ESTRATÉGIAS DE PROMOÇÃO DA SAÚDE E PREVENÇÃO DE DOENÇAS 1. USO DE DROGAS ANTI-ENVELHECIMENTO: Stress oxidativo e uso de anti-oxidantes; Vitaminas em geral Reposição hormonal: Hormônio de crescimento (somatopausa) Testosterona (andropausa) Estrógeno (menopausa e terapia de reposição hormonal) 2. ESTRATÉGIAS DE PROMOÇÃO DA SAÚDE E PREVENÇÃO DE DOENÇAS 1. Principais co-morbidades associados à incapacidade 2. Aterosclerose e avaliação do risco cardiovascular Prevenção primária e secundária da aterosclerose Uso de antiagregantes no idoso Abordagem da dislipidemia 3. Prevenção de AVC Manejo da fibrilação atrial no idoso Outros fatores de risco 4. Prescrição de atividade física no idoso 5. Screening de câncer no idoso 6. Imunização no Idoso Vacina anti-influenza Vacina anti-pneumocócica Vacina dupla tipo-adulto 7. Abordagem diagnóstico e terapêutica da osteoporose STRESS OXIDATIVO E USO DE ANTI-OXIDANTES Oxigênio ENERGIA-ATP Mitocôndria ANTIOXIDANTES RADICAIS LIVRES Vitaminas E,-caroteno, vit. C, Glutationa, Catalase, Selênio, Cobre, Zinco,Manganês, ... ANTIOXIDANTES RADICAIS LIVRES Vitaminas E,-caroteno, vit. C, Glutationa, Catalase, Selênio, Cobre, Zinco,Manganês, ... STRESS OXIDATIVO LÍPIDES Peroxidação Lipídica PROTEÍNAS Dano do DNA 1. Sistema Cardiovascular 2. Câncer 3. 4. Imunossenescência Demência de Alzheimer 5. Degeneração Macular ANTIOXIDANTES E CARDIOPATIA ISQUÊMICA LDL-oxidada Endotélio vascular ATEROSCLEROSE RUPTURA INJÚRIA ENDOTELIAL: Fatores Quimiotáticos para monócitos Óxido Nítrico Citotoxicidade Recrutamento de Monócitos / Macrócitos Proliferação de células musculares lisas Agregação Plaquetária TROMBOSE ANTIOXIDANTES X DOENÇA CARDIOVASCULAR X CÂNCER EVIDÊNCIAS CIENTÍFICAS 1. LINXAN, China,1993 2. ATBC (-Tocoferol, -caroteno Cancer Prevention Study) NEJM, 1994 29.133 HOMENS FUMANTES 50-69 anos: 5 a 8 anos 29.584 adultos (subnutrição) - 5,2 anos -caroteno 15 mg Selênio 50 mcg -tocoferol 30 mg RR de morte por todas as causas foi 0,91. Não houve redução na mortalidade cardiovascular. Vit. E 50 mg ou -caroteno 20mg NENHUMA REDUÇÃO DA MORTALIDADE POR CÂNCER OU CARDIOPATIA ISQUÊMICA (RR 1,08) -caroteno: 8% na mortalidade geral (18% no Ca pulmão e de 8% nas mortalidade por cardiopatia isquêmica) 3.CARET(NEJM, 1996) -caroteno and Retinol Efficacy Trial 18.314 pctes: Fumantes + Asbestos 4 anos Retinol(25.000 UI/d) + -caroteno 30mg/dia AUSÊNCIA DE BENEFÍCIO ou risco Incidência de câncer de pulmão: RR 1,28 (IC 1,04 a 1,57; p=0,02) Mortalidade por câncer de pulmão: RR 1,46 (IC 1,07 a 2) Mortalidade por todas as causas: RR: 1,17 (IC 1,03 a 1,33) (suspenso 21 meses antes do término previsto) 4. Physician’s Health Study, 1996 22.071 médicos, homens, 40-84 anos, 12 anos -caroteno: 50 mg, dias alternados Nenhum Benefício ou Malefício (RR:1,01) VITAMINA E ATBC (-Tocoferol, -caroteno Cancer Prevention Study) Prevenção Secundária com vitamina E 50 mg O RISCO DE IAM NÃO-FATAL FOI REDUZIDO EM 38%.NÃO HOUVE REDUÇÃO DOS EVENTOS FATAIS. IOWA WOMEN’S HEALTH STUDY NEJM, 1996 34.486 pós-menopáusicas sem DCV - 7anos Questionário Vitamina A e C: NENHUM BENEFÍCIO Vitamina E: A ingestão de Vit. E, na forma de ALIMENTOS foi inversamente associada ao risco de eventos coronarianos fatais (RR 0,36 a 1). A suplementação de Vit. E não apresentou o mesmo impacto. GISSI- Prevenzione Trial Lancet 1999 11.324 pcts < 3 meses pós-IAM - 3 