FORMAÇÃO CONTINUADA
• Há relações entre concepção de ensino,
concepção de formação inicial de
professores e formação continuada?
• Como aprendemos a ser professores?
Como aprendemos a ensinar?
• Quais saberes os professores possuem?
Qual o papel da prática e da experiência?
A formação continuada de professores tem sido
entendida como um processo permanente de
aperfeiçoamento dos saberes necessários à
atividade profissional, realizado após a
formação inicial, com o objetivo de assegurar
um ensino de melhor qualidade aos estudantes.
MODELO DE JUSTAPOSIÇÃO (VAILLANT, D. MARCELO, C.
2012)/PERSPECTIVA ACADÊMICA (PÉREZ GÓMEZ, 2000)
Ensino como transmissão de conhecimentos.
Formação inicial: domínio de conteúdos; observação e imitação de
outros docentes.
Formação continuada: completar lacunas da formação inicial
(aperfeiçoamento)
Professor como artesão.
Essa visão traz como um de seus reflexos a busca pela certificação,
que visa unicamente à promoção na carreira e à melhoria salarial.
MODELO DE CONSONÂNCIA (VAILLANT, D. MARCELO, C.
2012)/RACIONALIDADE TÉCNICA (PÉREZ GÓMEZ, 2000)
Ensino como aprendizagem de uma técnica.
Formação inicial: domínio de destrezas e competências;
aplicação de técnicas; racionalidade instrumental.
Formação continuada: treinamento de destrezas
(reciclagem, treinamento, capacitação).
Professor como técnico: hierarquização de saberes.
Nessa concepção a formação é vista como um produto
de consumo...
Outra concepção de formação continuada deposita
exclusivamente no profissional da educação a
responsabilidade pela sua própria formação.
Nessa perspectiva, o profissional é responsabilizado,
individualmente, pelo seu sucesso e pela própria qualidade
do ensino ofertado.
APERFEIÇOAMENTO...
“não é mais possível, hoje, pensar no processo
educativo como aquele conjunto de ações capaz
de completar alguém, de torná-lo perfeito, de concluí-lo,
sob pena de negar a raiz da própria educação,
ou
seja,
a
ideia
da
educabilidade
do
ser humano”(MARIN, 1995, p. 16).
TREINAMENTO...
“(...) há inadequação em tratarmos processos de
formação continuada como treinamentos quando
desencadearem apenas ações com finalidades
meramente mecânicas. (...) pois não estamos, de modo
geral, meramente modelando comportamentos ou
esperando reações padronizadas, estamos educando
pessoas que exercem funções pautadas pelo uso da
inteligência e nunca apenas pelo uso de seus olhos, seus
passos ou seus gestos (MARIN, 1995, P. 15)
RECICLAGEM...
[...] a adoção desse termo e sua concepção em nosso
meio educacional levaram à proposição e a
implementação de cursos rápidos e descontextualizados,
somados a palestras e encontros esporádicos que tomam
parcelas muito reduzidas do amplo universo que
envolve o ensino, abordando-o de forma superficial
(MARIN, 1995, p.14).
E AGORA?
Desde há algum tempo, diferentes autores a partir de
diferentes concepções e matrizes teóricas, defendem que
os professores são profissionais que possuem saberes:
Giroux, Apple, Contreras, Nóvoa, Gimeno Sacristán, Pérez
Gómez, D. Schön, Tardif... Paulo Freire, Pimenta,Marin,
Freitas e vários outros...
E A FORMAÇÃO CONTINUADA NA RME?
O QUE É O PROFESSOR EPISTÊMICO?
É O PRODUTOR DE CONHECIMENTOS (SEGUNDO PIAGET, É A
CAPACIDADE MENTAL DE CONSTRUIR RELAÇÕES), É O MEDIADOR, É
AQUELE QUE ORGANIZA O CONHECIMENTO UTILIZANDO UM
MÉTODO DE FORMA ORGANIZADA E EM SEQUÊNCIA, NUM
PROCESSO CONTÍNUO DE DESENVOLVIMENTO PROFISSIONAL.
A CONSTRUÇÃO DO PLANO DE FORMAÇÃO:
ARTIGO 67 LDBEN/1996 (“valorização dos profissionais da educação ,
assegurando-lhes, inclusive nos termos dos estatutos e dos planos de
carreira do magistério público, o aperfeiçoamento profissional
continuado e período reservado a estudos, planejamento e
avaliação, incluído na carga horária de trabalho”). Assim, a formação
continuada dos profissionais deve ocorrer em duas dimensões:
• Ofertada pela SME: cursos, seminários, palestras, encontros, entre
outros;
• No interior da escola: de acordo com a organização do trabalho
pedagógico, durante as permanências, através de estudos,
planejamentos, troca de experiências, reuniões pedagógicas e de
integração, e na socialização dos estudos realizados em outros
espaços além da escola.
A ação do pedagogo como responsável pela organização do
trabalho pedagógico contribui para a formação continuada dos
professores por meio de uma prática reflexiva durante as
permanências, as reuniões pedagógicas, os Conselhos de
Classe, a SEP e os grupos de estudo, também incentivando e
indicando a participação em cursos e seminários de
aperfeiçoamento. A equipe pedagógica deve planejar essas
práticas de formação para que as mesmas se efetivem no
interior da escola.
Nas escolas que ofertam educação em tempo integral, cabe ao
pedagogo também planejar e coordenar as reuniões de
organização do trabalho pedagógico previstas em calendário,
as quais se constituem momentos de formação continuada.
MODELO IDEAL DE FORMAÇÃO CONTINUADA,
SEGUNDO IMBERMÓN (2002,p.48):
• Reflexão prático-teórica sobre a prática por meio de
análise, compreensão, interpretação e intervenção
sobre a realidade; a troca de experiências entre os
professores; a elaboração de projeto de formação; a
formação como estímulo para pensar a diversidade; e
o trabalho coletivo, que precisa ultrapassar a
experiência individual visando à inovação
institucional...
PARE, PENSE...
NOS CURSOS OU PROJETOS DE FORMAÇÃO
CONTINUADA DOS QUAIS VOCÊ PARTICIPOU NOS
ÚLTIMOS TRÊS ANOS E QUE FORAM OFERTADOS
PELA SME OU OUTRA MANTENEDORA E TENTE
CLASSIFICÁ-LOS COM:
• FOCO NO PROFESSOR;
• NAS EQUIPES ESCOLARES;
PENSE EM SUA PRÁTICA DIÁRIA, DE ACORDO
COM O SEU SEGMENTO DE TRABALHO E
IDENTIFIQUE COM SUA EQUIPE SUAS
NECESSIDADES DE FORMAÇÃO CONTINUADA
PARA O ANO DE 2014:
DÊ SUGESTÕES, COM SUA EQUIPE, FORMAS DE
SOCIALIZAÇÃO DOS CURSOS FREQUENTADOS
PELOS PROFISSIONAIS DA ESCOLA,
CONSIDERANDO A OTIMIZAÇÃO DOS
DIFERENTES TEMPOS/ESPAÇOS DE FORMAÇÃO
NO INTERIOR DA ESCOLA:
Download

sep 2014 2 dia