Pensamento Crítico Argumentação é uma acção essencialmente (mas não eclusivamente) verbal que tem por objectivo: A persuasão da audiência por parte do argumentador. e supõe O processamento linguístico de informação Accredited by: Member of: Porque precisamos de argumentar? Nos processos de decisão ‘interna’ Para extrair conclusões de pontos de vista em conflito Na sua interacção com outros agentes Para os persuadir de um dado ponto de vista em conflito Accredited by: Member of: Estratégias Argumentativas Tópico Ponto de Vista (PV): há sempre pelo menos 2 Promoção de um PV = Argumento(s) 1 ou mais Argumentos pró PV: - Convergentes (2 ou + razões independentes) - Ligados (premissas encadeadas) - Em série (A logo B, logo C) - Divergentes (A logo C1 ; A logo C2) Accredited by: Member of: Estratégias Argumentativas Ataque a PV - por em questão (?) premissas, conclusão, relação entre ambas - contra argumentar: construir um argumento contra uma ou mais premissas ou contra a conclusão ou contra a relação entre premissas e conclusão Accredited by: Member of: Pensamento Crítico Argumento: Item linguístico complexo consistindo num conjunto finito de frases, as premissas, numa outra frase, a conclusão, e numa expressão que faz que reivindica que as premissas são condição razoável de aceitação da conclusão Accredited by: Member of: Forma Geral de um Argumento {P1, … , Pn} C 1. “{P1, … , Pn}” (= Γ) representa um conjunto finito de frases chamadas premissas 2. “C” representa uma frase chamada conclusão; 3. “” simboliza a expressão que descreve o tipo de relação que se afirma existir entre as premissas e a conclusão; Accredited by: Member of: Das premissas espera-se que sejam: 1. 2. 3. 4. 5. Consistentes (ou mesmo, verdadeiras); Relevantes para a conclusão; Mais óbvias, plausíveis ou consensuais que a conclusão; ‘Lidas’ conjuntamente, como se estivessem ligadas pela expressão “e”: “P1 e P2 … e Pn“ (“n” é finito); Uma ‘boa razão’ para se aceitar a conclusão Accredited by: Member of: Da Conclusão espera-se que seja: 1. Mais importante, para o contexto, que qualquer das premissas 2. Justificada pelo conjunto das premissas Accredited by: Member of: Da relação entre premissas e conclusão espera-se que: 1. Seja representada por uma expressão do género “logo”, “portanto”, “porque”, “visto que”, ou similares (nos últimos dois casos a conclusão aparece antes das premissas) 2. Aquilo que ela afirma seja verdadeiro Accredited by: Member of: Argumentos no Discurso Corrente Podem apresentar versões: 1. Truncadas e a necessitar de reconstrução 2. Com a ordem das Premissas e da Conclusão (muito) alterada 3. Onde coexistem 1 e 2 Accredited by: Member of: Dois Aspectos das Argumentações Lógico - Validade dos Argumentos ( ╞) - Regras de Inferência Procedimental e Estratégico - Esquemas Argumentativos - Pontos de vista em conflito Accredited by: Member of: Argumentação: Aspectos Lógicos Consequência. Um conjunto de frases, Γ, tem como consequência uma certa frase, X, se, e só se, a aceitação conjunta da verdade de todas a frases que pertencem a Γ obriga à aceitação da verdade de X. Accredited by: Member of: Argumentação: Aspectos Lógicos Em símbolos: Γ ╞ X / ╞ = caso extremo e paradigmático Argumento Dedutivo Válido {P1, … , Pn} ╞ C Accredited by: Member of: Argumentação: Aspectos Lógicos Exemplos Paradigmáticos (☺) Γ1 = (1) Todos os políticos são ambiciosos (2) José Manuel é político X1 = (3) José Manuel é ambicioso. Accredited by: Member of: Argumentação: Aspectos Lógicos Exemplos Paradigmáticos (☹) Γ2= (4)Alguns escritores são ricos. (5)Saramago é escritor. X2 = (6)Saramago é rico. Accredited by: Member of: Argumentação: Aspectos Lógicos ‘Comportamentos estranhos’ das LNs, muitos deles úteis para acelerar a comunicação Exemplo 1) Atributivo/Referencial (7) Uma formiga é um animal. Logo, uma formiga branca é um animal branco; ☺/ (8) Uma formiga é um animal. Logo, uma formiga grande é um animal grande ☹ Accredited by: Member of: Argumentação: Aspectos Lógicos Exemplo 2) Referência a {…} / indivíduos (9) Os homens são mortais. Sócrates é homem. Logo, Sócrates é mortal [☺] / /(10) Os homens são numerosos. Sócrates é homem. Logo, Sócrates é numeroso. [☹] (9a) x(Hx → Mx) / (10a) hm Accredited by: Member of: Argumentação: Aspectos Lógicos Exemplo 3: Complexidade (Jogo) Responder, “sim” ou “não”, se (11) ╞ (12) Prémio: resposta certa ganha 100,000€ ! Penalidade: resposta errada perde um braço ! Quer jogar? Accredited by: Member of: Argumentação: Aspectos Lógicos (11) 1. Os economistas da empresa QWERT são competentes 2. Todo o economista sabe gerir situações difíceis, se ele se licenciou na FE 3. Quando JB suspeita de um economista, evita-o sempre 4. Nenhum economista é verdadeiramente bom, a não ser que ele contribua para os lucros da sua empresa e para o bem dos seus funcionários 5. Aquele economista que não tem a percepção de um bom negócio, não é competente Accredited by: Member of: Argumentação: Aspectos Lógicos 6. 7. 8. 9. 10. Nenhum economista tem acesso aos negócios de JB, à excepção dos economistas que estão na empresa QWERT Os licenciados do ISEG, não são economistas que saibam gerir situações difíceis Nenhuns economistas, a não ser os verdadeiramente bons, têm a percepção de um bom negócio JB suspeita dos economistas que não têm acesso aos seus negócios Os economistas que contribuem para os lucros da sua empresa e para o bem dos seus funcionários, licenciaramse na FE Accredited by: Member of: Argumentação: Aspectos Lógicos Conclusão: (12) JB evita sempre um economista do ISEG Argumento Válido ou Inválido? {(11)1, …, (11)10} ╞ (12) ? Accredited by: Member of: Argumentação: Aspectos Lógicos Solução desta dificuldade: Explorar a capacidade humana de reconhecimento de padrões Identificar padrões simples de argumentos válidos, formalizá-los e promovê-los a regras de inferência Usar as regras de inferência para provar a validade ou não dos casos complexos Accredited by: Member of: Argumentação: Aspectos Lógicos Exemplo 1. Premissa: Os números pares são divisíveis por 2 sem resto; logo Conclusão: Os números não divisíveis por 2 sem resto, não são números pares Accredited by: Member of: Argumentação: Aspectos Lógicos Exemplo 2. Premissa: Todos os homens são mortais logo Conclusão: Todos os imortais não são homens Accredited by: Member of: Argumentação: Aspectos Lógicos Exemplo 3. Premissa: Os leões são carnívoros logo Conclusão: Os não carnívoros não são leões Accredited by: Member of: Argumentação: Aspectos Lógicos Padrão: Premissa: Os [/As/Todos os/ Todas as] A são B logo Conclusão:Os [/As/Todos os/ Todas as] não B, não são A Accredited by: Member of: Formalização Os [/As/Todos os/ Todas as] A são B Teoria 1. Referir: constantes ou variáveis 2. Descrever: Predicados (simples ou complexos: “Brutus matou César”) 3. Operações Lógicas (negar, condicionar quantificar, etc.) Accredited by: Member of: Teoria (dv) + Frases Simples 1. As expressões que referem serão nomes próprios, pronomes demonstrativos, variáveis, etc. 2. As expressões que descrevem são verbos, adjectivos, substantivos, etc. 3. As frases simples ou, átomos de informação, combinam 3 e 4 Accredited by: Member of: Exemplos de Frases Simples (1) Isto é de madeira [“isto” / “_é de madeira”] Ma (2) Ali choveu. [“ali” / “_choveu”] Pb (3) Jorge corre. [“Jorge” / “_corre”] Cj (4) x chega atrasado [“x” / “_chega atrasado”] Ax (5) Manuel gosta de Ana [“Manuel”, “Ana” / “_gosta de_”] Gma (6) Ana prefere y a Manuel [“Ana”, “y”, “Manuel” / “_ prefere_a_”] Paym (7) Neva / p; Chove / q Accredited by: Member of: Teoria (dv) + Frases Compostas Frases simples ou átomos de informação + Operações Lógicas = Frases Compostas ou Moléculas de Informação Accredited by: Member of: 3 Operações Lógicas 1. negar (“não, “nem”, “”), 2. condicionar (“se…, então”, “…, na condição de”, “→”), 3. quantificar universalmente (“todas”, “os”, “”) Accredited by: Member of: Formalização 1. 2. 3. 4. Os [/As/Todos os/ Todas as] A são B Todo o x é tal que se x é A, então x é B x(Ax → Bx) Os [/As/Todos os/ Todas as] não B, não são A 5. Todo o x é tal que se x não é B, então x não é A 6. x(Bx → Ax) Accredited by: Member of: Argumentação: Aspectos Lógicos Codificação do Padrão (1): Forma Lógica = Fórmula (i) Os [/As/Todos os/ Todas as] A são B (ia) x(Ax → Bx) logo / ╞ (ii) Os [/As/Todos os/ Todas as] não B, não são A (iia) x(Bx → Ax) Accredited by: Member of: Argumentação: Aspectos Lógicos Codificação do Padrão(2): Regra de Inferência Contraposição (CP) x(Ax → Bx) ╞x(Bx → Ax) Accredited by: Member of: Argumentação: Aspectos Lógicos Exemplo 1 P1: As baleias são mamíferos; P2: Os mamíferos respiram por pulmões logo C: As baleias respiram por pulmões Accredited by: Member of: Argumentação: Aspectos Lógicos P1: P2: Exemplo 2 Os grandes negócios relacionados com o futebol movimentam milhões de euros Os negócios que movimentam milhões de euros são susceptíveis de gerar casos de corrupção logo C: Os grandes negócios relacionados com o futebol são susceptíveis de gerar casos de corrupção Accredited by: Member of: Argumentação: Aspectos Lógicos Exemplo 3 P1: Os economistas/gestores competentes são muito necessários P2: Os indivíduos muito necessários devem ser bem pagos logo C: Os economistas/gestores competentes devem ser bem pagos Accredited by: Member of: Argumentação: Aspectos Lógicos Padrão P1: Os [/As/Todos os/ Todas as] A são B P2: Os [/As/Todos os/ Todas as] B são C logo C: Os [/As/Todos os/ Todas as] A são C Accredited by: Member of: Argumentação: Aspectos Lógicos Codificação do Padrão (1): Forma Lógica = Fórmula (i) Os [/As/Todos os/ Todas as] A são B (ia) x(Ax → Bx) (ii) Os [/As/Todos os/ Todas as] B são C (iia) x(Bx → Cx); logo / ╞ (iii) Os [/As/Todos os/ Todas as] A são C (iiia) x(Ax → Cx) Accredited by: Member of: Argumentação: Aspectos Lógicos Codificação do Padrão (2): Regra de Inferência Transitividade da Condicional (TC) x(Ax → Bx); x(Bx → Cx) ╞ x(Ax → Cx) Accredited by: Member of: Argumentação: Aspectos Lógicos Análise do Argumento dos Economistas 1. Os economistas da empresa QWERT são competentes 1a x(x é economista da empresa QWERT x é competente) 1b x(Ax Gx) Accredited by: Member of: Argumentação: Aspectos Lógicos Análise do Argumento dos Economistas 2. Todo o economista sabe gerir situações difíceis, se ele se licenciou na FE 2.a x(x é economista licenciado na FE x é economista que sabe gerir situações difíceis) 2.b x(Lx Ex) Accredited by: Member of: Argumentação: Aspectos Lógicos Análise do Argumento dos Economistas 3. Quando JB suspeita de um economista, evita-o sempre 3.a x(x é um economista que JB suspeita x é um economista que JB evita sempre) 3.b x(Dx Sx) Accredited by: Member of: Argumentação: Aspectos Lógicos Análise do Argumento dos Economistas 4. Nenhum economista é verdadeiramente bom, a não ser que ele contribua para os lucros da sua empresa e para o bem dos seus funcionários 4’. Todo o indivíduo é tal que se ele é economista e não contribui para os lucros da sua empresa e para o bem dos seus funcionários, não é um economista verdadeiramente bom (escolhe-se esta) 4’’. Todo o economista verdadeiramente bom, contribui para os lucros da sua empresa e para o bem dos seus funcionários Accredited by: Member of: Argumentação: Aspectos Lógicos Análise do Argumento dos Economistas 4’. Todo o indivíduo é tal que se ele é economista e não contribui para os lucros da sua empresa e para o bem dos seus funcionários, não é um economista verdadeiramente bom 4.a x(x é economista que contribui para os lucros da sua empresa e para o bem dos seus funcionários x é um economista verdadeiramente bom) 4.b x(Px Cx) Accredited by: Member of: Argumentação: Aspectos Lógicos Análise do Argumento dos Economistas 5. Aquele economista que não tem a percepção de um bom negócio, não é competente 5.a x(x é economista que tem a percepção de um bom negócio x é competente) 5.b x(Rx Gx) Accredited by: Member of: Argumentação: Aspectos Lógicos Análise do Argumento dos Economistas 6. Nenhum economista tem acesso aos negócios de JB, à excepção dos economistas da empresa QWERT 6.a x(x é economista da empresa QWERT x com acesso aos negócios de JB) 6.b x(Ax Mx) (cf. 4) Accredited by: Member of: Argumentação: Aspectos Lógicos Análise do Argumento dos Economistas 7. Os licenciados do ISEG, não são economistas que saibam gerir situações difíceis 7.a x(x é licenciado do ISEG x saiba gerir situações difíceis) 7.b x(Bx Ex) Accredited by: Member of: Argumentação: Aspectos Lógicos Análise do Argumento dos Economistas 8. Nenhuns economistas, a não ser os verdadeiramente bons, têm a percepção de um bom negócio 8.a x(x é economista verdadeiramente bom x tem a percepção de um bom negócio) 8.b x(Cx Rx) Accredited by: Member of: Argumentação: Aspectos Lógicos Análise do Argumento dos Economistas 