a 5 anos Vitamina E 300mg/dia: Nenhum efeito Ac. Graxos Poliinsaturados n-3 (1g/d): Houve redução significativa da taxa de morte, IAM não-fatal e AVC. HOPE: The Heart Outcomes Prevention Evaluation Study Investigators NEJM,2000 2.545 mulheres e 6.996 homens > 55 anos - Alto risco para DCV - 5 anos ou com DCV estabelecida (Prevenção primária e secundária) Vitamina E 400 IU/d: Nenhum benefício aparente no prognóstico cardiovascular. Ramipril: o estudo foi suspenso com 4,5 anos com base nos benefícios demonstrados com o uso do Ramipril e ausência de qualquer efeito com a Vit. E. SECURE (The Study to Evaluate Carotid Ultrsound): Circulation, 2001 Ramipril ou Vitamina E na progressão da aterosclerose em pctes de alto risco. Pctes:732 > 55 anos( 4,5 anos) Aterosclerose: Ultra-Som Carotídeo B-mode Vitamina E não trouxe nenhum benefício. PPP (Primary Prevention Project) - 2001 N: 4496 homens e mulheres. Idade 55 anos Ramdomização: Vitamina E (300 UI) ou Aspirina Duração: 4 anos NÃO HOUVE NENHUM BENEFÍCIO CARDIOSVASCULAR OU MORTALIDADE POR QUALQUER CAUSA CHAOS: Cambridge Heart Antioxidant Study Lancet 1996. 2.002 pcts com aterosclerose coronariana angiográfica -Tocoferol 400 ou 800 UI/d 1,4 anos IAM não fatal e outros eventos cardiovasculares foram reduzidos em 77% e 47%, respectivamente. NÃO FOI OBSERVADO NENHUMA REDUÇÃO NOS EVENTOS CARDIOVASCULARES FATAIS, inclusive discreto aumento. PROBLEMAS: •Randomização inadequada; •Follow-up incompleto (1,5 anos) •Mudança na dose da vitamina E (800 UI para 400 UI/dia) ANTIOXIDANTES: Outros efeitos DEGENERAÇÃO MACULAR Stress oxidativo IMUNOSSENESCÊNCIA Meydani SM, JAMA, 1997 PALLAST EG, Am J Clin Nutr, 1999 Parâmetros da imunidade celular (Linfócitos T) Infecção ? NHANES: ingestão de frutas e vegetais ricos em vitamina A. POLA, Arch Ophthalmol, 1999: 2584 pcts> 60 anos A vitamina E(níveis plasmáticos) pode reduzir o risco de degeneração macular. ? DEMÊNCIA ALZHEIMER SANO M, NEJM, 1997 2 anos Vit. E 2.000 UI/d Progressão da doença (tempo para i nstitucionalizaão e AVDs) Não houve melhora cognitiva Em 2002, o MRC / BHF Heart Protect Study acompanhou 20.536 adultos, por um período de 5 anos, com idade de 40 a 80 anos, portadores de doença arterial coronariana ou outras doenças arteriais oclusivas ou diabetes mellitus, que foram randomizados para receberem suplementação de antioxidantes (600 mg de vitamina E , 250 mg de vitamina C e 20 mg de - Caroteno, diariamente) ou placebo. NÃO HOUVE DIFERENÇAS SIGNIFICATIVAS NA MORTALIDADE POR TODAS AS CAUSAS (14,1% e 13,5%, respectivamente), OU MORTALIDADE POR CAUSAS CARDIOVASCULARES (8,6% e 8,2%, respectivamente). NÃO HOUVE DIFERENÇAS SIGNIFICATIVAS NA OCORRÊNCIA DE INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO FATAIS E NÃO-FATAIS, AVC FATAL E NÃO-FATAL, REVASCULARIZAÇÃO CORONARIANA E NÃOCORONARIANA. NÃO HOUVE DIFERENÇAS SIGNIFICATICAS NA INCIDÊNCIA DE CÂNCER OU HOSPITALIZAÇÃO POR QUALQER OUTRA CAUSA NÃO-VASCULAR. PELO CONTRÁRIO, FOI OBSERVADO PEQUENA ELEVAÇÃO DOS NÍVEIS SÉRICOS DE LDL-COLESTEROL E TRIGLICÉRIDES NO GRUPO INTERVENÇÃO. O Heart Protection Study Collaborative Group concluiu que , em indivíduos de alto risco, a suplementação de antioxidante (vitamina E, vitamina C e - Caroteno) parece ser segura, mas não produz nenhum benefício significativo na mortalidade e/ou incidência de doença vascular ou câncer, apesar da