Psicologia Comportamental
Aula 10
Bernardo Gomes
Outubro 2011
Aula Passada
 Introdução e visão geral das áreas de
aplicação
 Aumentando a freqüência de um
Comportamento por meio de Reforçamento
Positivo (Parte I)
 Caps. 1, 2 e 3 e MARTIN, G; PEAR
Hoje
 Aumentando a Frequencia de um
Comportamento por meio de
Reforçamento Positivo (Parte II)
 Discriminação e Generalização de
Estímulos
 Caps. 3 e 8 MARTIN, G; PEAR
Reforçamento Positivo
“Se numa determinada situação, alguém
faz alguma coisa que é imediatamente
seguida por um reforçador positivo,
então essa pessoa tem maior
probabilidade de fazer a mesma coisa
novamente quando encontrar uma
situação semelhante.” Martin e Pear,
2009
Fatores que Influenciam a Eficácia do R+
1- Comportamento a ser Intensificado
2- Reforçadores escolhidos
3- Operações Motivacionais
4- Dimensão do Reforçador
5- Instruções
6- Contigüidade
7- Contingência
8- Mudando para Reforçadores Naturais
Comportamento a ser Intensificado
 O Comportamento a ser Reforçado
precisa ser ESPECÍFICO já que isto:
 Melhora a confiabilidade de mudanças
observadas
 Aumenta a consistência do programa
 Exemplos: Número de pressões à barra,
tempo de leitura, tempo fixo de olhar etc.
Reforçadores escolhidos
 É preciso escolher reforçadores
EFICAZES para cada reforçamento
positivo que se deseje.
 Classes de Reforçadores:





Consumíveis (Ex: Sushi; Água)
Atividade (Ex: Assistir TV, Ouvir música)
Manipuláveis (Ex: Colorir; Andar de bicicleta)
Privilégios (Ex: Cadeira favorita)
Sociais (Ex: Abraços, atenção)
Operações Motivacionais I
 Em sua maioria os reforçadores somente serão
eficazes se o indivíduo estiver PRIVADO deles
por um período (ex: água é reforçador para
quem tem sede).
 Op. Motivacionais (Pág. 491): “Eventos ou
operações que: a) alteram temporariamente o
efeito de consequencias, como reforçadores ou
eventos punitivos (efeito de alteração de valor);
b) afetam comportamentos que normalmente
levam a tais reforçadores ou eventos punitivos
(efeito de alteração de comportamento).”
Operações Motivacionais II
 Exemplo: Ingerir muito sal é uma OM para
ingestão de água
 A OM pode ser entendida como VARIÁVEL
MOTIVACIONAL que afeta a probabilidade
do comportamento
 São de dois tipos:
 Estabeledora: Aumenta a eficácia do reforçador
Ex: Privação
 Supressora: Reduz a eficácia do reforçador
Ex: Saciação
Dimensão do Reforçador
 A quantidade ou magnitude do reforçador
também determina sua eficácia
Ex: Por 0,2 uma quantidade de alunos respondeu
às perguntas propostas. Talvez por 1 ponto
(magnitude maior) a maior parte responderia...
 A quantidade dependerá de diversos fatores
(ex: dificuldade do comportamento). Na
prática: Se for obtido rapidamente o
reforçador, o comportamento a ser reforçado
pode cessar rapidamente. Se for muito
demorado, pode cessar o comportamento
também!
 Ex: Economia de fichas em TDAH
Instruções
 Para ter um comportamento reforçador um sujeito não
precisa saber descrever o que está sendo feito.
Nota: Lembrar que, até onde sabemos, não existem ratos
alfabetizados!
 Por outro lado, usando regras ou instruções é mais
fácil de DISCRIMINAR quais comportamentos devem
ser realizados para obtenção de reforço.
 As regras facilitam a modificação do comportamento:
– Aceleram o processo de aprendizagem
– Podem influenciar o indivíduo a trabalhar por um reforço
atrasado – “Se eu estudar TODO o livro facilmente tiro
10!”
– Facilitam a aprendizagem do comportamento de seguir
instruções
Contigüidade
 Para obter o maior reforçamento possível o
reforçador deve ser liberado logo após a
execução do comportamento desejado
 Mas em alguns casos o reforçador não tem
como ser apresentado logo após o
comportamento. EX: Diploma universitário
 Mas e aí? Como manter a comportamento
alvo ser o reforçador atrasado?
 Certos eventos intermediários precisam
existir para manter o comportamento, cubram
o período até o reforçador final. Ex: Notas na
faculdade
Contingência X Não Contingência
 Quando um comportamento precisa ocorre antes
de um reforçador ser apresentado, é dito que o
reforçador foi CONTINGENTE a este
comportamento
 Se um reforçador é apresentado de forma
independente do comportamento, diz-se que foi
NÃO CONTINGENTE.
 De um modo geral busca-se sempre
CONTINGÊNCIA para aumentar a eficácia do
reforçamento.
 Ex: Qual empregado tenderia a produzir mais:
aquele que recebe PL após cumprir uma meta ou
aquele que recebe PL indiscriminadamente?
Mudando para Reforçadores
Naturais
 Objetivo final quando treinamos reforçamento é
MANTER o comportamento após o término do
treino
 Ou seja, é altamente desejável que ocorram
reforçadores não programados no ambiente
natural, chamados de reforçadores naturais.
Ex: Pode-se iniciar um treino de estudos com
crianças por economia de fichas como reforçador,
contudo, uma vez criado o hábito
(comportamento) de estudar, é possível supor que
esta criança obtenha outros reforçadores (atenção
dos professores, elogio dos colegas e dos pais ou
os próprios reforçaores de uma boa educação)
Ciladas do R+
 Efeitos indesejados: Reforçar comportamento
que dificultam ou concorrem com outros mais
desejáveis. Ex: Dar muito mais atenção a uma
criança retraída pode reforçar exatamente o
comportamento de não interação!
 Apresentações não contingentes não reforçam
comportamentos específicos (ex do livro)
 Evitar sempre explicações simplistas! Idealmente
sempre pensar nas consequencias imediatas
daquele comportamento e não o resultado último!
Diretrizes para Eficácia do R+ I
1- Selecionar comportamento a ser reforçado
a) Específico (sorrir ao invés de socializar)
b) Que se mantenha por reforçadores
naturais
2- Selecionar um reforçador
a) Qual reforçador é mais eficaz (disponíveis
diretamente, possam ser apresentados logo
após, não causem saciedade rápida, não
demorem muito para serem consumidos)
b) Usar tantos reforçadores quanto possíveis
Diretrizes para Eficácia do R+ II
3- Aplicar reforçamento positivo
a) Explicar o plano
b) Reforçar imediatamente
c) Descrever comportamento desejado enquanto estiver
reforçando
d) Usar elogios e contato físico ao liberar reforços
4- Desligar o programa mas manter o comportamento
a) Se após 12 ocasiões o comportamento estiver
ocorrendo em frequencia desejável, começar a eliminar
reforçadores tangíveis mantendo por reforço social
b) Procurar por outros reforçadores naturais que
possam manter o comportamento
c) A fim de assegurar que o comportamento está sendo
mantido planejar sessões de reavaliação após término
do treino.
Capítulo 8
Discriminação e
Generalização de
Esímulos
Lembrar PGE!!! –
Contingência Tríplice
Sd – R → C
Onde: Sd = Estímulo discriminativo
R = Resposta do organismo
C = Consequencia
Tipos de Estímulos Controladores
 SD
Na presença deste estímulo
determinado comportamento ocorrerá
(foi reforçado)
 S∆
Na presença deste estímulo não
ocorrerá (foi extinto)
Controle Discriminativo de
Estímulos
• Quando um comportamento tem alta
probabilidade de ocorrer na presença de
SD e baixa na presença de S∆
Ex: Nomear objetos
• Na prática sempre passamos por treino
discriminativo ao longo da vida.
Exemplo clássico: Nomear Cor
Azul
Vermelho
Laranja
Generalização de Estímulos
Operantes
• Ocorre quando uma mesma resposta é
emitida na presença de estímulos algo
semelhantes e na qual esta resposta foi
previamente reforçada no passado.
• No exemplo anterior:
Vermelho?
Próxima Aula
• Temas:
Aprendizagem de Discriminação de
Estímulos e Controle de Estímulos
O Papel das Regras e objetivos na
Modificação do Comportamento
Caps. : 8 e 17 MARTIN, G; PEAR
Exercícios Reforçados
Positivamente!!!
• Cap. 3 – Exercícios 2, 3, 6, 7, 9
• Cap. 8 – 2, 3, 4, 7, 10
Nota: A serem entregues na semana que
vem!
Nota 2: Individuais!!!
Reforço: Se corretos = 0,2 NP2
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Psicologia Comportamental Aula 8