9. JB suspeita dos economistas que não têm acesso aos seus negócios 9a x(x é economista que tem acesso aos negócios de JB x é economista de quem JB suspeita) 9c x(Mx Dx) Accredited by: Member of: Argumentação: Aspectos Lógicos Análise do Argumento dos Economistas 10. Os economistas que contribuem para os lucros da sua empresa e para o bem dos seus funcionários, licenciaram-se na FE 10a x(x é um economista que contribui para os lucros da sua empresa e para o bem dos seus funcionários x licenciou-se na FE) 10b x(Px Lx) Accredited by: Member of: Argumentação:Aspectos Lógicos Análise do Argumento dos Economistas C. JB evita sempre um economista do ISEG C.1 x(x é um economista do ISEG x é um economista que JB evita sempre) C.2 x(Bx Sx) Accredited by: Member of: Argumentação:Aspectos Lógicos Prova do Argumento dos Economistas: o que se pretende PROVAR (1) x(Ax Gx) (2) x(Lx Ex) (3) x(Dx Sx) (4) x(Px Cx) (5) x(Rx Gx) (6) x(Ax Mx) (7) x(Bx Ex) (8) x(Cx Rx) (9) x(Mx Dx) (10) x(Px Lx) ╞ (C) x(Bx Sx) Accredited by: Member of: Recapitulação: CP + TC Contraposição (CP) x(Ax → Bx) ╞x(Bx → Ax) Transitividade da Condicional (TC) x(Ax → Bx); x(Bx → Cx) ╞ x(Ax → Cx) Accredited by: Member of: Argumentação:Aspectos Lógicos Prova do Argumento dos Economistas … (2) x(Lx Ex) … (7) x(Bx Ex) … (11) x(Ex → Lx) (12) x(Bx → Lx) (2) e CP (7), (11) e TC Accredited by: Member of: Argumentação: Aspectos Lógicos Prova do Argumento dos Economistas … (10) x(Px Lx) (11) x(Ex → Lx) (2) e CP (12) x(Bx → Lx) (13) x(Lx → Px) (14) x(Bx → Px) (7), (11) e TC (10) e CP (12), (13) e TC Accredited by: Member of: Argumentação:Aspectos Lógicos Prova do Argumento dos Economistas (4) x(Px Cx) (5) x(Rx Gx) … (8) x(Cx Rx) … (14) x(Bx → Px) (15) x(Bx → Cx) (16) x(Bx → Rx) (17) x(Bx → Gx) (12), (13) e TC (14), (4) e TC (15), (8) e TC (16), (5) e TC Accredited by: Member of: Argumentação:Aspectos Lógicos Prova do Argumento dos Economistas (1) x(Ax Gx) … (6) x(Ax Mx) ... (17) x(Bx → Gx) (18) x(Gx → Ax) (19) x(Bx → Ax) (20) x(Bx → Mx) (16), (5) e TC (1) e CP (17), (18) e TC (19), (6) e TC Accredited by: Member of: Argumentação:Aspectos Lógicos Prova do Argumento dos Economistas (fim) (3) x(Dx Sx) … (9) x(Mx Dx (20) x(Bx → Mx) (19), (6) e TC (21) x(Bx → Dx) (20), (9) e TC (22) x(Bx → Sx) (21), (3) e TC = (C) q.e.d. Accredited by: Member of: Explorando a noção de Forma Lógica 1. A Lógica extrapola a partir dos padrões de inferência válidos e produz uma teoria do processamento linguístico da informação; 2. LNs divisíveis em expressões lógicas e expressões não lógicas; 3. As expressões não lógicas referem ou descrevem; expressões lógicas representam operações lógicas Accredited by: Member of: Forma Lógica (= ‘malha lógica’ dos argumentos) 1. A forma lógica de uma frase é o modo como as expressões lógicas dessa frase agregam na frase as expressões não lógicas; 2. A forma lógica de um argumento é o modo como a forma lógica das premissas se relaciona com a forma lógica da conclusão (já vimos isso quando falámos da detecção de padrões) Accredited by: Member of: 7 Operações Lógicas 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. negar (“não, “nem”, “”), conjugar (“e”, “mas”, “”), pôr em alternativa (“ou”,“”), condicionar (“se…, então”, “…, na condição de”, “→”), quantificar universalmente (“todas”, “os”, “”) existencialmente (“Algumas”, “existe”, “”) identificar (“é o mesmo que”, “igual a”, “=”) Accredited by: Member of: Pensamento Crítico 1. A Análise Lógica das Frases Compostas A) Negação (24) Jorge não corre (30) Nem Jorge, nem Maria chegam atrasados (31) Maria é competente. Jaime é incompetente. Método Faz-se variar o valor de verdade da frase negada e ‘extrai se’ o valor da negação. 2 hipóteses: a frase negada é ┬ / ┴ Resultado semântico. A negação comuta o valor de verdade das frases Accredited by: Member of: Formalização Resultados sintácticos - Símbolo da Negação: - Comportamento sintáctico da negação: prefixa-se à fórmula que se quer negar: Φ (24a) Jorge corre (30a) Jorge chega atrasado, Maria chega atrasada (31a) Maria é competente. Jaime é competente Accredited by: Member of: Pensamento Crítico B) Conjunção (32) Ana é aluna da FE e não tem boas notas (33) Ana é aluna da FE, mas não tem boas notas Método Faz-se variar o valor de verdade das frases conjugadas e ‘extrai-se’ o valor da conjunção. 4 hipóteses: cada frase conjugada é ┬ / ┴ e combina com a outra. Resultado semântico A conjunção é verdadeira se, e só se, as informações conjugadas forem verdadeiras. De contrário, é falsa. Accredited by: Member of: Pensamento Crítico - Resultados sintácticos Símbolo da conjunção: Comportamento sintáctico da conjunção: a conjunção intercala-se entre cada par de fbfs que se pretende conjugar e envolve-se o resultado em parêntesis. (Φ Ψ) (32a) (Ana é aluna da FE Ana não tem boas notas) (33a) (Ana é aluna da FE Ana não tem boas notas) (32b) (Ana é aluna da FE Ana tem boas notas) (33b) (Ana é aluna da FE Ana tem boas notas) Accredited by: Member of: Pensamento Crítico C) Disjunção ou Alternativa (34) A: posso comer um gelado e ir à praia. B: Não. Comes o gelado ou vais à praia [Exclusiva] (35) Hoje, trabalho ou vou ao cinema [Inclusiva] Opção. Disjunção ou Alternativa Inclusivas Método (= à Conjunção) Resultado semântico A disjunção (inclusiva) é verdadeira se, e só se, tiver pelo menos uma das disjuntas verdadeira. De contrário, é falsa. Accredited by: Member of: Pensamento Crítico Resultados sintácticos - Símbolo da disjunção: - Comportamento sintáctico da disjunção: a disjunção intercala-se entre cada par de fbfs que se pretende pôr em alternativa e envolvese o resultado em parêntesis. (Φ Ψ) (35a) (hoje trabalho hoje vou ao cinema) (34a) ((comes o gelado vais à praia) (comes o gelado vais à praia)) Accredited by: Member of: Pensamento Crítico D) Condicional (25) Se Jorge não corre, então Jorge chega atrasado (37) Jorge chega atrasado, se não corre (38)O petróleo não irá aumentar, na condição da OPEP não racionar a produção Método (= à Conjunção) Discussão do exemplo: “Se acabar o livro, então vou de férias”, usando a técnica de cancelamento (Grice) Resultado semântico A condicional é verdadeira se, e só se, a antecedente for falsa ou a consequente for verdadeira. De contrário, é falsa. Accredited by: Member of: Pensamento Crítico - Resultados sintácticos Símbolo da condicional: → Comportamento sintáctico da condicional: a condicional intercala-se entre cada par de fbfs, tendo o cuidado de colocar em primeiro lugar a antecedente (ou condição), Φ, e no fim a consequente (ou condicionada), Ψ, e envolve-se o resultado em parêntesis. (Φ → Ψ) (25a) (Jorge não corre → Jorge chega atrasado) (37a) (Jorge não corre → Jorge chega atrasado) (38a) (a OPEP não raciona a produção → o petróleo não aumenta) (25b) ou (37b) ( Jorge corre → Jorge chega atrasado) (38a) ( a OPEP raciona a produção → o petróleo aumenta) Accredited by: Member of: Pensamento Crítico 3 Técnicas para fazer a Análise Lógica (Formalização) Técnica A: De “dentro para fora” (simples) [frases com quantificação simples] Técnica B: De “dentro para fora” (por ondas) [frases com quantificação múltipla] Técnica C: De “fora para dentro” [frases não quantificads] Accredited by: Member of: Pensamento Crítico (1) Ana não passará a Macroeconomia, a menos que copie por Bernardo, se ela é aluna da FE, mas não estuda Accredited by: Member of: Pensamento Crítico (1a) (Ana é aluna de FE, mas não estuda → Ana não passará a Macroeconomia, a menos que copie por Bernardo) (1b) ((Ana é aluna de FE Ana não estuda) → (Ana não passsará a Macroeconomia Ana copia por Bernardo)) Accredited by: Member of: Pensamento Crítico (1b) ((Ana é aluna de FE Ana não estuda) → (Ana não passsará a Macroeconomia Ana copia por Bernardo)) (1c) ((Ana é aluna de FE ¬Ana estuda) → (¬Ana passsará a Macroeconomia Ana copia por Bernardo)) Accredited by: Member of: Pensamento Crítico - 17 2. A Análise Lógica dos Átomos de Informação 2.1. Casos Típicos (19) Jorge corre (22) Ana prefere Francisco a Manuel Resultados semânticos Identificação do papel cognitivo: referência + extensão Resultados sintácticos Selecção de símbolos + estipulação de um modo de representação das frases simples: prefixação - constantes (“a” até “g); variáveis (“x” até “z”); - letras de predicado de n lugares (“A” até “U”) (19a) Cd (22a) Pabc Accredited by: Member of: Pensamento Crítico 2.2. A Análise Lógica das Frases Simples: Identidade (28) Marylin Monroe é Norma Jean Baker (29) Adolfo Coelho da Rocha e Miguel Torga são a mesma pessoa Resultado semântico A operação de identificação é verdadeira quando as duas expressões postas em identidade referem o mesmo indivíduo Resultados sintácticos Símbolo da Identidade: = Comportamento sintáctico da identidade: coloca-se entre nomes ou variáveis: α=β (28a) a=b (29a) c=d Accredited by: Member of: Pensamento Crítico (1c) ((Ana é aluna de FE ¬Ana estuda) → (¬Ana passsará a Macro Ana copia por Bernardo)) Dicionário: Português / LPO Constantes: “Ana”/”a”; “Faculdade de Economia” / “f”; “Macroeconomia”/ “m”; “Bernardo” / “b” Predicados: “_é aluna de_” / “A_ _”; “_estuda” / “E_”; “_passa a_:” / “P_ _”; “_copia por_” “C_ _” ATENÇÃO: PREFIXAR (1d) ((Aaf ¬Ea) → (¬Pam Cab)) Accredited by: Member of: Pensamento Crítico E) Quantificação Universal (39) Tudo muda (40) Todos estão sentados Resultado semântico - A quantificação universal é verdadeira se, e só se, a frase aberta correspondente é satisfeita por todos os indivíduos do domínio. De contrário, é falsa. Resultados sintácticos - Símbolo da quantificação universal: ∀ - Comportamento sintáctico da quantificação universal. ∀, seguido de uma variável, α, prefixa-se a uma fbf na qual α ocorra livre: ∀αΦ (note que α ocorre livre em Φ) Accredited by: Member of: Pensamento Crítico E) Quantificação Existencial (41) Algo muda (42) Alguém está sentado Resultado semântico - A quantificação existencial é verdadeira se, e só se, a frase aberta correspondente é satisfeita por pelo menos um indivíduo do domínio. De contrário, é falsa. Resultados sintácticos - Símbolo da quantificação universal: ∃ - Comportamento sintáctico da quantificação existencial. ∃ seguido de uma variável, α, prefixa-se a uma fbf na qual α ocorra livre. ∃αΦ (note que α ocorre livre em Φ) Accredited by: Member of: Lembre-se que (1): 1. As letras de predicado (“A” até “U”) prefixam-se às constantes (“a” até “g”) e às variáveis (“x” até “z”) 2. “”, “” e “” prefixam-se; 3. No caso de “” e “” a frase deve ter uma ocorrência livre de uma variável que será ligada pelo quantificador e se ligará à variável da frase Accredited by: Member of: Lembre-se que (2): 4. No caso de “”, ”” ou “→” intercalam-se e envolve-se o resultado entre parêntesis 5. “=” usa-me como em Matemática entre termos singulares (nomes ou variáveis): Marylin Monroe é Norma Jean Baker; Marylin Monroe = Norma Jean Baker; a=b Accredited by: Member of: Pensamento Crítico As Três Tarefas da Análise Lógica do Discurso Corrente 1ª) Analisar as frases portuguesas de modo a tornar visível com o auxílio da notação lógica, as operações lógicas contidas nessas frases = SEMIFORMALIZAÇÃO; 2ª) Construir um dicionário Português / LPO. Este dicionário estabelece, para o contexto, que certos símbolos de LPO irão esquematizar as expressões não lógicas portuguesas (termos singulares e predicados) que ocorrem nessas frases; e 3ª) Fazer as substituições das expressões portuguesas pelas letras esquemáticas de LPO, em conformidade com o dicionário = fórmula Accredited by: Member of: Formalização - exemplo 1. Pedro ou Maria, mas não ambos, passaram a Macroeconomia, 2. (Pedro passou a Macroeconomia ∨ Maria passou a Macroeconomia); 3. (Pedro passou a Macroeconomia Maria passou a Macroeconomia); Accredited by: Member of: Argumentação:Aspectos Lógicos Exemplo 4. ((Pedro passou a Macroeconomia ∨ Maria passou a Macroeconomia) (Pedro passou a Macroeconomia Maria passou a Macroeconomia)) 5. ((Mbe ∨ Mce) (Mbe Mce)) Accredited by: Member of: Formalização de Frases Portuguesas 1. Se um pássaro é um mocho, então pia x((Px Mx) → Hx) ou x(Px → (Mx → Hx)) são equivalentes 2.Se os médicos simpáticos e compreensivos não existem, então os doentes não têm uma vida fácil (¬ x((Mx Sx) Cx) → y(Dy → ¬Fy)) Accredited by: Member of: Formalização de Frases Portuguesas 3. Alguém gosta de Francisco, mas não de José x(Px (Gxf ¬Gxj)) 4. Há alguém de quem toda a gente gosta 1ª onda: x(x é pessoa toda a gente gosta de x) 2ª onda: ∀y(y é pessoa → y gosta de x) Inserção: ∃x(x é pessoa ∀y(y é pessoa → y gosta de x)) Fórmula: x(Px ∀y(Py → Gyx)) Accredited by: Member of: Dois Exemplos Típicos 1. Os economistas competentes, são necessários Duas formalizações alternativas : com “” e “→”, “∀((… …) →…)”; só com “→” 2 vezes, “∀(… →(… →…))” 2. Há economistas competentes Frequência