André Amorim
• Planejamento;
• Controle;
• Gestão dos Ativos e Passivos.
• O gestor deverá está bem engajado com os objetivos dos sócios da
organização e ciente dos objetivos da empresa;
• Um bom planejamento não poderá ser mensurado positivamente de tal
forma que seu alcance seja uma utopia, ou subjugado que seu alcance
torne-se certo;
• A partir do planejamento o gestor irá decidir em quais ativos deverá
investir e comparar os resultados dos os mesmos com o planejado,
excluindo aqueles que não obtiverem um bom rendimento;
• Deverá também analisar se a capitação dos recursos favoreceu para a
maximização dos resultados da empresa e colaborou para remuneração
do capital dos acionistas ou cotistas da empresa.
• O gestor deverá está ciente se o planejamento está sendo executado
conforme previsto;
• Corrigir as distorções ocorridas no decorrer do processo que estão
prejudicando o desempenho na execução do projeto;
• Controlar todo desempenho financeiro da empresa, através da análise
dos índices e das demonstrações contábeis e financeiras, para que não
haja problemas que venham levar a organização à descontinuidade das
suas atividades;
• Aplicação dos recursos da empresa da melhor forma, ou seja, que venha a
maximizar os resultados sem, contudo ocorrer riscos elevados à
organização;
• Ficar atento com o fluxo do caixa da empresa, ou seja, com a entrada e
saída de recursos de tal forma a não comprometer a liquidez e capacidade
de pagamento em curto prazo, pois a má gestão desses recursos poderá
incorrer na busca de capital com o custo mais elevado.
• Deverá estabelecer a melhor estrutura financeira para organização, ou
seja, de quanto deverá ser o capital próprio e o capital de terceiro, para
que a empresa tenha uma adequada liquidez;
• Deverá também fazer boas negociações na aquisição de capital de
terceiros, procurando recursos com baixas taxas de remuneração e com
bons prazos para pagamento.
Duas decisões primordiais:
1.
Em quê investir;
2. De onde se originarão os recursos para execução dos
investimento;
Constituição Federal de 1988
Art. 192
*Promover o desenvolvimento
equilibrado do País;
*Servir interesses da coletividade.
Lei Ordinária 4.595/64
Objetivo:
Agente Superavitário
Agente Deficitário
$
S.F.N
ATIVO
PASSIVO
$



