Capítulo 3 O Ambiente Externo das Organizações 1 /55 As escolas da Administração Clássica se concentraram em eventos internos à organização: Quantos subordinados os administradores devem ter, por que os administradores devem melhorar as condições de trabalho , e como usar novas tecnologias nas tomadas de decisão. 2 /55 Na sua preocupação com o ambiente interno das organizações, esses teóricos tendiam a menosprezar a importância do ambiente externo. Podiam fazê-lo porque a maioria das organizações da primeira metade do século passado operava num ambiente relativamente estável e previsível. 3 /55 Hoje em dia, o ambiente externo passa por mudanças contínuas e rápidas, com efeitos de longo alcance sobre as organizações e suas estratégias administrativas. O estilo de vida dos consumidores, a demografia dos empregados e os regulamentos governamentais também estão em mudança. 4 /55 Ao mesmo tempo, padrões pelos quais os administradores. mudaram os são julgados Antigamente, para as organizações, bastava maximizar os lucros ; os administradores eram julgados pelo modo como realizavam os interesses dos acionistas. 5 /55 Agora, as organizações devem se responsabilizar não apenas pelos acionistas , mas também pela comunidade maior e mais variada dos stakeholders. Que são os grupos ou indivíduos direta ou indiretamente afetados pela busca de uma organização por seus objetivos. 6 /55 Hoje, mais do que nunca, os administradores sofrem uma pressão cada vez maior para prever e responder a essa quantidade de forças externas, e pensar globalmente. 7 /55 Stakeholders Relevantes para Uma Empresa de Software 8 /55 Ambiente das Tarefas Ambiente Interno Elementos Tecnológicos Competidores Elementos Internacion ais Reguladores Clientes A Organização Proprietários; empregados; administradores e ambiente físico Elementos Econômicos Fornecedores Parceiros estratégicos Elementos Sócio-culturais Ambiente Geral Elementos Políticos/Le gais 9 /55 O Ambiente Externo: Uma Visão Geral Ambiente Externo – Todos os elementos que, atuando fora de uma organização, são relevantes para as suas operações; incluem elementos de ação direta e de ação indireta. De fato, as organizações trocam recursos com o ambiente externo e dependem dele. 10 /55 Insumos – Recursos retirados do meio ambiente, como matéria-prima e mão-de-obra, que podem entrar em qualquer sistema organizacional. Produtos – Insumos transformados, que voltam ao ambiente externo sob a forma de bens ou serviços. 11 /55 O Ambiente externo tem elementos de ação direta e de ação indireta. Elementos de ação direta. Elementos do meio ambiente que influenciam diretamente as atividades de uma organização . Como por exemplo: empregados e acionistas. 12 /55 Elementos de ação indireta – Elementos do ambiente externo que afetam o clima em que ocorrem as atividades de uma organização , mas que não afetam diretamente a organização. Como por exemplo: clientes e concorrentes. 13 /55 ELEMENTOS DO AMBIENTE DE AÇÃO DIRETA Os Stakeholders pertencem a duas categorias: 14 /55 A) Stakeholders externos – Grupos de indivíduos do ambiente externo de uma organização e que afetam as suas atividades, tais como: 15 /55 Fornecedores. Sindicatos. Competidores. Consumidores. Órgãos governamentais. Grupos com interesses especiais: (Grupos políticos ou religiosos). 16 /55 B) Stakeholders internos. Grupos ou indivíduos como por exemplo: Proprietários. Empregados . Acionistas. Diretoria. 17 /55 ELEMENTOS DO AMBIENTE DE AÇÃO INDIRETA O componente de ação indireta do ambiente externo afeta a organização de duas maneiras. 18 /55 Primeiro: Algumas forças podem ditar a formação de um grupo que eventualmente se torne um Stakeholder. 19 /55 Segundo: Os elementos de uma ação indireta criam um clima, uma tecnologia que muda rapidamente, crescimento ou declínio econômico , mudanças nas atitudes com relação ao trabalho, no qual a organização existe e ao qual precisa, em última estância reagir. 