Conteúdos da Sessão Poder e Gestão Política das Organizações Grupos Liderança Poder: conceito e fontes Grupos Conceito Grupo vs Equipa Conceito Duas ou mais pessoas, que através do espírito de cooperação e coordenação interagem entre si para atingir um objectivo comum. Fases de Desenvolvimento Grupal 5 fases 1. 2. 3. 4. 5. Forming – Fase de Formação do Grupo, ou “o namoro” Storming – Fase de divergências/conflito Norming – Normalização Performing – Desempenho máximo Adjourning - Separação Conclusão • Para que serve conhecer desenvolvimento grupal? as fases de Eficácia Grupal O que engloba o trabalho em Grupo? Modelo Socio-técnico O trabalho em grupo/equipa tem duas grandes componentes: Sistema Social (Afectivo) •Sistema Técnico (Tarefa) • Dimensões da Eficácia Grupal (Savoie & Beaudin, 1995; Beaudin & Savoie, 1995) Dimensões da Eficácia • SOCIAL • ECONÓMICA • POLÍTICA • SISTÉMICA Eficácia (Beaudin & Savoie, 1995; Savoie & Beaudin, 1995) • Várias dimensões • A avaliação depende de cada avaliador • Depende do contexto Liderança Liderança A eficácia da influência que alguém exerce sobre percepções, atitudes e comportamentos de outros é o determinante principal da medida em que ele ou ela é verdadeiramente um líder (Moorhead & Griffin, 1994) Abordagens à Liderança Anos 30 Teoria dos Traços Anos 80/90 Carismáticas / Transformacionais Anos 40/60 Comportamentos Anos 70/80 Situacionais Modelos dos Traços Modelos dos Traços A teoria dos traços caracteriza os primeiros estudos de Liderança, com auge até à 2.ª Guerra Mundial. Tem um período de declínio na década de 60/70 voltando a ressurgir na década de 80/90, em parte devido à teoria da liderança carismática. Modelos dos Traços As abordagens dos traços postulam a existência de uma integração coerente e relativamente estável de características pessoais que conduzem a um padrão de liderança consistente em vários grupos e organizações. Estas características reflectem diferenças estáveis entre os indivíduos no que diz respeito a personalidade, temperamento, motivações, capacidades cognitivas, competências e mestria. Traços de Liderança Quais são os traços primários e secundários da personalidade de um líder? Traços de Liderança Traços Primários Competências Cognitivas Traços Secundários Afectividade Positiva Modelos dos Traços FOCALIZAÇÃO Personalidade do líder (traços e/ou skills) PRESSUPOSTOS Liderança como propriedade individual (“dom”) Existência de Perfil Personalístico Universal de liderança FINALIDADE Identificar as características de personalidade dos líderes Modelos dos Traços Contributos? Críticas? Modelo dos Traços CONTRIBUTOS As varivariáveis de personalidade são importantes mas devem ser relativizadas. O equilíbrio intra e inter-traços enquanto padrão global parecem melhores preditores da eficácia LIMITAÇÕES Negligênica de Factores Situacionais Modelos Comportamentais Modelos Comportamentais A melhor forma de classificar os líderes é através dos seus comportamentos; Identificar o modelo de comportamento eficaz; Partem do pressuposto que a liderança se aprende; Defende a existência de um perfil comportamental universal de liderança. Que competências são necessárias? Percentagem do Trabalho 100% Conceptuais 50% Humanas Técnicas 0% Supervisor Chefias Intermédias Gestão de Topo Modelos Comportamentais Modelo de Lippitt, Watson & Wesley (1958) Estilo Autocrático Líder Subordinados Estilo Democrático Estilo liberal Líder Líder Subordinados Subordinados Modelos Comportamentais FOCALIZAÇÃO Comportamentos do líder FINALIDADE Identificar o modelo de comportamento eficaz PRESSUPOSTOS Liderança aprende-se Existência de Perfil Comportamental Universal de liderança Modelos Comportamentais Contributos? Limitações? Modelos