Prof. Doutorando
Rodrigo Mallet Duprat
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 Mecanicismo e vitalismo: a noção de organismo
enquanto maquina (mecanicismo) foi desenvolvida por
Aristóteles e Platão e amplamente difundida por Descartes.
Todos acreditavam que o organismo podia ser explicado
pelas leis da Física e Química, mas, para Platão, o
organismo possui uma forca vital (vitalismo) que o
diferenciava das maquinas.
 Reducionismo: a noção de reducionismo envolve a
estratégia de investigar problemas orgânicos e celulares
através de estudos de partes e processo isolados.
 Concepção organísmica: tenta mostrar que o organismo é
um sistema complexo constituído por diversas partes em
interação, apresentando vários níveis de analise
organizados hierarquicamente.
 Rede: neste conceito está implícito que as partes do
organismo encontram-se unidas de tal forma que é difícil
encontrar partes isoladas ou níveis de analise.
 Metabolismo anaeróbico: relaciona-se não com a
falta de oxigênio no organismo, mas com a
impossibilidade do metabolismo aeróbio ser ativado de
maneira significativa quando a atividade física é
intensa.
 Fibras musculares: existem basicamente três tipos. O
tipo I contração lenta, possui boa concentração de
glicogênio e atividade metabólica aeróbia oxidativa, as
outras são essencialmente anaeróbias: tipo IIa e IIb,
ambas são de contração rápida e possuem alto teor de
glicogênio e atividade metabólica anaeróbia alática e
láctica elevada.
 Adaptação:




mudanças
estruturais-funcionais
biológicas
estudadas em nível de população e são geralmente irreversíveis,
principalmente porque afetam o genôma da população.
Aclimação: mudança estrutural-funcional em função da
imposição de estímulos artificiais (não-naturais) ao organismo,
por exemplo, exercício físico.
Aclimatação: Mudanças orgânicas e celulares resultantes da
interação do organismo com estímulos ambientais (temperatura,
pressão, ...)
Estresse: é a tensão que se produz no organismo quando é
submetido a um estimulo.
Aclimação cruzada positiva e negativa: significa que, quando o
organismo sofre estimulação unilateral sem variabilidade, algumas
partes se desenvolvem (supercompensam), enquanto outras
atrofiam (descompensam).
 Simorfose: a simorfose nos mostra que algumas
partes ou conjunto de partes presentes no
organismo são mais importantes do que outras
para uma determinada capacidade física. Por
exemplo, para a resistência aeróbia, todos os
processos envolvidos hipertrofiam com o
treinamento especifico desta capacidade física, ao
passo que, por não serem devidamente
estimulados, os processos relacionados com a
resistência anaeróbica atrofiam em paralelo.
 Auxilio ergogênico: o termo ergogênico é derivado da
palavra grega ergon (trabalho) e gernnan (produção),
usualmente referido como “que produz” ou “que
aumenta” a capacidade de trabalho.
Ergogênicos nutricionais servem primeiramente para o
tecido muscular da seguinte forma:
1. Aumento do tamanho,
2. Aumenta a quantidade dos recursos energéticos
disponíveis e,
3. Eleva a eficiência dos processos de produção
energética.
PRINCIPIOS DA TEORIA DO
TREINAMENTO FISICO
 são pressupostos básicos que devem ser respeitados
para que o treinamento corresponda da melhor
maneira possível, tanto a parte teórica quanto a
prática.
PRINCIPIO DA ESPECIFICIDADE:
 Cada capacidade tem sua forma especifica de ser
trabalhada, determinada pelo sistema energético que
utiliza em relação com o tempo de trabalho.
 Cada atividade requer capacidades e habilidades
específicas, o ideal é conhecer em profundidade as
características de execução dessas habilidades e quais
são as demandas energéticas necessárias para um bom
desempenho.
 Atividade física de baixa intensidade realizada por
longo período de tempo e atividade física de curta
duração
realizada
em
alta
intensidade,
supercompensam processos específicos no organismo.
PRINCIPIO DA SUPERCOMPENSAÇÃO
 Afirma que para o processo de treinamento ser
eficiente em promover aumento no rendimento físico,
o treinamento deve promover incrementos de
componentes estruturais-funcionais no organismo
durante o maior tempo possível.
 As
alterações
metabólicas
provocadas
pelo
treinamento de força e velocidade são totalmente
diferentes e, muitas vezes, opostas às ocorridas em
função do treinamento da resistência aeróbia.
PRINCIPIO DO ESFORÇO:
 Diz respeito a adaptação do corpo a estímulos ou
sobrecargas que obrigam o organismo a se adaptar a
novos níveis de desempenho.
PRINCIPIO DA SOBRECARGA:





São os esforços para se adaptar a um novo nível ou
patamar de esforço. Os principais recursos são:
Aumento do volume (quantidade total de trabalho)
Aumento de quantidade de sessões de treinamento
Aumento da duração das sessões
Aumento da intensidade (diminuição do tempo em
que o trabalho é realizado)
Diminuição do tempo de recuperação entre as etapas
de um circuito ou entre sessões de treinamento
(recuperação completa ou volta ao registro basal dos
batimentos cardíacos, recuperação incompleta ou
trabalho com um nível alto de batimentos cardíacos)
PRINCIPIO DA ALTERNANCIA DE
CARGAS:
 Da forma particular refere-se ao trabalho em circuito
numa sessão de treino, destinado a evitar sobrecarga
dos diferentes grupos musculares.
 Na sua forma geral se refere ao planejamento
estratégico ou periodização do treinamento, que
indica aumento ou diminuição das cargas de trabalho
nas diferentes etapas do treino.
PRINCIPIO DA CONTINUIDADE:
 Uma vez iniciado o treinamento, o planejamento deve
ser seguido de forma estrita, cumprindo cada uma das
tarefas, respeitando os horários e o tempo destinado a
cada sessão, assim como a carga total para cada estação
e/ou sessão.
PRINCIPIO DA REGULARDADE:
 Só quando um trabalho é realizado regularmente se
poderá esperar bons resultados.
PRINCIPIO DE PROGRESSÃO:
 O aumento de carga ou esforço (volume e intensidade)
e a redução do tempo de recuperação devem ser
inversamente proporcionais, isto é, aumentando a
carga ou esforço e diminuindo o tempo de
recuperação.
PRINCIPIO DA RECUPERACAO:
 Os períodos de recuperação são essenciais, tanto em
cada sessão quanto em todo o planejamento. O
descanso, com o conseqüente relaxamento físico e
mental, sempre deve estar contemplado no processo
de treinamento, de forma a não esgotar a fonte
energética e/ou o sobretreinamento das capacidades
físicas e mentais.
PRINCIPIO DA PERIODIZACAO:
 A periodização é o planejamento que leva em
consideração os períodos onde o aluno ou atleta deve
estar em seu melhor nível de rendimento, geralmente
com os períodos das principais competições.
PRINCIPIO DA INDIVIDUALIDADE:
 Não existe um programa de condicionamento físico
igual para todos. Cada programa deve adequar-se as
características, necessidades e expectativas de cada
aluno ou atleta.
PRINCIPIO DA REVERSIBILIDADE:
 Todo nível ou patamar fisiológico atingido de forma
lenta e num longo período de tempo é mais fácil
manter, sendo que sua perda é muito mais lenta que os
ganhos conseguidos com muita rapidez.
PRINCIPIO DA TOTALIDADE:
A
primeira conotação, diz respeito às sessões
especificas de um treino, nas quais devem ser
trabalhadas todas as massas musculares.
 Na segunda conotação, refere-se à periodização geral
do programa de treinamento, a qual deve contemplar o
trabalho com todas as capacidades físicas.
Treinamento Musculação
 Direção de treinamento
 Conceito de periodização
 Seleção de meios
 Seleção de métodos
 Construção do programa
 Direção: linha que deveremos seguir para o treinamento,
muitas vezes o que o aluno traz para nós. Melhoria da Saúde, da
qualidade de vida e das capacidades físicas.
Para os alunos melhoria da saúde significa aumento de massa
magra e /ou diminuição de gordura corporal. Podemos
comportar dentro do aumento de massa magra, um aumento de
força e diâmetros musculares; e relacionam diminuição de
gordura corporal como algo favorável a diminuição de doenças
degenerativas e maior definição muscular.
Para nós que trabalhamos com musculação, ou seja, com a
vaidade das pessoas, o nosso parâmetro de melhoria da saúde
será a definida pela definição muscular.
Definição Muscular = Massa Muscular
Massa de Gordura
Periodização:
 é a organização das cargas num determinado período
de tempo através de um período administrativo no
qual controlaremos o trabalho realizado, buscando o
objetivo proposto, através de um planejamento prévio.
 Organização; Carga; Tempo; Objetivo; Controle;
Planejamento; Período Administrativo
Seleção dos meios:
 são definições que devemos respeitar, são características
individuais, esportivas e cientificas que nos orientam no
trabalho de periodização.







Especificidade (para que?)
Complexidade (do mais simples para o mais complexo)
Experiências anteriores
Condição física
Segurança
Prioridade (musculatura que quer melhorar)
Cinésiologia (origem, inserção, mudança de posição, muda
a alavanca e o esforço do trabalho)
 Neurofisiológico
Seleção de métodos:
 Diversos tipos de treinos que podem variar desde o
numero de repetição, carga, series, descanso e
principalmente objetivos a serem alcançados.
Características da Hipertrofia:
 séries: 2 – 4
 repetições: 8 – 12
 % intensidade: 70 – 80
 duração da série: 40 seg.
 Pausa: 60 a 90 seg.
Periodização
Período
Preparatório
Mesociclo
Geral /
específico
Microciclo
Ordinário
Choque
Estabilizador
Competição
Transição
Pré-competitivo / Regenerativo
competitivo
Pré-competitivo
Competitivo
Recuperativo
Manutenção
Propriamente
dito
Periodização utilizada para musculação
Período
Mesociclo
Acumulação
Incorporação
Transformação
Desenvolvimento
Realização
Finalização
ou
realização
(utilizado para o
aluno)
Microciclo
Ordinário
Choque
Estabilizador (incorporativo)
Manutenção
Recuperação
Ordinário
Choque
Estabilizador (incorporativo)
Manutenção
Recuperação
Ordinário
Choque
Estabilizador (incorporativo)
Manutenção
Recuperação
Microciclos:
 Ordinário: de 60 a 80% Carga Máxima (C. M.)
 Choque: 80 a 100% C. M.
 Estabilizador: 40 a 60% C. M. (incorporativo é no início
do treinamento)
 Recuperativo de manutenção: 20 a 40% C. M.
 Recuperativo propriamente dito: 0 à 20% C. M.
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Bases teóricas do treinamento desportivo Mecanicismo e vitalismo