elevação substancial dos níveis séricos destas vitaminas. ASSIM, A RECOMENDAÇÃO DE SUPLEMENTAÇÃO DESTES ANTIOXIDANTES NÃO DEVE SER RECOMENDADA. Embora os estudos epidemiológicos sustentem a hipótese de que a suplementação da vitamina E atenue o desenvolvimento da doença arterial coronariana, nos resultados dos estudos randomizados, duplo-cegos, multicêntricos e controlados não houve prevenção de eventos cardiovasculares. Há muitas possíveis explicações para as divergências entre resultados dos estudos de observação e os randomizados, tais como: Duração curta dos trials clinicals (4 a 6 anos); Doses subterapêuticas de vitamina E; Resultados positivos dos estudos de observação poderiam ser a média do estilo de vida saudável dos participantes e não da suplementação isoladamente; presença de outros nutrientes nas frutas e vegetais que poderiam agir sinergicamente com os antioxidantes para efeito protetor no coração; Efeitos antioxidantes modificados pela presença de doença, além de outras; Inclusão de pacientes com doença arterial estabelecida ou de alto risco nos trials clinicals (ATBC, HOPE, HPS, PPP); etc... USO DE VITAMINAS e DOENÇA CARDIOSVASCULAR U.S. Preventive Services Task Force (Ann Intern Med, 2003, vol. 139, p. 51-55) Não há evidências de prevenção primária e/ou secundária de doenças cardiovasculares e/ou câncer VITAMINA A A USPSTF conclui que as evidências são insuficientes para recomendar a favor ou contra a suplementação (Recomendação grau I). Aumento do risco de osteoporose Não há benefícios comprovados na prevenção de doenças cardiovasculares (primária ou secundária) VITAMINA C A USPSTF conclui que as evidências são insuficientes para recomendar a favor ou contra a suplementação (Recomendação grau I). Os estudos randomizados das vitaminas antioxidantes tem, com bastante uniformidade, falhado em demonstrar benefícios com a sua utilização. As VITAMINA E explicações para os resultados discrepantes são especulativas e variadas. Há evidências insuficientes para recomendação dos suplementos antioxidantes para prevenção de doenças. A USPSTF conclui que as evidências são insuficientes para recomendar a favor ou contra a suplementação (Recomendação grau I). -CAROTENO Não há evidências fidedignas de prevenção primária ou secundária de doenças cardiovasculares ou câncer. Pode aumentar risco de câncer de pulmão em pacientes tabagistas pesados A USPSTF é contrária à suplementação rotineira. A relação riscobenefício é desfavorável (aumento do risco de câncer de pulmão e da mortalidade por todas as causas) (Recomendação grau D) NÃO EVIDÊNCIAS QUE JUSTIFICAM A UTILIZAÇÃO DE VITAMINAS ANTIOXIDANTES NA PREVENÇAÕ DE DOENÇAS CARDIOVASCULARES USO DE VITAMINAS e DOENÇA CARDIOSVASCULAR U.S. Preventive Services Task Force (Ann Intern Med, 2003, vol. 139, p. 51-55) Não há evidências de prevenção primária e/ou secundária de doenças cardiovasculares e/ou câncer VITAMINA A A USPSTF conclui que as evidências são insuficientes para recomendar a favor ou contra a suplementação (Recomendação grau I). Aumento do risco de osteoporose Não há benefícios comprovados na prevenção de doenças cardiovasculares (primária ou secundária) VITAMINA C A USPSTF conclui que as evidências são insuficientes para recomendar a favor ou contra a suplementação (Recomendação grau I). Os estudos randomizados das vitaminas antioxidantes tem, com bastante