Comportamentais Limitações Pouco sucesso na identificação da relação ESTILO-EFICÁCIA Mito de “O LÍDER EFICAZ” Negligência da associação Traços-Liderança e das variáveis de situação Contributos Ênfase na formação vs Determinismo biológico Identificação de dois campos de acção do líder Identificação de Estilos Reconhecimento de liderança como função de grupo Liderança Emergente Abordagens Situacionais Abordagens Situacionais Importância das variáveis situacionais CORRENTES DE INVESTIGAÇÃO DOMINANTES Líder como variável dependente Influência das variáveis situacionais e das posições de gestão no comportamento do líder (influência na interacção) Líder como variável independente Influência das variáveis situacionais na relação entre os atributos do líder (traços e/ou comportamentos) e a eficácia (influência nos resultados) Abordagens Situacionais LÍDER COMO VARIÁVEL DEPENDENTE Modelos que enfatizam os tipos de poder (como os líderes ganham, perdem e usam o poder) Teoria da Troca Social (Hollander, 1978); Teoria das Contingências Estratégicas (Salancik & Pfeffer, 1977); Teoria da Troca Líder-membro (Dansereau, Graen & Haga, 1975). Abordagens Situacionais Modelos que enfatizam a forma como os líderes adaptam o seu comportamento às solicitaçções, exigências e constrangimentos da situação de liderança “Teoria dos Papéis” (Kahn, Wolfe, Quinn, Snoelk, 1964); “Teoria das exigências-constrangimentos-escolhas” (Stewart, 1982); “Modelo de Influência Múltipla” (Hunt & Osborn, 1982); “Teoria da Atribuição da Liderançaa” (Green & Mitchell, 1979); Abordagens Situacionais LÍDER COMO VARIÁVEL INDEPENDENTE PRESSUPOSTO BASE: Os mesmos comportamentos de um líder podem provocar resultados diferentes em diferentes diferentes situações. Existem inúmeros Modelos e Teorias (e.g. Tannenbaum & Schmidt, 1958; Fiedler, 1967; Vroom& & Yetton, 1973; , Hersey & Blanchard, 1977, 1996; House, 1971; Kerr & Jermier, 1978). De entre os mais citados e representativos: Modelo Contingencial de Liderança de Fiedler(1967) Path-Goal Theory de House (1971) Modelo Situacional de Hersey & Blanchard –I e II (1977, 1996) Modelo de Fiedler Orientação para tarefa Relacionamento Modelo de Hersey e Blanchard E3 Relacionamento (dar apoio, comunicar, etc) Participar - E4 Delegar - E2 Persuadir E1 Dirigir + Tarefa (fixar objectivos, organizar, dirigir, etc) Abordagens Situacionais Contributos? Limitações? Abordagens Situacionais Principais Limitações: Reduzida contingência ( retorno ao one best way); Modelos complexos com variáveis de difícil operacionalização; Excessiva ênfase ao papel do líder (“erro fundamental” Ross , 1977); Principal Contributo: Inclusão das variáveis situacionais: Abordagens Simbólicas Abordagens Simbólicas da Liderança A Gestão pelo Simbólico envolve: Liderança Carismática Liderança Visionária Liderança Transformacional Característica Fundamental: Promover valores que forneçam significados partilhados sobre a natureza da organização. Orientação para mudança Liderança Transformacional (Burns , 1978; Yukl , 1989; Tichy & Devonna , 1986) Liderança Transformacional vs Liderança Transaccional Liderança Transformacional - Processo de influência capaz de mudar a cultura organizacional (atitudes e assunções dos seguidores) e mobilizar para o envolvimento face missão, objectivos e estratégia da organização, obtendo grandes mudanças (ir para além do previamente fixado) – Nível Final. Liderança Transaccional - Processo de influência com efeitos ao nível da motivação dos seguidores para atingirem os seus próprios objectivos – Nível Instrumental Exemplos de Líderes Carismáticos? 