de “∀” com “→” e de “” com “” Accredited by: Member of: Formalização de Frases Portuguesas 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. Ana gosta de alguém Toda a gente gosta de alguém Ninguém gosta de toda a gente Alguém deu a todas as crianças pelo menos uma prenda Todos os gestores competentes ensinam algo ao seus empregados O gestor que não conhece bem a sua empresa, não contribuirá para a melhorar Quem não se conhece a si próprio, não saberá compreender os outros Accredited by: Member of: Formalização de Frases Portuguesas (6) O gestor que não conhece bem a sua empresa, não contribuirá para a melhorar “_é gestor”; “_conhece bem_”; “_é empresa de _”; “_contribui para melhorar_” Variáveis: x / gestores ; y / empresas Accredited by: Member of: 1ª Onda, x, Interesse da Opção “∀(… →y(… →…))” x(x é gestor → (¬x conhece bem a empresa de x → ¬x contribui para melhorar a empresa de x)) “x é gestor” já está completamente analisado “(¬x conhece bem a empresa de x → ¬x contribui para melhorar a empresa de x)” vai para a 2ª onda, y Accredited by: Member of: Formalização de Frases Portuguesas 2ª onda “y”: “(x conhece bem a empresa de x → x contribui para melhorar a empresa de x)” y((y é empresa de x x conhece bem y) → x contribui para melhorar y) Accredited by: Member of: Formalização de Frases Portuguesas Inserção: ∀x(x é gestor → y((y é empresa de x x conhece bem y) → ¬x contribui para melhorar y)) Formalização ∀x(Gx → y((Eyx Cxy) → ¬Mxy)) Omitiu-se o Dicionário Accredited by: Member of: Formalização de Frases Portuguesas (7) Quem não se conhece a si próprio, não saberá compreender os outros “_é pessoa”; “_ conhece_” “_sabe compreender_” “os outros”? (pessoas diferentes de uma certa pessoa, x) Ondas: 1ª x pessoa, etc.; 2ª y pessoa ≠ de x Accredited by: Member of: Formalização de Frases Portuguesas 1ª onda ∀x((x é pessoa ∧ ¬x conhece x) → ¬x sabe compreender os outros) 2ª onda ¬x sabe compreender os outros ∀y((y é pessoa ∧ ¬y = x) → ¬x sabe compreender y) Accredited by: Member of: Formalização de Frases Portuguesas Inserção ∀x((x é pessoa ∧ ¬x conhece x) → ∀y((y é pessoa ∧ ¬y = x) → ¬x sabe compreender y)) Formalização ∀x((Px ∧ ¬Cxx) → ∀y((Py ∧ ¬y = x) → ¬Exy)) Omitiu-se o Dicionário Accredited by: Member of: Formalização de Frases Portuguesas (5) Todos os gestores competentes ensinam algo aos seus empregados Predicação + Op. Lógicas: Chave da Análise nomes não há, usaremos variáveis Predicados e nº de lugares _é gestor ; _ é competente; _ ensina _ a _ _ é empregado de _ Accredited by: Member of: Formalização de Frases Portuguesas Predicado organizador da informação “_ ensina _ a _” na frase nº de variáveis diferentes: 3; x, y e z, por exemplo quando a frase estiver completamente semiformalizada teremos “x ensina y a z” Accredited by: Member of: Formalização de Frases Portuguesas O que temos agora são expressões (nalguns casos complexas) nos lugares onde virão a estar as variáveis, respectivamente: “todos os gestores competentes” / x; “algo” / y; “seus empregados” / z Tendo esta última observação em conta, vamos semiformalizar em 3 ondas Accredited by: Member of: Formalização de Frases Portuguesas 1ªonda “x” x((x é gestor x é competente) x ensina algo aos empregados de x) Sobre “(x é gestor x é competente)” nada mais há a fazer. Accredited by: Member of: Formalização de Frases Portuguesas 2ª onda “y” x ensina algo aos empregados de x y x ensina y aos empregados de x Accredited by: Member of: Formalização de Frases Portuguesas 3ª onda “z” z(z é empregado de x y x ensina y a z) A análise está completa, falta inserir o resultado Accredited by: Member of: Formalização de Frases Portuguesas Inserção x((x é gestor x é competente) z(z é empregado de x y x ensina y aos empregados de x)) Formalização x((Gx Cx) z(Ezx yAxyz)) Accredited by: Member of: Formalização e Inferência 1. 2. Abordamos os argumentos escrutinando as suas frases com vista a detectar as suas formas lógicas e os padrões de inferência que eles usam para conectar as premissas com a conclusão (cf. Argumento do Economista); Para tornar mais fácil a nossa tarefa, formalizamos as frases, i.e., representamos através de símbolos a sua forma lógica (cf. Arg. do Economista). Accredited by: Member of: Regras de Inferência Formalizadas as premissas e a conclusão, duas situações podem ocorrer: 1ª Ou já temos na nossa ‘caixa de ferramentas’ as regras de inferência e, então, é só identificar quais devem ser usadas e em que momentos da prova; 2ª Ou vamos codificando essas regras à medida que vamos detectando os padrões de inferência nos argumentos que estamos a estudar Accredited by: Member of: O Cálculo por Dedução Natural É um entre muitos outros Especialmente desenhado para provar a validade dos argumentos O que se pode esperar dum cálculo lógico: completo + são Accredited by: Member of: Regras de Inferência Introdução da Negação (I) k1 Φ PA … … kn (Ψ Ψ) ------------------------¬Φ Nota: as linhas k1 a kn não se voltam a usar na prova Accredited by: Member of: Regras de Inferência Eliminação da Negação (E ) Φ … ---------Φ Accredited by: Member of: Regras de Inferência Introdução da Conjunção (I ) Φ … Ψ -------------(Φ Ψ) ou (Ψ Φ) Accredited by: Member of: Regras de Inferência Eliminação da Conjunção (E ) (Φ Ψ) --------------Φ ou Ψ Accredited by: Member of: Regras de Inferência Introdução da Disjunção (I ) Φ -----------(Φ Ψ) Accredited by: ou (Ψ Φ) Member of: Argumentação:Aspectos Lógicos Regras de Inferência Eliminação da Disjunção (E ) (Φ Ψ) Φ ou Ψ --------------------------------Ψ ou Φ Accredited by: Member of: Argumentação:Aspectos Lógicos Regras de Inferência Introdução da Condicional (I ) k1 Φ PA … … kn Ψ --------------(Φ Ψ) Nota: linhas k1 a kn não se voltam a usar na prova Accredited by: Member of: Argumentação: Aspectos Lógicos Regras de Inferência Eliminação da Condicional (E ) ou Modus Ponens (Φ Ψ) Φ ----------Ψ Accredited by: Member of: Provas de Validade de Argumentos 1. (Ga → (Fd Fb)) 2. ¬Fb ╞ ((Ga Hd)→ Fd) (3) 3. (Ga Hd) PA (I →) (3) 4. Ga 3 e E (1)(3) 5. (Fd Fb) 1, 4 e E→ (1)(2)(3)6. Fd 2, 5 e E (1)(2) 7. ((Ga Hd) → Fd) 3-6 e I → q.e.d. Accredited by: Member of: Provas de Validade de Argumentos 1. (Ga → (Rcd → Fb)) 2. (¬Rcd → He) 3. ¬He 4. (He Ga) (3)(4) 5. Ga (3)(4) 6. Ga (1)(3)(4) 7. (Rcd → Fb) ╞ Fb 3, 4 e E 5 e E 1, 6 e E→ Accredited by: Member of: Provas de Validade de Argumentos (8) 8. Rcd (2)(8) 9. He (2)(3)(8) 10. (He He) (2) (3) 11. Rcd (2) (3) 12. Rcd PA (I) 2, 8 e E→ 3, 9 e I ! 8-10 e I 11 e E (1)-(4) 7, 12 e E →, q.e.d. 13. Fb Accredited by: Member of: Argumentação:Aspectos Lógicos Regras de Inferência Cláusula Geral (CG) para os Quantificadores: Φ / Φ: todas as ocorrências de α são substituídas (/ substituem) ocorrências de β, excepto se se indicar o contrário Accredited by: Member of: Argumentação:Aspectos Lógicos Regras de Inferência Introdução da Quantificação Universal (I ) Φ ------------Φ Restrições 1) β é uma variável; 2) β não ocorre livre numa linha obtida por E Accredited by: Member of: Argumentação:Aspectos Lógicos Regras de Inferência Motivação para as Restrições a I R1 1. João é gordo (Ga) ⊦ Todos são gordos (xGx) ! R2 1. Alguém é gordo (yGy) )⊦Todos são gordos (yGy) ! Passo intermédio: y é gordo (Gy) ⊦ Todos são gordos (yGy) Accredited by: Member of: Argumentação:Aspectos Lógicos Regras de Inferência Eliminação da Quantificação Universal (E ) Φ ------------Φ Restrição 1) se β é uma variável, ocorre livre Accredited by: Member of: Argumentação:Aspectos Lógicos Regras de Inferência Motivação para a Restrição a E R1 Para todo o número natural existe um que é maior (xyMyx) ⊦ Há um número natural maior que ele próprio (yMyy) ! (onde: “_é um número natural maior que_” / “M_ _”) Accredited by: Member of: Argumentação:Aspectos Lógicos Regras de Inferência Introdução da Quantificação Existencial (I ) Φ ------------Φ Facilitação: CG não se aplica (Gbb / xGbx) Accredited by: Member of: Argumentação:Aspectos Lógicos Regras de Inferência Eliminação da Quantificação Universal (E ) Φ -------------Φβ Restrições 1) β é uma variável 2) β não ocorre antes Accredited by: Member of: Argumentação:Aspectos Lógicos Regras de Inferência Motivação para a Restrição 1 a E Por causa da particularização indevida: 1. Algo cai (xCx), ╞ 3.António cai (Ca) ! Accredited by: Member of: Argumentação:Aspectos Lógicos 1. 2. 3. 4. 5. Regras de Inferência Motivação para a Restrição 2 a E Há indivíduos que sabem nadar (xNx) Há indivíduos que não sabem nadar (xNx) x sabe nadar (Nx) 2 e E x não sabe nadar (Nb) 3 e E! x sabe nadar e x não sabe nadar (Nx Nx) 1, 3 e I ! Accredited by: Member of: Argumentação: Aspectos Lógicos Regras de Inferência Tansitividade da Condicional (TC) x(Φx → Ψx) x(Ψx → Δx) -------------x(Φx → Δx) Cf. Argumento dos Economistas Accredited by: Member of: Argumentação: Aspectos Lógicos Regras de Inferência Contraposição (Contra) x(Φx → Ψx) --------------------------x(Ψx → Φx) Cf. Argumento dos Economistas Accredited by: Member of: Argumentação: Aspectos Lógicos Regras de Inferência Dupla Negação (NN) Φ --------------------------Φ Accredited by: Member of: Argumentação:Aspectos Lógicos Regras de Inferência De Morgan (Φ Ψ) --------------------------(Φ Ψ) (Φ Ψ) --------------------------(Φ Ψ) Accredited by: Member of: Argumentação:Aspectos Lógicos Regras de Inferência Negação de Quantificadores Φ Φ ----------------------------------------------------Φ Φ Accredited by: Member of: Argumentação: Aspectos Lógicos Provas de Validade de Argumento 1. Caa 2. (xCax → xFx) ╞ Fb (1) 3. xCax 1eI (1) (2) 4. xFx 2,3 e E → (1) (2) 5. Fb 4 e Eq.e.d. Accredited by: Member of: Argumentação: Aspectos Lógicos Provas de Validade de Argumento 1. x(Fx → Gx) 2. x(Gx → Hx) 3. ¬Ha ╞ ¬Fa (1) 4. (Fa → Ga) 1 e E (2) 5. (Ga → Ha) 2 e E Accredited by: Member of: Argumentação: Aspectos Lógicos Provas de Validade de Argumentos (1) (2) 6. (Fa → Ha) 4, 5 e TC (7) 7. Fa Pa (I) (7) (1) (2) 8. Ha 6, 7 e E→ (3) (7) (1) (2) 9. (Ha Ha) 3, 8 e I ! (1) (2) (3) 10. Fa 7-9 e I, q.e.d. Accredited by: Member of: Argumentação: Aspectos Lógicos Provas de Validade de Argumento 1. x(Fx → yGxy) 2. (zGbz → (Ha Fb)) 3. Fb ╞ Ha (1) 4. (Fb → yGby) 1 e E (1) (3) 5. yGby 2,3 e E → Accredited by: Member of: Provas de Validade de Argumentos (1)(3) 6. Gbz (1)(3) 7. zGbz 5eE 6eI (1)(2)(3) 8. (Ha Fb)) (3) 9. Fb 2, 7 e E → 3 e NN (1)(2)(3)10. Ha 8, 9 e E, q.e.d. Accredited by: Member of: Pensamento Crítico A abordagem lógica da argumentação tem limitações que resultam de dois aspectos: 1. A Lógica só considera a forma lógica dos argumentos; 2. A Lógica não considera os contextos concretos em que os argumentos ocorrem Accredited by: Member of: Pensamento Crítico Estas limitações concretizam-se em vários aspectos, dos quais estudaremos 2: 1. Entimemas 2. Generalidades de quantificação rigorosa (ex. “Os pássaros voam”) não Vamos ver estes dois aspectos e abandonar progressivamente a Lógica Accredited by: Member of: Entimemas Exemplo1: O Melhor Gestor P1: Carlos é melhor gestor que Maria, P2: Maria é melhor gestora que Francisco logo C: Carlos é melhor gestor que Francisco Accredited by: Member of: Pensamento Crítico P: É um argumento válido ou inválido? Certamente parece válido Mas a sua formalização NÃO permite prová-lo! P1: Gcm P2: Gmf ╞ C: Gcf Accredited by: Member of: Entimemas Para provar “O Melhor Gestor” falta ‘restituir-lhe’ uma premissa, que expresse a transitividade da relação “é melhor gestor que”: “Quaisquer que sejam, x, y e z, se x é melhor gestor que y e y é melhor gestor que z, então x é melhor gestor que z” xyz((Gxy Gyz) → Gxz) Accredited by: Member of: Prova com Premissa Suplem. 