uniformidade, falhado em demonstrar benefícios com a sua utilização. As VITAMINA E explicações para os resultados discrepantes são especulativas e variadas. Há evidências insuficientes para recomendação dos suplementos antioxidantes para prevenção de doenças. A USPSTF conclui que as evidências são insuficientes para recomendar a favor ou contra a suplementação (Recomendação grau I). -CAROTENO Não há evidências fidedignas de prevenção primária ou secundária de doenças cardiovasculares ou câncer. Pode aumentar risco de câncer de pulmão em pacientes tabagistas pesados A USPSTF é contrária à suplementação rotineira. A relação riscobenefício é desfavorável (aumento do risco de câncer de pulmão e da mortalidade por todas as causas) (Recomendação grau D) CONCLUSÃO NÃO EVIDÊNCIAS QUE JUSTIFICAM A UTILIZAÇÃO DE VITAMINAS ANTIOXIDANTES NA PREVENÇAÕ DE DOENÇAS CARDIOVASCULARES USO DE VITAMINAS e CÂNCER U.S. Preventive Services Task Force (Ann Intern Med, 2003, vol. 139, p. 51-55) Não há nenhum estudo prospectivo avaliando o efeito da suplementação de vitamina A no risco de câncer; VITAMINA A Alguns estudos observacionais demonstraram relação inversa entre o uso de vitamina A e o risco de câncer de mama e cólon. VITAMINA C Não há nenhum estudo prospectivo avaliando o efeito da suplementação de vitamina A no risco de câncer; Estudos observacionais não demonstraram nenhuma associação entre suplementação de vitamina C e risco de câncer de mama, próstata, cólon e pulmão. VITAMINA E ATBC: suplementação de vitamina E pode reduzir a incidência de câncer de próstata (RR 0,66; IC 0,44 a 0,94) e mortalidade por câncer de próstata (RR 0,59; IC 0,35 a 0,99). Não houve proteção contra o câncer de pulmão. Estudos observacionais tem mostrado associação não significativas estatisticamente, entre uso de vitamina E e risco de câncer de próstata, pulmão, mama e cólon. -CAROTENO Não reduz risco de câncer de pulmão, próstata, cólon, mama e pele. Suplementação de -caroteno pode aumentar o risco de câncer de pulmão em tabagistas pesados. NÃO EVIDÊNCIAS QUE JUSTIFICAM A UTILIZAÇÃO DE VITAMINAS ANTIOXIDANTES NA PREVENÇAÕ DE NEOPLASIAS Principais Reações Adversas Associadas com Antioxidantes U.S. Preventive Services Task Force (Ann Intern Med, 2003, vol. 139, p. 56-70) Heart Protect Study Aumento dos níveis séricos de LDL-colesterol, triglicérides e colesterol total CARET Aumento não significativo nos níveis séricos de triglicérides Significativo aumento na incidência de câncer de ATBC pulmão e mortalidade por câncer de pulmão nos CARET pacientes tabagistas que fizeram suplementação com -Caroteno ATBC Aumento não significativo na incidência de AVC nos pacientes que fizeram suplementação com vitamina E. A suplementação de antioxidantes deve ser usada com cautela nos pacientes tabagistas pesados VITAMINAS EM GERAL OUTRAS VITAMINAS VITAMINA B12 Indicada caso dosagem sérica de vitamina B12 < 350 VITAMINA B9 Reposição conforme dosagem sérica (ácido fólico) CÁLCIO VITAMINA D 1 a 1,5 gramas/dia na mulher pós-menopausada 400 a 800 U/dia REPOSIÇÃO HORMONAL Numerosas alterações hormonais ocorrem durante o processo de envelhecimento decorrente de alterações morfológicas e neuroquímicas no núcleo supra-quiasmático e são, em parte, responsáveis pelo decréscimo de vários hormônios, tais como testosterona, hormônio do crescimento humano [HGH], dehidroepiandrosterona [DHEA]. Estes hormônios tem sido considerados como “SUPER-HORMÔNIOS” OU MEDICAMENTOS “ANTIENVELHECIMENTO” que podem influenciar favoravelmente as condições patológicas nos idosos através das suas ações e, até mesmo como a possível “fonte da juventude SOMATOPAUSA (Hormônio do Crescimento: GH) A secreção do hormônio de crescimento atinge o máximo durante a puberdade, seguindo-se a um lento mas progressivo declínio com o envelhecimento. No homem adulto, a secreção de GH declina aproximadamente 14% por década, primariamente como resultado da redução da liberação noturna dos pulsos de GH. Em idosos > 60 anos, a secreção espontânea de GH está reduzida em 50 a 70% daquela exibida na 3a ou 4a década de vida. Ocorre redução dos níveis séricos de IGF-1(Insulin-like growth factor-1ou somatomedina C secretado pelo fígado e outros tecidos, em resposta ao GH e é responsável pela maioria das ações do GH. SOMATOPAUSA Composição Corporal GORDURA e redistribuição MASSA MUSCULAR – MASSA ÓSSEA Cerca da metade do GH é secretado à noite, durante o sono, especialmente no sono de ondas lentas (fase 3 e 4 do sono não-REM ou sono profundo). A secreção é episódica e modulada pela liberação pulsátil de GHRH (Hormônio hipotalâmico liberador do HG) pelo hipotálamo. Em idosos, os resultados dos estudos de reposição do hormônio de cresciemento tem sido menos promissores com relação à qualidade de vida e função músculo-esquelética. Não houve benefício real da terapia com HG, adicional ao que o exercício propicia. Evidências epidemiológicas recentes tem sugerido que níveis aumentados de IGF-1 podem estar associados a risco maior de neoplasias. Há menor entusiasmo na reversão das alterações da “somatopausa” com HG e necessidade de estudos clínicos para se estabelecer segurança do seu uso em longo prazo , também, para a sua utilização rotineira. Em idosos, os resultados dos estudos de reposição do hormônio de cresciemento tem sido MENOS PROMISSORES com relação à qualidade de vida e função músculo-esquelética. NÃO HOUVE BENEFÍCIO REAL DA TERAPIA COM HG, ADICIONAL AO QUE O EXERCÍCIO PROPICIA. Evidências epidemiológicas recentes tem sugerido que níveis aumentados de IGF-1 podem estar associados a risco maior de neoplasias. Há menor entusiasmo na reversão das alterações da “somatopausa” com HG e necessidade de estudos clínicos para se estabelecer segurança do seu uso em longo prazo , também, para a sua utilização rotineira. ANDROPAUSA (Hipogonadismo Masculino) O envelhecimento está associada a modificações na função sexual masculina, como redução da atividade sexual, libido e fertilidade. O hipogonadismo masculino é caracterizado pelos baixos níveis séricos de testosterona associados a diminuição da libido e da sensação de vitalidade, disfunção erétil, sarcopenia e osteopenia/osteoporose, depressão e anemia. HIPOGONADISMO MASCULINO (ANDROPAUSA) Sintomas sexuais: Diminuição da libido Disfunção erétil Dificuldades orgásmicas: dificuldade na obtenção do orgasmo ou diminuição na intensidade do orgasmo Diminuição da energia, vitalidade e sensação de bem estar; Fadiga; Rebaixamento do humor; Disfunção cognitiva; Redução da massa e força muscular; Redução da massa óssea: OSTEOPOROSE Anemia Diferentemente da mulher, a redução da função testicular é gradual e os sintomas são vagos e inespecíficos Normalmente, à partir da 5a década de vida, a