POUPADORES – Preferem emprestar a curto prazo;
CONSUMIDORES – Preferem recursos para pagamento
a longo prazo;
SOLUÇÃO = Capital:
 - À Curto prazo – Juros menor;
 - À longo prazo – Juros maior.
Sistema Financeiro Nacional
CMN
Conselho Monetário Nacional
NORMATIVO
SUPERVISORES
BACEN
Banco Central
Fiscaliza
Instituições
Financeiras
Peq. Poupador
CVM
Fiscaliza
Companhias
abertas –
Ações
Peq Investidor
SUSESP
Fiscaliza
Seguro e
Previdência
Aberta
Peq. Segurado
Operativo
PREVIC
Fiscaliza
Previdência
Fechada
Peq. Associado
Banco do Brasil
Especiais Caixa Econômica
BNDES
A
p
l
i
c
a
ç
ã
o
d
o
s
r
e
c
u
r
s
o
s
ATIVO
CIRCULANTE
Caixa
Banco c/ movimento
Estoque de mercadorias
PASSIVO
R$
R$
R$
CIRCULANTE
10.000,00 Fornecedores
135.000,00 Impostos a pagar
250.000,00 saláriosa pagar
NÃO CIRCULANTE
REALIZAVEL A LONGO PRAZO
Emprestimo a sócios
R$
NÃO CIRCULANTE
Emprestimos a logo prazo
50.000,00
INVESTIMENTO
Ações de outras companhias R$
PATRIMONIO LIQUIDO
Capital social
30.000,00 Reserva de lucro
IMOBILIZADO
Movéis e uténsilios
Imóveis
R$
R$
60.000,00
150.000,00
Total
R$
685.000,00 Total
R$
R$
R$
200.000,00
30.000,00
25.000,00
R$
150.000,00
R$
R$
R$
250.000,00
30.000,00
685.000,00
O
r
i
g
e
m
d
o
s
r
e
c
u
r
s
o
s
Capital de tercerios
Capital próprio
Balanço Patrimonial
ORIGENS X APLICAÇÕES
Proprietários (PL)
Fornecedores
Governo
Bancos
Financeiras etc.
Caixa
Estoque
Máquinas
Imóveis etc.
Balanço Patrimonial
Ativo
Aplicações
P e PL (origens)
$$$$$$$$
De terceiros
e próprio
$$$$$$$$
$$$
$
$$$$$$$$$
13
Assaf Neto relata:
“O lucro, conforme é calculado convencionalmente pela
Contabilidade, é uma medida limitada da capacidade de
competitividade de uma empresa, ficando geralmente
referenciada a um horizonte de curto prazo. A apuração de
um resultado positivo não garante necessariamente o
sucesso do empreendimento, medido pela atratividade
econômica em remunerar o custo de oportunidade de seu
investimento”.
• Para os gestores financeiros o lucro contábil não representa uma
medida precisa para avaliar se uma organização agregou riqueza;
• o lucro contábil só deduz das receitas o custo do capital de terceiros,
ou seja, não deduz o custo da remuneração do capital próprio, que é a
expectativa de retorno dos sócios sobre o capital investido.
• Uma gestão baseada em valor deve ter como prioridade a maximização
da riqueza dos acionistas, para tanto se deve mensurar a expectativa
de retorno que os sócios tem sobre a empresa;
• Esse retorno deve ser maior que os existentes em aplicações
financeiras, o que devemos chamar de custo de oportunidade.
• Uma empresa para gerar valor deverá ter seu lucro mais elevado
que a expectativa dos sócios de retorno;
Exemplo
1. Se os investidores tiverem uma expectativa de 20% de retorno,
sendo investido R$ 100.00,00 (cem mil reais) e o lucro da
empresa for de R$ 10.000,00 (dez mil reais), a empresa não
agregou riqueza para os seus acionistas, pois para tanto a
mesma deveria ter um lucro superior a R$ 20.000,00 (R$
100.000,00 X 20% = R$ 20.000,00), o que podemos chamar de
VEA (Economic Value Added que significa Valor Econômico
Agregado).
• É uma medida de valor que tem como objetivo evidenciar se uma
empresa agregou riqueza aos investimentos que foram executados;
• se a remuneração recebida pelos investidores (acionistas ou cotistas)
excederam a expectativa de ganho;
• Para chegar nesse valor devemos saber o custo total do capital da
empresa, que é formando por recursos próprio (valor investido pelos
sócios) s e de terceiros (diversas fontes de financiamento);
Lucro operacional (liquido do IR)
(-) Custo total do capital (WACC X Investimentos)
(=) Valor Econômico Agregado - VEA
WACC = Custo médio ponderado de capital;
Investimento = Capital total aplicado na empresa.
• A forma mais precisa de mensurarmos o VEA é diminuindo do custo médio
ponderado de capital o retorno sobre o investimento (ROI) ;
dessa forma saberemos se a empresa conseguiu bons retornos sobre o seu
investimento e o custo do capital que originaram os mesmos foram baixo,
assim a empresa estará sempre agregando valor a riqueza dos seus acionistas.
Segue formula:
VEA = (ROI – WACC) X Investimento.
Através do VEA a empresa consegue identificar outros indicadores
importantes como: escolha da melhor gestão de riscos e melhor estrutura de
capital; maior giro. O que torna o VEA como sendo um indicador de grande
valia para o administrador financeiro. Segue um exemplo prático de calculo
do VEA.
Exemplo:
1. Suponhamos que uma empresa tem R$ 150.000,00
(cento e cinqüenta mil reais) investidos no seu
patrimônio, sendo que 30% é de capital de terceiros e
70% é de capital próprio. O custo do capital de terceiros
foi de 20% e a remuneração esperado pelos sócios é de
10%. O lucro liquido do período foi de R$ 50.000,00
(cinquenta mil reais)
Lucro Líquido do período
R$ 50.000,00
(-) Custo capital de terceiros = 20% x (150.000,00 x 30%)R$
9.000,00
(-) Custo do capital próprio = 10% x (150.000,00 x 70%) R$ 10.500,00
(=) VEA
R$ 30.500,00
WACC ( [20% x 30%] + [10% x 70%] ) = 13%.
Se aplicarmos o resultado encontrado (Investimentos x WACC) R$
150.000,00 x 13% = R$ R$ 19.500,00, ou seja, o valor mínimo que a
empresa devera conseguir alcançar , o que for maior que esse será a
riqueza adicionada aos sócios (VEA) nesse caso R$ 30.500,00 (R$
50.000,00 – R$ 19.500,00).
23
1. Suponhamos que uma empresa tem R$ 200.000,00
(duzentos mil reais) investidos no seu patrimônio,
sendo que 50% é de capital de terceiros e 50% é de
capital próprio. O custo do capital de terceiros foi
de 20% e a remuneração esperado pelos sócios é de
15%. O lucro liquido do período foi de R$
80.000,00 (oitenta mil reais)
Lucro Líquido do período
R$ 80.000,00
(-) Custo capital de terceiros = 20% x (200.000,00 x 50%)R$ 20.000,00
(-) Custo do capital próprio = 15% x (200.000,00 x 50%) R$ 15.000,00
(=) VEA
R$ 45.000,00
WACC ( [20% x 50%] + [15% x 50%] ) = 17,5%.
Se aplicarmos o resultado encontrado (Investimentos x WACC) R$
200.000,00 x 17,5% = R$ R$ 35.000,00, ou seja, o valor mínimo que a
empresa devera conseguir alcançar , o que for maior que esse será a riqueza
adicionada aos sócios (VEA) nesse caso R$ 45.000,00 (R$ 80.000,00 – R$
35.000,00).
É o valor monetário que representa quanto à empresa gerou de
riqueza para os seus sócios, ou seja, é parcela que a empresa
agregou maior que os seus investimentos. O MVA é uma medida
moderna derivada do VEA.
Podemos encontrar o MVA através da formula:
MVA = VEA / WACC
Segue um calculo ilustrativo do MVA, Baseado nos dados acima.
VEA = R$ 30.500,00
WACC = 13%
MVA = 30.500/0,13 = R$ 234.615,38
Quando uma empresa é vendida no mercado por
um valor superior ao custo de reposição dos seus
ativos, essa parcela maior é chamada de Goodwill,
que é um bem intangível, ou seja, não tem corpo e
representa quanto à empresa gerou de riqueza para
os seus sócios.
Goodwill = total do investimento + MVA
Goodwill = R$ 50.000,00 + R$ 234.615,38 = R$ 284.615,38
Ou
Goodwill =
+ Preço de Aquisição
- Valor do Capital Própria da Empresa Adquirida
É uma medida derivada do VEA que consiste na
diferença entre o Retorno do Patrimônio Liquido
(ROE = Lucro Liquido / Patrimônio Liquido) e o
custo de oportunidade dos sócios. O resultado do
Spread deverá ser igual ao do VEA. Segue exemplo.
Se o Spread for positivo à empresa é atrativa para
investimentos.