1 Gcm 2 Gmf 3 xyz((Gxy Gyz) → Gxz) [PÍ] ╞ Gcf (3) 4. yz((Gcy Gyz) → Gcz) 3 e E (3) 5. z((Gcy Gyf) → Gcf) 3 e E (3) 6. ((Gcm Gmf) → Gcf) 3 e E (1)(2) 7. (Gcm Gmf) 1, 2 e I (1)(2)(3) 8. Gcf 6, 7 e E→ q.e.d. Accredited by: Member of: Entimema (definição) Argumento correcto mas ao qual, por qualquer razão, faltam uma ou mais premissas, ou a conclusão. Uma vez restituídas as premissas, ou a conclusão, a correcção do argumento pode ser mostrada Accredited by: Member of: Entimema (Atenção) “correcto” / “válido” porque a reconstrução pode não dar sempre um argumento válido, mas algo mais fraco; Os entimemas têm uma presença constante na argumentação concreta Eles traduzem um equilíbrio entre ‘todas as razões que se tem para promover uma conclusão junto de um auditório’ e ‘aquelas razões que se julga necessário expressar sem perder a atenção desse auditório Accredited by: Member of: Entimemas (Atenção) Formalização de P1: “”? NÃO, ALGO MAIS FRACO; Os entimemas têm uma presença constante na argumentação concreta Eles traduzem um equilíbrio entre ‘todas as razões que se tem para promover uma conclusão junto de um auditório’ e ‘aquelas razões que se julga necessário expressar sem perder a atenção desse auditório’ Accredited by: Member of: Entimemas A prova do exemplo 1 foi formal, MAS a introdução da premissa 3 NÃO foi formal. Na apreciação da trasitividade da relação “é melhor gestor que”, tivemos que ‘analisar’ o conteúdo da relação expressa: “é melhor gestor que” Isso envolve um conhecimento do significado desta expressão NÃO lógica (/”gosta de”) e não considerar apenas a forma lógica da frase Accredited by: Member of: Entimemas Problema da Atribuição A partir do momento em que nos sentimos autorizados a ‘restituir’ premissas alegadamente omissas nos argumentos (ou a própria conclusão), encontramos a dificuldade que consiste em ser capaz de distinguir entre: restituir o óbvio ou o razoável e ‘pôr palavras na boca’ do argumentador expressando informação que ele desconhecia ou que não queria de todo expressar. Accredited by: Member of: Entimemas Este problema obriga-nos a considerar os contextos concretos em que as argumentações decorrem (cf. 2ª limitação) Exemplo 2: O Prémio de Produtividade Dever-se-ia poder pagar prémios de produtividade aos funcionários públicos, isso estimularia a competição e a competição gera a melhoria dos serviços. Accredited by: Member of: Entimemas Parece certo que tem uma estrutura argumentativa Quais são as premissas e a qual é a conclusão? A ordem parece estar invertida, primeiro a Conclusão e depois as Premissas. Isso é corrente no discurso argumentativo concreto Accredited by: Member of: Entimemas P1. P2. O pagamento de prémios de produtividade aos funcionários públicos estimula a competição, A competição gera a melhoria dos serviços logo C. Dever-se-ia poder pagar um prémio de produtividade aos funcionários públicos Accredited by: Member of: Entimemas e Problema da Atribuição Esta reconstrução não pertence à Lógica Para a fazermos tivemos que colocar, e responder a, perguntas do género: 1. Qual é o tópico em discussão? 2. O que é que o texto quer promover / defender / atacar / questionar? 3. Que razões dá para isso? Accredited by: Member of: O Prémio de Produtividade não é válido P1. x(x consiste no pagamento de prémios de produtividade aos funcionários públicos → x estimula a competição) / x(Px → Ex) P2. x(x estimula a competição → x contribui para a melhoria dos serviços) / x(Ex → Mx) C. x (x consiste no pagamento de prémios de produtividade aos funcionários públicos → x deve ser implementado) / x(Px → Ix) Accredited by: Member of: Entimema ao qual ‘falta’ P3. x (x contribui para a melhoria dos serviços → x deve ser implementado) / x(Mx → Ix) Com P3, aplicamos TC 2x e temos C: 4. x(Px → Mx) P1, P2 e TC 5. x(Px → Ix) P3, 4 e TC, q.e.d. Accredited by: Member of: Problema da Atribuição (cont.) O promotor do Argumento do Prémio de Produtividade parece ser um fã da competição como forma de melhorar os serviços. Isso resulta directamente do modo como formalizámos P2: x(x estimula a competição → x contribui para a melhoria dos serviços) Accredited by: Member of: Falsas Atribuições? E que dizer de P4, em alternativa a P1 e com base em P2? Podemos ‘pôr essa frase na boca’ do argumentador? P4: x(x consiste na lei que permite o despedimento de todos funcionários públicos de um serviço, à excepção dos classificados nos 2 primeiros lugares → x estimula a competição) x(Dx → Ex) Accredited by: Member of: Problema da Atribuição 1. 2. 3. 4. x(Dx → Ex) x(Ex → Mx) x(Mx → Ix) x(Dx → Mx) 5. x(Dx → Ix) P4 [/ P1] P2 P3 1, 2 e TC 3, 4 e TC, q.e.d. !? Voltaremos ao Problema da Atribuição Accredited by: Member of: 3 tipos de Generalidade Uma forma extremamente frequente de argumentar consiste em propor uma certa regra (R), dotada de um certo grau de generalidade condicional (ex: “Os…, são…”), e depois propor que um certo caso particular (D) satisfaz a antecedente de R, para concluir, então, que o caso particular mencionado em D satisfaz a consequente de R Accredited by: Member of: 3 Tipos de Generalidade Simplesmente, o tipo de generalidade associado a R pode variar de acordo com o tipo de argumento no qual R está a ser usado ou de acordo com o padrão de avaliação que se faz do argumento no qual R ocorre. Accredited by: Member of: 3 Tipos de Generalidade Exemplos 1. As baleias são mamíferos (quantificação universal) 2. Em Portugal, 12% dos activos estão desempregados (percentagem) 3. Os pássaros voam (generalidade com excepções mais ou menos desprezíveis) Accredited by: Member of: Generalidade Plausível Ex. “Tweety voa, porque é um passáro” P1. Os pássaros voam (implícita); P2. Tweety é um pássaro; logo, C. Tweety voa Formalização de P1: “”? NÃO, ALGO MAIS FRACO (Tweety é um pinguím); Accredited by: Member of: 3 Tipos de Generalidade Somos assim levados a falar de generalização universal, de generalização probabilística e ainda de generalização plausível, consoante o contexto em R ocorra Cada uma destas generalizações quando pode entrar como premissa de um argumento Accredited by: Member of: Modus Ponens Plausível Nos casos da generalidade plausível um argumento do tipo modus ponens pode também ocorrer (cf. Argumento Tweety); Nestes casos diremos que é uma generalidade plausível, que pode ser desfeita, ou ceteris paribus Há, por isso, um Modus Ponens plausível, desfeiteável, ou ceteris paribus Accredited by: Member of: 3 Tipos de Argumentos Dedutivos – Avaliados pela relação lógica de consequência = prova-se (sim / não) Válido / Inválido Indutivos (Estatísticos) - Avaliados pela relações probabilística e estatística = quantifica-se (0,00 – 1) Forte / Fraco Plausíveis – Avaliados por critério de plausibilidade = suporta-se (mais ou menos peso) Plausível (mais ou menos) / Falacioso Accredited by: Member of: 3 Tipos de Argumentos Em Alternativa - Quaisquer argumentos podem ser avaliados por 3 critérios sucessivamente mais flexíveis: - Dedutivo - Indutivo - De plausibilidade Accredited by: Member of: Argumentos Não-Monotónicos Carácter não-monotónico das relações probabilidade e de plausibilidade Monotonicidade: Se ╞ X, então Δ ╞ Não-Monotonicidade: É possível ╞(prob/plau) X Não Δ ╞ (prob/plau) X Accredited by: Member of: O que NÃO é a não-monotonicidade Exemplo 7. Os Antigos Alunos de FE P1. A maioria dos antigos alunos de FE são bons economistas/gestores P2. A maioria dos bons economistas/gestores são ricos C. A maioria dos antigos alunos da FE são ricos Accredited by: Member of: O que NÃO é a não-monotonicidade Padrão do Exemplo 7 P1. A maioria dos A são B P2. A maioria dos B são C C. A maioria dos A são C Accredited by: Member of: O que NÃO é a não-monotonicidade Contra-exemplo - {conjunto dos 3000 antigos alunos da FE} = A -{sub-conjunto dos 1501 antigos alunos de FE que são bons economistas/gestores} = B - {conj, dos 4000 bons economistas/gestores} = C -{sub-conjunto dos 2001 bons economistas/gestores que são ricos} = D -AD= Accredited by: Member of: O que É a não-monotonicidade Exemplo 8. O Médico Desempregado P1. 12% dos portugueses em vida activa estão desempregados P2. Mariana é portuguesa em vida activa ╞ 0,12 provável que C. Mariana esteja desempregada Accredited by: Member of: O que É não-monotonicidade P1-P2 estado do conhecimento em t1, C parece fortemente suportada Em t2>t1, temos: P3. Mariana é médica; P4. Apenas 0,01% dos médicos portugueses estão desempregados Podemos manter na mesma P1-P2, mas P3-P4 desfazem a relação de probabilidade entre P1-P2 e C Accredited by: Member of: O que É a não-monotonicidade Exemplo 9. O Cão de Guarda Amigo do Ladrão P1. Existia um cão dentro de casa P2. O cão estava treinado para guardar a casa, ladrando quando necessário P3. Os donos da casa não acordaram e têm o sono leve P4. A casa foi roubada ╞ plausível C. O cão conhecia o ladrão Accredited by: Member of: O que É a não-monotonicidade Ele retira a sua plausibilidade da seguinte premissa implícita e geral P6. Os cães treinados para guardar uma casa, não ladrarão à aproximação de alguém quando conhecem essa pessoa e a consideram ‘de confiança’ Que tipo de generalidade reivindicar para P6? Accredited by: Member of: O que É a não-monotonicidade Que Generalidade? - Estrita ou universal NÃO (veja-se P5) - Probabilística ou estatística NÃO (é impossível quantificar em percentagem ou entre 0,0 e 1) - Plausível SIM Accredited by: Member of: O que É a não-monotonicidade Em t2>t1, temos: P5. O cão foi drogado nessa noite Podemos manter na mesma P1-P4, mas P5 desfaz a relação de plausibilidade entre P1-P4 e C. Accredited by: Member of: Persuasão / Razoabilidade A ponderação destas limitações fez com que, desde os anos 50 do séc. XX, vários estudiosos desenvolvessem diversos aspectos não lógicos da teoria da argumentação Isso não significa ‘deitar a Lógica fora’ (cf. Argumento dos Economistas e o uso da Lógica que temos estado a fazer), mas ‘colocá-la no seu lugar’ no que diz respeito ao seu papel na Teoria da Argumentação. Accredited by: Member of: Persuasão / Razoabilidade A abordagem da Lógica deve ser complementada por outro tipo de abordagem, que: Considere os contextos argumentativos concretos; e Destaque os procedimentos argumentativos mais fracos que os argumentos dedutivamente válidos: Γ╞ X / ΓC Accredited by: Member of: Persuasão / Razoabilidade Esta abordagem não é rival da abordagem lógica, como se disse já, ela é complementar Ela começou por se centrar na persuasão x tenta persuadir um auditório promovendo C e oferecendo para isso as razões P1, …, Pn, mas podendo ainda ter ‘em stock’ as razões Pn+1, …, Pn+m Accredited by: Member of: Persuasão / Razoabilidade Mas, há desde logo uma distinção a fazer: (A) persuadir usando potencialmente quaisquer argumentos eficazes / (B) persuadir usando argumentos razoáveis; (A) envolve, ou pode envolver, o recurso à ameaça, à força, à mentira, ao raciocínio deliberadamente errado (falacioso); (A) = ‘vale tudo’ NÃO IREMOS ESTUDAR (A) Accredited by: Member of: Persuasão / Razoabilidade (B) = Persuadir usando apenas argumentos que são simétricos, abertos à crítica e o mais plausíveis possível (B) Simétricos. O argumentador está disposto a deixar-se persuadir por argumentos do mesmo género daquele que está, ele próprio, a propor. Accredited by: Member of: Persuasão / Razoabilidade (B) Abertos à Crítica. O argumentador considera possível que o seu argumento seja criticado (questionado ou atacado) e está disponível para o defender (B) O Mais Plausíveis Possível. O modo de justificação da conclusão pelas premissas aproxima-se, o mais possível, do de um argumento logicamente válido Accredited by: Member of: O Modelo de Toulmin 1. Distingue entre dois tipos de premissas: Dados e Regras 2. Prevê uma relação mais flexível, Qualificada, entre premissas e conclusão, com Escapatórias 3. Prevê a necessidade de defender (backup) premissas (sobretudo as regras) através de Fundamentações Accredited by: Member of: O Modelo de Toulmin (1958) (adaptado de Toulmin, S. [1991]: 97-107) O Esquema ARG {D1, …, Dn} {R1, …, Rn}/(F1, …, Fn) ╞Q – {E1, …, En} C Accredited by: Member of: O Modelo de Toulmin 1. o conjunto dos D e o conjunto dos R são para ‘ler’ como conjugados: DR = Conjunto das Premissas do Argumento. 2. Cada Di é uma frase que descreve um dado particular (= um evento particular), exemplo: “Carlos nasceu em Lisboa”; Accredited by: Member of: O Modelo de Toulmin 3. 4. Cada Ri é uma frase que enuncia uma regra geral, uma condição satisfeita por diversos indivíduos (“Quem nasce em Portugal pode adquirir a nacionalidade portuguesa”), que permite ir dos dados (D) para a conclusão (C); Cada Ri é um pequeno dispositivo de previsão Se , então , onde “” representa a condição e “” aquilo que se prevê venha a acontecer, quando a condição se verifica. Accredited by: Member of: O Modelo de Toulmin 5. “╞” simboliza “tem por consequência”, mas “Q” introduz uma qualificação: “╞Q”. Essa qualificação tem como objectivo flexibilizar a relação expressa por “╞” é uma versão elaborada de “” 6. Deste modo, “╞Q” pode significar: - “tem por consequência (muito / pouco) provável” - “tem regra geral por consequência” Accredited by: Member of: O Modelo de Toulmin - “tem por consequência com a probabilidade …” - “tem por consequência com a margem de erro de …” - “tem por consequência plausível” - “tem por consequência possível, (/aceitável; /quase certa)” - “tem por consequência” - ... Accredited by: Member of: O Modelo de Toulmin 7. Verificamos que o modo de qualificar “╞” varia entre o muito rigoroso e o muito ‘subjectivo’; 8. Cada Ei é uma frase que expressa uma excepção (isto é, uma circunstância que cria uma escapatória) à relação que se reivindicou entre premissas e conclusão; Accredited by: Member of: O Modelo de Toulmin 9. Muitas vezes essa escapatória prende-se com condições de excepção a uma ou mais R; condições de excepção que ajustam a aplicabilidade do R em questão ao contexto do argumento. Exemplo: R = “Quem nasce em Portugal tem direito a adquirir a nacionalidade portuguesa” / E = “Excepto se os pais são ambos estrangeiros ilegais em Portugal”; 10. São também os E que justificam a introdução da qualificação, “Q”, em “╞”: “╞Q”; Accredited by: Member of: O Modelo de Toulmin Exemplo 3. A Nacionalidade de Carlos Entimema. Carlos deve ser português. Porque ele nasceu em Lisboa. Reconstrução usando ARG P1(D) Carlos nasceu em Lisboa P2(R) Quem nasce em Portugal adquire a nacionalidade portuguesa ╞é plausível que Accredited by: Member of: O Modelo de Toulmin – E1 = e – E2 = Carlos é filho de pais estrangeiros ilegais em Portugal Carlos mudou de nacionalidade C: Carlos é português Accredited by: Member of: O Modelo de Toulmin Comentário Sobre a entre D e R 1. 