síntese de testosterona declina lenta e progressivamente, cerca de 110 ng por década de vida e, raramente, evolui para hipogonadismo grave. Alguns pacientes octagenários mantém níveis séricos de testosterona praticamente inalterados. O homem mantém sua fertilidade até idades bem avançadas, tendo casos relatados de paternidade até em centenários. Idosos institucionalizados apresentam maior prevalência de hipogonadismo (45%). O termo andropausa é empregado quando o hipogonadismo ocorre em homens idosos. A tendência atual é a utilização do termo “declínio androgênico no homem idoso” e, na língua inglesa, ADAM (Androgen Decline in the Aging Male), já o hipogonadismo não é tão marcante quanto na mulher. Diferentemente da mulher, a redução da função testicular é gradual e os sintomas são vagos e inespecíficos Normalmente, à partir da 5a década de vida, a síntese de testosterona declina lenta e progressivamente, cerca de 110 ng por década de vida e, raramente, evolui para hipogonadismo grave. Alguns pacientes octagenários mantém níveis séricos de testosterona praticamente inalterados. O homem mantém sua fertilidade até idades bem avançadas, tendo casos relatados de paternidade até em centenários. Idosos institucionalizados apresentam maior prevalência de hipogonadismo (45%). O termo andropausa é empregado quando o hipogonadismo ocorre em homens idosos. A tendência atual é a utilização do termo “declínio androgênico no homem idoso” e, na língua inglesa, ADAM (Androgen Decline in the Aging Male), já o hipogonadismo não é tão marcante quanto na mulher. O hipogonadismo pode ser classificado em: Origem central (hipotalâmica ou pituitária): é o hipogonadismo hipogonadotrófico. O LH é normal ou baixo. É a forma mais comum; Origem periférica (testicular): é o hipogonadismo hipergonadotrófico. Recomenda-se a dosagem sérica da testosterona total em homens com suspeita de hipogonadismo, pela manhã. Se o nível sérico é inferior a 300 ng/dl, o paciente apresenta hipogonadismo. Prolactina, TSH e as gonadotrofinas séricas devem ser dosadas para afastar hipopituitarismo central. Hiperprolactinemia sugere a presença de adenoma hipofisário. Nestes casos, indica-se a realização de ressonância magnética da hipófise. Confirmado o diagnóstico de hipogonadismo masculino, recomenda-se a reposição de testosterona, levando-se em conta a relação risco, benefício e custo. A reposição de testosterona ainda é tema bastante controverso. Existem diversas formulações disponíveis no mercado: injetável, transdérmicas e orais. A formulação oral é contraindicada pelo risco elevado de hepatoxicidade e neoplasias. Efeitos do Hipogonadismo Libido Possíveis Efeitos Benéficos de Testosterana Libido Disfunção erétil Massa óssea: menos signifivativo que o Sudorese estrógeno na mulher; Fadiga Massa muscular Declínio do humor e/ou cognição Risco de fraturas Ginecomastia Hematócrito Cefaléia Melhora cognitiva e do humor ? Osteoporose/Fraturas Efeito cardioprotetor ? Sarcopenia: massa magra Tecido adiposo EFEITOS ADVERSOS: Hepatotoxicidade Retenção de sódio e água: pressão arterial, edema e piora da ICC; Dislipidemia? Ginecomastia e dor mamária Apnéia do sono ? Efeito pró-coagulante ? Eritrocitose Elevação do PSA; hiperplasia prostático e câncer de próstata : pouco provável. A administração de testosterona é contra-indicada na presença de câncer de próstata.