Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto Departamento de Especialidades Cirúrgicas Disciplina de Urologia Clube de Revista Christopher Wicher, David Hadley, David Ludlow, Siam Oottamasathien, M. Chad Wallis, Catherine deVries, Brent W. Snow* and Patrick C. Cartwright† From the Division of Urology, University of Utah School of Medicine, Salt Lake City, Utah Discente: Adriana Giubilei Pimenta Orientador: Dr. Otávio Augusto Vasques Moreira Coordenador: Prof. Dr. Carlos Abib Cury São José do Rio Preto, 04 de agosto de 2010 Fluxo retrógrado de urina da bexiga para o trato urinário superior. Uretrocistografia miccional (UCM) Ultra-sonografia de rins e vias urinárias Exames Cintilografia Renal (dinâmica e estática) Urografia excretora Realizada após controle da infecção e na vigência de antibioticoterapia profilática Sem valor diagnóstico Detecta alterações do trato superior, como irregularidades corticais que correspondem às cicatrizes renais Melhor exame para detectar pielonefrites e cicatrizes renais e avaliar a função quantitativa dos rins Acompanhamento de pacientes com refluxo vésicoureteral que estão sob profilaxia antibiótica Em graus avançados de refluxo pode ser normal Sinais indiretos do RVU (redução do tamanho do rim, irregularidades no seu contorno e deformidades caliciais) Aspecto de ureter terminal: presença de dilatação ou dificuldade na passagem de contraste Grau Descrição I Contrastação do ureter não dilatado II Contrastação do ureter e da pelve renal não dilatados III Dilatação leve a moderada do ureter, pelve renal e cálices ureterais com o mínimo de baqueteamento dos cálices IV Moderada dilatação e tortuosidade da pelve e dos cálices V Grande dilatação do ureter, pelve e cálices com perda das impressões papilares e presença de tortuosidade ureteral Evitar a formação de cicatrizes renais Início: antibioticoterapia profilática e exames de urina periódicos Avaliar as disfunções miccionais com estudo urodinâmico e tratá-las com anticolinérgicos (oxibutinina) Nos casos de obstrução infravesical, utilizar alfa-1-bloqueadores (daxasozima) Tratamento cirúrgico Quimioprofilaxia diária e prolongada Evitar e tratar a constipação intestinal Higiene perineal Tratamento da disfunção miccional quando presente Exames periódicos de urina Avaliação por imagem com US e cintilografia renal Monitorização clínica quanto ao crescimento e PA Falha do tratamento clínico Refluxos graus IV e V Deterioração renal apesar do tratamento clínico RVU persistente nas meninas pré-púberes RVU associada a anomalias da JUV Técnicas intravesicais Cohen PolitanoLeadbetter Técnicas extravesicais Técnicas combinadas LichGregoire Psoas-hitch Consiste na criação de túnel submucoso longo, pelo menos de 3 a 5 vezes o diâmetro do ureter Manter a profilaxia antibiótica por pelo menos 3 meses e então realizar a UCM para controle de cura Tratamento endoscópico Teflon Colágeno Deflux Vantagens: baixa morbidade, procedimento ambulatorial, minimamente invasivo e possibilidade de reaplicação Promovem o alongamento do túnel submucoso Usado para refluxo de graus I, II e III 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. Sociedade Brasileira de Urologia. Refluxo Vésico-Ureteral. Projeto Diretrizes. 2006. Francisco Tibor Dénes e Sami Arap. Refluxo Vésico-Ureteral em Crianças. J. pediatr. (Rio J.). 1995; 71(4):183-188. Cardoso, André; Aguiar, Ana; Correia, Tiago et al. Eficácia do tratamento cirúrgico de refluxo vesico-ureteral na população pediátrica. Acta Urológica 2007, 24; 3: 45-53. Maksoud, João Gilberto, CIRURGIA PEDIÁTRICA, 2ª edição, vol. 11, págs. 1234-1240 Kliegman, Robert M.; Jenson, Hal B.; Behrman, Richard E.; Stanton, Bonita F.; TRATADO DE PEDIATRIA – NELSON, 18ª edição, págs. 2234-2239 Dénes, Francisco T.; Arap, Sami; REFLUXO VESICOURETERAL EM CRIANÇAS, Artigo de Revisão, Jornal de Pediatria, 1995. Walsh, Patrick C.; Retik, Alan B.; Vaughan Jr, E. Darracott; Wein, Alan J.; CAMPBELL’S UROLOGY, 7ª edição, vol.2, pags. 1860-1877 Rocha, Dílton; Faccíone, Adão; Mendonça, Guilherme, “Retalho de Mucosa Vesícal usado como válvula Anti-Refluxo vésico-ureteral (RVU) - Técnica Cirúrgica” Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto Departamento de Especialidades Cirúrgicas Disciplina de Urologia Clube de Revista Christopher Wicher, David Hadley, David Ludlow, Siam Oottamasathien, M. Chad Wallis, Catherine deVries, Brent W. Snow* and Patrick C. Cartwright† From the Division of Urology, University of Utah School of Medicine, Salt Lake City, Utah Discente: Adriana Giubilei Pimenta Orientador: Dr. Otávio Augusto Vasques Moreira Coordenador: Prof. Dr. Carlos Abib Cury São José do Rio Preto, 04 de agosto de 2010 Procedimentos intravesicais Reimplante ureteral unilateral extravesical Injeção subureteral Em nível ambulatorial 2005 – Primeiros 60 pacientes Complicações Reinternações Falhas no procedimento Satisfação dos pais UEVR Padrão de atendimento na instituição quando os pais elegem a cirurgia aberta Hoje Extenso relatório de uma série de 250 pacientes com análise dos resultados e complicações Revisão de 250 reimplantes extravesicais unilaterais ambulatoriais Lateralidade Grau do refluxo Cirurgia Permanência Hospitalar Complicações Necessidade de hospitalização Taxa de resolução operatória na radiografia 1 mês após Orientação dos pais Clínica No dia da cirurgia Expectativa de que a criança iria para casa no mesmo dia Série intravenosa de analgésicos narcóticos, anti-inflamatórios nãoesteroidais e anti-eméticos Bloqueio anestésico no local com 0,25% de bupivacaína ao final do procedimento. Acompanhamento na sala pós-operatória Medicação intravenosa Estabilização Alta Observação no ambulatório com medicação oral (analgésico e ATB) Micção espontânea Dor controlada com analgésico oral (codeína e paracetamol) Tolerar ingestão oral sem náuseas ou vômitos Ultra-som renal US não mostrou hidroureterone frose Não houve infecção febril do trato urinário Paciente sem obstrução e refluxo resolvido antibióticos descontinuados Dor no flanco UCM ou cistografia nuclear ITU recorrente febril 250 pacientes 16% 84% 41 pacientes Lateralidade Esquerdo Direito 37% 63% 209 pacientes Tempo médio operatório 63 minutos Tempo médio de permanência 6,2 horas (variando de 3 a 10 horas) Média do grau de refluxo foi de 3,2 40% 35% 30% 25% 20% 15% 10% 5% 0% Grau II Grau III Grau IV Grau V Grau I de refluxo é tratado de forma conservadora na instituição, utilizando-se a correção endoscópica quando a cirurgia é o tratamento eleito. Técnica de Lich-Gregoir unilateral 8 pacientes foram submetidos a procedimento adicional Cistoscopia (2 pacientes) Reparo de hérnia umbilical (2 pacientes) Circuncisão (3 pacientes) Excisão da cavidade do úraco (1 paciente) 9 pacientes (3,6%) 4 pacientes (1,6%) Serviço de emergência com vômito ou febre menos de 72hrs após Alta após avaliação e controle das queixas 3 pacientes (1,2%) 1 paciente (0,4%) 1 paciente (0,4%) Internação para controle de dor e/ou náuseas Internação por dor abdominal de etiologia incerta no 24° PO Internação e colocação de stent ureteral no 10º PO para vazamento de urina Tiveram alta hospitalar em 24 horas Stent removido após 2 semanas com resolução do vazamento e do RVU 8 pacientes (3,2%) 1 paciente 6 pacientes (2,4%) 1 paciente (0,4%) RVU ipsilateral persistente ITU recorrentes febris Novo refluxo contralateral US renal e UCM não revelaram obstrução ou RVU Deflux 2 pacientes 4 pacientes Deflux Observação (0,4%) UEVR em ambiente ambulatorial UEVR em ambiente hospitalar Taxa de internação (após 7 anos) Satisfação parental é equivalente. UEVR ambulatorial O tratamento com Deflux sairia $300 mais caro. Injeção endoscópica subureteral de Deflux Reimplante extravesical bilateral em regime ambulatorial Aumento da disfunção miccional ou retenção temporária Edema bilateral nos locais do reimplante Aumento do risco de obstrução ureteral e oligúria Feita através de uma pequena incisão na virilha Miniureteroneocistostomia No serviço é preferida uma pequena incisão de Pfannenstiel Manejo da náusea pós-operatória Educação dos pais Analgesia adequada Sem uso de cateteres ou drenos Nível ambulatorial Todos esses fatores contribuem para que haja uma decisão equilibrada entre reimplante aberto e injeção subureteral para corrigir RVU unilateral. 1. Gregoir W and Schulman CC: Extravesical antirefluxplasty. Urologe A 1977; 16: 124. 2. Lapointe SP, Barrieras D, Leblanc B et al: Modified Lich-Gregoir ureteral reimplantation: Experience of a Canadian center. J Urol 1998; 159: 1662. 3. Zupancic B, Popovic LJ, Zupancic V et al: Primary vesicoureteric reflux—our 20 years’ experience. Eur J Pediatr Surg 2004; 14: 339. 4. Schwentner C, Oswald J, Lunacek A et al: Lich- Gregoir reimplantation causes less discomfort than Politano-Leadbetter technique: results of a prospective, randomized, pain scale-oriented study in a pediatric population. Eur Urol 2006; 49: 388. 5. Marotte JB and Smith DP: Extravesical ureteral reimplantations for the correction of primary reflux can be done as outpatient procedures. J Urol 2001; 165: 2228. 6. Palmer JS: Extravesical ureteral reimplantation: an outpatient procedure. J Urol, part 2, 2008; 180: 1828. 7. Putman S, Wicher C, Wayment R et al: Unilateral extravesical ureteral reimplantation in children performed on an outpatient basis. J Urol 2005; 174: 1987. 8. Ashley R and Vandersteen D: Mini-ureteroneocystostomy: a safe and effective outpatient treatment for unilateral vesicoureteral reflux. J Urol, part 2, 2008; 180: 1621. 9. Saperston K, Smith J, Putman S et al: Endoscopic subureteral injection is not less expensive than outpatient open reimplantation for unilateral vesicoureteral reflux. J Urol, part 2, 2008; 180: 1626. 10. Palmer JS: Bilateral extravesical ureteral reimplantation in toilet-trained children: short-stay procedure without urinary retention. Urology 2009; 73: 285. 11. McAchran SE and Palmer JS: Bilateral extravesical ureteral reimplantation in toilet trained children: is 1-day hospitalization without urinary retention possible? J Urol 2005; 174: 1991. “Grandes realizações só são possíveis quando se dá importância aos pequenos começos.” Lao-Tsé