PROJETO INTEGRADOR 1
Prof. Doutorando Alan Rodrigo Antunes
MÉTODO E TÉCNICA
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MÉTODO E TÉCNICA
• Numa linguagem popular, muitas vezes essas palavras
se confundem. Mas para a metodologia, elas têm um
significado específico.
• "MÉTODO é um conjunto de etapas, ordenadamente
dispostas, a serem vencidas na investigação da verdade, no
estudo de uma ciência ou para alcançar determinado fim.“
• "TÉCNICA é o modo de fazer de forma mais hábil, mais
segura, mais perfeita, algum tipo de atividade, arte ou
ofício".
• O Método indica O QUE fazer e a técnica COMO fazer.
•
"O MÉTODO É O ORIENTADOR
GERAL DA
ATIVIDADE, É A ESTRATÉGIA DA AÇÃO. A TÉCNICA
É A TÁTICA, SOLUCIONA O MODO ESPECIFICO E
MAIS ADEQUADO PELO QUAL A AÇÃO SE
DESENVOLVE EM CADA ETAPA."
MÉTODO E TÉCNICA
Método
Técnica
Indica o que fazer.
Indica como fazer.
É a tarefa (ex.: desmontar o
motor do carro).
É o modo de executar essa tarefa:
1.por um "marreteiro"
2.por um especialista.
São as fases de uma
pesquisa.
Modo como cada cientista executa
essa pesquisa.
É a regra do jogo. (ex.: regra
do futebol).
Habilidade em jogar. Como se
utilizar
com arte e perfeição essas regras.
É a receita. (ex.: do bolo) .
Habilidade com que se executa a
confecção do bolo.
É o programa instalado no
computador.
Habilidade com que se executa
esse
programa
O TRINÔMIO: VERDADE – EVIDÊNCIA –
CERTEZA
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Evidências científicas, com razoável grau de
certeza, nos indicam senão a verdade, pelo menos
nos ajudam a entender o universo, a vida e a
realidade em que vivemos.
EXEMPLO
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Usando exemplos clássicos em CSCW (Computer supported
collaborative work), [Bentley et al. 1992] usa uma técnica
qualitativa para especificar requisitos importantes e não
importantes para um sistema de auxílio ao controle de
tráfego aéreo.
Já [Watts et al. 1996] discute como canais de voz
hierárquicos são usados para controlar missões da NASA,
apenas para ilustrar como uma colaboração intensa,
envolvendo centenas de pessoas, pode ser coordenada
através de um canal de comunicação de baixo volume.
Um exemplo de lei da computação, ou da engenharia de
software, é a que afirma que a manutenção de software
consome pelo menos 60% do custo total do software ([Huff
1990], por exemplo).
Estudo de impactos da informática na produtividade
de empresas e países
PESQUISA QUANTITATIVA E QUALITATIVA
A pesquisa quantitativa é baseada na medida
(normalmente numérica) de variáveis objetivas,
na ênfase em comparação de resultados e no uso
intensivo de técnicas estatísticas.
 A pesquisa qualitativa baseia-se na observação
cuidadosa dos ambientes onde o sistema está
sendo usado ou onde será usado, do entendimento
das várias perspectivas dos usuários ou
potenciais usuários do sistema, etc.

MÉTODOS QUANTITATIVOS
Técnicas estatísticas para a comparação de
conjuntos de medidas;
 Uso de questionários (surveys);
 Desenhos experimentais.

MÉTODOS QUALITATIVOS
Estudos qualitativos observacionais;
 Pesquisa-ação
(ou
estudos
qualitativos
intervencionistas);
 Pesquisa bibliográfica;
 Outras formas de avaliação qualitativa.

MÉTODO QUANTITATIVO
Algumas características:
 as variáveis a serem observadas são consideradas
objetivas, isto é, diferentes observadores obterão
os mesmos resultados em observações distintas;
 não há desacordo do que é melhor e o que é pior
para os valores dessas variáveis objetivas;
 medições numéricas são consideradas mais ricas
que descrições verbais, pois elas se adequam à
manipulação estatística;
A essência da pesquisa quantitativa em
sistemas é verificar o quão “melhor” é usar um
programa/sistema novo frente à(s) alternativa(s).
PROBLEMAS DO BENCHMARK
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Efeito de teto: quando os programas atingem
perto do máximo possível no benchmark.
Efeito-chão: acontece quando os programas de
benchmark são muito difíceis e o desempenho
dos programas é todo muito baixo.
TÉCNICAS ESTATÍSTICAS
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Medição objetiva das variáveis. Por exemplo: em
benchmarks o tempo de execução e se o programa
acertou ou não a resposta, são variáveis objetivas. A
primeira medida é um real, a segunda um dado
binário.
Tipos de medidas:
Categórica ou nominal: sexo (masculino ou feminino);
estado ou país de origem (1 para Acre, 2 para Alagoas, 3
para Amazonas).
 Mediadas ordinais: Classe socioeconômica. Normalmente
usa-se as classes A,B,C e D, e existe uma ordem entre elas:
de A para D nessa ordem.
 Medidas intervalares: Medida de temperatura em
Célsius. Diferenças entre duas medidas (o intervalo) é algo
que pode ser comparado.
 Medidas de razão: Num programa, o número de acertos
está para o número de erros na razão de 1 para 4.


Significado: A cada acerto correspondem 4 erros: ¼.
MODA (M) PARA MEDIDAS ORDINAIS
Moda: o valor da série que se apresenta com
maior frequência.
 Classes A = 1, B = 2, C = 3 e D = 4.
 Com o objetivo de traçar o perfil dos usuários de
uma Lan House, esses responderam um
questionário contendo várias perguntas, dentre
elas a classe socioeconômica. Temos os seguintes
dados:

1, 1, 1, 2, 2, 2, 2, 2, 2, 2, 3, 3, 3, 3, 3, 4, 4, 4, 4, 4.
 Total de 20 elementos a moda é o número 2 ou a
classe socioeconômica B.

