos objetos intencionais
são não-proposicionais) é o desejo que
um homem sente de possuir as jóias da
coroa real ou o desejo de possuir o
cachimbo de Sherlock Holmes, pois o fato
de alguém desejar um objeto não implica
a existência do objeto desejado.
Classificação da Intuição
• Intuição Empírica: conhecimento
imediato, baseado em uma experiência
que independe de qualquer contado e
pode se dividir em sensível e psicológica.
• Intuição Intelectual: procura captar
diretamente a essência do objeto –
Descartes: penso, logo existo!
• Intuição Inventiva: é a intuição do sábio,
do artista, do cientista quando estes
descobrem soluções súbitas, como uma
inspiração. Segundo o matemático Henri
Poincaré, a lógica nos permite
demonstrar, a invenção só é possível pela
intuição.
Conhecimento Discursivo
• Para a compreensão das coisas, a razão
supera as informações imediatas
recebidas pela intuição e as organiza em
conceitos que, devidamente encadeados,
levam a conclusões e demonstrações. O
conhecimento discursivo, ao contrario da
intuição, precisa da palavra, da
linguagem. Ao afastar-se do vivido, a
razão enriquece o conhecimento pela
interpretação e pela crítica.
• Por ser mediado pelo conceito, esse tipo
de conhecimento é abstrato. Abstrair
significa isolar. Fazemos abstração
quando isolamos um elemento que não é
separado da realidade.
O que é verdade?
• VERDADE E VERACIDADE: uma
afirmação pode ter dois sentidos. O
primeiro sentido trata de veracidade, não
mentir. O segundo sentido trata da
indagação de afirmação correspondente à
realidade, de comprovação, exemplo: Lua.
• VERDADE E REALIDADE: embora diferentes
esses dois conceitos são frequentemente
confundidos. A verdade do conhecimento diz
respeito a uma proposição que expressa um fato.
Quando nos referimos a coisas só podemos
afirmar que são reais, e não verdadeiras ou
falsas, logo, o falso ou verdadeiro não estão na
coisa em si mas no juízo, representa uma
situação possível. A verdade (ou falsidade) se dá
quando afirmamos ou negamos algo sobre
alguma coisa, e esse juízo pode corresponder (ou
não) a realidade.
Dogmatismo
• Dogmatismo do senso comum: designa
verdades do nosso cotidiano que são
irrefutáveis sobre o que se supõe
verdadeiro, certezas que não podem ser
questionadas e, consequentemente,
provadas; fixa-se na certeza e evita a
dúvida, o mundo muda e o dogmático
permanece petrificado em um
conhecimento dado de uma vez por todas.
• Dogmatismo filosófico: a filosofia
dogmática não tem o senso pejorativo
atribuído ao dogmatismo sem crítica do
senso comum.
• Essa filosofia serve para para identificar
os filosófos que estão convencidos de que
a razão pode alcançar a certeza absoluta.
Ceticismo
• Ao imaginar as mais diversas possibilidades
sobre algo, a consciência do cético prefere a
dúvida à certeza. O cético tanto observa e
pondera que conclui que o conhecimento é
impossível; suspense provisoriamente
qualquer juízo ou admite apenas uma forma
restrita de conhecimento, reconhecendo os
limites para apreensão da verdade; para
alguns, mesmo que seja impossível alcançar
a certeza, não se deve abandonar a busca
pela verdade.
• O grande representante para o ceticismo
foi o grego Pirro de Élida. Para ele, a
atitude coerente do sábio é a suspensão
do juízo e, como consequência prática, a
aceitação do fato de não poder discernir o
verdadeiro do falso; essa postura tem
caráter ético, pois os que se prendem a
verdades indiscutíveis estão fadados à
infelicidade, já que tudo é incerto e fugaz.
• O filósofo David Hume considera mais
vantajoso à humanidade o ceticismo
atenuado, que limita as nossas pesquisas
aos assuntos que mais se adaptam à
estreita capacidade do ser humano de
entender. Tendemos a aceitar o princípio
da casualidade, de esperar sempre uma
junção habitual entre dois objetos,
acreditar que tal qualidade realmente
existe e que se manifestará.