20 /55 Fahey e Narayanan agruparam essas interações complexas em quatro fatores amplos que influenciam a organização e que devem ser considerados por seus administradores: 21 /55 OS FATORES: Social. Econômico . Político. Tecnológico. 22 /55 A) Variáveis Sociais – Fatores – como por exemplo a demografia, o estilo de vida e os valores sociais – que podem influenciar uma organização a partir de seu ambiente externo. 23 /55 B) Variáveis Econômicas. Condições e tendências econômicas gerais que podem influenciar as atividades de uma organização. 24 /55 C) Variáveis Políticas – Fatores que podem influenciar as atividades de uma organização em decorrência do processo ou do clima político. 25 /55 D) Variáveis Tecnológicas. Desenvolvimento de novos produtos e processos, bem como avanços na ciência , que podem afetar as atividades de uma organização. 26 /55 A DIMENSÃO INTERNACIONAL Uma das mudanças mais importantes no ambiente externo é a globalização dos negócios, com efeitos diretos e indiretos sobre o ambiente. 27 /55 A globalização dos negócios também afeta o ambiente de ação indireta. A imprensa diária está cheia de notícias sobre déficits comerciais, apelos para o protecionismo ou para o livre comércio e desafios às economias dirigidas dos países comunistas, ( China ) elevando a possibilidade de novas oportunidades para o comercio internacional. 28 /55 Os administradores devem estar cônscios das variáveis sociais, econômicas, políticas e tecnológicas em cada país em que desejam negociar ou esperam competir. 29 /55 ÉTICA E RESPONSABILIDADE SOCIAL “Ética. Parte da filosofia que estuda os deveres do homem para com Deus e para com a Sociedade” 30 /55 “ Caráter, é aquilo que somos quando as portas estão fechadas e as luzes apagadas ”. “ Ética é um conjunto de valores e regras que definem a conduta como certa ou errada”. 31 /55 Os valores e regras indicam quando um comportamento é aceitável e quando é inaceitável. Num sentido mais amplo, a ética inclui: 32 /55 Distinção entre fato e crença; Definição de termos morais; elementos em Aplicação de princípios morais a uma situação. 33 /55 Ética – Ética é a disciplina ou campo do conhecimento que trata da definição e avaliação do comportamento de pessoas e organizações. A ética lida com o que pode ser diferente do que é, da aprovação ou reprovação do comportamento observado em relação ao comportamento ideal. 34 /55 O comportamento ideal é definido por meio de um código de conduta, ou código de ética, implícito ou explícito. Códigos de ética são conjuntos particulares de normas de conduta. Há o código de ética dos médicos, da propaganda, dos militares, dos jornalistas, de um partido político, de um grupo social, ou até mesmo de uma pessoa. 35 /55 DECLARAÇÃO DE UMA ÉTICA GLOBAL Não- violência (Amor) Respeito pela vida Compromisso com princípios Solidariedade Veracidade Tolerância Direitos iguais Moralidade Sexual 36 /55 COMO LIDAR COM PROBLEMAS ÉTICOS Reconhecer e esclarecer o dilema. Conhecer todos os fatos possíveis. Listar todas as opções. Testar cada opção fazendo a pergunta: É legal? É Certo? É benéfico? 37 /55 Tomar a sua decisão. Confirmar a sua decisão respondendo: Como vou me sentir se: (a)minha família descobrir? (b)for publicado nos jornais? Então, e só depois, aja. 38 /55 39 /55 DIÓGENES, O MAIS FOLCLÓRICO DOS FILÓSOFOS É famosa, por exemplo, a história de que ele saía em plena luz do dia com uma lanterna acesa procurando por homens verdadeiros e honestos, ou seja, homens virtuosos. 40 413 aC - 323 aC Escolheu como habitação um tonel que estava localizado no centro da cidade. Igualmente famosa é sua história com Alexandre, o Grande, ao encontrá-lo, terlhe-ia perguntado o que poderia fazer por ele. Acontece que devido à posição em que se encontrava, Alexandre fazia-lhe sombra. Diógenes, então, olhando para o Sol, disse:” Não me tires o que não me podes dar”. 