Suponhamos que uma empresa tem R$ 10.000,00
(dez mil reais) em capital investido, sendo 30% de
capital próprio e 70% de capital de terceiros, o custo
de capital de terceiros é de 10% e a custo de
oportunidade é de 15%. Sabemos que o ROI é de 20%.
WACC = [30% X 15%] + [70% X 10%] = 11,5%
VEA = [ROI – WACC] X Investimento
[20% - 11,5%] X 10.000,00 = R$ 850,00
Spread:
Lucro líquido = [20% x R$ 10.000,00] – [10% X R$ 7.000,00] = R$ 1.300,00
ROE = R$ 1.300,00 / R$ 3.000,00 = 0,43
SREAD = 43,33% - 15% = 28,33%
43,33%
R$ 3.000,00 X 28,33% = R$ 850,00

Suponhamos que uma empresa tem R$ 100.000,00
(cem mil reais) em capital investido, sendo 40% de
capital próprio e 60% de capital de terceiros, o custo
de capital de terceiros é de 10% e a custo de
oportunidade é de 15%. Sabemos que o ROI é de 20%.
WACC = [40% X 15%] + [60% X 10%] = 12%
VEA = [ROI – WACC] X Investimento
[20% - 12%] X 100.000,00 = R$ 8.000,00
Spread:
Lucro líquido = [20% x R$ 100.000,00] – [10% X R$ 60.000,00] = R$ 14.000,00
ROE = R$ 14.000,00 / R$ 40.000,00 = 35%
SREAD = 35% - 15% = 20%
0,35
R$ 40.000,00 X 20% = R$ 8.000,00
Payback ou Período de Recuperação do Investimento
• Antes de analisar algum investimento o gestor deverá
analisar se o tempo que o mesmo levará para recuperar o
capital investido é viável para organização;
• O investimento que oferecer o tempo mais curto para o
retorno de capital será almejado pelo investidor, pois com
a recuperação dos recursos aplicados, o investidor poderá
promover outros investimentos o que maximizara a sua
riqueza.
Vamos supor que uma empresa resolve fazer um investimento
que apresenta um desembolso inicial de R$ 5.000,00 (cinco
mil reais), os seus fluxos de caixa revelam os seguintes
retornos de capital: no primeiro ano de R$ 1.500,00 (hum mil
e quinhentos reais); no segundo ano R$ 2.000,00 (dois mil
reais), no terceiro ano R$ 500,00 (quinhentos reais) e no
quarto ano R$ 2.000,00 (dois mil reais).
O tempo almejado para o retorno do investimento é de três
anos.
Será que essa aplicação é viável?
Observem que o investimento não apresenta o
Payback favorável, pois o retorno do investimento só
aconteceu no quarto ano, e tempo almejado para o
retorno do investimento era no terceiro ano.

Vamos considerar agora outro cenário, dessa vez o desembolso
Inicial é de R$ 4.000,00 (quatro mil reais), o fluxo de caixa
líquido no primeiro ano é de R$ 1.000,00 (hum mil reais), no
segundo é de R$ 2.500,00 (dois mil e quinhentos reais), no
terceiro é de R$ 2.000,00 (dois mil reais) e no quarto R$ 500,00
(quinhentos reais). O tempo de retorno esperado pelo
investimento continua sendo de três anos. Vamos calcular se
essa aplicação é viável.


1- Já no caso acima observamos que o investimento é viável,
pois o investidor consegue o retorno do capital investido em
menos de três anos. Conforme segue:
Até o segundo ano o investimento obteve um retorno de R$
3.500,00 (três mil e quinhentos reais) restando para o terceiro
ano o valor de R$ 500,00 (quinhentos reais), pois R$ 4.000,00 –
R$ 3.500,00 = R$ 500,00.




500,00 = 0,25
2.000,00
Se um ano tem 52 semanas então 52 x 0,25 = 13 semanas.
Concluímos que o Payback foi de dois anos e 13 semanas, ou
seja, inferior aos três anos almejados, o que mostra que o
investimento é plenamente viável.
O método Payback é muito simples de calcular e de fácil
interpretação sem precisar de cálculos complexos para chegar
até o seu resultado. Quanto for necessário uma análise rápida do
retorno do investimento esse método poderá ser usado. Contudo
o calculo do Payback só considera o valor nominal do capital, e
não o valor real, ou seja, não é feita a atualização monetária do
mesmo considerando todos os valores pelo seu valor atual
independente de quanto tempo ele levou para entrar ou sair do
caixa.

O Valor Presente Líquido é a forma de calcular os fluxos de
caixa, com objetivo de analisar a viabilidade do investimento,
para tanto os valores nominais das entradas e saídas do caixa
são levados a uma mesma data, descontando a taxa de juros, e
chegando ao valor real do capital, pois o capital só poderá ser
comparado com outro capital se ambos estiverem atualizados na
mesma data. Na abordagem do Payback esse fato não ocorre,
pois é apenas considerado o valor nominal do capital.




Segue fórmula do VPL:
VPL = [ CF1
(1+i)1
+ CF2 + CF3 + .......+ CFn ] - I
(1+i)2 (1+i)3
(1+i)n









Onde:
CFJ = Fluxos de Caixa Líquido Esperado para o Projeto;
I = Investimento Inicial do Projeto;
n = Período ou vida útil do Projeto.
i = Mínima de Atratividade (custo de capital para o projeto).
Obs: As saídas no fluxo de caixa são negativas.

Segue exemplo:


A companhia DELTA está avaliando dois projetos
diferentes X E Y. Os projetos proporcionarão,
anualmente, fluxos de caixa líquidos, já abatido o
Imposto de Renda de R$ 500,00; R$ 400,00, R$
300,00 e R$ 100,00 para o projeto X e R$ 100,00, R$
300,00, R$ 400,00 e R$ 600,00 para o projeto Y, por
quatro anos. Se a taxa de desconto dos projetos é de
10% e o investimento inicial é de R$ 1.000,00, você
aceitaria qual dos dois projetos?


Após cálculos acima, concluímos que o projeto “X” é
melhor que o projeto “Y”, ou seja, o retornos dos
investimentos cobre o custo e ainda sobra recursos,
que no caso “X” sobrou R$ 78,82 e no caso do “Y”
sobrou R$ 49,17. Lembrando que se caso algum
resultado do VPL fosse negativo significaria que a
aplicação não cobriria o valor investindo, ou seja, no
resgate do investimento o valor principal estaria
menor que o valor inicial investido.

A análise por meio de VPL é mais precisa que por
meio do Payback, pois o valor do capital é atualizado
a uma data zero, evidenciando dessa forma um valor
mais preciso do retorno.
A companhia DELTA está avaliando dois
projetos diferentes X E Y. Os projetos
proporcionarão, anualmente, fluxos de caixa
líquidos, já abatido o Imposto de Renda de R$
1.000,00; R$ 800,00, R$ 600,00 e R$ 200,00
para o projeto X e R$ 200,00, R$ 600,00, R$
800,00 e R$ 1.200,00 para o projeto Y, por
quatro anos. Se a taxa de desconto dos
projetos é de 10% e o investimento inicial é de
R$ 2.000,00, você aceitaria qual dos dois
projetos?
Projeto X = [ 1.000,00 + 800,00 + 600,00 + 200,00 ] – 2.000,00 = 157,64
(1+0,10)1 (1+0,10)2 (1+0,10)3 (1+0,10)4
Projeto Y = [ 200,00 +
600,00 + 800,00 + 1.200,00 ] – 2.000,00 = 98,36
(1+0,10)1 (1+0,10)2 (1+0,10)3 (1+0,10)4
Download

primeira aula