Teorias sobre a Verdade
• O CRITÉRIO DA EVIDENCIA: Segundo a
teoria da correspondência, representada
na filosofia desde Aristóteles, é verdadeira
a proposição que corresponde a um fato
da realidade. A teoria de Aristóteles
recebeu muitas críticas ao longo dos
tempos principalmente por não diferenciar
se a verdade é a representação do mundo
como ele é ou como nos aparece.
• OS MESTRES DA SUSPEITA: Na segunda
metade do século XIX e no começo do
século XX diversos filósofos intensificaram as
críticas ao conceito de verdade como
representação e correspodencia. Os três
pensadores que duvidaram das ilusões da
consciência foram Marx, Freud e Nietzsche.
Sob esse ponto de vista, para descobrir a
verdade, é necessária uma interpretação
para decifrar um sentido oculto no sentido
que nos aparece.
MARX E A IDEOLOGIA
• Elaborou sua teoria materialista enquanto
esteve na Inglaterra e conheceu a situação
deplorável do operariado, obrigado a
jornadas longas, oficinas insalubres e baixa
remuneração. Para Marx, as concepções
filosóficas, jurídicas, éticas, políticas,
estéticas e religiosas da burguesia são
estendidas para o proletariado, perpetuando
os valores a elas subjacentes como verdades
universais.
• Ele acreditava que esse conhecimento
que aparece de forma distorcia é a
ideologia, ou seja, um conhecimento
ilusório que tem por finalidade mascarar
os conflitos sociais e garantir a dominação
de uma classe, impedindo que a classe
submetida desenvolva uma visão de
mundo mais universal e lute pela
autonomia de todos.
Nietzsche e o critério da vida
• Procedeu a um deslocamento do
problema no conhecimento, alterando o
papel da filosofia. Para ele, o
conhecimento não passa da interpretação,
de atribuição de sentidos, sem jamais ser
uma explicação da realidade. Conferir
sentidos também é conferir valores (os
sentidos são atribuídos a partir de
determinada escala de valores que se
quer promover ou ocultar).
• Para Nietzsche, o conheci mento resulta
de uma luta, do compromisso entre
instintos. Ao compreender a avaliação que
foi feita desses instintos, descobre que o
único critério que se impõe é a vida. O
critério da verdade, portanto, deixa de ser
uma valor racional para adquirir um valor
de existência.
Freud e o inconsciente
• Desmente as crenças racionalistas de que
a consciência humana é o centro das
decisões e do controle dos desejos, ao
levantar a hipótese do inconsciente.
Diante de forças conflitantes, o individuo
reage mas desconhece os determinantes
de sua ação, cabendo ao processo
psicanalítico ajudá-lo na busca do que foi
silenciado pela repressão dos desejos.
• Para a psicanálise, todos os nossos atos
trazem significados ocultos que podem ser
interpretados e a hipótese do inconsciente
nasceu a partir do momento que permite
compreender uma série acontecimentos
psíquicos. Metaforicamente, o consciente
é apenas a ponta de um iceberg, cuja
parte submersa seria o inconsciente.
A verdade como horizonte
• No decorrer da história humana, existiram
diversas maneiras de compreender o que é
verdade. Se nos mantermos longe do
ceticismo e do dogmatismo, podemos
suportar melhor o movimento continuo entre
certeza e incerteza; isso não significa que
devemos parar a busca pelo conhecimento,
pois conhecer é dar sentido ao mundo e
interpretar a realidade é o melhor caminho
para a melhor maneira para agir .
• A verdade continua como um propósito
humano necessário e vital, que exige a
liberdade de pensamento e o diálogo,
para que os indivíduos compartilhem as
interpretações possíveis do real.
Referências Bibliográficas
• Unidade 3- conhecimento (xérox usado para
as aulas em sala)
• Noções de História da Filosofia- Leonel Franca
• Introdução á Filosofia- Giles
Alunas
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Amanda Rossi
Camila Lais
Georgia Dalla Valle
Helena Lange
Luísa Gabriel
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CONHECIMENTO - Nao me venha com história