Meio Ambiente e Relações Internacionais 4°RI Bruno Boldrin Juliana Suppion Maila Bongiovanni Natalia Antunes Víktor Romero Wilson Moretti Biomassa • Entre os programas nacionais bem sucedidos no mundo destacamse: PROÁLCOOL e Coque vegetal (Brasil); aproveitamento de biogás (China); aproveitamento de resíduos agrícolas (Grã – Bretanha); aproveitamento do bagaço de cana (Ilhas Maurício). Carvão Mineral • Apesar do consumo mundial de carvão mineral estar declinante desde o início dos anos 90, no final de 1994 começaram a ser verificadas retomadas no mercado internacional. O crescimento do mercado envolveu os volumes produzidos e consumidos pelos diversos países, além dos preços específicos do mercado. País China Cenário mundial do Carvão mineral Produção Exportação Consumo 1.210.000.000 24.300.000 572.000.000 USA 935.000.000 64.300.000 492.500.000 Rússia 271.000.000 19.600.000 126.500.000 Índia 267.000.000 - 121.800.000 Alemanha 259.100.000 1.600.000 96.300.000 Austrália 230.200.000 131.200.000 37.900.000 Polônia 200.800.000 25.000.000 71.600.000 África do Sul 195.300.000 51.200.000 80.500.000 Canadá 70.300.000 31.600.000 24.900.000 Indonésia 30.500.000 24.000.000 4.000.000 Colômbia 23.500.000 17.700.000 - Brasil 4.400.000 - 10.100.000 Célula a combustível • No contexto internacional, verifica-se a adoção de ações visando ampliar o aproveitamento de energias renováveis com uma progressiva redução no uso dos combustíveis fósseis, reestruturando a produção, a distribuição, o uso da energia e incorporando novas tecnologias. • Neste cenário, o papel do hidrogênio será fundamental. Energia eólica • Na Dinamarca esta representa 23% da produção, 6% na Alemanha e cerca de 8% em Portugal e na Espanha. Globalmente, a geração através de energia eólica mais que quadruplicou entre 1999 e 2005. Destaque para Alemanha, Japão, Espanha, Austrália e EUA. Energia hídrica • Destaque para o Brasil. Energia solar • O potencial acumulado instalado nos países participantes do programa de Sistemas de Energia da Agência Internacional de Energia Fotovoltaica (EIA-PVPS) foi quase 8 GWp ao final de 2007, mais de 90% estava disponível, conectado as redes de consumo. Etanol • Nos EUA, a mistura etanol-gasolina corresponde a 8% do mercado de combustível, enquanto que no Brasil, 43% dos automóveis são movidos à álcool. Geotérmica • Em Portugal existe a Central Geotérmica em São Miguel (Açores). Energia mareomotriz • Em Portugal há uma central na ilha do Pico nos Açores; na França existe uma central de produção de energia das marés em La Rance; o Centro de Ciência e Tecnologia da Marinha do Japão estuda formas de obter energia das ondas do mar. Energia nuclear • Apesar de polêmica, a geração da energia nucleoelétrica é responsável pelo atendimento de 18% das necessidades mundiais de eletricidade. São as aplicações da ciência e tecnologia nucleares que resultam em benefícios mais significativos, de amplo alcance e de maior impacto econômico e social. Petróleo • Utilizado como fonte de energia no mundo todo. Fim estimado: 100 anos, no máximo; Lei da oferta e demanda: oferta + demanda = preço Emergência de outras formas de obter energia Petróleo Vantagens Versatilidade no transporte e armazenamento; Utilização em larga escala; Eficiente utilização quando utilizado na combustão do motor; Menor corrosão do motor. Desvantagens Recursos limitados; Emissão de poluentes; Causa do Efeito Estufa; Névoa fotoquímica (smog). Etanol Vantagens Emite resíduos pela sua queima que não interferem ou interferem menos no efeito estufa; Fonte de energia descentralizadora de renda: qualquer pessoa dona de um pouco de terra pode plantar vegetais que servem como fonte de biomassa. Maior potência para o motor. Desvantagens A produção de efluentes do processo industrial da cana-de-açúcar; A queima da palha do canavial tem conseqüências para o ambiente. Cada tonelada de cana tem o potencial energético de 1,2 barril de petróleo. Séculos XVI e XVII: Forte participação da cana-de-açúcar na economia nacional desde o seu auge no chamado Ciclo da Cana. Década de 1930: Decreto 19.717 – 5% de etanol na gasolina. Década de 1970: Pró-Álcool – melhorias e investimentos no setor. Década de 1980: Fim do Pró-Álcool – crise da governança e confiabilidade. Foco na produção de açúcar para exportação, não mais etanol. Década de 1990: Descontos no IPI para carros a álcool. Acabaram as cotas regionais, controle de exportação e preços. 1975 2005/2006 Produção por hectare 47 toneladas 78 toneladas Extração por tonelada 45 litros 80 litros Produção por hectare de cana colhida (em litros) 3 mil litros 7,5 mil litros Combustível não-poluente, o álcool é um produto que cada vez mais interessa às nações interessadas em reduzir a emissão de gases nocivos à saúde humana. Países como a China e o Japão já manifestaram intenção de importar o combustível. A perspectiva é de que as exportações de álcool dêem um salto espetacular nos próximos anos. De acordo com o Ministério da Agricultura, 64,7 milhões de hectares poderão ser usados para o plantio da cana sem que isso represente prejuízo ambiental. FATO DADO Área do plantio da cana-de-açúcar Cerca de 2% da área agricultável brasileira 2007 7,8 milhões de hectares 460 milhões de toneladas 14,3 bilhões de litros Participação do Estado de SP Responsável por 58% da cana produzida no Brasil Área disponível para expansão sem causar prejuízos ambientais/alimentos 30 vezes a área atual plantada (de 2% para 60% da área agricultável nacional) Participação de capitais internacionais 2006: US$ 16,8 bilhões 2010: US$ 27 bilhões (est.) Unidades produtivas 414 (2007) Resultados em 2007 Faturamentos diretos e indiretos: R$ 41 bi Exportação de 3 bilhões de litros de bioetanol (US$ 1,5 bilhão), representando 2,65% do PIB. Pode ser utilizado em motores veiculares, puro ou em misturas com gasolina, com bom desempenho; É produzido com elevada eficiência na captação e na conversão de energia solar; Produzido nas condições brasileiras, mostra-se competitivo com o petróleo ao redor de US$ 50 o barril; Os impactos ambientais de caráter local associados à produção de bioetanol de cana- de-açúcar podem ser e, em boa medida, foram efetivamente atenuados a níveis toleráveis; O uso do etanol de cana-de-açúcar permite reduzir em quase 90% as emissões de gases de efeito estufa; São significativas as perspectivas de desenvolvimento tecnológico na agroindústria do bioetanol de cana-de-açúcar; Os empregos na agroindústria do bioetanol de cana-de-açúcar apresentam bons indicadores de qualidade; A produção de bioetanol de cana-de-açúcar, como desenvolvida no Brasil e em outros países com suficiente disponibilidade de terras, pouco afeta a produção de alimentos; A agroindústria do bioetanol de cana-de-açúcar articula-se com muitos setores da economia e promove o desenvolvimento de diversas áreas; e São amplas as possibilidades de expandir a produção de bioetanol de cana-de-açúcar. O Brasil tem 388 milhões de hectares de terras agricultáveis férteis e de alta produtividade, dos quais 90 milhões ainda não foram explorados. Primeiro produtor e exportador de café, açúcar, álcool e sucos de frutas. As projeções indicam que o país também será, em pouco tempo, o principal pólo mundial de produção de algodão e biocombustíveis, feitos a partir de cana-de-açúcar e óleos vegetais. Sua produção reduz custos, traz eficiência e aumenta a produtividade. Estima-se que, para 2020, a área plantada aumente cerca de cinco vezes e a produtividade média de etanol passe dos atuais 6 mil litros por hectare para cerca de 10 mil litros por hectare (UNICAMPNIPE). Fluxo de capitais Norte/Sul devido às condições para produção do Etanol e demanda por combustíveis; Investimento no Brasil de US$ 33 bilhões até 2012; Barreiras internacionais ao Etanol: Questões ambientais de produção Alta nos preços dos alimentos em âmbito mundial A defesa do Brasil: - Criação de Força Tarefa do Etanol, com objetivo de defender o biocombustível e; - Cobra da ONU a criação de um grupo de trabalho, responsável pela elaboração de estudo minucioso sobre os impactos ambientais, econômicos e na produção de alimentos. Incentivos na área diplomática: - Negociações de crédito de carbono no mercado internacional; - Cooperação tecnológica entre Brasil e Índia na área de mistura do etanol em combustíveis para transportes; - Negociações com a China buscando melhorar a cooperação para o uso do etanol como combustível; - Negociações com Cuba para o fornecimento de tecnologias para a produção do etanol. Incentivos do Governo ao Etanol: - Apex (Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimento) e Unica (União da Indústria da Canade-Açúcar): R$ 16,5 bilhões para a construção da imagem do Etanol brasileiro no exterior; - Governo e BM&F (Bolsa de Mercadorias e Futuros) elaboram uma versão de contrato internacional padrão para o Etanol, nos mesmos moldes das commodities mundiais; Investimentos Governamentais: - Investimento médio em pesquisa e produção (Brasil): US$ - 100 milhões; Investimento médio em pesquisa e produção (EUA): US$ 1,5 bilhão; Centro de Tecnologia do Bioetanol: R$ 35 milhões/ano Investimentos Privados: Cosan, Crystalsev e Coopersucar: R$ 1,5 bilhão na construção de alcooldutos para escoamento da produção; Aumento da produção, construção e aquisição de novas usinas, entre outros.