2. 3. Nos extremos a distinção é clara; Mas há casos de fronteira; Exemplo 4. D = “Muhammad esteve dentro da fábrica” + R = “Todos os indivíduos que estiveram dentro da fábrica foram expostos a radiações excessivas de urânio enriquecido” ╞ C = “Muhammad esteve exposto a radiações excessivas de urânio enriquecido”. Neste caso, R é uma regra geral ou um somatório de Ds, ou ambas? Accredited by: Member of: O Modelo de Toulmin Protecção de Ds 1. Na dinâmica argumentativa cada D pode ser posto em questão por um oponente; 2. O modo de proteger esse D consistirá em construir um escólio que justifica a fiabilidade desse D. Esse escólio terá a forma de um argumento (eventualmente, um entimema), o qual terá por sua vez a forma geral ARG Accredited by: Member of: O Modelo de Toulmin Exemplo 5. O Suposto Ladrão Está um estranho dentro de casa. Por isso, a casa deve estar a ser assaltada. Oponente: Não me parece que esteja alguém dentro de casa. Porque afirmas isso? Proponente: Porque ouvi ruído de passos ► ►Escólio: Quando se ouve um ruído cadenciado de um certo tipo pode-se inferir que são passos de alguém e eu acabo de ouvir esse ruído Accredited by: Member of: O Modelo de Toulmin Protecção de Rs 1. Quando uma R é posta em questão (e não apenas a sua aplicabilidade, cf, Es), torna-se necessário proteger a R, explicando-a através de um F (“F” de Fundamento); 2. A construção dos F varia muito conforme o ‘campo’ do argumento (i.e., o seu assunto); Accredited by: Member of: O Modelo de Toulmin – Protecção de Rs 3. Pode ser a citação de uma lei (administrativa ou científica), de um facto (não incluído e de nível diferente dos D); de uma classificação; ou o que quer que seja que proteja o R posto em questão; 4. Muitas vezes, os F são categóricos e não condicionais como as R (“Porque é que P2 no Exemplo3?” F = “É essa a Lei do País”); 5. Os Fs ficarão, regra geral, implícitos até que algum R seja posto em questão. Accredited by: Member of: Entimemas: O Problema da Atribuição II O Princípio de Caridade Reconstruir o argumento restituindo premissas (ou conclusão) que maximizem a racionalidade do argumentador Implica distinguir entre ‘o que ele tinha em mente usar’ e o que ‘o argumento precisa’ Regra geral, é boa política considerar o segundo aspecto Accredited by: Member of: Entimemas: O Problema da Atribuição II 1. 2. 3. 4. 5. Usar o Princípio de Caridade; Identificação do tipo de relação reivindicada entre premissas e conclusão e de outros aspectos relevantes (Modelo de Toulmin); Identificação do Contexto (se possível); ‘Restituição’ do mínimo necessário para garantir a razoabilidade de 2, em função de 3; Ferramentas para implementar 4: lógicas, probabilísticas ou estatísticas, plausíveis. Accredited by: Member of: Importância dos Argumentos Plausíveis Vivemos num ‘continente argumentativo’ onde reina a plausibilidade, com ‘ilhas’ dedutivas ou indutivas Duas coisas militam para a manutenção desta situação: 1. O tempo limitado que temos para levar a cabo, mesmo profissionalmente, um inquérito sobre um dado assunto; Accredited by: Member of: Importância dos Argumentos Plausíveis 2. A natureza do assunto sob investigação (tudo o que seja o comportamento humano, por exemplo, escapa em grande parte aos modelos dedutivos e mesmo estatísticos) Quando estamos a defender (/atacar / questionar) um determinado ponto de vista sobre um assunto, uma boa parte da nossa argumentação será composta por argumentos plausíveis e apenas uma parte menor por argumentos dedutivos ou indutivos Accredited by: Member of: Avaliação de Argumentos Plausíveis Num argumento plausível, a aceitação das premissas dá um certo peso à aceitação da conclusão Quando é que um argumento plausível deve ser aceite e quando deve ser rejeitado? Responder a esta pergunta obriga-nos a ter ferramentas para analisar os argumentos plausíveis. Accredited by: Member of: Avaliação de Argumentos Plausíveis A Teoria da Argumentação desenvolveu 4 noções que, em conjunto, são as melhores ferramentas que de momento se possui para proceder a essa avaliação – – – – Esquemas Argumentativos (EA) Questões Críticas (QC) Falácias Ónus da Prova Accredited by: Member of: Esquemas Argumentativos A noção de Esquema Argumentativo parte da ideia segundo a qual os argumentos plausíveis adoptam procedimentos tipificáveis, que podem ser esquematizados, codificados e estudados por si. Accredited by: Member of: Esquemas Argumentativos Os resultados desse estudo autónomo de cada esquema valem para todos os argumentos concretos, reais, que sejam exemplificações do esquema É mais uma vez o recurso à capacidade humana de detectar padrões Accredited by: Member of: Esquemas Argumentativos Esquema 1 Argumento a Baseado na Opinião de Perito Exemplo 1. As Gorjetas e a Auto-estima [P1] O Dr. Phil, que é um psicólogo de renome mundial, afirma que receber gorjetas reduz a auto-estima. [P2] E questões de auto estima fazem certamente parte do domínio da Psicologia. // Por isso, [C] sou contra dar gorjetas. Accredited by: Member of: Esquemas Argumentativos Exemplo 2. O DNA do Alegado Criminoso [P1] O DNA das gotas de sangue encontradas na alegada arma do crime, segundo o Dr. Amaral testemunhou em tribunal, é coincidente com o DNA da vítima. [P2] O Dr. Amaral é um reputado médico forense. // Por isso, [C] o alegado criminoso, que fugindo do local do crime, trazia consigo a alegada arma do crime, deve ser considerado culpado. Accredited by: Member of: Esquemas Argumentativos Exemplo 3. Imigrantes a Mais? [P1] Demetrius Papademetriou é um especialista no domínio da imigração, no qual se põe hoje a questão de saber se temos ou não imigração internacional a mais. [P2] (i) Ele considera que a actual recessão torna claros os riscos de demasiada exuberância no que respeita à imigração internacional. (ii) Aliás, ele comenta que países como a Espanha e a Irlanda, que abraçaram uma política de imigração em larga escala nos anos de ‘boom’ económico, agora experimentam uma forma de remorso do comprador visto que a suas economias estão em queda livre. Accredited by: Member of: Esquemas Argumentativos Exemplo 3. Imigrantes a Mais?(cont.) (iii) E Papademetriou avança ainda que grandes aumentos de imigração sem medidas que antecipem e preparem a mudanças cíclicas podem sem claramente contra produtivas. // Deve, pois, concluir-se que [C] temos imigração a mais Accredited by: Member of: Esquemas Argumentativos O esquema argumentativo, EA, comum aos 3 exemplos é conhecido como “Argumento Baseado na Opinião de Perito” (PERITOS) Um Esquema Argumentativo é a codificação de um procedimento argumentativo que identifica / caracteriza um tipo de Argumento Plausível Accredited by: Member of: Esquema PERITOS Premissa Maior: o indivíduo b é um perito no domínio D, ao qual se refere a frase f Premissa Menor: b afirmou que f é verdadeira (/falsa) logo (é plausivel supor que) Conclusão: f é verdadeira (/falsa) Accredited by: Member of: Esquemas Argumentativos Apesar de formulados de uma forma aparentemente particular (PERITOS fala de “b”, “D” e “f”), os EA têm sempre um alcance geral As letras “b”, “D” e “f”, ou outras, são esquemáticas (para, nomes, domínios e frases, respectivamente), e a sua ocorrência garante a generalidade Accredited by: Member of: Esquemas Argumentativos Os termos ou expressões cujo significado ou conteúdo cognitivo são cruciais para este esquema são “_é perito em_” e “_afirmou que_” Cada um dos exemplos considerados usa PERITOS mas prova algo mais: é um entimema Accredited by: Member of: Explo.1 As Gorjetas e a Auto-estima [P1] O Dr. Phil, que é um psicólogo de renome mundial, afirma que receber gorjetas reduz a auto-estima. [P2] E questões de auto estima fazem certamente parte do domínio da Psicologia. [C1] receber gorjetas reduz a auto-estima [= conclusão com base em PERITOS]; [P3 – Implícita] Sou contra as atitudes / acções / ‘coisas’ que reduzem a auto-estima [= generalidade plausível] Por isso [C2] sou contra dar gorjetas [= conclusão explícita do argumento] Accredited by: Member of: Exp 2. O DNA do Alegado Criminoso [P1] O DNA das gotas de sangue encontradas na alegada arma do crime, segundo o Dr. Amaral testemunhou em tribunal, é coincidente com o DNA da vítima. [P2] O Dr. Amaral é um reputado médico forense. Por isso, [C1] As gotas de sangue encontradas na arma do crime são da vítima [= Conclusão com base em PERITOS]; Accredited by: Member of: Exp 2. O DNA do Alegado Criminoso [P3] Em condições normais se alguém é apanhado a fugir do local do crime e é portador da arma do crime, deve ser considerado culpado [= generalidade plausível, implícita]. Por isso, [C] o alegado criminoso, que fugindo do local do crime, trazia consigo a alegada arma do crime, deve ser considerado culpado. Accredited by: Member of: Esquemas Argumentativos Deixo o terceiro exemplo para depois Esquemas Argumentativos // Formas Lógicas de Argumentos Válidos 1. Ambos autorizam certas inferências (das Premissas para a Conclusão); 2. Ambos são gerais, codificações de argumentos que se consideram aceitáveis / válidos; Accredited by: Member of: Esquemas Argumentativos 3. Ambos exploram uma certa organização da informação (forma ou esquema) em volta de certas operações / expressões chave; 4. caso das formas lógicas são operações / expressões lógicas (ex.: negação / “não” ,”nem”; conjunção / “e”, “mas”); 5. No caso dos esquemas argumentativos são noções / expressões não lógicas (É PERITO / “é um especialista”, “é um perito”; DISSE / “afirmou”, “disse algo sinónimo de”) Accredited by: Member of: Esquemas Argumentativos 5. Dada a entre d) e e), o grau de segurança com que se passa das premissas para a conclusão é muito diferente: validade lógica / plausibilidade. Devemos, então, aceitar ou não o esquema PERITOS como um esquema de argumentos correctos? Note-se que em muitos casos, até não temos alternativa Accredited by: Member of: Aceitação dos EA depende do contexto - Será que b é mesmo um perito? - É verdade que b realmente afirmou f? - Não estaria b a mentir, ou pelo menos não teria b interesses particulares que fossem melhor servidos por f (e suas eventuais consequências) do que por, digamos g, eventualmente incompatível com f? Accredited by: Member of: Questões Críticas Questões Críticas. Há um conjunto de questões, e eventualmente sub-questões, associáveis a cada EA (PERITO e outros) Cada EA tem que responder ao conjunto de questões críticas que lhe é próprio e que serve para testar a plausibilidade do argumento e a força das premissas para sustentarem a conclusão Accredited by: Member of: Questões Críticas Quando um EA passa o teste das suas questões críticas, ele qualifica-se temporariamente como correcto ou aceitável Quando um esquema não passa o teste das suas questões críticas, ele qualifica-se temporária ou definitivamente como falacioso As noções de correcção / plausibilidade e de falácia (informal) são correlativas e contextuais Accredited by: Member of: Questões Críticas - PERITOS 1. Qualificação. Quão credíveis são as qualificações de b para que este seja considerado um perito? Estudante do 1º ano de Economia / Economista sénior e reputado 2. Domínio. É b um especialista no domínio ao qual se refere f? Médico de Família / Cardiologista Accredited by: Member of: QC(PERITOS) 3. Opinião. b afirmou literalmente f, com o sentido que se lhe está a dar neste contexto / afirmou h, que se julga sinónimo de f / afirmou Δ que tem como consequência f? h = “Se a conjuntura macro económica não se alterar é possível que se tenham que tomar medidas extraordinárias para aumentar a receita” / f = “b disse que, se a situação se mantiver, é preciso aumentar o IVA” Accredited by: Member of: QC(PERITOS) 4. Fiabilidade. b é fiável? “Sem dúvida que avaliada a qualidade das entrevistas prestadas pelos 16 candidatos, d é o melhor para ocupar o lugar” / b é pai de d 5. Consistência. Há outros peritos em D que tenham uma opinião divergente acerca de f? Accredited by: Member of: QC(PERITOS) f=«Dada a quebra da receita e o