46 Liderança Carismática / Transformacional Concepção (mais) ampla (e sofisticada) dos Estilos de Liderança Acentuação da dimensão política das Organizações Liderança concebida como função capaz de dominar as divergências de posições por forma a mantê-las no quadro de um conflito construtivo, definindo objectivos mobilizadores. Indicadores da liderança carismática 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. A confiança dos seguidores na rectidão das crenças do líder; Semelhança entre as crenças dos seguidores e as do líder; Aceitação inquestionável do líder pelos seguidores; Afeição dos seguidores para com o líder; Obediência voluntária ao líder; Envolvimento emocional dos seguidores na missão da organização; Objectivos de desempenho mais elevados por parte dos seguidores; Crença dos seguidores de que são capazes de contribuir para o sucesso da missão do grupo. Liderança Carismática Os liderados descrevem os seus líderes carismáticos como: - pessoas que fazem com que os seus subordinados fiquem entusiasmados com os seus cargos; pessoas que inspiram confiança à organização e merecedoras de respeito de toda a gente; pessoas que dão importância e reconhecem aquilo que realmente merece ser reconhecido; pessoas que dão aos seus subordinados um sentido de missão. Por todas estas atribuições os subordinados: - têm fé nos lideres com carisma; - sentem-se bem por estarem perto deles, e orgulhosos por trabalharem com lideres carismáticos; - acreditam nas capacidades destes lideres em ultrapassar qualquer tipo de obstáculo. Assim: Os líderes são vistos como um símbolo de sucesso e de realização para os seus seguidores. Liderança Carismática (Bass , 1985; Conger & Kanungo , 1987,1988) Liderança Carismática: Envolve certas atitudes e percepções pelos seguidores, a propósito do líder: Confiança na justeza das convicções do líder Pronta obediência Afeição e aceitação inquestionável Envolvimento emocional em relação aos objectivos propostos. Além de conduzir à crença e ao respeito relativamente ao líder (= Lid . Transformacional) gera adoração e atribuição de qualidades de super homem, herói ou figura espiritual com dons únicos. Abordagem Simbólica Contributos Limitações Abordagem Simbólica Contributos revelam-se úteis para compreender o processo de liderança (processos simbólicos e gestão de significados; reconhecimento da liderança como parte da Cultura da Organização..). envolvem traços, poder, comportamentos e variáveis situacionais. reconhecem a importância das reacçções emocionais dos seguidores. reconhecem os processos cognitivos que envolvem a atribuição de carisma. Limitações Carecem de maior aprofundamento (e.g. maior clarificação a respeito das similitudes e diferenças entre líderes carismáticos e líderes transformacionais). Liderança Pós-Heróica Liderança Pós-heróica: Superliderança (Manz & Sims, 1991), Liderança na Nível 5 (Collins, 1995); Liderança “servidora” (Greenleaf, 1970) Mudança de paradigma sobre a liderança “o que é ser líder” Questionam: A tónica no indivíduo e nos seus feitos individuais A visão estática comando-controle da lideranda O objectivo da boa liderança e os a skills requeridos pela mesma Acentuam: A liderança como processo social de colaboração O papel do líder como criador de condições para que a contínua aprendizagem colectiva possa ocorrer A participação e a focalização no desenvolvimento dos skills dos seguidores “the most appropriate leader is one who can lead others to lead themselves” (Manz & Sims, 1991) Poder Poder social consiste na capacidade de influenciar o comportamento de outra pessoa, os seus pensamentos, os seus sentimentos. (French e Raven, 1958) 5 fontes do poder social Fontes do Poder Social Tipo Baseado em Legítimo Direito a liderar Recompensa Controlo dos recursos Coercivo Controlo dos castigos Referência Admiração Competência Conhecimento percepcionado