MÉDIA ARITMÉTICA
Média aritmética é o resultado da divisão da
soma de todos os elementos de uma série pelo seu
número de elementos.
 Um benchmark testou o tempo de execução dos
software word, power point e excel nos sistemas
operacionais Linux e Vista.
 Linux: {5, 3,7}. Média: 5 s.
 Vista: {4, 2, 6}. Média: 4 s.

MEDIANA
Mediana é o valor que divide uma série ordenada
em ordem crescente em duas metades iguais,
uma delas com valores inferiores ao valor da
mediana e a outra com valores superiores.
 Mediana com número ímpar de elementos:
elemento central.
 Mediana com número par de elementos: é igual a
média dos dois elementos centrais.
 Qual a nota mediana dos alunos de sistemas
para internet na unidade curricular de
algoritmo?
 Notas: {1, 2, 4, 6, 8, 9}.
 Mediana: 5.

DESVIO MÉDIO ABSOLUTO
Equivale à soma dos valores absolutos dos
desvios de cada elemento em relação à média,
dividido pelo número de elementos da série.
 Qual o desvio médio absoluto dos resultados do
benchmark no software word no sistema
operacional Linux, Vista e Seven.
 Na série {5, 3,7}, a média é igual a 5, e o desvio
médio absoluto é igual a (I5-5I + I3-5I + I7-5I)/3=
1,3.

VARIÂNCIA
Equivale à soma dos quadrados dos desvios (em
relação à sua média) dividida pelo número de
elementos da série menos um (n-1).
 Utilizando o exemplo anterior, temos:
 Na série {5, 3, 7}: [(5-5)2 + (3-5)2 + (7-5)2 ]/3-1 = 4

DESVIO PADRÃO
Equivale a raiz quadrada positiva da variância.
 No exemplo anterior seria 2.
 Quanto maior o valor do desvio padrão, maior a
dispersão dos dados (em relação a média).

PROBABILIDADE
A partir do conhecimento de como um programa
funciona, pode-se obter a probabilidade de
acontecimentos dos resultados.
 Qual
a probabilidade de um determinado
programa produzir o resultado correto ou não
para um particular dado de entrada?
 Usando a codificação tradicional de 0 para falha e
1 para sucesso. Se o programa acertou 30
exemplos e errou 12, dizemos que tem a Pr [A] =
h/H de 0,71 ou 71% é a descrição dos valores certo
e 29 % errado.

USO DE QUESTIONÁRIOS (SURVEYS)
Questionários são uma forma rápida e simples
para avaliar as opiniões, objetivos, anseios,
preferências, crenças, etc.
 Questionários podem ser:







Perguntas com respostas abertas;
Perguntas com respostas fechadas (closed questions);
Perguntas com respostas mistas;
Respondidas pelos próprios sujeitos;
Respondias por observadores.
Se um questionário é auto-aplicado, diremos que
os sujeitos da pesquisa são os respondentes.
FASES DO QUESTIONÁRIO

Elaboração das perguntas e respostas

Amostragem da população
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Avaliação das respostas

Análise dos resultados
PROPRIEDADES DO QUESTIONÁRIO



Confiabilidade (reliability): diferentes aplicações
do questionário (para o mesmo respondente)
devem dar resultados próximos;
Validade (validity): se o questionário contempla
todos os aspectos do que se está pesquisando;
Não desencorajar o usuário a respondê-lo:
questionários muito longos ou complexos podem
desencorajar
quem
está
respondendo
o
questionário..
DESENVOLVIMENTO DE UM
QUESTIONÁRIO
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Quanto as questões:
que as questões sejam fraseadas de forma simples,
concisa, e direta;
 que as questões sejam neutras;
 que as questões não sejam fraseadas na negativa
(“você acha que uma ferramenta CASE não é
importante para ...”)
 que as questões não contenham mais de uma
pergunta ou conceito (“A ferramenta CASE ajudou
você ou a sua equipe na sua habilidade de especificar
projetos complexos e a entender as especificações de
outras equipes?”)

ELABORAÇÃO DAS RESPOSTAS
PREDEFINIDAS

Os extremos devem ser de igual intensidade. Por
exemplo: escala de Likert.





1. discordo totalmente
2. discordo
3. não discordo nem concordo
4. concordo
5. concordo totalmente
AMOSTRAGEM

Cobertura
Exemplo: Pesquisa sobre prática de desenvolvimento de
software. Envio de 200 questionários.
 Elas são todas as empresas do ramo que se quer
estudar?
 Elas são representativas das empresas que se quer
estudar?
 Não há algum viés importante na seleção dessa
amostra, por exemplo, empresas que são registradas
num determinado órgão.
ANÁLISE DOS QUESTIONÁRIOS

Resumir os dados em números estatísticos: moda,
média, mediana e desvio padrão;

Relacionar as respostas de diferentes questões;

Relacionar os dados com a revisão bibliográfica.
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
CERVO, Amado Luiz & BERVIAN, Pedro A.
Metodologia científica. 5. Ed. São Paulo:
Prentice Hall, 2002.
 FAZENDA,
Ivani (org.). Metodologia da
pesquisa educacional. 5. Ed. São Paulo:
Cortez, 1999. (Biblioteca da Educação, Série I,
Escola. V. 11)
 KÔCHE,
José Carlos. Fundamentos de
metodologia científica: teoria da ciência e
prática da pesquisa. Petrópolis, RJ: Vozes,
1997.
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AULA 3