aumento do deficit, considero que é inevitável aumentar os impostos indirectos» / g=«Com a economia deprimida como está, tenho sérias dúvidas que seja aconselhável aumentar os impostos indirectos» Accredited by: Member of: QC(PERITOS) 6. Prova. f foi feita como uma afirmação baseada em alguma prova? “a minha intuição experimentada diz-me que f” / “dados os factos d1, …, dn, e ainda a teoria Δ, geralmente aceite, segundo a qual r1, …, rn, considero que f” Accredited by: Member of: Questões Críticas e Sub-Questões A muitas destas QC podemos, a maioria das vezes, associar Sub-Questões Críticas (SQC): Exemplo Sub-questões para a QC da Fiabilidade SQC1 – b é tendencioso? SQC2 – b é sincero? SQC3 – b é consciencioso? Accredited by: Member of: Questões Críticas - SQC - “tendencioso” = capaz de representar os diversos lados / aspectos da alternativa / disputa / questão. Em certos contextos, “ser tendencioso” não é negativo, cf. advogados de defesa / advogados de acusação // juiz – Não pode é ser usado em PERITOS “sincero” = dizer a verdade ou o que quer que seja percebido como sendo a verdade Accredited by: Member of: Questões Críticas - SQC - Note que: em certos contextos, “mentir” pode ser aceitável (mentira ‘branca’ ou mentira ‘piedosa’) – Não pode é ser usado em PERITOS “consciencioso” = ter o cuidado de coligir informação suficiente - Note que: em certos contextos, arriscar pode ser a única solução possível – Não pode é ser usado em PERITOS Accredited by: Member of: FALÁCIAS Dependendo do contexto as QC (e suas eventuais SQC) permitir-nos-ão ≠ entre argumento aceitável / argumento falacioso Falácias (def.) Argumentos inválidos ou inaceitáveis, mas susceptíveis de enganar passando por argumentos válidos ou aceitáveis; Accredited by: Member of: FALÁCIAS A sua capacidade enganadora vem, em particular, de terem uma forma ou um esquema semelhante a(o) de argumentos válidos ou aceitáveis; Podem ser proferidas para enganar – o seu proponente tem conhecimento da falácia, mas julga que o auditório não terá – ou, sinceramente, por auto-decepção – o seu proponente enganou-se Accredited by: Member of: FALÁCIAS São uma espécie de ‘vírus do sistema argumentativo humano’ É útil distinguir entre Falácias Formais e Falácias Informais As falácias formais parasitam argumentos dedutivamente válidos Accredited by: Member of: FALÁCIAS Exemplo 4. Carlos na Praia Afirmação do Consequente P1. Se fizer sol, Carlos irá à praia ( ) P2. Carlos está (/foi) praia logo C. Está sol [Cf. Eliminação da ou Modus Ponens] Accredited by: Member of: FALÁCIAS Há várias outras falácias formais (cf. Documento sobre Lógica e Argumentação) As falácias informais parasitam os argumentos plausíveis Cada argumento plausível tem, em principio, uma falácia informal que lhe corresponde No caso de PERITOS a falácia correspondente é o Apelo à Autoridade Accredited by: Member of: FALÁCIAS Apelo à Autoridade (Ad Verecundiam) Há várias formas de apelo à autoridade, a que nos interessa é a autoridade do perito Esta falácia ocorre quando se faz um mau uso do apelo à autoridade do perito, ou seja um mau uso do esquema PERITOS Accredited by: Member of: Questões Críticas e Falácias Exemplo 5. O Adoçante Cancerígeno (Tindale [2007]: 137) Estudos científicos recentes ligaram o uso do adoçante Aspartame ao aparecimento de cancros em animais de laboratório. Dada a prevalência de Aspartame em bebidas tipo “light”, “diet” ou “zero”, este produto deve ser retirado de circulação Accredited by: Member of: Questões Críticas e Falácias Aplicação do Esquema PERITOS Premissa Maior: os autores de estudos científicos recentes são peritos no domínio das substâncias cancerígenas ao qual pertence a frase f = “existe ligação entre o uso do adoçante Aspartame e o aparecimento de cancros em animais de laboratório” Premissa Menor: os autores afirmaram que f é verdadeira Conclusão 1: f é verdadeira Accredited by: Member of: Questões Críticas e Falácias Premissa Implícita:os produtos cancerígenos muito comercializados devem ser retirados de circulação Premissa Adicional: O Aspartame é muito comercializado em bebidas tipo “light”, “diet” ou “zero” Conclusão 2: O Aspartame deve ser retirado de circulação Accredited by: Member of: Questões Críticas e Falácias Avaliação do Exemplo 5 via QC 1. “Estudos científicos recentes” não é uma identificação de um perito, pelo que falha as QC1 e QC2; 2. “ligaram …a…” é demasiado vago para nos dar confiança relativamente a QC3 3. O ‘anonimato’ dos alegados peritos não nos permite responder a QC4 Accredited by: Member of: Questões Críticas e Falácias 4. QC5 não tem qualquer tratamento no argumento; 5. Dado que se menciona uma opinião que é atribuída a “estudos científicos”, pode presumir-se que QC6 teria uma resposta satisfatória, mas essa resposta está omissa e inacessível, dado 1 Accredited by: Member of: Questões Críticas e Falácias Conclusão da Avaliação 1. 2. Trata-se de um uso falacioso de PERITOS, o exemplo 4 é um argumento de má qualidade, é mesmo inaceitável: trata-se de um caso da Falácia de Apelo à Autoridade; Se os estudos realmente existem poderá eventualmente ser construído ser um outro argumento de melhor qualidade e eventualmente (muito) plausível. Accredited by: Member of: Questões Críticas e Falácias Exemplo 6. O Controlo da Actividade dos Bancos A teoria segundo a qual a actividade dos Bancos privados e, em particular, da sua emissão de fundos de investimento e da concessão de crédito deve passar a ser controlada centralmente com grande rigor, é claramente infundamentada. Considere-se, a título de exemplo, que se poderia multiplicar, um estudo recente, de Novembro de 2009, publicado na The Economist Quarterly nº106, pp.23-45, e levado a cabo pelo Prof. Moneyatwill da Harvard Business School e pela sua equipa Accredited by: Member of: Questões Críticas e Falácias Exemplo. 6 (cont.) Este estudo conclui que “não se encontrou qualquer evidência de que um tal controlo central viesse a contribuir para o desenvolvimento económico a médio e longo prazos; pelo contrário, uma política intervencionista por parte dos Bancos centrais poderá ter um efeito fortemente negativo na economia”. E é sabido que o Prof. Moneyatwill e a sua equipa lideram os estudos científicos mais importantes nesta área Accredited by: Member of: Questões Críticas e Falácias Aplicação do Esquema PERITOS Premissa Maior: o grupo da Harvard Business School liderado pelo Prof. Moneyatwill é perito no domínio da relação entre a actividade da Banca e o desenvolvimento económico, ao qual se refere a frase f = “não se encontrou qualquer evidência de que um tal controlo central viesse a contribuir para o desenvolvimento económico a médio e longo prazos; pelo contrário, uma política intervencionista por parte dos Bancos centrais poderá ter um efeito fortemente negativo na economia” Accredited by: Member of: Questões Críticas e Falácias Premissa Menor: b afirmou que f é verdadeira Conclusão 1: f é verdadeira [fim da aplicação de PERITOS] Premissa Implícita: f é incompatível com g = “a actividade dos Bancos privados e, em particular, da sua emissão de fundos de investimento e da concessão de crédito deve passar a ser controlada centralmente com grande rigor” Conclusão 2: g é falsa Accredited by: Member of: Questões Críticas e Falácias Avaliação do Exemplo 6 via QC 1. As perguntas QC1 e QC2 passam claramente o teste 2. QC3 também passa o teste, visto que se trata de uma citação 3. QC5 parece ter resposta negativa no próprio argumento “teoria segundo a qual”. Mas, podemos supor que a opinião destes peritos e de mais outros “exemplo, que se poderia multiplicar” tem mais peso que a rival Accredited by: Member of: Questões Críticas e Falácias 4. 5. Embora apenas se mencione a conclusão do estudo deve presumir-se que QC6 tem uma resposta satisfatória, omissa, mas certamente disponível na revista citada: Economist Quarterly nº106, pp.23-45 Sobre QC4 (fiabilidade / enviesamento do estudo), não temos dados. Dado o estatuto de académicos ilustres do peritos e da própria instituição a que pertencem (Universidade de Harvard). Devemos concluir pró fiabilidade Accredited by: Member of: Questões Críticas e Falácias Conclusão da Avaliação Trata-se de um uso correcto de PERITOS, o Exemplo 6 é de boa qualidade, poderá mesmo ser provisoriamente aceite A aceitação final do Exemplo 6, não depende de nós gostarmos ou não da conclusão, mas de pressionarmos um pouco mais os pontos 3 e 5, 4 também se tivermos competência para tal Accredited by: Member of: Ónus da Prova Imaginemos agora que ficámos insatisfeitos com a Conclusão do Relatório de Relatório de Avaliação, e começámos a investigar mais sobre QC4. Essa nossa investigação levou-nos a descobrir que 3 dos 10 maiores Bancos do mundo financiaram o estudo em questão, que custou 3M€. Accredited by: Member of: Ónus da Prova Temos então razão para suspeitar que o estudo pode ser tendencioso (estar enviesado) e que, por isso, a resposta a QC4 é negativa? Este facto enfraquece bastante o argumento Será razão suficiente para o rejeitarmos? A resposta a perguntas deste género levanos a falar da noção de ónus da prova. Accredited by: Member of: Ónus da Prova (Gordon & Walton, 2009 “Proof Burdens and Standards”, in Argumentation in Artificial Intelligence, ed. Iyad Rahwan and Guillermo Simari, Berlim, Springer, 2009, 239-260) Na noção de ónus da prova devem ser considerados três aspectos: Accredited by: Member of: Ónus da Prova (A) Uma frase, f, que representa aquilo que terá que ser provado; (B) Quem tem o ónus da prova: quem propõe o argumento ou quem o avalia? (C) Uma métrica ou um padrão requerido para considerar provada / não provada a frase Accredited by: Member of: Ónus da Prova (A) Aquilo que terá que ser provado varia consoante: 1. O EA, a QC que são relevantes para o argumento sob avaliação (Diferentes EA terão associadas diferentes QC); 2. O momento particular do processo da avaliação que está a ser feita (por exemplo, se já passou ou não a barreira das QC) Accredited by: Member of: Ónus da Prova No nosso caso do Exemplo 5, este já tinha passado ‘brilhantemente’ as QC associadas ao seu EA (PERITOS) e foi uma resistência por parte do avaliador a aceitar a conclusão que o levou a pressionar mais QC4 Accredited by: Member of: Ónus da Prova (B) Quem tem o ónus da prova? 1. 2. É uma questão bastante contextual e difícil de determinar em abstracto Há, contudo, dois níveis a ter em conta: Nível 1 - QC. Excepto em situações muito específicas (ex.: uso de um teorema em sala de aula) o proponente parece ter sempre o ónus da prova neste nível; Accredited by: Member of: Ónus da Prova b) Nível 2 . SQC, SSQC, etc. Aqui já parece ser mais razoável considerar que ouve uma mudança de ónus da prova do proponente para o oponente. Mas, só considerando o contexto se poderá avaliar quem tem o ónus da prova Foi o que fizemos no exemplo 6 ≠ entre razoável e ‘teoria da conspiração’ Accredited by: Member of: Ónus da Prova Exemplo Premissa: “…b é médico legista…” QC: “b é mesmo médico legista?”/ Resp: “É, b está registado na Ordem do Médicos com o nº 78919, como especialista em medicina legal”; SQC: “o registo é verdadeiro; b não subornou ninguém na Ordem para que fizesse um registo fictício?” / R: Mas, porque fazes essa pergunta? Se não existir razão, não há ónus de resposta Accredited by: Member of: Ónus da Prova - Institucional Por exemplo, se um Conselho de Administração de uma empresa encarrega uma Comissão de Peritos de fazer um relatório sobre a evolução previsível das vendas do produto XYZ nos próximos 3 anos, se (a) não existirem novos produtos competidores com XYZ; e (b) a aumentar de preço 7%; é aceitável que a Comissão Peritos tenha o ónus da prova perante o Conselho de Administração relativamente a diversas afirmações e conclusões do estudo. Mas, uma vez mais, terá limites. Accredited by: Member of: Ónus da Prova e Comunicação Em qualquer caso, os argumentadores deverão / poderão convencionar – à partida ou à medida que a questão surge – quem tem o ónus da prova Um desacordo acerca deste ponto pode levar ao fim do processo comunicativo – argumentativo Accredited by: Member of: Ónus da Prova - Métricas Por fim, temos a questão da métrica ou padrão requerida(o) para considerar provada / não provada a frase, f. Consideram-se habitualmente 4 métricas ou padrões crescentemente mais exigentes Accredited by: Member of: Ónus da Prova – 4 Métricas 1. 2. 