41 Apóstolo Paulo Como está escrito: “Não há justo, nem um sequer, não há quem entenda, não há quem busque a Deus; todos se extraviaram à uma se fizeram inúteis; não há quem faça o bem, não há um sequer. Paulo aos Romanos 3:10-12. ( 9 d.C - 64d.C) 42 Vergonha de ser honesto “A injustiça, Senhores, desanima o trabalho , a honestidade , o bem; cresta em flor os espíritos moços, semeia no coração das gerações que vêm nascendo a semente da podridão...” (1849-1923) 43 /55 “...habitua os homens a não acreditar senão na estrela, na fortuna, no acaso, na loteria da sorte , promove a desonestidade, promove a venalidade, promove a relaxação, insufla a cortesania, a baixeza, sob todas as suas formas...” 44 /55 “...De tanto ver triunfar as nulidades, de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça , de tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos de maus, o homem chega a desanimar da virtude, a rir-se da honra, a ter vergonha de ser honesto” Ruy Barbosa, discurso proferido em 1914. 45 /55 “A maior necessidade do mundo é a de homens, homens que não se comprem nem se vendam; homens que no íntimo da alma sejam verdadeiros e honestos; (1827-1915) 46 /55 Homens que não temam chamar o pecado pelo seu nome exato; homens, cuja consciência seja tão fiel ao dever como a bússola o é ao pólo ; homens que permaneçam firmes pelo que é reto , ainda que caiam os céus. 47 /55 “Mas um caráter tal não é obra do acaso; nem se deve a favores e concessões especiais da Providência . Um caráter nobre é resultado da disciplina própria, da sujeição da natureza inferior pela superior, a renúncia do eu para o serviço de amor a Deus e ao homem.” Ellen G. White, Educação, pág. 57. 48 /55 RESPONSABILIDADE SOCIAL Nas últimas décadas tem-se observado uma preocupação cada vez maior com as obrigações sociais da empresa, ocasionada pelo crescimento dos movimentos de defesa do meio ambiente e do consumidor, que se voltam para a relação entre empresa e a sociedade. 49 /55 Declarações que a empresa deve dedicar parte de seus recursos econômicos a ações que beneficiam a sociedade nem sempre tem sido bem recebidas. 50 /55 Autores que escreveram sobre administração divergem não só quanto ao nível apropriado da ação social da empresa , mas também quanto a se a empresa tem motivos legítimos para destinar quaisquer recursos a ações sociais. 51 /55 Esse debate continua, e cristalizou-se nos textos e reflexões de dois importantes autores, o Dr. Milton Friedman , premio Nobel em economia em 1976. (1912-2006) 52 /55 Dr. Keith Davis da Universidade do Estado do Arizona. (1918-) 53 /55 Milton Friedman propôs a concepção de que a única função válida da empresa é maximizar lucros e o valor do patrimônio para os investidores. A empresa não é obrigada a ser socialmente responsável para além das ações exigidas por lei. A empresa ajudará a melhorar a sociedade ao obter lucros e pagar melhores salários a seus trabalhadores. 54 /55 Keith Davis sustenta que já que a empresa tem poder na sociedade, ela deve exercer tal poder para melhorá-la e, portanto, tem a obrigação de demonstrar sensibilidade social. 55 /55 Diante do reflexo das diferenças entre a visão de Milton Friedman e Keith Davis , as organizações empresariais têm assumido diferentes graus de sensibilidade Social. 56 /55 Pode-se distinguir três abordagens: A abordagem da obrigação social ; A abordagem da Responsabilidade social; A abordagem da sensibilidade social . 57 /55 Abordagem da obrigação social Abordagem da responsabilidade social Abordagem da sensibilidade social Abordagem da obrigação social Cumprir apenas as obrigações legais. Abordagem da responsabilidade social Cumprir as obrigações legais e as obrigações sociais atuais que afetam diretamente a empresa. Abordagem da sensibilidade social Cumprir as obrigações legais e sociais relativas a tendências / problemas que estão surgindo mesmo que afetem a empresa apenas indiretamente.