3. Vislumbre de Pova: se, e só se, há um argumento que suporta f; Preponderância da Prova: se, e só se, há vislumbre de prova e o peso da prova a favor de f é maior que o peso da presunção de não-f Prova Clara e Convincente: se, e só se, há preponderância da prova e os argumentos a favor de f excedem os argumentos contra f segundo um limiar especificado Accredited by: Member of: Ónus da Prova – 4 Métricas 4. Prova para Além de Dúvida Razoável: se, e só se, há uma prova clara e convincente e o peso dos argumentos contra está abaixo de um limiar especificado Estão apresentados e exemplificados os 4 conceitos fundamentais associados à análise e avaliação dos argumentos plausíveis: EA; QC; Falácias e Ónus da Prova. Avaliação de Argumentos; +EA; Processos Argumentativos e suas noções principais Accredited by: Member of: Avaliação de Argumentos Plausíveis 1. 2. a) b) (via EA + QC) Identificar / formular o(s) EA existentes no argumento; Duas situações possíveis São EA que já conhecemos / estudámos; São EA novos cuja formulação esquemática ficará à nossa responsabilidade; Accredited by: Member of: Avaliação de Argumentos Plausíveis 3. Identificar/formular as QC associadas a cada EA; 4. Duas situações possíveis a) Se o EA já tiver sido estudado terá QC canonicamente associadas; b) Se o EA for novo, teremos de construir as QC, 5. Assume-se que as premissas são verdadeiras, até prova / forte presunção em contrário (tal como na avaliação lógica dos argumentos); Accredited by: Member of: Avaliação de Argumentos Plausíveis 6. Queremos saber, através da aplicação das QC, se as premissas, tal como estão formuladas, suportam / tornam (muito) plausível a conclusão; 7. Aplicamos uma a uma as QC e vamos fazendo um Relatório das respostas; 8. Terminada a aplicação, produzimos uma Conclusão acerca da Qualidade do Argumento; 9. Em cada aplicação das QC tomamos posição (se entendermos que tal é relevante) acerca dos 4 aspectos incluídos no ónus da prova Accredited by: Member of: Outros EA e suas QC Quantos EA há? É possível distinguir entre esquemas primitivos e derivados e gerar os segundos a partir dos primeiros? São problemas, muito interessantes e muito complicados, para os quais não existe resposta consensual, nem mesmo quanto à metodologia a seguir para os solucionar. Por isso, o que faremos de seguida é apresentar e ilustrar mais 6 EA de ocorrência muito frequente em argumentos plausíveis, fazendo-os acompanhar das suas respectivas QC e das falácias que lhes correspondem Accredited by: Member of: Outros EA e suas QC EA TESTEMUNHO Argumento a Partir do Testemunho Exemplo 1. O FCP vs SB X: Sabes qual foi o resultado do Porto / Braga? Y: [C] Foi 5-1, [P1] disse-me o Jorge, que viu o jogo na TV. Accredited by: Member of: Outros EA e suas QC Exemplo 2. O iPhone Roubado X: Sabes que roubaram o iPhone à Marta na biblioteca? Y: [C] Foi certamente um individuo vestido de castanho e com um gorro, que [P1] o Pedro viu a sair da biblioteca a correr, depois de ter metido a mão na mochila da Marta. Mas o Pedro não foi a tempo de falar com ele. Accredited by: Member of: Outros EA e suas QC Exemplo 3. A Queda das Acções XYZ X (ao tm): “Carlos, preciso de aplicar 25.000€ antes de fechar a Bolsa e faltam 10m” Carlos: “Compra acções da XYZ, que têm estado a cair hoje todo o dia e ouvi um amigo do CEO da empresa dizer que amanhã apresentarão o Balanço e Demonstração de Resultados de 2009, que é altamente favorável” Accredited by: Member of: EA2 - TESTEMUNHO Premissa Relativa à Posição de Saber O indivíduo b está em posição de saber se a frase f é verdadeira ou falsa ou O indivíduo b está em posição de saber que f Premissa Sobre a Veracidade b está a dizer a verdade (tal como ele a conhece) acerca de f Accredited by: Member of: EA - TESTEMUNHO Premissa Sobre a Afirmação b afirma que f é verdadeira (/falsa) logo (é plausivel supor que) Conclusão f é verdadeira (/falsa) ou f Accredited by: Member of: Outros EA e suas QC Já sabemos que é uma codificação, em termos, gerais de um procedimento argumentativo que identifica / caracteriza um tipo de Argumento Plausível Os termos / expressões cujo significado ou conteúdo cognitivo são cruciais para este esquema são “_está em posição de saber se_”, “_está a dizer a verdade acerca de_” e “_afirmou que_” Accredited by: Member of: Outros EA e suas QC Reconstrução do Exemplo 2. O iPhone Roubado Premissa Relativa à Posição de Saber: Pedro está em posição de saber que um individuo vestido de castanho meteu a mão na mochila da Marta e saiu a correr da Biblioteca Premissa Sobre a Veracidade (implícita): Pedro b está a dizer a verdade (tal como ele a conhece) acerca de f = “um individuo vestido de castanho meteu a mão na mochila da Marta e saiu a correr da Biblioteca” Accredited by: Member of: Outros EA e suas QC Premissa Sobre a Afirmação: Pedro afirma que f é verdadeira logo(é plausivel supor que) Conclusão 1 (TESTEMUNHO): Um individuo vestido de castanho meteu a mão na mochila da Marta e saiu a correr da Biblioteca Accredited by: Member of: Outros EA e suas QC Premissa Implícita (2): Se um indivíduo mete a mão numa mochila / saco / etc. que não é dele e de seguida sai a correr do local onde realizou esta acção, e se verifica de seguida que dessa mochila / saco / etc. algo foi roubado, o autor da acção referida é um presumível culpado do roubo Conclusão 2 (do argumento) Foi certamente um individuo vestido de castanho e com um gorro que roubou o tm à Marta Accredited by: Member of: Outros EA e suas QC 1. 2. QC(TESTEMUNHO) Consistência Interna. Aquilo que b afirma é internamente consistente? “vi x sair a correr” / “x parou ao pé de y e começou a falar com y” Consistência Externa. Aquilo que b afirma é consistente com outros factos conhecidos? “x meteu a mão na mochila de Marta e saiu a correr” / “x que é amigo de Marta foi avisá-la que não encontrou o seu (dela) tm na mochila” Accredited by: Member of: Outros EA e suas QC 3. Consistência Intersubjectiva. Aquilo b afirmou é consistente com a afirmação de outras testemunhas? b afirmou: “x saiu a correr”; c afirmou: “x parou ao pé de y e começou a falar com y” 4. Opinião. b afirmou literalmente f, com o sentido que se lhe está a dar neste contexto; afirmou h, que se julga sinónimo de f; ou ainda afirmou Δ que alegadamente tem como consequência f? Accredited by: Member of: Outros EA e suas QC h = “vi um indivíduo vestido de cor escura, que estava com a mão na cadeira mesmo junto à mochila de Marta, mas depois foi-se rapidamente embora” / f = “um individuo vestido de castanho meteu a mão na mochila da Marta e saiu a correr da Biblioteca” 5. Fiabilidade. b é fiável? b: “um individuo vestido de castanho meteu a mão na mochila da Marta e saiu a correr da Biblioteca” / b detesta o individuo vestido de castanho Accredited by: Member of: Outros EA e suas QC 6. Plausibilidade de f. Quão plausível é f? f1 = “um individuo vestido de castanho meteu a mão na mochila da Marta e saiu a correr da Biblioteca” / f2 = “um individuo vestido de castanho meteu a mão na mochila da Marta e imediatamente a seguir tornou-se invisível, e terá sido desse modo que saiu da Biblioteca” Falácia correspondente: Do Falso Testemunho. Quando o EA TESTEMUNHO não passa as suas QC. Accredited by: Member of: Outros EA e suas QC EA3 AD HOMINEM Argumento Ad Hominem Genérico Exemplo 1. O Carácter do PM. O PM disse que há sinais claros de retoma económica. Sim, mas sabes as histórias nas quais o PM tem estado envolvido, elas atestam bem o que ele é capaz de fazer e de dizer. Por isso, acho que não deves aceitar o que ele disse. Trata-se como se vê de um argumento para atacar outro argumento = contra-argumento Accredited by: Member of: Outros EA e suas QC Esquema: AD HOMINEM Premissa de Ataque ao Carácter O indivíduo b tem mau carácter Premissa Sobre a Afirmação b afirma (frase ou argumento) logo(é plausivel supor que) Conclusão não deve ser aceite / verdadeira Accredited by: Member of: Outros EA e suas QC 1. Os termos / expressões cujo significado ou conteúdo cognitivo são cruciais para este esquema são “_tem mau carácter” e “_afirma que_” QC(AD HOMINEM) Fundamento. Quão bem fundamentada é a alegação de que b mau carácter? b fez de facto, de livre vontade e para servir exclusivamente interesses próprios ,, e , que são acções altamente reprováveis / b tem sido objecto de uma campanha sistemática por parte de alguma comunicação social que afirma que b fez ,, e Accredited by: Member of: Outros EA e suas QC 2. Relevância. A questão do carácter de b é relevante no tipo de situação comunicativa no qual foi afirmado por b? b afirmou à comunicação social em prime time televisivo / b afirmou a d, seu amigo e confidente de longa data, quando estavam apenas os dois no gabinete de b 3. Impacto. Pelo facto de b ter mau carácter, deve concluir-se que deve ser absolutamente rejeitado, mesmo que b tenha apresentado algumas provas que suportam ; ou deve … Accredited by: Member of: Outros EA e suas QC … apenas concluir-se que o facto de b ter mau carácter reduz a plausibilidade de ? b afirmou: “dado que eu sou PM estou em posição de saber se há ou não retoma económica em Portugal e posso afirmar com segurança que essa retoma existe” / b afirmou: “dadas as recentes estatísticas do INA, o estudo feito pelo Banco de Portugal e as declarações da Comissão de Economia e Finanças da EU, estamos em condições de afirmar que há retoma económica em Portugal” Accredited by: Member of: Outros EA e suas QC Falácia correspondente: Ad Hominem “b achou o preço dos pratos do restaurante “Coma Já” muito caro para a média dos restaurantes da mesma categoria nessa zona da cidade; mas é preciso ver que b veio de famílias pobres e está actualmente a viver do subsídio de desemprego” Accredited by: Member of: Outros EA e suas QC EA 4 - IGNORÂNCIA Argumento Baseado na Ignorância Exemplo 1. A Crise Acabou. b: “Achas que apesar de os especialistas terem dito que esta era a crise mais grave dos últimos 70 anos, e pouco mais se ter passado do que algumas megafalências e uma injecção maciça de capital na economia por parte de alguns estados, já saímos da crise. Quer dizer, praticamente nada mudou, nos comportamentos dos agentes económicos e a crise já acabou, ou está em vias disso?” d: “Acho que sim. Se a crise ainda viesse a ter mais consequências graves, saber-se-ia” Accredited by: Member of: Outros EA e suas QC EA4 IGNORÂNCIA Premissa Maior Se f fosse verdadeira, então f seria conhecida como verdadeira Premissa Menor Não é o caso que f seja conhecida como verdadeira logo(é plausivel supor que) Conclusão f não é verdadeira Accredited by: Member of: Outros EA e suas QC Os termos cujo significado ou conteúdo cognitivo são cruciais para este esquema são “_é verdadeira” e “_é conhecida como verdadeira” Aplicação ao Exemplo 1. A Crise Acabou Premissa Maior Se a frase f = “A crise ainda virá a ter mais consequências graves” fosse verdadeira, então f seria conhecida como verdadeira Premissa Menor Não é o caso que f seja conhecida como verdadeira Accredited by: Member of: Outros EA e suas QC logo (é plausivel supor que) Conclusão f não é verdadeira ou seja, A crise não virá a ter mais consequências graves Accredited by: Member of: Outros EA e suas QC 1. QC(IGNORÂNCIA) Alcance do Inquérito. A procura de provas de que f é o caso foi suficientemente desenvolvida? “a actual crise não terá mais consequências graves porque até agora não (se) ouvi(u) falar nisso” / “tendo sido levado realizado, por economistas reputados um conjunto de estudos em diferentes países afectados pela crise de acordo com os parâmetros 1, …, 2, não se detectaram mais consequências previsíveis para além das seguintes: K1, …, Kn. Por isso, não haverá mais consequências graves da crise para além de K1, …, Kn. Accredited by: Member of: Outros EA e suas QC 2. Ónus da Prova. Considerando o assunto em discussão, qual dos lados tem o ónus da prova: quem afirma que NÃO-f, ou o ‘outro lado’ (‘é plausível que f’; ‘é muito plausível que f’; ‘a possibilidade / perigo de f é real e deve ser investigada’; …)? Cf. argumento A Crise Acabou / “há indivíduos de muito mau carácter que se fizeram passar por business angels e que estiveram por trás da actual crise, mas não foram apanhados” Accredited by: Member of: Outros EA e suas QC 3. Padrão da Prova. Qual o nível do padrão / métrica da prova que se considera aceitável para o assunto em questão? Cf os dois exemplos de QC2. Falácia correspondente: Ad Ignorantiam Accredited by: Member of: Outros EA e suas QC Exemplo (Tindale [2007]: 117). Se a indústria do tabaco verdadeiramente acreditasse que podia pagar um estudo para provar que a publicidade ao tabaco não afecta o consumo, já teria pago esse estudo. Portanto, a publicidade ao tabaco afecta o consumo Tratamento do Exemplo. Exercício para casa Accredited by: Member of: Outros EA e suas QC EA 5 SINAIS Argumento a Partir de Sinais Exemplo 1. Sinais da Crise. Quando algumas mega-empresas faliram e várias pessoas começaram a querer levantar o seu dinheiro dos bancos, vi que íamos a atravessar uma crise económica grave. N.B. Tecnicamente a crise económica é medida por parâmetros que têm a ver com o crescimento económico (e, talvez também, com a inflação e o emprego) Accredited by: Member of: Outros EA e suas QC EA5 SINAIS Premissa Específica Os dados / as descobertas D1, …, Dn ocorrem / verificaram-se na situação S Premissa Geral Em geral, K ocorre quando os seus sinais D1, …, Dn ocorrem / se verificam logo(é plausivel supor que) Conclusão K ocorre na situação S Accredited by: Member of: Outros EA e suas QC O termo / expressão cujo significado ou conteúdo cognitivo é crucial para este esquema é “_é sinal de_”. No contexto este termo é correlativo do termo “_é explicação de_” Se x é sinal de y, y é a explicação de x. É um argumento causal: x é efeito de y É um EA extremamente frequente Accredited by: Member of: Outros EA e suas QC 1. 2. QC(SINAIS) Força da Correlação. Qual é a força da correlação entre D1, …, Dn e K? Fumo(Fogo) / Falência(Crise) Explicações Alternativas. Há algum K* (K*≠K) que possa ser uma melhor explicação de D1, …, Dn? Fumos frios não são sinais de fogo / Falências por fraudes não são necessariamente sinais de crise. Cf. “… e, felizmente, os desempregados resultantes das falências fraudulentas até arranjaram logo emprego, graças à situação económica favorável em que nos encontramos” Falácia correspondente. Falsos sinais Accredited by: Member of: Outros EA e suas QC Correlação e Causa Uma das formas centrais de raciocínio é a percepção de uma relação entre dois acontecimentos, ou dois conjuntos de acontecimentos, de tal forma que consideramos um desses acontecimentos ou conjuntos serem a causa do outro Veremos dois EA que lidam com este tipo de raciocínio Accredited by: Member of: Outros EA e suas QC A noção de CAUSA é vaga “o curto circuito causou o fogo” “a falta de controle da actividade bancária causou a presente crise” “O tiro causou a morte” “a hemorragia interna causou a morte” “as boas notas são a causa da euforia em que ela se encontra” “ele fez tudo isto por causa da inveja que tinha dela” Accredited by: Member of: Outros EA e suas QC Não há expectativa de que deixe de ser assim em geral Contextualmente (física, biologia, economia, psicologia) consegue-se reduzir, mas só em parte, o carácter vago da noção Parte desse carácter vago tem a ver com a noção de correlação: dois fenómenos A e E são observados juntos, várias vezes. Haverá alguma correlação entre ambos? Accredited by: Member of: EA para Causa: Correlação Acontecimentos A* e E* ocorrem em simultâneo ou com um lapso temporal suficientemente curto para querermos saber se E* é a causa de E* Eventualmente vários outros A (A1, A2, …) e vários outros E (E1, E2, …) ocorrem também nesses contextos Deste modo temos que ser capazes de estabelecer uma correlação relevante entre os nosso A* e E* para podermos extrapolar uma relação de causalidade de A* para E* Accredited by: Member of: Condição Necessária, Suficiente e Necessária e Suficiente 1. 2. 3. 4. Um primeiro modo de precisar a relação alegadamente causal entre A e E é elaborar a noção de condição (“x é condição de y”) A é um qualquer acontecimento ou situação (física, social, económica, mental, etc,) E é um qualquer acontecimento ou situação (física, social, económica, mental, etc,) Estipula-se que A≠E Accredited by: Member of: Condição Necessária, Suficiente e Necessária e Suficiente 5. A é condição necessária de E se, e só se, (A → E) 6. A é condição suficiente de E se, e só se, (A → E) 7. S é condição necessária e suficiente de E se, e só se, ((A → E) (A → E)) Accredited by: Member of: CAUSA 1. 2. 3. Responde à pergunta “porquê E?” Esta pergunta deve ser enquadrada num certo contexto, C. “Porque morreu Gil?” C1: “qual o curso dos acontecimentos que levou à morte de Gil?”; C2: “que processo usou Luca para matar Gil”; C3: “clinicamente falando, de que morreu Gil?” Grosso modo é aceitável dizer que A causa E num contexto C se, e só se, A juntamente com C é condição necessária e suficiente de E Accredited by: Member of: CAUSA 4. 5. Para simplificar assume-me um contexto fixo (ou vários ceteris paribus) e trata-se apenas da relação entre A e E Problemas acerca do “porquê” envolvem SEMPRE: a) Uma CORRELAÇÃO entre A (ou um conjunto de As) e E (ou um conjunto de Es); e b) Uma TEORIA (física, biológica, económica, social, psicológica, etc.) que explica como é que certos A são condições necessárias e suficientes de certos E Accredited by: Member of: Da Correlação para a Causa J.S. Mill no séc. XIX, propôs um conjunto de 5 métodos com o objectivo de apoiar o passo argumentativo que vai da correlação para a causa 1. Método do Acordo Directo A1, A2, A3, A4, ocorrem juntamente com E1, E2, E3, E4 A1, A5, A6, A7 ocorrem juntamente com E1, E5, E6, E7 _________________________ Logo, A1 é a causa, o efeito, ou parte da causa* de E1 * Depende da Teoria ou de mais Observações Accredited by: Member of: Da Correlação para a Causa 2. Método da Diferença A1, A2, A3, A4, ocorrem juntamente com E1, E2, E3, E4 A2, A3, A4 ocorrem juntamente com E2, E3, E4 _________________________ Logo, A1 é a causa, o efeito, ou parte da causa de E1 3. Método Conjunto do Acordo e da Diferença A1, A2, A3 ocorrem juntamente com E1, E2, E3 A1, A4, A5 ocorrem com E1, E2, E4 A2, A3 ocorrem com E2, E3 _______________________________ Logo, A1 é a causa, ou o efeito, ou parte da causa de E1 Accredited by: Member of: Da Correlação para a Causa 4. Método dos Resíduos A1, A2, A3 ocorrem juntamente com E1, E2, E3 A2 é sabido ser a causa de E2 A3 é sabido ser a causa de E3 ________________________________ Logo, A1 é a causa ou o efeito de E1 5. Método das Variações Concomitantes A1, A2, A3 ocorrem juntamente com E1, E2, E3 (A1↑), A2, A3 dá origem a (E1↑), E2, E3 ________________________________ Logo, A1 e E1 têm uma relação causal Accredited by: Member of: Observações sobre os Métodos 1. 2. 3. 3. Se bem que em muitas circunstâncias muito importantes NÃO seja possível usar qualquer um destes métodos (ou alguns deles), os métodos não deixam por isso contribuir para diminuir o carácter vago da noção de causa Eles são indicativos mesmo quando não se consegue aplicá-los completamente Eles são alternativos (melhor que nada) quando o raciocínio estatístico e probabilístico não se consegue usar E, num certo sentido, eles são prévios: dizem-nos que estatísticas queremos ter / fazer Accredited by: Member of: Outros EA e suas QC: Causa EA 6 – EFEITO Argumento da Causa para o Efeito Exemplo 1. x: “A inflação vai disparar”. y: “Porquê?“ x: “Porque os combustíveis aumentaram imenso” Exemplo 2. x: “Vai haver enorme contestação social, porque o aumento para a Função Pública será 0%” Accredited by: Member of: Outros EA e suas QC: Causa Esquema: EFEITO Premissa Maior: Geralmente, se {A1, …, An} ocorre, então {E1, …, En} ocorre Premissa Menor: No tempo, t, {A1, …, An} (pode) ocorre(r) logo(é plausivel supor que) Conclusão: No tempo, t (t’>t), {E1, …, En} (pode) ocorre(r) Accredited by: Member of: Outros EA e suas QC: Causa Os termos cujos significados ou conteúdo cognitivo são cruciais para este esquema são “geralmente_” e “se…, então”. No contexto, o primeiro é claramente sinónimo de “generalidade plausível”. “se…, então” tem, neste contexto, associada uma reivindicação de causalidade É EA extremamente frequente Accredited by: Member of: Outros EA e suas QC: Causa Nessa reivindicação está omissa a teoria que asseguraria essa explicação causal. É possível que no contexto argumentativo concreto se consiga identificar qual é (cf. exemplo 1 e 2) Por outro lado, é óbvio que tem que haver uma relação de ‘proximidade pertinente’ entre t’ e t, em t’>t , mas há grande latitude Accredited by: Member of: Aplicação ao Exemplo 1 (Entimema) Premissa Maior [IMPLÍCITA]: Geralmente, se o aumento dos combustíveis ocorre, então a inflação aumenta Premissa Menor: Os combustíveis acabam de aumentar Logo(é plausivel supor que) Conclusão: A inflação irá aumentar Accredited by: Member of: QC(EFEITO) 1. 2. Força da Generalização. Qual é a força da generalização causal (plausível) da premissa maior Fumo(Fogo) / Falência(Crise) = QC1(SINAIS) Evidência. Há evidência / provas dessa relação causal e qual é a força dessa evidência / prova? Que tipo de correlação (evidência) / que tipo de teoria (prova); Accredited by: Member of: QC(EFEITO) 3. Outras Causas. Há alguma A* (tal que: A*∉ {A1, …, An}) que possa ser uma melhor explicação de {E1, …, En}? – Fogos não são as únicas causas de fumos (cf. fumos frios) / Crises económicas não são as únicas causas de falências (cf. fraude ou má gestão) = QC2(SINAIS) Accredited by: Member of: Modos de Testar Teorias: EA6 e EA7 Protocolo de Teste 1. (T → (A → E)) 2. A 3. E? (instância de teste) 3.a) Sim = instância de confirmação 3.b) Não = contra-exemplo 4. Problema: como lidar com 3.b? 5. Via de Resposta: 5.a) Ceteris paribus ou não? 5.b) Centralidade da instância de teste relativamente a T Accredited by: Member of: Outros EA e suas QC: Causa Falácia correspondente Generalização Apressada Qualidade da amostra, se se trata de uma generalização probabilística ou estatística Qualidade da correlação Existência de uma teoria Accredited by: Member of: Outros EA e suas QC: Causa Exemplo. The Indenpendent Agosto 10, 2004 (Tindale [2007]: 152) “…As a Londoner, I am constantly surprised by how nice people are in other parts of Britain. I equally find myself asking why people become such ogres once they are within the of M25 parameter. The same goes for Parisians and the French, New Yorkers and Americans and so on. Clearly cities are not places to see human beings at their best”. Accredited by: Member of: Outros EA e suas QC: Causa EA 7 – CORRELAÇÃO Argumento da Correlação para a Causa Exemplo 1. x: “Beber vinho tinto moderadamente faz bem à saúde.” y: “Porquê?”. x: “Porque existe uma correlação estatisticamente interessante entre beber vinho tinto e prevenção de ataques cardíacos” [Não será de aplicar aqui o Método 5 de Mill!] Accredited by: Member of: EA(CORRELAÇÃO) Premissa de Correlação Há uma correlação positiva / relevante entre {A1, …, An} e {E1, …, En} logo(é plausivel supor que) Conclusão {A1, …, An} causa {E1, …, En} Accredited by: Member of: Outros EA e suas QC: Causa Os termos cujos significados ou conteúdo cognitivo são cruciais para este esquema são “há correlação (positiva / relevante) _ e _” e “_é causa de_” Neste EA os Métodos de Mill são particularmente relevantes, quando podem ser usados É um EA extremamente frequente Accredited by: Member of: Aplicação ao Exemplo 1 Premissa Correlação Há uma correlação positiva entre beber vinho tinto e a prevenção de ataques cardíacos logo(é plausivel supor que) Conclusão Beber vinho tinto reduz o risco de ataques cardíacos Accredited by: Member of: QC(CORRELAÇÃO) 1. Qualidade da Correlação. Há mesmo uma correlação positiva / relevante entre {A1, …, An} e {E1, …, En}? As SQC de QC1 seriam determinar como se comporta a alegada correlação relativamente aos métodos de Mill Veja-se QC1(SINAIS) e QC1(EFEITO) Há alguma teoria que proponha a existência de uma relação causal entre {A1, …, An} e {E1, …, En}? Accredited by: Member of: QC(CORRELAÇÃO) 2. Quantidade de Correlatos. Há evidência / provas dessa relação causal e qual é a força dessa evidência / prova? SQC1: Quantos casos / amostras da correlação em questão é que foram consideradas? SQC2: Esse número é significativo? SQC3: existe outro tipo de correlações que sejam explicadas pela mesma teoria que afirma a relação causal entre {A1, …, An} e {E1, …, En}? Accredited by: Member of: QC(CORRELAÇÃO) 3. Outras Causas. Há alguma A* (tal que: A*∉ {A1, …, An}) que possa ser uma melhor explicação de {A1, …, An} e de {E1, …, En}? Cf. QC2(SINAIS) e QC(EFEITO) Falácia correspondente: Post Hoc Ergo Proper Hoc (Tindale [2007]: 175-6) Accredited by: Member of: Post Hoc Ergo Proper Hoc Exemplo 1. O Jantar que Saiu Caro La Weekly, 24 a 30 de Junho de 2005 (Michel Houllebecq um romancista francês muito controverso) “Janta-se com MH e corre-se perigo – basta perguntar a Oliver Stone. Pouco tempo depois de partilhar uma mesa com este escritor francês ultra-controverso no White Lotus … Stone foi mandado encostar por polícias do Sunset Boulevard, foi levado à esquadra, acusado de guiar sob a influência de substâncias ilegais e multado em 15.000$. Mas, ninguém disse que sair com MH seria fácil…” Accredited by: Member of: Post Hoc Ergo Proper Hoc Exemplo 2. Com a Religião Entramos nos Eixos É difícil não ver o impacto da religião na sociedade. Nos anos 70 e 80 a ida à igreja caiu cerca de 30%, nas cidades. Durante esse mesmo período de tempo assistimos a grande aumento de criminalidade urbana, formação de gangs de delinquentes juvenis, aumento do aborto nas cidades, para referir só estes aspectos. Se queremos voltar a pôr a sociedade nos eixos, devemos retomar as nossas raízes religiosas. Accredited by: Member of: